Capítulo Quatorze

906 98 0
                                    

Faz quase dois meses que Henrique e eu resolvemos assumir a nossa relação. Comecei a trabalhar em horário integral no Hospital, em uma função que eu estou apaixonada, e ainda tenho contato com os pequeninhos do Hospital o que me deixa ainda mais motivada para acordar todo dia cedo.

O único problema nisso tudo é que nossos encontros ficaram cada vez mais escassos. Ele tinha uma agendada apertada, eu estava trabalhando em um horário integral, e tinha uma família de marcação cerrada em cima de mim. A mídia havia esquecido temporariamente que eu existia, mas morria de medo de fazer um trecho maior sozinha andando e ser abordada por alguém.

A única maneira que encontramos de se ver ao menos três vezes na semana, foi no meu horário de almoço. Jeffrey sempre me esperava no seu carro pessoal, e me levava pela garagem para o apartamento de Henrique. O pessoal da Palácio estava acostumado comigo, isso era um ordem interna ninguém sairia falando sobre nós, se não era demissão na certa. O bom é que eles tinham um respeito bem sério pelos pedidos de Henrique e Guilherme, e jamais haviam falado de mim pra ninguém.

Hoje era um dia desses, em plena quarta-feira, eu estava sentada em uma das banquetas em frente à ilha da cozinha, enquanto ele estava terminando de preparar o nosso almoço. Era sempre assim, uma de suas cozinheiras, deixavam um prato pronto e ele só esquentava quando eu chegava. Eu tinha exatas duas horas para almoçarmos, namorar um pouquinho e sair correndo de volta para o trabalho. Acabávamos sempre sendo fogo na roupa, era só nos ver que começávamos a nos despir e o negocio pegava fogo. Como não nos víamos sempre e tinha esse limite de horário vivíamos em meio de uma tensão sexual enorme.

Hoje estávamos sendo mais contidos, mas era impossível me concentrar em qualquer coisa com Henrique andando do lado para o outro sem camisa com um avental amarrado na cintura. Era um teste, ele estava me testando só porque da ultima vez eu tinha dito que nossa relação estava só no âmbito sexual, e não conseguíamos ficar juntos sem se "atracar" um no outro.

- Queres beber alguma coisa amor? – ele disse levando a colher que estava mexendo o molho à boca.

- Uma água, por favor. Com gelo. – disse me abanando e rindo.

- Está calor por aí? – irônico perguntou enquanto colocava gelo em um copo.

- Você está se achando espertinho não é mesmo?! – falei enquanto levantei da banqueta e dei uma volta na mesa chegando a sua frente.

- Eu espertinho? – fez uma cara de coitadinho que quase acreditei. – Por quê?

- Porque está aí, andando pela casa, me seduzindo com esse corpinho desnudo, só pra eu sofrer com minha declaração de segunda-feira.

-Talvez, eu esteja. E aí o que você vai fazer? – ele virou as costas e foi no fogão desligar o molho.

Assim que ele virou de frente pra mim novamente, eu pulei nele, literalmente. Enrolei minhas pernas na sua cintura, e o beijei. Todo beijo era a mesma coisa, a pequena fagulha que se transformava em fogueira. Suas mãos experientes já sabia o caminho que deveria fazer, minhas mãos já estavam presas em seu cabelo o forçando-o aprofundar ainda mais o beijo.

Ele andou comigo no colo até a sala, e nos deitou no tapete felpudo em frente a lareira. Abriu minha blusa, tendo cuidado para não arrancar nenhum botão, enquanto eu mesma me desfazia das calças sociais. Eu estava com um conjunto branco de renda, mas eu nunca me preocupei muito com a roupa de baixo, já que Henrique nunca me deixava ficar muito tempo com ela.

Quem Foi Que Disse? (Standby)Where stories live. Discover now