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By InvolvedCamren

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Na Universidade Yale, tudo se envolve por um motivo. Camila Cabello, uma jovem de 18 anos busca apenas focar... More

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By InvolvedCamren


LAUREN POV

Entrei no alojamento tentando segurar as lágrimas de qualquer forma, mas infelizmente falhei. Elas desciam de forma devastadora sobre minhas bochechas esquentando ainda mais o meu rosto que fora tomado por um tom avermelhado. Fiquei totalmente sem rumo ainda parada de costas para a porta do alojamento deixando ser tomada por aquela maré cheia que transbordava sobre mim.

Uma avalanche de sentimentos havia tomado o meu corpo e mente por completo. Camila Cabello havia começado um inferno dentro de mim. Um inferno no qual eu não queria permanecer, por mais que por ela parecesse valer a pena a penitência.

Aquela maldita festa de boas-vindas.

Por que eu tive que me meter? Como pude me deixar levar por aqueles olhos, por aquela boca, por aquelas curvas, por aquele sorriso e pela voz doce? Aquela latina que aparentava ser tão frágil fisicamente só queria uma atitude minha. Como eu pude perder a cabeça desse jeito? Nem gay eu era, ou sou, sei lá.

Merda!

As lagrimas já ameaçavam a cair novamente, mas respirei fundo e contive toda aquela angustia misturada com raiva e covardia. Eu tenho certeza que quero aquela garota, mas pra mim, processar e aceitar toda essa novidade em forma de informações sobre a minha sexualidade estava sendo mais pesado do que eu pensava.

Minha mãe vai me matar e meu pai me deserdar.

Eu não queria admitir isso, mas eu tinha tanto medo de arriscar.

Alguns minutos após conseguir me acalmar consideravelmente quase por inteiro percebi que estava sozinha ali, então caminhei até o banheiro para que pudesse lavar o meu rosto e retoquei a maquiagem leve que eu havia feito hoje mais cedo. Querendo ou não eu ainda tinha compromissos com a universidade hoje.

A minha próxima aula seria na Oficina de Artes onde provavelmente eu pintaria o meu primeiro quadro na minha faculdade dos sonhos, Yale. Ao imaginar isso no último ano do colegial eu me via incrivelmente animada pintando o melhor quadro da turma e recebendo elogios de um professor gato, mas agora na atual realidade, eu estava tentando cobrir com maquiagem e um óculos escuro a cara de quem havia chorado torrencialmente por uma latina maldita que saiu da puta que pariu para acabar com a minha saúde mental. A vida realmente dá muitas voltas.

Aquele óculos escuro estava me incomodando, então resolvi tirá-lo pelo mesmo ali dentro do alojamento e guardei dentro da mochila junto com alguns materiais da aula que eu teria daqui a uns 20 minutos. Não peguei nenhuma tela porque como era a primeira aula, provavelmente eles nos disponibilizariam para os alunos ao decorrer da aula.

Peguei minha mochila, caminhei até a porta do alojamento e a abri. Do lado de fora eu conseguia ouvir um falatório vindo do alojamento 5 e automaticamente lembrei do semblante triste plantado no rosto de Camila antes dela fechar a porta na minha cara alguns minutos atrás.

Respirei fundo e me retirei daquele corredor que me atormentava com lembranças magoadas e com um humor totalmente instável.

Não tenho tempo pra isso.

[...]

Ao chegar à Oficina de Artes, a aula já estava prestes a começar. Sentei na última fileira ao lado de um rapaz magro que estava sozinho no canto esquerdo da oficina e logo um tom de voz grave e alto recheou os quatro cantos da oficina.

- Olá, eu sou o professor Simon Cowell e hoje teremos a nossa primeira aula na oficina de artes. Por favor, dois rapazes fortes me ajudem com os cavaletes e duas moças venham até aqui e distribuam aquelas telas médias.

O professor Cowell era um homem que aparentava estar na casa dos 50 anos, tinha uma expressão um pouco fechada e seu tom era totalmente autoritário arrastado por um sotaque britânico.

- Eu até me candidataria para ajudar a carregar os cavaletes, mas acho que eles pesam mais do que eu. – disse o rapaz magro ao meu lado de forma divertida, porém um pouco tímido. – Me chamo Tobey Maguire. – completou estendendo a mão.

