Quem Foi Que Disse? (Standby)

De adeboramay

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Ela, psicologa, vinte e três anos, e trabalha como babá para Família Real Alberton. Babá a três anos, dos peq... Mais

Prólogo
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis - Primeira Parte
Capítulo Seis - Segunda Parte
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove - Primeira Parte
Capítulo Nove - Segunda Parte
Capítulo Dez
Capítulo Onze - Segunda Parte
Capítulo Doze
Capítulo Treze - Primeira Parte
Capítulo Treze - Segunda Parte
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capítulo Quinze - Parte Dois
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete (Part. 1)
Capítulo Dezessete (Parte Dois)
Capítulo Dezoito (Parte Um)
Capítulo Dezoito (Parte Dois)
Capítulo Dezenove
AVISO
Capítulo Dezenove (Part. Dois)
Capítulo Vinte - Parte Um
Capítulo Vinte e Um - Parte Dois
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte Um - Parte Dois

Capítulo Onze - Primeira Parte

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De adeboramay

Olá Garotas! Vamos iniciar o capítulo com uma visão sucinta pelo ponto de vista de Henrique?! *-*

Bônus Príncipe Henrique 


"Você está demorando muito... Eu já estou quase sentindo sua falta." 05:45am

Já se passavam das cinco da manhã quando eu recebi a mensagem de Emma que fez com que meu coração se apertasse e eu perdesse o sono. A ideia de fazê-la implorar por mim estava dando certo, e eu não precisava esperar muito para tomar uma providencia.

O ano mal tinha iniciado e já havia acontecido mais coisa do que o ultimo ano inteiro. As coisas nunca foram fáceis pra mim, por mais que vivesse rodeado de luxos e uma vida tranquila, eu sempre tive muitos deveres e obrigações a cumprir. E infelizmente, eu vivia rodeado de pessoas interesseiras, onde eu nunca conseguia saber o real motivo de a pessoa estar se aproximando de mim.

Eu era muito pequeno, quando tomei senso do que eu significava para a nação Inglesa, e desde então tenho vivido com a pressão de fazer algo que preste, algo que deixe meu legado por toda eternidade. Poucas pessoas sabem, mas me formei em medicina pela universidade de Cambridge, e na sequencia entrei no exercito, onde fui subindo hierarquicamente até a função de Capitão Alberton, onde tenho a função de garantir o melhor atendimento médico para mulheres e militares doentes ou feridos. Com isso trabalho doze horas, e folgo trinta e seis. Mas também tenho minhas causas sociais pelas qual eu luto, e as mantenho ativa, algumas na África e outras em países como Síria e Haiti.

Não tenho pretensão nenhuma de ocupar o trono de vovó, mas sendo o quarto na linha de sucessão, e irmão de Guilherme que é o primeiro na linha de sucessão, minha vida é um prato cheio para os tabloides. Felizmente, minha vida pessoal sempre andou bem por fora do que os tabloides publicavam. Eu era visto como o príncipe Devasso, e o garanhão de Londres. Mas eu estava longe de ser isso, primeiro porque eu morria de medo de me envolver com a mulher errada e ela fazer da minha vida um inferno, e segundo porque como falei lá em cima nunca sei em quem confiar de verdade.

Há alguns anos atrás, eu conheci Belinda, modelo em expansão ela me trouxe algo que eu jamais achei que teria. Ela me amava, e eu a amava também. Mas infelizmente, com esse nosso relacionamento trouxe muita exposição, enquanto eu preferia trabalhar com o anonimato, Belinda adorava se expor e contar detalhes da nossa vida pessoal para ser capa de revista. Pouco a pouco, fui perdendo Belinda. Uma hora era Tóquio, outra Milão, e nossas agendas começaram a ficar difíceis de encaixar. O amor que era fogo de artifícios se transformou em fogo de palha, e as coisas não estavam mais caminhando para o mesmo caminho. Minha ultima tentativa veio no aniversário de namoro, onde completávamos cinco anos. Pedi Melinda em casamento, em Paris, em baixo da Torre Eiffel. Era o único jeito que eu via de nossa vida dar certo, era nós dois juntos, porque daí ela abriria mão das suas viagens e passaria a viajar comigo. Mas Belinda não achava assim, e isso pra ela era uma escolha de ser "livre" ou pertencer a mim. Ela recusou, e desde então não assumi mais nenhum relacionamento sério.

Claro que a ideia de não assumir relacionamento, foi descartada da minha mente quando eu conheci Emma de um jeito melhor. Emma tem muitas características que fariam qualquer homem cair de amores por ela, a primeira eram aqueles longos cabelos escuros, acompanhados de um par de olhos expressivos e castanhos, aquela boca carnuda e levemente rosada, que pede para ser beijada a todo instante. Depois tinha aquele gênio difícil, onde por mais que o corpo dela dissesse que sim, ela teimava em dizer que não, com uma boca esperta que me fazia ter desejos ininteligíveis.

