Capítulo Dezessete (Parte Dois)

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Quando abro os olhos estou deitada no quarto escuro com Henrique, envolvido na minha cintura. Meu coração está descompassado e minhas mãos estão suadas. Tateio o travesseiro e encontro meu celular, ainda são 3h40 da manhã. Minha cabeça fica só martelando as coisas do sonho, ao mesmo tempo em que era um sonho parecia tão real.

Sei que tudo isso é fruto da minha imaginação fértil, devido aos meus medos e traumas relacionados a essa gravidez. Eu amo esse bebe que vai nascer. Amo mesmo. É um amor inexplicável. Amo uma ser que nem tem rosto, não tem forma e que eu não vi. Mas carrego dentro de mim. E que depende de mim para sobreviver. Confio no Henrique, mas sei que vamos passar por algumas provações até chegar o nosso felizes para sempre.

Decido levantar e ir tomar um copo de água, me desvencilho dos braços dele e vou até o banheiro. E depois encho um copo com agua da jarra que fica no quarto. Henrique ainda dorme, agora virado para o outro lado. Talvez ele realmente me ame. Mas talvez ele realmente só se sinta pressionado.

Na manhã de domingo, depois de ficar algumas horas acordada na madrugada, fui acordada com um café da manhã na cama. Suco de laranja, torradas, brioches, e as vitaminas que a doutora havia receitado. Depois ele me levou em casa, e minha fez ele ficar para almoçar. Passamos a tarde juntos, na casa dos meus pais, e no final da noite ele foi pra casa porque entraria no trabalho pela manhã.

Nos beijamos e nos despedimos, e ele ficou de marcar com obstetra da Carol para amanhã depois do meu trabalho, e me mandar uma mensagem, onde ele fugiria do trabalho e nos encontraríamos lá. Decidimos manter a gravidez em segredo, ao menos por enquanto, e no momento certo abrir o jogo com nossa família. Além do mais, uma hora a barriga vai aparecer né?!

Na manhã seguinte, fui trabalhar ao meio de uma crise de enjoo. Tentei me alimentar da melhor maneira possível. Tomei agua com limão durante o dia pra espantar o enjoo, mas só no fim da tarde é que as coisas começaram a melhorar.

A tarde havia saído uma nota no site oficial, falando sobre nosso relacionamento, e o quanto gostaríamos de ser respeitados. Então por desencargo Jeffrey ficou de plantão no hospital, para qualquer eventualidade de aparecer fotógrafos, ou jornalistas.

Eram quase seis da tarde, quando terminei minha ultima sessão. Arrumei minhas coisas para ir embora, e assim que cheguei em frente ao hospital, senti um cheiro de café vindo da cafeteria em frente que me deixou sedenta por uma xicara. Avisei Jeffrey, e fui até a cafeteria.

Fiz o pedido na cafeteria e fiquei sentada esperando, já que fui tentada a tomar café então que tenha algo pra acompanhar, pedi um muffin também. Eu encontraria a obstetra daqui a pouco, o nervosismo estava me deixando meio enjoada.

Henrique me enviou uma mensagem confirmando, e dizendo que estava saindo do Quartel. Avisei que estava fazendo um lanche e que já estava a caminho. Uma mulher loira, alta e esguia, vestida em um casaco vestido vermelho se senta em minha frente.

- Boa tarde! – ela diz tirando os óculos escuros e colocando na cabeça.

- Boa tarde! Posso te ajudar? – ela ficou em silencio me fitando, me olhando da cabeça aos pés.

- Sou Belinda Kovalski. – ela esticou a mão com as longas unhas pintadas de vermelho.

- Ok. Prazer Belinda. – apertei sua mão.

- Então você é a nova namorada do Príncipe?! – ela riu de lado. – Como eu esperava era só pra me causar ciúmes.

- Desculpe Belinda, mas não sei onde você se encaixa nesse assunto. – disse seca sem nenhum pingo de paciência.

Quem Foi Que Disse? (Standby)Where stories live. Discover now