O Doce Aroma da Tentação

By Ella_Rock

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Dois mundos opostos. Superior e inferior. Um exala inocência e o outro luxúria. Ambos obtêm regras rígidas pa... More

Capítulo 1 - Poção da Tentação
Capítulo 2 - O baile
Capítulo 3 - Príncipe Infame
Capítulo 4 - Escolhida
Capítulo 5 - Tentativa de fuga
Capítulo 6 - Adentrando a floresta
Capítulo 7 - Presos no Inferno
Capítulo 8 - Em direção ao Portal
Capítulo 9 - Deixada para trás
Capítulo 10 - Refém do Prazer
Capítulo 11 - Finalmente livres
Capítulo 12 - Novamente Presa
Capítulo 13 - Falso jantar Romântico
Capítulo 14 - Quarto Vermelho
Capítulo 15- Rival Inesperado
Capítulo 16 - Confissão Surpresa
Capítulo 17 - Convite para festa
Capítulo 18 - Plano Arriscado
Capítulo 19 - Abrindo o jogo
Capítulo 20 - Se entregando
Capítulo 21 - Juntos na banheira
Capítulo 22 - Contando a Verdade
Capítulo 23 - Briga de irmãos
Capítulo 24 - Fazendo as pazes
Capítulo 25 - Amor alcoolizado
Capítulo 26 - Efeitos colaterais
Capítulo 27 - Reunião da Nobreza
Capítulo 28 - Chá de Restrição
Capítulo 29 - Intruso no quarto
Capítulo 30 - À beira do precipício
Capítulo 31 - Julgada e Ameaçada
Capítulo bônus 1 - Amiga irmã
Capítulo 32 - Reencontro
Capítulo 33 - Mulher desconhecida
Sinceras desculpas
Capítulo 34 - Enganada e ferida
Capítulo 35 - Nome ordinário
Capítulo bônus 2- Mundo Inferior
Capítulo 37 - Procurada
Capítulo Bônus 3 - O vilão
Capítulo 38 - Atrás dela
Capítulo 39 - Casa Amarela
Capítulo 40 - A denúncia
Capítulo 41 - Lembranças
Capítulo 42 - Dando a outra face
Capítulo 43 - Juramento de morte
Capítulo 44 - Juntos novamente
Capítulo bônus 4 - Guarda de confiança
Capítulo 45 - Transmissão ao vivo
Capítulo 46 - Em família
Capítulo 47 - Decreto final
Capítulo 48 - Felizes para sempre? Parte I
Capítulo 48 - Felizes para sempre? Parte II/Final
Bônus Final - Comemoração Maléfica
Agradecimentos ♡

Capítulo 36 - Pescador tímido

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By Ella_Rock

*
Heloíse

Ele está demorando.

Penso após notar que já se passara algum tempo desde que Oliver saiu. Será que eu fui dura demais com ele? Talvez eu devesse ter sido mais educada, afinal ele não tem culpa de ser tão parecido com o pai da minha filha.

- Sofia.

O nome da minha pequena sai em um murmúrio sofrido da minha boca.

Como será que ela está?

Tenho certeza que está bem já que Luna está cuidando dela. Porém mesmo assim eu tenho que dar um jeito de ir embora logo, minha amiga não é muito boa em não receber notícias, principalmente quando ela sabe que eu não durmo fora de casa sem avisar.

Nem quero imaginar o que ela vai fazer quando descobrir o que o Peter tentou fazer comigo, nesse tipo de situação eu não gostaria de estar na pele dele de maneira alguma.

Tento me levantar da cama novamente, porém os cortes em meus joelhos ardem e eu volto a me sentar.

- Droga. - Praguejo e então escuto alguns passos.

Ele voltou.

Fico em silêncio tentando escutar o que ele está aprontando, porém só consigo ouvir alguns barulhos estranhos. Como o som de uma caixa se abrindo, algo sendo despejado, e o barulho de uma torneira sendo aberta.

- Oliver? - O chamo receosa.

Passam-se alguns segundos e então ele aparece na porta do quarto. Está sério.

- Me chamou?

Ele me olha fixamente e isso me causa um arrepio involuntário.

- O que está fazendo?

Ele ergue uma sobrancelha e olha para trás.

- Estou limpando alguns peixes. Precisa de algo?

- Não. - Respondo sem graça. - Eu só estava curiosa.

- Entendo, qualquer coisa é só chamar.

E sem dizer mais nada ele sai do quarto e volta à fazer os barulhos de antes.

Limpando peixes hein?

Quer dizer então que ele é um pescador.
Se bem que faz todo o sentido já que sua pele é bem bronzeada, e oras, ele mora no meio de uma praia. O que mais ele faria para se sustentar?

