America, riu baixo piscando freneticamente, não acreditando no que seus olhos viam a sua frente.
Isso não é um espelho...
Isso não é um espelho...
Oh meu Deus...
QUE LOUCURA É ESSA?
Estou vendo a mim mesma!!!
Ela passou as mãos nas bochechas que estavam com a barba por fazer, pinicando, deixando ainda mais irritada.
- Maxon... No meu corpo... - ela resmungava baixo, como uma mantra.
Enquanto Maxon caminhava de um lado ao outro no quarto, explodindo nervosismo, passava as mãos nos cabelos repetidas vezes, esquecendo-se completo que os cabelos dele agora eram enormes, e ruivos demais para serem dele.
- Você está descabelando meu cabelo... - falou, America, irritada, por vê-lo arrancando seus cabelos.
Sim, meus cabelos. O corpo é meu, e eu quero ele de volta!
Eu preciso me acalmar, e achar uma solução cabível... Tem que haver uma solução. Tem que haver...
Ela suspirou cansada, aceitando a situação em que se encontrava.
- Maxon senta aqui. - apontou para a cama, falou despreocupada - Vou te ajudar a prende-lo.
Maxon esbugalhou os olhos, exalando preocupação com a reação natural dela.
- America... - começou, pensativo - Você vai... Surtar...?
- Acredite... Não tenho intenção de deixar você destruir meu cabelo. Então, senta aqui agora. Irei prende-lo. - ordenou, com o timbre de voz que normalmente Maxon usava com ela quando falava sério.
- É assustador demais encarar meu rosto. E ouvir minha voz... - revelou Maxon, frustrado.
- Acredite você não é único que pensa assim... - sussurrou.
America mordeu o lábio como sempre fazia, sentiu a barba que estava já dando sinais, e suspirou longamente.
Maxon sentou-se, balançando os pés, ansiosamente.
- Me dê o braço. - ela pediu. Ele o ofereceu. Pegou o elástico que estava no pulso. - Obrigada.
- Na verdade, é obrigadO. - a corrigiu.
- Eu sou America Singer, uma mulher, então é obrigadA. - prolongou o "a", irritada.
- America se você continuar vivendo no meu corpo... As pessoas não poderão saber do que aconteceu... - ele começou a arquitetar planos.
America prendeu o cabelo, com um puxão forte, Maxon reclamou de dor.
- Você tá louca? - ele retrucou, passando a mão na cabeça.
- Isso mesmo, eu estou loucA. - enfatizou novamente, - E não! Não vamos viver nossas vidas assim, temos que achar uma solução para isso, então cale a boca. E só abra-a quando achar uma resposta plausível para tudo isso que aconteceu.
- America, veja a forma que você fala comigo. Não é porque você está no meu corpo que você tem o direito de falar comigo assim. - ele exaltou-se, provocando.
America encarou-o da cabeça aos pés, e riu baixo, com a verdade que estava estampada agora.
Isso será o meu fim.
Eu estou morta.
Arruinada se eu não achar uma solução.
- Você tem razão, Maxon. - sorriu, falsa - Vou me lembrar disso daqui por diante toda vez que me olhar no espelho.
- O que você quer dizer? - ele perguntou desorientado.
- É irritante conversar com você. Imagina viver dentro de você. - ela ofereceu seu melhor sorriso.
- Ha-Ha-Ha! - riu provocante, - Você acha que estou satisfeito em ter um corpo de uma mulher virgem? Isso é deprimente!
- Cale a boca. - ela gritou alto.
Maxon se aproximou dela, encarando-a, esquecendo-se de que agora sua altura de um metro e cinquenta e seis não seria tão ameaçador quanto a dela.
Ela riu dele, quando viu seus olhos desviarem encabulado.
- Você tem razão. Estar no seu corpo tem muitas vantagens. - ela falou por fim, - Posso contar para todos que sou gay, e que tenho um caso assumido por aí. - sorriu, ameaçando-o.
- Você não ousaria. - ele ladrou, assustado.
- Então pare de tentar me humilhar por ser virgem. - ela riu, cínica, - Se você não percebeu quem é a tal virgem é você. Não eu, porque eu sou Maxon Schreave. - zombou-o.
