Se Um Dia Eu Fosse O Maxon

By rainhaNatt

87.4K 8.2K 13.2K

Illéa, 2016 Se Um Dia Eu Fosse o Maxon. Este dia, finalmente, chegou! America Singer, a assistent... More

1 - Adorável Chefe
2 - Sete segundos
3 - EU ME DEMITO!
4 - Péssimas mentirosas.
5 - Mamãe & Papai Cupidos
6 - Quem precisa de quem, afinal?
7 - Futura America Leger
8 - Papel de trouxa do ano vai para...
9 - A PSICOPATA
10 - O menino Matt
11 - Quem venceu a aposta?
12 - A casa vai cair
13 - Quem é essa mulher?
14 - Oito anos atrás
15 - Sou sadomasoquista, não sabia?
16 - Cobra mãe, cobra filha.
[Um pouco sobre a louca que sou]
17 - Desvendando sonhos
18 - O que todo preso faz?
19 - A Velha
20 - minha gatinha
21 - 24/12
22 - Solta! Não Solta! Solta!
23 - Oh garotinha...
24 - As Celestes de Galaxon
25 - Chega disso, America Singer!
27 - Isso não é um espelho
28 - É o Mickey, Maxon!
Se apaixone mais, por favor.
29 - Casos de família
30 - Novela Mexicana 🇲🇽
DIZEM NA VIDA
31 - O primeiro beijo, nenhum OTP, esquece.
32 - Ela não esperava por isso
33 - Você... é meu noivo?!
34 - iludidas feat.mortas
34 - VOCÊ É DESPREZÍVEL!
35 - "Por favor... Você não pode mesmo me amar?"
36 - Chuva ardente passageira (America Singer)
eai, galera
37 - Eu beijei a minha garota (Maxon Schreave)
Liar Lips - (SongBook)
38 - Convenção em família
39 - Festa, garfo, e a vagabunda!
40 - Brigas, cadeia, e assassinatos!
41 - Cada um seguir com sua vida. (Maxon Schreave)
42 - Demita seu coração!
43 - Eu matei um homem...
GENTYYYYYYY
44 - Um mísero acontecimento em versos
ai meu Deus
45 - Plano Infalível.
46 - Se torne o homem que ela precisa (???)
47 - Just make it stop... please Aspen. It hurts.
48 - "Será"
49 - Aquela pessoa.
50 - Senti sua falta.
51 - A RAINHA DA PORR@ TODA ESTÁ VOLTANDO AAAAAAA!
52 - Eu sempre imaginei como seria quando você tentasse America
notas
53 - Suor de amor!
54 - Os corações deles... pararam de bater!
55 - Pode partir... mil vezes se desejar.
56 - Give me love

26 - A morte de um é a vida de outro - Chá Transformação.

1.7K 160 392
By rainhaNatt

Maxon envolveu a cintura de America com os braços, e sentiu o estômago reagir a bebida estranha. Ele a apertou-a no abraço.

Provocando-a.

Sentiu a necessidade de passar as mãos pelo pescoço dela, acariciando. Se repreendeu instantaneamente.

Foi quando seus pensamentos traiçoeiros, o levaram ao dia da chuva.

Rimos tanto aquele dia
Queria poder voltar...

Os dois um na frente do outro, ensopados, mas rindo a vontade.

Aquele sorriso que contamina os olhos, tomou seu rosto.

Chuva...

Dança...

Sonho...

O bei-...

Beijo... Que não existiu.

America com as palmas das mãos nas costas de Maxon, sentiu quando os músculos das costas dele recontraíu, ela se afastou, e o encarou.

Ah menina, você não faz ideia das ideias que passam na minha mente.

Ele baixou os olhos, culpado, se sentindo pego no flagra pensando em algo que nunca aconteceu.

E nunca deveria pensar, era o que mais doía.

America sorriu, tímida, e bebericou novamente o copo.

Após um tempo em silêncio, Maxon movimentou as pernas sentindo cãibras, a cabeça leve demais.

Sem perceber soltou seus demônios que o assombravam.

- Ames... - ele começou, pensativo.

- Sim... - voltou a bebericar.

- Você já se sentiu atraído por alguém que não deveria? - ele perguntou, como quem não quer nada, querendo tudo na verdade.

America virou o rosto para o outro lado. Mordeu forte o lábio.