Deito-me na cama e fico imaginando ele em um barco. Cabelos ao vento, se bem que ele quase não tem cabelo já que o mantém curto. Mas esqueço esse detalhe e continuo fantasiando. Sem camisa, peitoral definido, olhos brilhantes contrastando com a luz do sol, mãos firmes segurando uma rede de pesca, suor escorrendo pelo rosto... Tão másculo.

Fico nessa vibe até que sem perceber eu caio no sono. Porém mesmo em sonho eu continuo pensando nele, imaginando seu corpo, seu cheiro, seu gosto...

- Luna.

Acordo com o Oliver pescador me balançando de leve.

- Ainda bem que você acordou, o jantar está pronto.

- Quantas horas são? - Pergunto após olhar pela janela e ver que já escureceu.

- Não sei, talvez uma sete e meia. - Ele se afasta. - Está com fome?

- Um pouco, mas eu queria tomar um banho antes. Posso?

- Claro.

Ele se aproxima novamente e me ajuda a sentar. Suas mãos são ásperas, diferentes das do meu príncipe.

- Quer que eu a ajude se levantar?

- Por favor.

Ele então pega o meu braço direito e o coloca sobre o seu ombro direito, em seguida ele segura em minha cintura e me guia com cuidado até o banheiro.
Ao entrarmos percebo que o mesmo é pequeno, com apenas um chuveiro, uma privada e uma pia para lavar as mãos, porém tudo está limpo e organizado. O Oliver pescador parece perceber algo, e sem me soltar ele pega uma cadeira que estava atrás da porta e a coloca sob o chuveiro.

- Pode-se se sentar nela para tomar banho. - Diz olhando para a pequena cadeira de plástico.

- Obrigada.

Ele então me leva até a cadeira e após eu me sentar, ele explica onde está as coisas que eu vou precisar, como toalha e sabonete, e em seguida se retira do banheiro.

Sorrio ao perceber que ele mal havia me olhado quando entramos no banheiro, nem mesmo quando disse que ia sair e que se precisasse era só gritar. Era como se ele estivesse tentando me respeitar. Até o seu toque em minha cintura foi inocente e cuidadoso. Eu gostei.

Continuo sorrindo enquanto retiro o meu vestido sujo e mal cheiroso, porém fico séria quando começo a retirar os esparadrapos dos cortes.

Arde. Arde muito.

Como aquele filho da puta teve coragem de fazer isso comigo?

Desgraçado.

Assim que eu melhorar e voltar para casa, eu vou direto na danceteria pedir minha demissão. Não quero nunca mais olhar na cara daquele nojento.

Suspiro de alívio ao retirar o último curativo, porém essa sensação vai embora assim que eu abro o chuveiro e a água quente escorre sobre os meus cortes ainda abertos.

Mordo o lábio inferior para não gritar de dor, e tento ao máximo gemer o mais baixo possível. Afinal o que eu menos quero é que o pescador tímido da porta ao lado entre e pergunte o que houve enquanto tenta não olhar para minha nudez.

Rio com a cena em minha mente, e tento manter o bom humor enquanto passo o sabonete pelo meu corpo e depois no meu cabelo. Após fazer isso eu me enxáguo, e então desligo o chuveiro. Estico a minha mão não machucada para pegar a toalha, e assim que a alcanço eu me enxugo e me contorço para enrolá-la em meu corpo.
Após ter certeza que minhas partes íntimas estavam devidamente tampadas, eu respiro fundo e chamo pelo pescador. Ele aparece em alguns segundos, porém pergunta se pode entrar antes.

- Pode sim. - Digo segurando o riso.

Ele então abre a porta e entra no banheiro olhando para o chão.

- Pode olhar para mim, eu estou enrolada na toalha.

- Acho melhor não. - Diz se aproximando ainda olhando para o chão.

- E por que não? - Pergunto confusa.

Ele então para na minha frente e fixa os olhos nos pés da cadeira.

- Porque você é muito bonita.

Após ouvir isso o meu coração acelerou em um ritmo frenético.

Ele me acha bonita.

Sorrio contente enquanto ele se aproxima e pede para que eu apoie o meu braço nele. Faço o que ele pede e então ele me guia até a cama.
Assim que me sento e que retiro o meu braço do seu ombro, eu me aproximo o mais perto possível e sussurro:

- Eu também te acho muito bonito.

Na hora o pescador ficou com o rosto totalmente vermelho e sem dizer uma palavra ele se retirou do quarto o mais rápido que pode.

- Fofo. - Murmurei após perceber que o mesmo também havia deixado uma muda de roupa sobre a cama.

