Oi meus amoreeeeeeeeeeeeeeeeeees!!!!
Quero dizer que eu amo vocês demaaaais! E que o capitulo passado foi o mais comentado da fic! Estou eufórica com isso! Queria postar antes mas realmente não tive oportunidade! Hoje estou bem gripada e com uma dor de cabeça horrivel mas devia isso a vcs por me fazerem tão feliz! Muito obrigada! Espero que continuem me deixando feliz assim!!!!
Boa leitura meus amores! Obrigada pelo carinho s2
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P.O.V. Stiles
Sentado naquela cadeira dura de hospital, o tempo parecia não passar.
Minhas mãos trêmulas deixavam nítido o desespero e o medo que eu sentia. Isaac estava há alguns bancos de mim e chorava tanto quanto eu.
Quando chegamos ao hospital logo retiraram ela de meus braços e a levaram sabe se lá pra onde, e eu fiquei ali, parado, encarando minhas mãos e minhas roupas repletas de sangue, sangue da pessoa que eu mais amava nesse mundo.
Prometi a ela que não deixaria nada lhe acontecer, e mais uma vez não pude cumprir... Que tipo de pessoa que eu sou? Ela deve ter toda a razão de querer ficar longe de mim.
Esse era um pensamento que rondava em minha cabeça junto com a preocupação de saber se ela ficaria bem ou não, se aquilo que havia acontecido com ela era realmente o que eu achava que fosse.
Pensar em ser pai na minha idade realmente era apavorante, mas ser pai de um filho com a Lydia de repente pareceu tudo que eu sempre quis, e se realmente for isso, eu quero, quero ser pai. Afinal tudo que vem dela é impossível não amar.
De repente sou tirado dos meus pensamentos pela Natalie que pelo jaleco já deveria estar no hospital quando viu minha mensagem falando sobre a filha dela e de estarmos indo para o hospital.
__Stiles pra onde levaram ela? Qual setor? O que ela teve? – seu desespero era nítido quando ela só sabia que estávamos ali, não sabia ainda a extensão do problema e me ver chorar com a roupa cheia de sangue com certeza lhe apavorou.
__E-Ela... Começou a sangrar, eu não sei bem... – não sabia como falar aquilo sendo que nem sabia com certeza.
__Sangrou como Stiles? Machucaram ela? Algum corte? – ela ficava mais aflita e não prolongaria mais a duvida dela.
__Eu, acho que ela estava abortando. – disse pela primeira vez em voz alta e ao constatar aquilo comecei a chorar ainda mais, um choro angustiado que dava pra ser ouvido por todo o corredor.
Isaac ao me ouvir falar levantou e saiu dali, acho que ele não estava preparado para ouvir isso e não posso culpa-lo pois eu também não estava.
Natalie passou rapidamente o braço pelo meu ombro como se mesmo desesperada ela quisesse me confortar, ela era médica, sabia manter um certo controle, depois disso ela saiu correndo com certeza já imaginando onde a filha estaria.
Minhas mãos foram para cabeça e ali eu me vi sozinho, só pensava em ligar para meus pais, mas não queria ter que explicar tudo, não tinha cabeça. Então me sentei da mesma forma a minutos atrás e esperaria o tempo que fosse.
***
Depois de uma hora ou talvez mais meu nome foi chamado na recepção e fui em disparada.
__Doutora Martin solicitou sua presença no 3º andar, quarto 306. – disse a recepcionista e agradeci rapidamente correndo até as escadas, não tinha condições nem de esperar o elevador.
Ao me aproximar do quarto Natalie estava na porta com outro médico que eu não conhecia.
__Stiles, esse é o médico dela, Doutor Dumbar. Lydia ainda não acordou, pode ficar com ela se quiser. – disse ela sendo totalmente profissional e não conseguir decifrar sua expressão estava me deixando ainda mais nervoso.
__Mas, como ela está? Está bem?
__Esperaremos ela acordar para dar as noticias ok? – dessa vez foi o medico ao lado dela que respondeu. Assenti sabendo que deveria ser um sigilo entre médico e paciente e entrei no quarto abrindo a porta lentamente para não acordar Lydia.
Deus, ela conseguia ser perfeita em qualquer lugar, sua pele ainda mais pálida que o normal e seus lábios ainda voltando para o rosa habitual que me hipnotizava, ela conseguia ser linda de qualquer jeito.
Olhar ela naquela cama, desacordada só me fazia querer chorar ainda mais, Lydia era tão forte, sempre foi tão cheia de atitude e desde quando todas essas coisas começaram a acontecer elas só traziam medos e frustrações para a vida dela, e para a nossa como um casal.
Meu maior medo era constatar que eu fazia mal a ela, porque Mal maior do que viver sem ela, não existe, eu não poderia suportar.
Peguei em sua mão pousada ao lado de seu corpo e foi como se passasse um vídeo na minha cabeça, nosso primeiro beijo, nosso primeiro momento juntos e desajeitados dentro daquele carro... Foi uma loucura tão inesperada que eu só conseguia pensar que por mim não sairia mais daquele veiculo.
Ela invadindo meu quarto pra dizer que me queria, que tinha me escolhido... Quando ela aceitou meu pedido de namoro, quando beijei ela e me declarei na frente de toda escola... As lágrimas caiam mais uma vez enquanto encarava aquele anjo deitado a minha frente. Queria que ela pudesse estar dentro de mim por apenas segundos, só assim seria capaz de saber o quanto eu sou perdidamente apaixonado por ela.
__Stiles. – aquele sussurro me tirou dos meus pensamentos me fazendo encarar aqueles olhos verdes abertos com dificuldade em minha direção. __Água. – ela pediu e logo peguei ao lado da cama e coloquei o canudo em seus lábios.
