Capítulo Onze - Segunda Parte

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Minha avó era minha avó né? Então claro que ela iria constranger o Henrique e ia dar um jeito de me matar de vergonha, contando pra ela quantas vezes eu vi sua entrevista, e quantas vezes eu ficava suspirando acordada ao invés de ajuda-la. Fez inúmeras perguntas, que ele foi muito atencioso em responder todas elas e também não perdeu a oportunidade de ativar seu super ego, falando do quanto ele era bonito e sabia que eu não podia ser imune a sua beleza.

- Dona Luiza, se a senhora me permitir eu gostaria de roubar a sua neta por algumas horas. – ele disse em um tom cálido, fazendo minha vó sorrir um pouco mais abertamente.

- Querido, você veio de Londres só para vir ao encontro essa coisa desalmada, é o mínimo que ela pode fazer, ir com você.

- Obrigada vó! – falei irônica. – Adoro como você me vende como uma mercadoria estragada.

- No fim acho que entendi porque Oliver, o filho da Beth da cantina, achou você uma mal educada, e também acho que ele tem razão.

- A senhora queria me obrigar a sair com ele, e eu não sou obrigada a nada. Além do mais ele tem a sobrancelhas juntas e uma verruga no nariz. – eu revirei o olho tão forte, que fiquei com medo de ficar assim pra sempre. – Tenha dó de mim.

- Então se ele não tivesse essas características peculiares você sairia com Oliver? – Henrique perguntou, tomando um gole do suco que minha avó havia servido a pouco.

- Isso não vem ao caso. – dei de ombros.

- É claro que vem. – ele disse um pouco impaciente. – Eu estou aqui desde ontem a noite, em um hotel bem simples e quase sem água quente, pra você na primeira oportunidade que tem ponderar sair com um homem.

- Henrique, por favor! – revirei os olhos de novo. – Vocês dois querem me deixar louca?!

Ouvi a gargalhada profunda de Mario entrando na cozinha, e ele enlaçou a cintura de minha avó depositando um beijo em seu rosto.

- Olha bambina, deixar as pessoas loucas é uma coisa que sua avó faz com maestria. Não é atoa que eu me casei com ela não é mesmo?

Minha avó sorriu e acariciou o rosto do marido dando um beijo nele. Eles eram tão lindos e românticos que faziam ter um pouco de inveja e querer ter algo assim também.

Henrique que estava sentado na banqueta em frente a ilha, virou pra mim, fazendo com minhas pernas encostasse nas dele.

- Se não for difícil para você eu gostaria que você viesse comigo. – ele alisou meu rosto. – Agora.

- Só vou preparar uma mala com algumas roupinhas. – disse ficando em pé entre seus joelhos.

- Anjo, para o que eu tenho em mente, tudo que você não vai precisar são de roupinhas... – ele disse baixo no meu ouvido, lançando um arrepio na minha cervical.

Antes que eu corasse, e me desmanchasse ao redor dos meus próprios pés, eu sai da cozinha e fui arrumar minha mala no quarto.

Pelo pouco de conversa que trocamos, descobri que Henrique havia chego na cidade na noite anterior e que estava hospedado em um hotel, mas que para minha surpresa já havia conseguido reservar uma casa em Florença para podermos ter um pouco mais de privacidade, e como ele mesmo disse "Para alinharmos nossa vida e começarmos a caminhar na mesma direção". Ele conseguia ser intenso para caralho, e bastante persuasivo, enquanto alisava minhas coxas, que eu não conseguia entender como consegui resistir a ele por tanto tempo.

Quem Foi Que Disse? (Standby)Where stories live. Discover now