Peguei a muda e vi que era um vestido solto e florido junto com um cardigan de lã azul. Também tinha um short amarelo. Talvez ele não quisesse que eu ficasse destampada na área inferior.

Rio enquanto me troco sentada na cama. Após me vestir, eu penteio os meus cabelos com os dedos e volto a chamar o pescador. Mais uma vez ele aparece rapidamente, mas não antes de novamente demonstrar o seu cavalheirismo.

- Posso entrar? - Pergunta sem abrir a porta.

- Pode.

Sendo assim, ele entra no quarto e então eu percebo que o mesmo está com uma pequena maleta branca nas mãos.

- Kit de primeiros socorros. - Diz após notar meu olhar curioso.

Ele então se aproxima da cama e se ajoelha em frente aos meus joelhos. Com cuidado ele abre a maleta e retira um pequeno frasco de dentro dela.

- Vai arder um pouquinho. - Anuncia antes de pingar o líquido do frasco nos cortes.

Arde um pouco mesmo, mas nada que eu não possa aguentar. Em seguida ele coloca curativos nos joelhos e depois os enfaixa. Sorrio ao perceber o quão delicado ele foi para que eu não sentisse dor.

- Agora a sua mão. - Diz se sentando ao meu lado na cama.

Em silêncio eu estendo a minha mão machucada e então ele pinga o remédio.

- Ai. - Murmuro por ter ardido mais que os joelhos.

Sem dizer nada ele começa a soprar o machucado fazendo com que o meu coração volte a disparar.

- Está melhor? - Pergunta me olhando nos olhos.

Eu aceno com a cabeça enquanto o admiro encantada. Ele repete o processo que fez em meus joelhos e logo termina de enfaixar a minha mão.

- Pronto. - Diz sorrindo.

Ah, esse sorriso, parece tanto com o do meu Oliver. - Penso o encarando.

- Está tudo bem?

Noto que ele está me olhando sem graça, talvez seja porque eu estou olhando para ele igual uma tarada.

- Sim, está. - Digo sem graça.

- Ótimo. Vamos jantar então?

- Vamos.

Ele então me guia até a cozinha como fez das outras vezes, e após me sentar, noto que ele havia feito peixe cozido com molho de tomate.

- Espero que você goste de peixe, nós comemos muito disso aqui.

- Nós? - Pergunto escondendo o fato de eu não gostar de nenhum animal marinho.

- Sim, eu, o velhote e sua mulher. - Responde colocando um pedaço de peixe no meu prato.

- E eles são os seus pais?

Noto uma sombra de tristeza no seu rosto e me arrependo na hora por ter feito a pergunta.

- Não, porém me tratam como se eu fosse o filho deles.

Dou uma garfada no peixe e levo até a boca.

- Está muito bom. - Tento mudar de assunto. - Você cozinha desde quando?

Mais uma vez o semblante triste.

- Não sei. - Diz se sentando. - Na verdade eu não sei nada sobre mim realmente.

Sinto um nó na garganta.

- Sabe, parece que eu sofri um acidente dois anos atrás.

- So-freu? - Repito soltando o garfo na mesa.

- Sim, o velhote me encontrou perto de uma encosta, eu estava muito machucado.

Meu coração bate devagar enquanto sinto um suor frio escorrer pela minha testa.

Não pode ser.

- Fiquei três dias desacordado, quando abri os olhos eu não me lembrava de nada, nem do meu próprio nome.

- E... Como vo-cê lembrou que se chamava Oliver? - As palavras saem arranhando a minha garganta.

- Eu tive um sonho. Eu e mais dois garotinhos, eles me chamavam assim, de Oliver.

- E quem era... Quero dizer. E como eram eles?

O pescador fechou os olhos e franziu o cenho.

- Não me lembro muito bem, mas acho que um deles se parecia com um anjo, se não me engano seu nome era.. Gabriel. Isso! Era Gabriel o nome do garotinho de cabelos loiros.

Na hora eu perdi o fôlego.

Ele me olhou...

- Luna?

Minhas pernas estão dormentes e eu não consigo vê-lo muito bem.

- O que foi?

Acho que eu estou caindo.

- Luna!

Meu amor...

Ele corre em minha direção.

Seu rosto, eu posso vê-lo.

Sim... É ele...

Meu Oliver.

Meu príncipe.

Ele sobreviveu...
*********

E ela desmaiou... Kkk

E aí meus amores, tudo bom com vocês?

Eis que lhes envio uma surpresinha de madrugada. Gostaram?

Pois então deixem o seu voto e os seus comentários.

Em breve estarei escrevendo e postando o próximo capítulo.

Beijos e até mais ❤

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