- Eu até ajudaria a pegaria as telas, mas ele foi mais mandão que o meu pai. – respondi tentando parecer simpática mesmo com aquele humor variado. – Me chamo Lauren Jauregui. – completei apertando a mão de Tobey.

Após todos estarmos com as telas brancas sobre os cavaletes a nossa frente, eu retirei o meu material de dentro da mochila e apoiei sobre o suporte ao lado e me concentrei na fala do professor Cowell.

- Hoje eu quero que vocês me mostrem o que sabem fazer. – falou em tom autoritário caminhando pela oficina. – Mas quero emoção nessas telas, meninos. Se forem pintar uma casa no campo, membros familiares em um cenário ao por do sol, borboletas, um vaso, cacho de uvas ou qualquer uma dessas coisas amadoras, peço que se retirem da minha aula agora. Vocês estão aqui pare se tornarem artistas notáveis e renomados formados na grandiosa Yale, então me mostrem dor, me mostrem raiva, me façam querer chorar olhando para a tela de vocês. Façam valer cada tubo de tinta que vocês usarem. Podem começar.

Aquele pequeno discurso fez com que eu engolisse a seco toda aquela cobrança e pressão inicial que o professor Cowell colocou sobre os nossos ombros.

'' ...me mostrem dor, me mostrem raiva, me façam querer chorar olhando para a tela de vocês.''

Respirei fundo ao relembrar a fala do professor Cowell e percebi que eu olhava para uma tela em branco a minha frente a mais de 10 minutos. Havia me perdido completamente nos pensamentos conturbados que eu estava tendo com a latina. Mais uma vez respirei fundo e encarei a tela tentando traçar algum desenho em minha cabeça.

- Com licença, senhorita. Como se chama? – a voz grave do professor ecoou atrás de mim.

- Lauren Jauregui. – respondi quase sem emoção nenhuma na voz.

- Senhorita, Jauregui. Nós não temos o dia todo, você sabia? Por que a sua tela ainda se encontra em branco? – Simon perguntou em tom alto fazendo com que todos os alunos olhassem para trás em nossa direção.

Que grosso!

- Eu ainda não montei o desenho na minha cabeça, profes...

- Você é sempre lenta assim? Todos já estão pintando, senhorita Jauregui. Se não tem criatividade o suficiente porque ainda está sentada nessa cadeira? – perguntou em um tom totalmente irônico.

Alguns alunos tapavam a boca tentando segurar a risada e outros simplesmente ficaram de boca aberta com a atitude ignorante do professor Cowell, um deles era Tobey ao meu lado.

- Eu não sou lenta, professor Cowell. Eu simplesmente não quero pintar qualquer merda e entregar como estivesse cumprindo apenas uma obrigação como aluna. Me desculpe, mas eu não fui quase deserdada para entrar nesse curso pra brincar de pintar na sala com os meus coleguinhas. Quando eu sentir os traçados do desenho na minha cabeça eu começo a pintar. Agora o senhor pode me dar licença, por favor? Eu não tenho o dia todo, como disse. – respondi de forma irritada e me virei novamente para a tela branca na qual continuei encarando.

Os alunos que assistiam aquela cena ficaram completamente incrédulos com o que haviam presenciado.

- É disso que eu estou falando, meninos. – disse o professor Cowell com um sorriso vitorioso no rosto para que toda a sala ouvisse. – Senhorita Jauregui, me mostre toda essa raiva. – completou falando baixo ao meu lado e se retirou.

A aula seguiu e foi bastante cansativa, tanto emocionalmente quanto fisicamente. Ficar três horas sentada pintando enquanto remoía todos aqueles sentimentos e pensamentos estava me deixando esgotada. Infelizmente não deu tempo de terminar o quadro, mas ele estava indo para o caminho que eu queria.

Olhe para o lado para ver o que Tobey pintava e me deparei com o torso de um cavalo negro. Tobey tinha bastante talento e era bem técnico.

- O meu não ficou tão bem quanto o seu, mas acho que para a primeira aula deu pro gasto. – o rapaz magro ao meu lado sorriu guardando os seus tubos de tinta em sua mochila.