- O que você quer dizer?

Merda! O que ele tá pensando me perguntando algo assim?
Ele está bêbado?! Só pode ser isso!


Maxon estalou os dedos, um pouco alterado. Riu baixo, e suspirou rendido.

- Acho que me expressei mal, o que quis dizer... - pigarreou, constrangido - Você já se apaixonou antes, além do seu noivo?

America piscou diversas vezes, até ter certeza que aquilo não era um pesadelo.

Abriu a boca. Tentando expelir as palavras, que não saíam.

- Eu... - gaguejou - Só amo um homem, e ele é As...- cortou brusca, se corrigiu - Meu noivo.

Isso foi como um tapa sem mão em Maxon.

Ele balançou a cabeça concordando.

- Por que você me perguntou isso? - America levou o copo aos lábios.

- Eu sempre quis saber o porquê de você ter demorado a se casar... pensei que tivesse um outro homem na história. - Maxon falou rindo, mas aquelas palavras acertaram em cheio.

America se engasgou com a cerveja. Tossiu forte, recuperando o fôlego.

Por um momento vi minha vida passar pelos meus olhos.

- America você está bem? - brincou, Maxon, dando tapas leves na sua costa.

Ela acenou rapidamente.

Maxon puxou o copo de sua mão, e bebeu o restinho que tinha.

- Era meu... - argumentou, Ames.

- Era... Passado. Agora vou encher nossos copos. Porque quero te fazer uma pergunta... e preciso ter certeza que estou completamente bêbado antes, para poder culpar a bebida amanhã.

America sorriu, apontou o dedo a ele:
- Garoto esperto.

Maxon se levantou, com um pouco de dificuldade, mas conseguiu entrar na casa inteiro.

As galinhas namoradeiras, o seguiam, ciscando nervosas.

Ele procurou com os olhos a garrafa, encontrou na mesa. Sorridente, pegou-a, e voltou para fora.

- Aqui. - ofereceu a Ames. Os dois beberam.

- Obrigada. - Ela sorriu.

America fechou os olhos, e aproveitou a cerveja com devoção. Sentindo o gosto soar levemente nos lábios, com prazer.

- Isso é muito bom. - sussurrou, visivelmente embriagada.

Maxon maneou a cabeça concordando.

- Agora comece suas perguntas... - acelerou-o, Ames.

Ele riu baixo, e arqueou a sobrancelha, estudando-a.

- Você ainda não me respondeu o porquê de tanta demora a casar-se com o pobre coitado. - zombou.

America bufou em resposta, e acidamente respondeu:

- Diferente de algumas pessoas, acredito que casamento é algo que deva ser levado muito a sério. - alfinetou-o.

Ele riu provocado. Mas deu de ombros, fingindo não se importar.

- Você vai me dizer também que só irá perder a virgindade com seu marido? - sugeriu, provocante.

America bufou, bateu o pé no batente da porta, e voltou a beber, acusada.

- OHDEUS. EU NÃO ACREDITO NISSO. - falava alto, Maxon, ria tanto que dava tapas na própria perna - Você tá colocando o pobre coitado em celibatário por todo esse tempo?


America terminou a bebida, emburrada. E muito, muito mesmo, alterada.

Bateu o copo no batente, e disse:
- Cala a boca, pelo menos eu sei o que é ser amada.

Maxon riu baixo, aproximou dela, e sussurrou para ela, muito perto de seus lábios. Ela podia sentir que centímetros separavam os lábios dos dois.

- Você pode até saber o que é ser amada... - ele a imitou, mas quando prosseguiu falou com as palavras com clareza, e ofereceu um sorriso sacana - Mas não sabe o que é ser desejada. Almejada. Saciada. Preenchida.

America sentiu as bochechas queimarem, envergonhada, pelas palavras dele.

Ela tentou responder, mas as palavras não estavam ali.

O silêncio entre os dois foi ensurdecedor aos ouvidos dela.

Numa situação como essa, apenas algo seria tão favorável:

Um beijo. Os lábios um do outro colados um ao outro, sem fim, numa dança ritmada pelo desejo um pelo outro.

Mas não foi isso que veio, o que veio sim foi trágico.

America tentou controlar o arroto grotesco que estava prestes a sair, mas foi em vão.