Mas ao mesmo tempo em que o temperamento difícil me deixava intrigado, a forma que ela se entregava quando estava com meus sobrinhos não me deixam duvida de que era com ela que eu queria formar família. Ela cuidava deles, como se fossem delas. E eles tinham um amor por ela que era surreal.

Claro que quem via Emma com as crianças, não conseguia ter a dimensão de quem ela era fora do âmbito de trabalho. Além do temperamento difícil, mas ao mesmo tempo amável, ela ainda tinha um estilo alternativo e cheio de personalidade. Quando estávamos sós, nós dois no quarto de hotel, ambos nus e excitados, Emma se transformou em uma leoa faminta e me deixou ainda mais "caidinho" por ela.

Então é oficial: Eu estou caidinho por Emma. E darei um jeito, seja ele qual for de tê-la para mim, nem que para isso eu tenha que sequestra-la e a esconder em uma torre, com dragões contra tabloides.

Capítulo Onze 


Acordei com o barulho de água fervendo, e quando me estiquei no sofá pude ver as costas largas de Marcello mexendo na pia. Joice morava em um apartamento pequeno, um quarto, cozinha e sala conjugado, no mesmo prédio em que morava Marcello, em um apartamento igual em frente ao dela.

- Bom dia Marcello! – disse me esticando para fora do sofá, sentindo uma pontada de dor nas costas.

- Bom dia, pequena! – ele sorriu. – Meu gás acabou, vim roubar o da Joice.

- Ah sim. – disse me sentando em uma banqueta da ilha que separava a cozinha da sala. – Já são dez horas?

- Sim. – ele sorriu. – Vim fazer um cafezinho e vou para o Restaurante dar uma ajuda para o pai.

- Você me espera?! – disse pulando da cadeira. – Eu vou com você.

- Espero sim. – ele nem terminou de falar e eu já sai para o banheiro. Fiz minha higiene com um nécessaire que eu havia levado, amarrei o cabelo em um coque, e sai juntando minhas coisas que estavam pela casa de Joice.

Tomei uma xicara de café que ele me ofereceu, e depois peguei carona com ele para o restaurante. Minha vó já estava acordada, fazendo coisas na cozinha quando entrei em casa.

- Bom dia bambina! – ela disse quando passei na cozinha. – Como foi a noite?

- Foi bem legal. – disse me encostando-me à pia a sua frente. – E aqui? Tudo certo?

- Tudo tranquilo. – ela sorriu. – Vá tomar um banho, que depois preciso da sua ajuda.

- Está bem. – disse roubando uma bolacha que estava em um pote e indo para o banheiro.

Antes de entrar no banheiro, chequei meu celular e havia uma mensagem de Henrique, anexada com uma foto. Era uma foto dele, deitado, com uma cara de sono fofinha, e os cabelos meio desgrenhados. A boca torcida em um sorriso sem dentes, que me deu um comichão e vontade de me agarrar naqueles cabelos, e me acabar naquela boca.

"Bom dia linda! Espere e verás! Beijinhos!"

Não respondi, e antes que eu entrasse em curto circuito, eu entrei no banho para ir logo ajudar minha avó. Estar longe dos meus pais e da minha vida na Inglaterra era bom, mas ao mesmo tempo me dava um misto de angustia e saudades. Eu amava tomar chá conversando com minha mãe, adorava passar algumas horas agarrada na Alice, enquanto ela divagava sobre a escola e víamos vários filmes de adolescentes, que eu juro que odeio, mas amo ver. Ou até mesmo discutir com Rubens por causa do volume do vídeo game, ou quando ele cisma e comer e não limpar a bagunça.

São todos esses detalhes que nos fazem uma família, completa e feliz. E por mais que eu esteja com a minha avó, que também é minha família, me falta parte de mim, que são eles.

Depois de ter tomado um banho, lavado o cabelo de novo, já que eu havia dormido com ele molhado e ele estava uma juba de leão, eu coloquei uma roupa casual de ficar em casa e fui ajudar minha avó.

Ela estava fazendo massa de macarrão e precisava de ajuda para sovar, e cortar. Estávamos as duas, escutando sua coletânea de Zucchero, quando Marcello apareceu na cozinha.

- Emma, tem um moço lá em baixo procurando por você. – ele disse com uma cara de poucos amigos.

- Por mim?! – perguntei sentindo meu coração bater mais rápido.

- Sim, ele é da sua terra. – ele disse meio seco. – Fala um italiano com sotaque engraçado.

- Olha bambina! – Minha avó dizia sorrindo e limpando as mãos no avental. – Corre lá que acho que seu príncipe chegou.