- Infelizmente eu não consegui acabar o meu. O seu está incrível, parabéns. – sorri sem mostrar os dentes tentando não demonstrar o meu desgaste.

- Quer que eu lave os seus pinceis?

- Por favor.

Tobey fez o favor de lavar os meus pinceis. Após me entregar, o rapaz retirou a sua tela do cavalete e levou até o local indicado para o professor para que pudesse secar e por fim se despediu se retirando da sala.

Todos os alunos já haviam se retirado da oficina e apenas eu, o quadro inacabado a minha frente e o professor Cowell estávamos na sala.

- Interessante, senhorita Jauregui. – disse Simon aparecendo ao meu lado enquanto encarava o meu quadro. – Muito interessante. – completou cruzando os braços.

- Eu não terminei. Não tive tempo, desculpa. – respondi em um tom desanimado ainda encarado a tela.

- Eu sei disso. Mas podemos dar um jeito.

- Hã?

- Eu tenho uma proposta a te fazer.

- Que seria...? – perguntei me sentindo totalmente intimidada. O que ele queria? Será que ele é um daqueles professores tarados?

- É o seguinte. Essa oficina estará livre amanhã pela manhã. Vou te dar a chave daqui e você termina esse quadro dando tempo o suficiente para ele secar. – respondeu tranquilamente.

- E qual seria o motivo disso? – perguntei sem entender.

- Eu quero esse quadro na exposição de boas- vindas, senhorita Jauregui. É o melhor quadro de um calouro que eu vejo em 15 anos dando aula aqui e tenho certeza que você tem totais condições de conseguir a primeira colocação do curso de Artes.

- Eu não tenho certeza...

- Pense bem, senhorita Jauregui. Ter no currículo que foi primeira colocada na tradicional exposição de boas vindas de Yale... Isso chama atenção.

A vida poderia me dar um descanso às vezes. Como poderiam ocorrer tantas coisas em um único dia? Mais cedo eu estava me fodendo tendo que aceitar os sentimentos que eu tinha direcionados a Camila e ela saindo com outra, agora o professor Cowell em minha primeira aula da oficina enche a minha moral dessa forma.

Eu vou acabar saindo louca dessa faculdade.

- Ok, eu aceito.

O professor Cowell me deu um papel com anotações informando onde que eu teria que ir e com quem eu teria que falar para pegar a chave da oficina.

Após colocar a minha tela no local correto para secar, eu agradeci o professor Cowell pela oportunidade e fui em direção ao local indicado no papel. O local era onde ficava a coordenação do curso de Artes. Bati na porta e esperei.

Bati mais uma vez e nada. Ouvi alguns ruídos estranhos vindos de dentro da sala, como se estivessem arrastando algum móvel pesado até que uma mulher de rosto angelical e porte de modelo abriu a porta e sorriu educadamente para mim.

- Olá, em que posso ajuda-la, senhorita? – disse a bela mulher enquanto encostava a porta disfarçadamente as suas costas.

- Oi, eu sou Lauren Jauregui, aluna do professor Cowell. Ele pediu para que eu viesse aqui e pegasse a chave da oficina 2 com a senhorita Issartel. – disse mostrando o papel que Simon havia me dado.

- Prazer, Lauren. – a bela mulher disse estendendo a mão para mim abrindo um sorriso incrivelmente branco e bonito. - Keana Issartel. Sou a coordenadora do curso de Artes de Yale.

- O prazer é todo meu, senhorita Issartel. – apertei a mão e sorri de forma mais simpática.

- Pode me chamar só de Keana. – disse simpática. – Vou pegar a chave da oficina, você pode esperar só um momento?

Eu afirmei positivamente com a cabeça e vi a mulher entrar na sala atrás dela de forma rápida sem abrir muito a porta. Achei aquilo engraçado porque parecia que...

Não, coisa da sua cabeça, Lauren.

Keana voltou da sala da coordenação super rápido me entregando a chave da oficina. Trocamos mais meia dúzia de palavras e me retirei. Passei rapidamente no banheiro naquele mesmo corredor e quando saio de uma das cabines dou de cara com um reflexo conhecido no espelho a minha frente.