- AGH! - espantava o cheiro com as mãos Maxon, assustado. - Isso não foi nada romântico.

- Foi mal...Desculpa... - sorriu, constrangida.

- Por um momento... eu pensei que fosse rolar outra coisa... - falou entre os dentes baixinho, raivoso - E você me faz isso.

- O que foi? - ela tentou ouvi-lo, mas não entendeu.

- Nada... nada. - fez um gesto com a mão.

Ela abaixou a cabeça constrangida.
Por fim, levantou a garrafa e disse:

- Mais? - ofereceu, Ames a garrafa, Maxon olhou para ela, estranhando-a.

- Você já está bêbada?

- Claro que não - ela balançou a cabeça repetidas vezes, Maxon tentou controlar os risinhos.

- Então enche mais aí, quero ver você bem bêbada então. - debochou, enchendo ambos os copos.

Eles voltaram a beber, após um tempo permaneceram em silêncio ouvindo o som dos animais noturnos.

Foi quando Maxon abriu a boca para dizer que o tempo estava muito agradável, que ele soltou a pergunta que tanto queria fazer, mas não havia tido coragem, apenas com a bebida.

- Ames...

- Sim...

- Você já sonhou comigo alguma vez? - ele perguntou na lata.

America sentiu o álcool descer rasgando pela garganta. Tossiu forte.

Engasgando, assustada. Abriu a boca. Fechou.

Puxou o ar, constrangida.

- Por quê? Você já sonhou comigo? - devolveu a pergunta, astutamente.

Maxon soltou uma risadinha anasalada, tímido. Visivelmente embriagado.

- Talvez sim. Talvez não. - brincou, rindo de si mesmo. - E você? Não irá me responder?

- Talvez sim. Talvez não. - imitou, um pouco alterada.

- Eu já sonhei com você. - Maxon disse fraco pela cerveja.

America arqueou a sobrancelha tanto que quase encostou no teto da casa, de tão surpreendida que ficou.

- Você sonhou comigo?! - repetiu, embasbacada.

Ele acenou com a cabeça.

- UAU. - ria, - Eu também já sonhei com você uma vez...

- Sério? - ele perguntou esperançoso - O que era?

- Não lembro direito... Mas lembro de você correndo atrás de mim, enquanto eu entrava na igreja, você tentava me agarrar, dizia que eu não podia me casar porque tinha muito trabalho a terminar ainda. - ela falou super séria, tentando não rir.

Maxon esbugalhou os olhos, descrente.

- Você sonhou comigo por causa do trabalho? - ele repetiu, tentando entender o sonho dela, irritado. - Que merda. - falou baixinho pra si mesmo.

Ela acenou afirmando.

- Você vai querer mais? Vou encher o meu... - ela perguntou.

Maxon encarou o copo, pensativo, riu de algo, coçou a cabeça, e estendeu o copo, aceitando por fim.

- Acho que se estamos na chuva é pra se molhar, não é? - ele riu.

America sorriu, e concordou.

Voltou para dentro da casa, a procura da cerveja de outrora.

Com a cabeça voando.

Bateu com força na cadeira, com o dedão do pé.

Ai merda, que dor...
Ai ai ai meu dedão fofinho...

Subiu na cadeira que havia visto a vovó subir, e encontrou na última fileira várias tipos de garrafas intituladas em mandarim.

Ela tentou reconhecer as garrafas, mas todas pareciam iguais demais.

- Chá puritano? Isso existe? Ou é sumiço? Ai meu Deus minha visão tá toda embaçada!

Pegou uma garrafa e cheirou-a.

Não é essa. Aonde você está... Cervejinha sua linda...

Pegou outra. E cheirou-a. Tinha um cheiro doce de morango. Sorriu, aprovando.

Desceu do banco com dificuldade com a garrafa em mãos.


Park Shin, esquentava um bule de chá no fogão a lenha do outro lado da casa, quando viu America andar cambaleante para o lado de fora.

Ela estava satisfeita consigo mesma, oferecer a eles o chá misturado ao álcool foi a melhor ideia dela.

Quem diria que após 25 anos, eu voltaria a fazer o chá da Revelação.

Este chá mostrará aos dois o verdadeiro sentimento um pelo outro. Será impossível eles se manterem distantes, se for realmente verdade que eles se amam.