Assim que ela acabou me olhou por uns segundos e não pude deixar de notar que a minha mão ainda estava sob a dela.
__O que aconteceu?
__Você não lembra?
__Lembro, de sentir uma dor horrível e depois de mais nada... – ela completou.
__Você desmaiou, trouxe você as pressas pra cá. –disse fazendo carinho em sua cabeça, todo contato com ela era inevitável não sentir a saudade presente ali, inundando o cômodo.
Os olhos de Lydia caíram sobre meu corpo e seu rosto tomou uma expressão confusa, ela não sabia de tudo afinal.
__Esse sangue é meu? O que aconteceu Stiles? – agora ela se remexia na cama por ficar agitada e fez cara de dor levando a mão ao abdômen novamente. Meu medo daquilo tudo se repetir me despertou e apertei o botão ao lado de sua cama para que o médico soubesse que a sua paciente havia acordado.
__Calma amor, o médico já esta vindo. – disse como um habito e naquele momento ela puxou a mão da minha. Um vazio se instalou em mim e logo o médico entrou me impedindo de dizer qualquer coisa.
__Que bom que acordou Lydia. – disse o Doutor. Sua mãe logo entrou na sala atrás dele e deu um abraço na filha.
__O que aconteceu? Estou sentindo um desconforto, antes era insuportável, mas agora mesmo que seja pouco, ainda dói. – disse ela colocando a mão para mostrar aonde doía.
__Lydia, o que eu tenho para conversar com vocês dois infelizmente não é nada fácil. – quando ele disse "vocês dois" com os olhos em mim, uma tristeza me atingiu como um furacão, Lydia querendo ou não sentei ao seu lado na cama puxando seu corpo para meus braços e pude sentir seu corpo travar para depois relaxar ao lado do meu, só queria ali, poder sugar toda a tristeza que ela pudesse ter.
__Fale Doutor!
__Lydia, você estava grávida de 8 semanas, era uma gravidez complicada, e devida as fortes pancadas que você sofreu... Infelizmente Lydia, você perdeu o bebê. – disse o médico tentando nos passar o Maximo de calma, mas que todos sabíamos que seria inútil.
Lydia dessa vez se aconchegou em meus braços e seus lábios estavam grudados em meu peito abafando seus gritos sofridos e seu choro misturado ao meu.
Fiz carinho em sua cabeça que já se encontrava com os fios úmidos por causa das minhas lágrimas.
"Shh, meu amor, vai ficar tudo bem..." "Eu sinto muito, prometo que vai ficar tudo bem." "Vamos passar por isso..."
Sussurrava em seu ouvido entre as lágrimas tentando parecer forte e acalma-la de seu estado, Lydia não conseguia para de chorar e era angustiante. Nunca havia visto alguém tão triste e despedaçado na minha vida. Eu estava devastado, mas Lydia estava ainda pior.
__Doutor, mas ela não podia ter filhos, não entendo... – disse Natalie com as mãos na perna filha tentando consola-la de alguma forma.
__Como assim não podia? – perguntei incrédulo por não saber nada sobre isso, Lydia nunca me falou nada.
__Ela tem Endometriose Stiles, não é como se ela nunca pudesse ter, mas é bem mais difícil, por isso Lydia toma remédio desde muito nova, evitando que ela menstrue mensalmente, por fazer ela sentir dor mais do que o normal, as possibilidades dela são poucas, não impossíveis. – disse o médico tentando me explicar um pouco do que eu pouco sabia. Sim, eu sabia que Lydia tomava remédio anticoncepcional e esse ser um dos motivos que depois que eu fiz todos os exames necessários nós paramos de usar preservativo mas não sabia de todo o resto.
__É, e agora a única chance que eu tinha eu perdi, eu perdi por causa daquele garota, eu perdi... – disse Lydia separando a cabeça do meu peitoral pela primeira vez.
__Lydia, você vai ser mãe de novo, eu tenho certeza! Eu prometo! Nem que eu passe a minha vida tentando... – disse segurando seu rosto e colando nossas testas, disse enquanto chorávamos e não me arrependeria nunca disso.
__Stiles, vai embora. – disse ela tirando minhas mãos de seu rosto.
__O que?
__Vá embora, eu quero, preciso que você vá embora... – disse enquanto nós dois chorávamos e a mãe dela e o médico saíram do quarto.
__Mas Lydia, eu perdi um filho também... – disse intensificando ainda mais nossas lágrimas.
__Eu perdi um filho Stiles, eu perdi a minha chance, eu perdi o pai dele também que tinha o meu coração em uma bandeja e destruiu ele assim como a nossa relação.
__Eu amo você... – disse tendo mostrar que aquele sentimento era mais forte que tudo e que nós conseguiríamos passar por isso.
__Pena que não foi o suficiente não é? – disse ela agora virando a o rosto para o lado contrário chorando ainda mais.
__Lydia...
__Se você me ama como diz, só me deixa sozinha... Por favor. – ela disse e depois daquilo tudo eu só poderia demonstrar o quanto eu a amava assim, dando espaço para ela pensar e assimilar tudo que havia acontecido, até eu precisava disso, a diferença é que eu queria fazer com ela.
__Eu amo você, e se você quiser eu estarei aqui... – disse mais uma vez e sai do quarto
Parecia que tudo que eu mais amava eu estava abrindo mão e indo embora, não tinha mais cabeça para pensar em nada, só queria conversar com a minha mãe, ela deveria ser a única pessoa que me entenderia naquele momento, contaria tudo para ela.
Assim que passo pela recepção Isaac já estava ali sentado de volta. Olhou para mim assim que eu notei a presença dele.
__Como ela está? – ele me perguntou ainda sem saber de tudo e não respondi, simplesmente virei e fui embora.