Capítulo Doze

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Ponto de vista Henrique

O calor que emanava da perna de Emma havia feito me acordar em estado de alerta, com o "grande Henrique" se contorcendo embaixo de mim. Lá estava ela, deitada no travesseiro branco, com seus cabelos negros em cascata pela cama, com a boca entre aberta e uma respiração suave.

Ela era uma obra prima. Uma das mulheres mais lindas e sexys que eu havia visto no mundo, e isso me deixava putamente orgulhoso por ser sortudo e por ter ela. Porque por mais que na maioria das vezes ela negasse ela era minha. Era só seus olhar encontrar os meu, e minha boca a sua que eu sabia que ela era minha. Ela me queria na mesma intensidade que eu queria ela, porém, não sei esse querer tinha haver com amor.

Podem me chamar de maricas, mas o que eu sentia por essa mulher não tinha precedentes. Eu jamais fui tão sincero com minha família, e com o pessoal do Palácio. Eu havia partido de Londres, para Toscana sem a menor ideia de onde ela estava. Passei dois dias, dentro de um hotel bem ruim, que não tinha agua quente esperando um comando de Carol.

Quando eu recebi a mensagem de Emma, eu sabia que ela estava pronta. Então eu dei meu jeito de conseguir uma casa, de conseguir arrancar de Kiara Laham, e estar aqui para buscar o que era meu.

Mas e amor? Eu era louco apaixonado por ela, e não tinha porque fingir que não. A não ser que eu tivesse uma tendência sadomasoquista, porque olha que a mulher é difícil, é tinhosa e fez de tudo pra negar as evidencias. Mas agora estava aqui, sem armadura, sem troca de farpas, estava aqui despida de toda sua bolha de coragem.

Mas o amor eu não sabia se tinha. Ela não demonstrava, ela era carinhosa, se entregava de corpo e alma quando estávamos juntos, mas não se conectava comigo me mostrando que me ama. E cada vez que ela me beijava, eu me apaixonava por ela um pouquinho mais. Talvez eu realmente tivesse tendências sadomasoquistas, mas se isso era tudo que Emma tinha para me oferecer, eu ficaria imensamente feliz em aceitar.

Eu sabia que aceitar ficar comigo, namorar comigo e eventualmente no futuro casar comigo, Emma teria que abrir mão de muitas coisas. Ela seria sempre a Sra. Alberton, a esposa do príncipe Henrique, seria a Duquesa. E nunca mais voltaria a ser a Srta. Laham. Infelizmente, essa era a vida que eu poderia propor a ela, e para metade da Inglaterra isso seria um sonho, mas para mulheres independentes como Emma isso era um martírio. Então eu precisava colocar na cabeça dela o quanto eu a amava, e o quanto ela precisava de mim antes que ela desse conta disso e me abandonasse.

Meu celular começou a tocar e fez com que eu saísse devagar de seus emaranhado de pernas, para não acorda-la. Para minha surpresa a ligação era de Belinda, e eu achei que eu tinha deixado claro nossa conversa da ultima vez, mas pelo visto ela não entendeu bem meu ponto.

***

Acordei sentindo a falta de Henrique na cama, e olhei ao redor e não tinha nem sinal dele. Levantei observando pela vidraça do fim do corredor dos quartos que já havia anoitecido. Fui andando pelo corredor, nua já que minhas malas e roupas estavam na sala. Quando cheguei a sala, alcancei o vestido que estava em cima de um sofá um pouco sujo de esperma, o que me fez lembrar que transamos sem camisinha, eu tomo injeção a cada três meses, mas não lembro muito a ultima vez que tomei... Vou ter que procurar um ginecologista quando voltar para Londres, agora namorando vou precisar me cuidar.

Então ouvi a voz de Henrique.

- Eu falei com você Belinda... – ele suspirou fundo. – Pode deixar que da minha vida e das minhas escolhas eu cuido. – segundos de silêncio que pareciam longas horas. Fui andando para cozinha, onde pude vê-lo. – Perfeito. Quando eu voltar para Londres nós conversamos. – silencio de novo. – Essa é minha decisão e não vai mudar.

Quem Foi Que Disse? (Standby)Where stories live. Discover now