Ela suspirou, vitoriosa, lembrando-se de sua mocidade, e das grandes enrascadas em que se metia.

Boas recordações

- Essas crianças são muito fraca para álcool... Meu Deus.. que vergonha dessa juventude...

Ela ria baixinho, foi quando ela notou a garrafa em que America segurava nas mãos.

ISSO... ISSO... NÃO É ALCOÓL!

OH DEUSES. NÃO SEJA O QUE PENSO.

Ela sentiu a bile subir, tamanho o nervosismo.

Ela largou o bule no fogo, esquecendo-se dele, desesperada, correndo na direção dos dois.

America, menina... Esse não!

Isso não é cerveja...

Ela deixou a cadeira cair, mas quando ela chegou a porta, era tarde demais.

America ja havia servido a si e Maxon, os dois brindavam com a caneca, rindo.

- A nossa felicidade! - saudaram.

- Não! Não! NAAOOO! - gritava, Park Shin, apavorada.

Maxon bebeu o chá com vontade, aproveitando deliciosamente o sabor de morango doce nos lábios, riu, notoriamente embriagado:

- O que houve sua velha? - perguntou Maxon, com a voz arrastada.

Park esbugalhou os olhos, sentindo as lágrimas ameaçarem.

- Cuspa, malcriado. Cuspa! - ela se aproximou dele, e enfiou o dedo em sua boca em desespero.

Oh não, Oh não

Maxon a empurrou, emburrado.

- Você enlouqueceu?

Ela alternou o olhar entre os dois, e viu quando America fechou os olhos, ela se apavorou.

- Menina! - a sacudia, - Cuspa! Cuspa!

Maxon, embriagado demais, tentou se levantar para ficar no meio das duas.

Mas ele sentiu as pernas mais pesadas do que costumavam ser. Os olhos foram se fechando com força, puxando-o para o mundo do sonhos.

America não conseguia reagir ao sono que se alastrava por seu corpo com facilidade. Apertou os olhos, e dormiu.

Park Shin, caminhou de um lado, aterrorizada. Não acreditando que por causa de dois minutos em que tirou os olhos dos dois, eles haviam aprontado!

Os lábios tremiam de nervosismo.

- Eu não acredito nisso! Eles estão me dando mais trabalho do que jamais imaginei! OhDeus.

Foi quando ela sentiu o primeiro pingo cair na testa, alertando-a do terrível perigo em que essas duas crianças haviam se metido.

Ela se ajoelhou no chão, e a chuva começava a cair, provando para todos que o que estava feito, já não voltaria mais atrás.

Ela correu até o meio do jardim onde as galinhas corriam com medo dos raios que caiam na terra, assustando-as.

Park segurou a garrafa com força na mão, quebrando o vidro nas mãos, chorando compulsivamente, releu o título da garrafa, e sentiu os pelos do corpo arrepiarem.

A morte de um é a vida de outro- Chá Transformação.

Isso não era apenas um chá de feitiço pronto.

Era um feitiço proibido.

E agora não tinha como mais voltar atrás.

- Por favor, Divindades! Não sejam maus com essas crianças, - suplicou, com o sangue escorrendo das mãos, - Se alimentem de mim. Mas não dá almas deles... por favor... - os lábios tremeram.

Ela se aconchegou no chão, enquanto a chuva forte caía desesperadamente.

- ISSO É LOUCURA, SHALOM. - ela repetia, - Você sabia que isso iria acontecer... Você não deveria ter preendido a alma da sua filha assim... E se eles no final não se entenderem?

A chuva caía molhando seu corpo, enquanto, America e Maxon se perdiam no mundo dos sonhos, e das lembranças.



Dizem que há uma profundeza nos sonhos que se pode decidir o que quer sonhar, ou não.


É como se fosse um filme, decide vê-lo já sabendo do final, ou apenas o ignora, e passa para outro.

Seria tão bom se a vida fosse assim.

Não é assim que nossas lembranças ficam guardadas na memória, não é somente coisas boas que nos acontecem na vida que lembramos.

Na verdade, temos a lembrar mais da que sofremos do que os momentos bons.

Aquele momento de dor.

De desespero.

Em que nos sentimos sozinhos.

Em que o vazio inexplicável fica insuportável.

Esses são os piores momentos.

E foi num desses momentos que a mente de America se perdia, aterrorizando-a.