Maxon encarou os seus novos pés, e sorriu por constatar as unhas tão bem feitas de vermelho.
America o encarou, preocupada, pela risadinha baixa que ele dava.
Ele vai surtar?
Oh meu Deus, no meu corpo não.
- Maxon? Que foi? - ela perguntou, mas ele estava perdido no seu próprio mundo.
Ela se aproximou dele com cautela, e encarou seus olhos.
Eu preciso fazer uma hidratação de pele quando eu voltar ao normal, minha pele está acabada pela cerveja.
Ela sorriu, mediante a ideia absurda em que pensava, enquanto a situação atual era alarmante demais.
Foi quando America voltou a realidade, ela viu quando Maxon a encarava com uma expressão fechada, perdido.
- Estou aqui... Maxon. - ela sorriu, tímida.
- Também estou America... - ele suspirou.
- Precisamos descobrir como as coisas ficaram assim. - sussurrou, Ames, tentando ser razoável, piscava muito.
- Ames... não chore. - Maxon disse, ela levantou os olhos, prestes a negar.
- Eu não... - gaguejou, com a voz trêmula, Maxon não pensou duas vezes, envolveu seu próprio corpo, num abraço.
- Nós iremos encontrar uma solução. - ele sussurrava ao seu ouvido, tranquilizando-a.
Quando de repente a porta de sua suíte, havia sido aberta por sua mulher, profundamente irritada.
- O que vocês dois pensam que estão fazendo? - ela gritou, enlouquecida, entrando no quarto como um furacão.
- Celeste... - começou Maxon, mas teve que parar no mesmo instante em que percebia a burrada que estava prestes a cometer.
- Calada! - Celeste apontou o dedo para America/Maxon.
America se afastou de Maxon, desconfortável, por ter seu corpo ordenado por essa mulher.
Trincou os dentes para nao dizer uma bobagem. Foi quando ela sentiu as mãos dela, segurarem seu pulso, arrastando-a.
- Maxon meu amor... Eu estive tão preocupada. - ela falava melosamente.
Oh meu Deus, é nesse momento em que você me leva embora desse mundo!
Se já não bastasse tudo isso que tem me ocorrido...
Agora mais isso? Já tá na hora de pedir um aumento mesmo.
Vamos, America Singer! Você tem que suportar isso, eu aguento! Eu aguento.
- Olá amor... ? - ela falou sugestivamente.
Como Maxon chama ela? De víbora? De cascavel? Ah isso é um pé no saco!
Celeste sorriu feliz por ouvi-lo chama-la assim. Fazia tempos que ele não a chamava assim.
- Fico feliz que você esteja tão bem, meu bem. - ela se jogou nos braços de Maxon/America.
Eu vou vomitar em ter que fazer essa cena romântica com ela...
Socorro.
- Ah, hum - gaguejou, tentando afastar o corpo do dela, repulsivamente, engoliu a seco - Agora não... querida.
Maxon que assistia a cena de rabo de olho, sabia muito bem que America estava prestes a pular no pescoço dele por ter que fazer um papelão como este.
Ela vai me matar assim que Celeste for embora...
Então acho melhor eu ir embora primeira.
Além de que... Assistir essa cena toda em terceira pessoa é constrangedor demais.
- Amer... - interrompeu-se, nervoso demais - Maxon! Maxon - corrigiu-se quase gritando. America rolou os olhos. - Estou indo embora.
- Já deveria ter ido. - alfinetou Celeste, com os braços em torno do pescoço do homem em que ela acreditava realmente que era seu marido.
- Eu acho que é você que deveria ir. - tirou os braços dela, profundo irritada, America. - Estou um pouco indisposta.
- IndispostA? - perguntou Celeste, aturdida.
- IndispostO. - corrigiu Maxon, desesperado. - Ela... Quero dizer ele quis dizer IndispostO.
America sorriu envergonhada.
Que grande merda é essa em que fui me enfiar?
- Me perdoe minha doce donzela, mas terei uma reunião particular com America agora. - sorriu, falsamente, America.
Celeste não conseguia acreditar no que ouvia.
O que está acontecendo com você, Maxon?