Meu coração estava batendo descompassado, e eu estava começando a tremer. Desci a escada devagar, bem diferente de como meu coração estava trabalhando, não queria parecer desesperada, e assim que cheguei lá embaixo ele estava conversando com Mario que estava no balcão.

Ele estava de costas, calça jeans, casaco de moletom cinza e boné preto. Ele estava tentando se disfarçar, mas era impossível disfarçar toda aquela beleza com um boné e uma blusa de moletom. Eu o reconheceria até se ele estivesse de burca e turbante no deserto. Ele emana uma energia e uma virilidade, que me fazia senti-lo antes mesmo de vê-lo, e depois que nós tivemos nosso momento carnal e intenso, todas essas sensações tomaram uma proporção ainda maior.

- Aí esta você. – ele disse e conectando seu olhar no meu, quando virou para a porta onde eu estava parada.

- Aí está você. – eu disse sorrindo para ele, e cruzando os braços.

- Demorei muito? – ele sorriu convencido rompendo nossa distancia.

- Não espere que eu diga publicamente, o quanto. – falei baixo quando ele parava na minha frente, fixando seu olhar no meu.

- Pode assumir, vai ficar só entre nós. – ele disse sorrindo, e me dando um beijo na testa.

- Como você descobriu onde eu estava?

- Olha, não foi um trabalho fácil. Tive que fazer algumas promessas para seu pai para conseguir que ele me contasse.

- Você jura?! – disse tampando a boca de espanto.

- Não. – ele riu. – Carol e Candace fizeram um trabalho de espião para mim.

- Ah entendi, e você veio hoje? – eu disse um pouco nervosa, sentindo o olhar de Marcello de trás do balcão para mim.

- Linda, se você não tiver problema eu queria te tirar daqui. – ele riu de lado.

- Vem cá então – disse pegando a mão dele, e sentindo seus dedos se encaixando com os meus. – Vem conhecer minha avó.

Ele assentiu, e nós fomos para a escada lateral para subirmos para a casa dela. Era estranho, eu estava dando uma abertura para ele, e levando ele para conhecer minha avó. Foi como se essas semana que eu estive longe dele, eu tenha entendido toda a importância que ele tem para mim, e que por mais que eu tente lutar contra o sentimento que eu tenho é impossível vence-lo.

Estávamos quase chegando ao topo da escada quando Henrique, com a mão livre tocou minha cintura, fazendo-me virar para ele. Eu estava um degrau acima, então estava quase da sua altura. Suas mãos me seguraram pela cintura, enquanto colávamos nossas bocas, em um beijo que era um misto, uma confusão de línguas e dentes.

- Acho que agora não temos mais do que fugir não é? – ele disse enquanto beijava minhas bochechas, testa e por fim lábios.

- A gente tem muito que conversar. – eu disse retribuindo os beijos. – Aconteceram coisas muito loucas né?! Em uma semana minha vida virou um inferno e tudo que eu mais queria era não ter cedido aos seus encantos.

- Eu sei, eu estava no Brasil, ilhado. Fiquei sabendo da noticia em uma entrevista pra uma revista de lá. Aí não consegui contato com você, e pedi pra Carol ir atrás de ti pra me dar informações. Mas parece que daí em diante as coisas saíram do controle e tudo deu errado. – ele continuou com as mãos no meu rosto. – Você consegue me perdoar por toda exposição que enfiei a gente?

- Você consegue me perdoar por ter sido tão cabeça dura, e ter complicado ainda mais a nossa vida?! – colei minha testa na dele. – Você sempre tão lindo, e romântico e eu fazendo da nossa relação difícil, querendo resistir a algo que era inevitável.

Ele não me respondeu, e me calou com um beijo. Um beijo calmo, e delicado, sua língua trabalhava em um ritmo perfeito com a minha. Minhas mãos se adentraram sem seus cabelos o trazendo cada vez mais pra mim.

- Depois a gente se perdoa de uma forma bem gostosa... – ele beijou meu queixo e meu pescoço. – Agora você pode me apresentar sua avó, e depois eu posso te roubar pra mim?

- Eu não sei se é uma boa ideia nós sermos visto juntos. O meu pai nem fala comigo, acho que se ele ver uma manchete nossa de novo o meu pai que é cardiologista enfarta.

- Eu estou preparado! Estou com tudo esquematizado. – ele sorriu enviesado. – Vou te levar para a aventura mais louca da sua vida e depois quando voltamos para Londres à gente pensa em como resolver tudo.

- Então vamos conhecer a Dona Luíza e vamos partir para essa aventura. – disse puxando ele para subir o resto da escada e entrar na casa.

***

Então meninas sei que o capítulo não está grande, mas vou tentar postar a segunda parte dele até amanhã. 

Não esqueçam de me contar o que estão achando. 

Beijinhos e abraços, Déb. 

Obs. Pra quem tem dúvida do que é um sorriso enviesado feat molha calcinhas aqui vai a dica:

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