America, tinha novamente doze anos, quando decidiu viajar para a Itália em busca de liberdade. Seus pais foram contra a princípio.

Mas quando viram que nos últimos anos, a tolerância entre ela e Kota piorava cada vez mais.

Kota arrogante, sempre queria mais.

Enquanto America fugia dele.

Ele sempre a assustava nos seus pesadelos. Eles eram irmãos.

Mas para America, ele era seu terror.

Doía nela pensar isso dele, mas parecia que sempre era a mesma coisa.

America, sentiu a cabeça rodar novamente nas suas lembranças, lembrou-se de sua festa de quinze anos, de como havia sido divertido naquela noite.

Lembrou-se de quando teve seu primeiro beijo.

De como era maravilhoso correr pelos jardins da grande Casa Singer.

Da risada rouca de papai, da cantoria perfeita de mamãe. Das artes de May.

Dos vasos quebrados de Gerard, por causa do futebol na sala, em que ele insistia.

Tudo isso ela amava.

Ela tinha certeza disso.

Foi quando no meio de todas as boas lembranças. Veio a mente, a primeira entrevista em que ela, finalmente, revia Maxon, após cinco anos.

Ele estava mais alto, o cabelo perfeitamente penteado.

Ele estava tão engomado que parecia que tinha saído de uma lavanderia.

Ela sentiu um pontada forte quando ele a estudou de cima a baixo, sentiu-se amendrontada naquele instante. Ela estava ali para confirmar com seus próprios olhos se ele realmente não lembrava-se dela.

Mas ele realmente não a reconheceu, ela ficou um pouco desapontada.

Mas não perdeu a compostura. Naquele dia, quando ela havia contado a Aspen que havia conseguido encarar a Maxon frente à frente, ela viu os ciúmes estampados nos olhos de Aspen.

Ele deixou escapar, com uma risadinha:

- Se não fosse por ele, já estaríamos casados nestes cinco anos.

America não respondeu, deixou morrer a conversa, não estava disposta a entrar no assunto.




Maxon respirava acelerado. O mundo dos sonhos era um lugar perigoso para ele.

Ele soava, enquanto as memórias o assombravam, e o desestabilizavam.

Ele corria pelo jardim da sua grande Casa, em Angelis. Sua mãe vinha atrás dele, rindo.


No momento seguinte, ele lembrava da noite do acidente.

Ele sentia o calafrio percorrer toda sua espinha, quando ouvia os gritos de desespero das pessoas gritando pedindo ajuda.

Socorro, alguém me ajuda! Por favor!

Por favor, eu não quero morrer! Por favor. Me ajudem.

Me ajudem. Minha bebê. Por favor. Socorrem minha filha.

Minha mulher está morta!!!!

Alguém me ajuda, a socorrer minha família!

AJUDA! AJUDA! AJUDA!

Ele não estava mais lá, mas ele sabia que os gritos dos inocentes daquele dia, nunca seriam esquecidos do seu inconsciente.

Sentiu o queixo tremer, as lágrimas cair.

Isso é apenas um sonho. Não é real.

É passado. Já passou.

Não é real. Não é real.

Sua memória o traía novamente, levando de volta ao passado.


Ao dia em que ele conheceu Celeste.


Ela corria desesperadamente pelas ruas, vestida de noiva, com a maquiagem borrada, os sapatos nas mãos, e o buquê desmiolado.

Ela chorava compulsivamente, por um milagre Maxon nao a atingiu com o carro, ele estava indo se consultar com Carter, seu mais novo psicólogo.

- Hey, sua louca! - ele esbravejou, saindo do carro, - Você quer se matar?

Celeste sorriu de canto, assustando-o.

- Neste momento eu realmente quero morrer. - ela foi sincera.

Maxon olhou de um lado ao outro, e a multidão se aproximou para ver a cena.

Ele viu quando os ombros dela sacudiram fraquejando.

A menina estava vestida como noiva e desesperada. Nao precisou de muitas palavras para Maxon entender que ela havia sido abandonada do pior jeito possível.

Ele deu dois passou a frente, tentando afastar os curiosos com as mãos, dispensando os.

- Vão embora! - gritou para eles. Alguns se afastaram com medo dele.

- Qual seu nome? - ele se virou a ela.