- Hum... Okay, eu acho. - ela respondeu, desconfiada.
America ajudou a encontrar a porta.
Deve ser muito difícil para ela entender que não quero vê-la.
Nem hoje. E nem nunca mais.
Muito menos toca-la.
Abriu a porta, com um verdadeiro cavaleiro, e esperou ansiosamente que ela saísse, mas antes que pudesse dizer adeus, os lábios de Celeste roubaram um beijo de um Maxon embasbacado.
Ela em choque total, fechou a porta. E a única coisa que pode fazer foi gritar.
E foi isso que ela fez.
- Eu não acredito! Ela roubou um beijo dos meus lábios! MEUS LÁBIOS A VÍBORA ME DEU UM BEIJO. OH MEU DEUS. EU NÃO ESTOU ACREDITANDO NISSO. - ela gritava alarmada, enfurecida.
- Tecnicamente são os meus lábios, então não há problema. - tentou argumentar Maxon, America o fuzilou com os olhos.
- Eu não acredito que você pode fazer piada com algo tão. MAIS TÃO SÉRIO COMO ISSO!
- America se você nao percebeu... - ele pigarreou, constrangido - Talvez você tenha que fazer mais do que um beijo para agrada-la.
America deixou a boca cair no chão, de tão perplexa.
- PeloamordobondosoDeus. - ela falou rápido demais - Não me diga que você está supondo... SUPONDO, QUE EU - apontou para si mesma, com o dedo tocando no peitoral bem malhado de Maxon, - DEVO TREPAR COM SUA MULHER? - riu, sarcástica.
- Bem... Se você pensar bem... Não será você - ele começou novamente com seus papos, mas America o interrompeu bruscamente.
- Não me venha com esta história novamente de que eu tenho que interpretar você. - ela esbravejou.
- Então o que você espera fazer enquanto isso?! - ele enfureceu-se.
- Encontrar uma solução para o problema. Não fingir que ele não existe. - ela ladrou tão alto.
- America eu entendo que isso... - ele começou, mas foi então que os pensamentos ficaram claros.
- Você acha que foi a velhinha? - ele perguntou, piscando.
- Graças a Deus, você sabe usar um cérebro, Maxon! - debochou-o, - Está mais do que óbvio que algo aconteceu. E é isso que precisamos saber. Para consertarmos esse maldito erro.
- America você não está supondo que devemos subir novamente a montanha, não é? - ele perguntou, desconfiando dos planos dela.
- Não, não Maxon. - ela zombou, bem no estilo que ele adorava falar com ela, bem cínica - Vou esperar sentada até a velhinha vir aqui, pedir desculpas, e nos dar um antídoto, e possamos voltar com nossas vidas normais. - revirou os olhos, irritada.
- Não precisa ser grossa. - retrucou, Maxon.
- Só estou pagando na mesma moeda, o que recebi nestes três anos. - ofereceu um sorrisinho.
- Ok! Já entendi... - ele rendeu-se.
- Então vamos ao plano A. - começou America, - Subimos a montanha, raptamos a velha, fazemos ela reverter nossa situação. E pronto, seremos nós mesmos novamente. - falou simplória.
- Posso perguntar qual seria o plano B? - ele riu baixo, curioso.
- Eu ainda não tenho um plano B. Mas quando eu tiver... Ele será o B. - sorriu, envergonhada.
Ela suspirou cansada. Cheirou a si mesma, e resmungou baixo:
- Estou fedendo a álcool.
Maxon aproximou-se dela, e cheirou-a, pegando-a de surpresa.
- Acho que você precisará me dá um banho... - falou, sugestivo, rindo.
Ela sentiu as bochechas queimarem, constrangida.
- É humilhante demais ver meu próprio rosto, envergonhado. - riu Maxon alto. - Se quiser posso te ajudar.
- Você não irá me tocar. - ela vociferou, assustada.
- Hum... - sorriu, malicioso - Você mesma que dar uma checada no meu material, né? - debochou-a.
- Cala a boca, Maxon. - ela balançava a cabeça negando, tímida.
- Ai meu Deus. É muito bom zombar de você. - ele ria tanto que dobrava-se.
