Capítulo Dezesseis

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Uma respiração suave no meu pescoço me fez despertar. Mas eu estava quentinha e confortável o suficiente para abrir os olhos.

- Ei, morena. – a voz suave de Henrique me chamou. Sua mão percorreu meu corpo e parou na minha barriga, onde seus longos dedos me davam suaves apertões que me davam cocegas. - Vamos acordar? Já é quase uma da manhã.

- Jura?! – disse ficando me sentando assustada.

Meus pais saíram da casa de Henrique passava um pouco mais das nove da noite, desde então fomos para seu quarto, onde ele gentilmente me fez esquecer de tudo e cair no sono.

- Você fica tão linda quando acorda. – ele suspirou e me beijou o rosto. – E quando dorme... – outro beijo. – E quando vive. – outro beijo. – Você é linda de qualquer maneira mulher.

Meu coração dança quando ele fica falando coisas fofas sem motivo. Meu coração dança quando sinto o perfume dele, ou quando como agora ele me olha com aqueles olhos intensos e com um sorriso safado.

- Você também é muito bom de se apreciar sabia?

- É claro que eu sei, já viu o quão bonito eu fico de terno? Sou o cara mais bonito do mundo. E sexy claro.

- Não tenho como discordar de você não é mesmo? Além de tudo isso é o cara mais modesto do mundo.

- Ah isso também. Você é uma mulher de sorte.

- Pode apostar.

- Será que seus pais vão brigar muito se você dormir aqui hoje? Não quero desafia-los, mas é tão gostoso te ter aqui nos meus braços.

- Como você viu agora mesmo, eu durmo muito bem com você.

- Isso sem dúvida e ronca também. Mas não te culpo, eu sei como cansar uma garota.

- Uma garota senhor príncipe? Uma GAROTA?

- Não, quer dizer, sim. Você é uma garota, mas não só uma garota. É a minha garota, a que me deixa alucinado e perdidamente apaixonado. A garota em quem eu penso todo dia, infinitas vezes.

- Tudo bem. Você sabe como se redimir... Mas podia melhorar.

- Poderia? Alguma sugestão? – ele disse sorrindo de lado, e deitando em cima de mim.

Nessa hora ele parece um polvo, suas mãos percorrem todo meu corpo e me acendem inteira, de uma forma que só ele pode apagar.

Ponto de Vista Henrique

Rainha deixou claro, em várias línguas e planilhas, o porque Emma não era adequada para mim. Graças a Deus, eu não sou seu sucessor, então pouco me importava a sua aprovação. Eu amo a minha avó, ela é a figura materna que eu tenho desde pequeno, mas por mais presente que ela fosse, vivíamos mais com Eva que é hoje uma das governantas de Guilherme do que com ela.

Eu não a julgo, eu a amo. Ela tinha que dar conta de toda uma vida social, e Real, a qual duas crianças não estavam na lista de prioridades. Aliás, as suas crianças que eram meu pai e meus tios já estavam grandes pelo mundo. A vida relatada tem muito firulas e brilho do que realmente tem. Vivemos em função da Coroa, e abdicamos de ser quem somos, para ser uma Realeza.

Vovó sempre foi super protetora. Quando Guilherme começou a namorar Caroline, ela ficou irada. Fez uma comitiva, um jantar com toda a família de Carol, com classe e luxo desmedido para provar que Carol não era apta para ele. Porém, hoje eu já não sei mais onde começa o Guilherme e onde termina a Carol, acabou provando o contrário.

Quem Foi Que Disse? (Standby)Where stories live. Discover now