Uma batida insistente na porta fez com que eu acordasse, e assim que abri os olhos me dei conta que eu estava nua, envolvida por braços quentes e uma perna pesada me prendendo na cama. A batida não diminuía e o ser do meu lado parecia estar no décimo terceiro sono, já que não se mexeu e nem abriu os olhos.
- Já vai! – berrei, tentando tirar os braços de Henrique de cima de mim, na tentativa frustrada de fazê-lo acordar. Rastejei para fora da cama, colocando a camiseta dele que estava no chão do quarto, me dando conta de toda a bagunça que havíamos feito.
Abri a porta o suficiente para enfiar a cabeça pra fora, não deixando quem quer que fosse ver meu corpo e nem a cama.
- Em que posso ajudar? – perguntei vendo uma camareira, não fiz questão de disfarçar a cara de quem não havia gostado.
- Trouxe o café da manhã. – uma mulher loira vestida com o uniforme do hotel, esguia e alta e com um exagerado batom vermelho. Não tive tempo de responder, já que ela forçou o carrinho na porta entrando no quarto me afastando na marra fazendo-me tropeçar nos próprios pés.
O quarto estava uma bagunça, havia roupas para todos os lados e toalhas de banho. A cama estava um emaranhado de cobertas e lençóis, mas fiquei feliz que Henrique estava coberto o suficiente, não dando um show com sua nudez para a curiosa camareira.
- Não lembro de ter pedido café. – disse rude.
- Regras da casa. – ela disse deixando o carrinho com o café perto da mesa. – Que festa tiveram aqui ontem hein? – falou tentando olhar a cama.
- É só isso pra você? – fui grossa, ainda segurando a porta aberta. – Também não lembro de ter pedido a sua opinião.
- Perdoe-me! – ela disse com um sorriso irônico. – Espero que tenham um bom café.
Ela saiu do quarto, e eu tranquei a porta, assim que passei a chave na porta, Henrique sentou na cama, me dando a visão do seu abdômen definido, e deu peito desnudo.
- Bom dia minha leoa! – disse rindo e se espreguiçando.
- Só se for pra você! Engraçado, que você só te acorda quando te convém né? – eu bufei e fui juntando as coisas jogadas pelo chão do quarto.
- O que você queria que eu fizesse? – ele revirou os olhos. – Oi bom dia! Sou o príncipe Henrique e tive uma noite de sexo quente com a moça aqui do quarto.
- Você acha que ela sabe que é você? Ontem ninguém te reconheceu, além daquela garotinha. – disse guardando as coisas na bolsa, e colocando as toalhas na cadeira.
- Se sabe ou não, eu que não ia dar margem para conhecer né? – ele levantou vindo ao meu encontro com toda sua nudez exposta e uma semi-ereção. – Você pode me dar bom dia, na altura do boa noite que me deu ontem? – disse me segurando na cintura me puxando ao seu encontro.
- Hey, pode parando! Ontem nós entramos em um acordo. Uma vez e só!
- Que quebramos ontem a noite mesmo, nas duas vezes de sexo na cama, no sexo que começou no banheiro e que terminamos no sofá.
- Você não me deixou em paz, não tenho culpa. – eu disse rindo.
- Culpa?! – ele riu. – Quem começou a me chupar no banheiro?
- Aff Henrique! Tem coisas que as mulheres fazem que não querem que fiquem falando.
- Achei que a minha garota ousada cheia de piercings, não tivesse problemas em dizer o que faz.
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Quem Foi Que Disse? (Standby)
RomanceEla, psicologa, vinte e três anos, e trabalha como babá para Família Real Alberton. Babá a três anos, dos pequenos John e Carlota, leva uma vida normal sem grandes aventuras, e coisas que façam seu coração palpitar e as borboletas voarem em seu esto...