- URGH! IRRITANTE. - ela deu as costas a ele. - Se eu não estivesse tão apertada, eu te mataria.
- Quer ajuda para segura-lo? - piscou os olhinhos, o safado.
America bufou furiosa. Se aproximou dele, e decidiu se vingar dele, por mais que ela soubesse que era seu próprio corpo, e isso doeria para caramba. Não se importou.
Empurrou o corpo para a cama pelos peitos.
- Ai. Isso dói! - choramingou, Maxon. - Que dor dos infernos... Meus peitinhos...
- Você é irritante demais... Não chame meus peitos no diminuitivo! Se não vou chamá-lo - apontou para baixo - De "paulinho". - debochou-o, cínica.
- Ele já tem nome. - riu, Maxon. - "Grande Rei."
- PUTA QUE PARIU. - xingou America, chocada. - Você não tem vergonha não?
- Não mesmo. Ah... E lembre-se, é só sacodir ele, que ele vai reagir... Vê se não se mija toda. Apontar, relaxar, e sacodir. - riu.
- Nojento. Nojento. Nojento. - ela repetia com repugnância, - Para de ficar massageando meus peitos. Você parece um tarado fazendo isso.
- Não posso fazer nada. Eles estão doendo porque alguém me empurrou, e machucou os gêmeos.
- Não dê apelidos para eles. - vociferou.
- Tudo bem... - ele riu. - Vá fazer sua mijada.
- Xixi. Uma dama faz xixi. - bravejou.
- America você agora é Maxon Schreave. E Maxon Schreave faz mijada. Não xixi. Xixi é para mariquinhas. E isso Maxon Schreave não é. - ele falava de si mesmo em terceira pessoa.
- Quem garante que não? - resmungou entre os dentes, America.
- Apontar, relaxar, e sacodir? - repetia para si mesmo se preparando para o que estava prestes a fazer.
Caminhou até o banheiro, sentindo-se caminhar para uma sentença de morte.
Respirou fundo, e abriu o zíper, fechou os olhos, pegou papel higiênico na parede.
Apontar, relaxar, e sacodir.
Não olhe. Não olhe. Não olhe.
Meu Deus do céu.
Me proíba de matar essa curiosidade.
Amém.
Foi quando a curiosidade falou mais alto, ela abriu um olho, e o que saiu em seguida foi um grito ensurdecedor.
- Que que houve, America? - gritou Maxon do outro lado da porta.
- Me ajuda. Não vou conseguir! Não vou conseguir! Não vou conseguir!
******
[N.A.:
A VOLTA DA RAINHA
OLAAAAA QUANTOS TEMPO!
SAUDADES DE MIM (;
ESTOU BEEEEEEM ENROLADA NA VIDA, SABE COMO É NÉ, FIM DE ANO, FIM DA VIDA.
AJSKAKKWKDOWOWOS
Mas então, não sei se farei outra atualização este ano.
(SERIO MESMO, NAO TO ZOANDO, MINHA VIDA TÁ UMA LOUCURA!!!)
AHHHHHH, TÔ COM SAUDADES.
AGRADEÇO DE CORACAO POR TODOS OS COMENTÁRIOS, EU LEIO TOOOODOS, eu nao respondi pq A PORRA DO WTT TÁ QUERENDO FOD*R COMIGO.
Beeeeeem, percebi que tô com mais de 70 leitoras, SOCORRRO QUE EMOCAAAAAAAAO *------*
AHHHHHH AMO MUITO VOCÊS.
OBRIGADA POR FICAREM COMIGO MESMO QUANDO SOU UMA MANEZONA E NAO ATT...
SERIO CES SAO FODAS!
AMO CADA UMA.
BEIJO NA BUNDA.
PS: NAO SEI SE ESTE CAPÍTULO FICOU BOM, PQ COMO EU TAVA MEIO ENFERRUJADA, NAO SEI OPINAR. ME DEEM VOSSAS OPINIÕES AMIGAS.
COM AMOR, A RAINHA
AHHHHHH FINALMENTE ENCONTREI O NICK DA MINHA VIDA!!!
Aiksososkdoaodowkekeosoeoe
finalmente, a Rainha Natt.
Amo vocês, ja disse?
Bejunda.
]