- Celeste. - ela sussurrou, amendrontada.

- Entre no meu carro. - ele ofereceu uma saída. Ela o encarou desorientada. Não sabendo como lidar com o desconhecido.

- Eu sou Maxon Schreave. Pode confiar em mim. - ele sorriu.

Ela secou as lagrimas, olhou em volta, e foi quando seus olhos acharam sua mãe.

Sua mãe. Sua pior inimiga correndo em sua direção.

A mulher que destruiu sua própria filha por ganância.

Ela entrou em desespero, se escondeu atrás dele.

- Por favor, não deixe que ela me leve. - ela disse baixo.

Maxon demorou a entender o que estava prestes acontecer. Foi quando Claire chegou, falsamente, colocou a mão no peito, fingindo falsa preocupação.

- Cel... Minha filha... - segurou no braço dela, apertando com força, machucando-a, enquanto sua voz transbordava preocupação - Por que você fugiu, meu amor...?

Maxon sentiu quando a menina recuou para mas perto dele, fugindo da tal mae.

- Vamos Celeste... Não se preocupem! - ela falava para a plateia, - Ela só ficou nervosa por causa do Casamento, essa tolinha...

Celeste se virou para Maxon, e implorou com os olhos:

- Me ajuda. - sussurrou. - Me ajuda. Não deixe ela me levar.

Ele não pensou duas vezes. Segurou a mão de Celeste, firme, sem machuca-la, e afastou da mãe.

- Eu levarei Celeste. - ele falou autoritário, como se a conhecesse.

- Quem é você para levar minha filha? - debochou, Claire, puxando-a com brutalidade.

Maxon respirou fundo, e tomou a atitude mais insana da sua vida, viro se pra menina, e perguntou:

- Quantos anos você tem?

- Fiz dezoito ontem. - ela sussurrou.

- Ótimo. - sorriu, - Adeus senhora.

Ele soltou a mão que Claire segurava Celeste, abriu a porta do carro, autoritário.

- Entra. - ela entrou, sem pensar duas vezes, querendo fugir daquela cena vergonhosa, ele deu a volta, e ligou o carro, rápido.

- Obrigada. - ela repetia sem parar, chorando. - Muito obrigada.

- Não há de quê. - ele sorriu, e perguntou tanto o que queria saber na lata - Ele te abandonou ou você o abandonou?

Ela baixou os olhos, e apertava os dedos, magoada.

- Longa história, mas posso resumir em uma frase: ele me deixou, minha mãe me enganou, no fim, era outro homem.

- UAU! - ele respondeu surpreendido. - Você achou que iria casar com um homem, e na verdade, era outro?

- Sim... E a merda é ainda mais fedorenta. O outro era o pai dele. Dá pra acreditar nisso? - ela falou incrédula. Sentindo repugnância.

- Que nojo de família. Qual o nome?

- Leger. Os Legers.

Maxon parou o carro, bruscamente, ao som daquele nome.

- O QUÊ?!!!!!

- Foi por isso que me joguei na frente do seu carro. Prefiro morrer do que casar com ele.

- Eu estou abismado, e enauseado.

- Somos dois, então. - ela encarou as ruas passando pela janela, pensativa.

Após um longo tempo de silêncio mútuo, e agradável.

Maxon se sentiu relaxado ao lado dela. Vê-la daquele jeito fez ele perceber que os piores medos dele não se tornariam tão terríveis quanto os dela.

Imagino como ela deve estar quebrada por dentro...

Mas foi neste momento em que ele se enganou. Os sentimentos de piedade o confundiram, terrivelmente.

A mente de Maxon anuviou novamente.

Ele sentia cabeça pesar vigorosamente, forçando a se mexer inquieto.

Suas lembranças o trouxeram ao presente, principalmente, a noite dos lábios de America, ele tinha certeza que os lábios dela eram macios.

Mas como ele tinha tanta certeza disso se nunca a havia beijada?

Seu corpo doía, desconfortavelmente, foi quando por um susto, ele abriu os olhos, e reconheceu o teto do hotel em que estava hospedado.

Ai minha cabeça. Que dor!
Hotel?

Estranho...

Como foi que cheguei aqui?

Ai! Que dor.

Ele passou a mão no rosto, afastando o sono.

Como sempre fazia ao acordar, passou as mãos pelo peitoral a fim de melhorar a respiração, foi quando suas mãos apalparam algo em que ele nunca havia tido antes.

Macios, e circulares de mais para seu gosto.

Ele rodeu os dedos pelo montante no peitoral, foi quando seu cérebro fez um click! Ele riu feito louco.

Isso parece peitos... Ha-Ha-Ha

Eu devo estar enlouquecendo...

Deve ter sido a cerveja horrorosa de ontem....

Ou isso ainda é um pesadelo.

Isso é um pesadelo, com certeza.

Ele voltou apalpar o corpo, quando chegou a parte inferior do corpo, sentiu um calafrio tremendo percorrer da cabeça aos pés.

Ele pulou da cama no mesmo instante, incrédulo.

- Que merda é essa? - passou as mãos nos cabelos grandes, avermelhados, perturbado.

Ele correu até o banheiro, assombrado.

Foi quando a imagem a sua frente, o desestabilizou por completo.

Ele tinha certeza que ele era Maxon Schreave. Mas por que ele estava vendo outra pessoa a sua frente?

Pior.... A Mulher.

Ele gritou tão alto, que até o outro quarto ouviu.

- OH MERDA! POR QUE ESTOU VENDO AMERICA?!!! POR QUÊ? QUE MERDA É ESSA?

Ele gritava alto. Entrando em pânico.

- AI MERDA. EU TENHO PEITOS. PEITOS. PEITOS. UMA.... OH MERDA. MERDA. - berrou. - OHDEUS. OHDEUS.

Ele caminhou de um lado ao outro, tentando de alguma forma se acalmar.

- OH MERDA! MERDA! MERDA! MERDA! - ele gritava alarmado.

Desesperado.

Foi quando a porta do banheiro foi aberta de supetão, por uma America, que agora tinha como nova residência o corpo do homem em que ela mais fugia do mundo, tinha os olhos vermelhos de tanto chorar, não acreditando no que tinha acontecido.

Maxon olhou-a, não confiando no que seus olhos viam. Ele via a si mesmo. Isso foi o bastante para os dois entrarem em colapso.

******
[N.A.:

EU V

PRA ESSA BAGAÇA!

E AÍ DAQUELE QUE FICA NO MEU CAMINHO.

HALWKQLELQLLWJEQLEMQKQKWKWKQLWKWKWKQLWLK

ESPERO BASTANTES COMENTÁRIOS, HEIN. PQ TIVE TRABALHO DOBRADO.

OAKWKQKWKKWKWKWLWMW
MAS POR AMAR VOCES TO AQUI.

VAMOS AO MEU RANTS.

QUERO CONVERSAR COM VOCES POR LÁ.

VOU POSTAR UNS BAGULHOS LÁ.

E PRA VOCE QUE NAO GOSTA DO MEUS GIFS COREANOS, só lamento.

Beju DA VINGADORA NATT.

AKKSKQLSKWKQLKSLQW TROQUEI MEU NICK EM COMEMORAÇÃO! Kldkqlanwkkakskqow

Comi fini o capítulo inteiro escrevendo. Na primeira vez que escrevi esse capítulo comi chocolate pra caramba, brotou uns cão na minha cara toda. (Tomei na bunda)

KAKDKQLWKWLQKSLALAAKEKWMKE

]

Continue Reading

You'll Also Like

144K 14K 25
⚽️ 𝗢𝗡𝗗𝗘 𝗟𝗮𝘆𝗹𝗮 perde seu pai por uma fatalidade. Nisso, teria que passar a morar com sua mãe e seu padrasto, o que era seu pesadelo. Em mei...
123K 7.6K 58
'𝘝𝘰𝘤𝘦̂ 𝘦́ 𝘢 𝘱𝘰𝘳𝘳𝘢 𝘥𝘢 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘱𝘦𝘳𝘥𝘪𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘔𝘢𝘳𝘪𝘢𝘯𝘢.'
1.2M 66.7K 82
Grego é dono do morro do Vidigal que vê sua vida mudar quando conhece Manuela. Uma única noite faz tudo mudar. ⚠️Todos os créditos pela capa são da t...
128K 16.1K 39
Wednesday Addams, dona de uma empresa famosa, acaba perdendo sua melhor top model para empresa rival. Com Edward em sua cabeça, Wednesday decide ir e...