- Oi, Laurenzo.

- Lana? O que faz aqui? – perguntei curiosa.

- Me dá um oi primeiro, pelo menos. – respondeu fingindo está irritada.

- Algum problema em minha linda pessoa estar aqui?

- Não, nenhum. Só não esperava te encontrar no prédio de Artes.

- Tenho um amigo aqui que está me ajudando com a melodia da minha música pra apresentação.

- Hmm, entendi. – respondi vagamente enquanto olhava o meu reflexo no espelho.

- Tá com uma carinha triste, Laurenzo. O que aconteceu? – disse a mulher mais velha vindo na minha direção com os braços abertos.

- Só estou cansada. Tive oficina hoje e estou completamente esgotada. – respondi ao ser abraçada por Lana. – Agora me solta porque se não vão achar que a gente tá se agarrando.

- Cansada? Ok, vou fingir que acredito. – disse me apertando mais ainda nos seus braços. – E o que tem acharem isso? Sou um puta partido, sabia? – completou indignada.

- Não é porque você é herdeira da maior mineradora do continente que pode ficar de gracinhas me abraçando pelos banheiros da faculdade.

- Você ouviu o que acabou de falar? Bora, escolhe a cabine. – disse Lana apontado para as cabines do banheiro sem se importar com o grupinho de meninas que assistiam a cena do nosso lado.

- Para de palhaçada, Lana. Tenho que ir pro alojamento e cair naquela cama. – disse rindo enquanto me desprendia dos braços da mulher mais velha.

- Tudo bem, vou te liberar dessa vez. Mas antes de ir, me responde uma coisa. – fez um suspense. – Eu estou bonita? – perguntou a mulher dando uma giro de 360 graus na minha frente.

- Meu poupe, Lana. – respondi rindo daquela pergunta e dos gestos dela.

Lana era o tipo de pessoa sagaz e divertida mesmo sendo uma pessoa podre de rica. Você podia ter tido um dia bosta, mas se você fosse amigo da Lana provavelmente ela te tiraria da bad e te distrairia até você esquecer o que te fazia mal nem que fosse por alguns minutos.

Ao chegar ao corredor do alojamento dou de frente com Ally abrindo a porta do nosso alojamento e grito pra ela segurar a porta e então entramos. A baixinha também sustentava uma cara de quem estava cansada e de quem havia sido escravizada pelo professor da última aula.

A noite daquela quarta feira seguiu normal após toda agitação daquele dia. Eu mal saí do banho e parecia que tinha sido nocauteado por lutador peso pesado de MMA, mas antes do meu corpo bater contra a cama eu me lembrei de que Camila teria um maldito encontro com Lucy amanhã e aquilo acabou me rendendo altos pesadelos durante a madrugada.

[...]

Minha manhã de quinta feira foi tranquila. Tomei o café da manhã no refeitório e fui até o prédio de Artes onde ficava a oficina e terminei o meu quadro para a exposição de boas-vindas quase 3 horas depois. Todos os retoques e aprimorações que eu tinha disponíveis em meu repertório foram usados naquela tela. Claro que eu me torturei um pouco para que pudesse trazer de volta todos aqueles sentimentos de ontem enquanto pintava.

Não foi difícil. Foi só pensar no lindo encontro que Camila teria com Lucy.

Quadro terminado e deixado no local para secar. Amanhã eu retornaria e o levaria para a exposição.

Ainda era cedo. Caminhei até o Amistad Park onde li o papel que o professor Williams havia entregado como trabalho na aula de História da Arte e fiz algumas anotações adiantando bastante o trabalho.

Segui para o refeitório para almoçar e o dia seguiu normal. Ally ocupada com as aulas e Lana com ensaios para sua apresentação na exposição. Como eu estava livre nas quintas, decidi voltar para o alojamento e dormir um pouco, pois acreditem ou não, ficar três horas pintando cansa muito.

[...]

- Lauren, quero te apresentar oficialmente a minha namorada mesmo vocês já se conhecendo. – disse a latina sorridente praticamente pendurada no pescoço de Lucy enquanto dava vários beijos leves em sua boca.

- Oi, Lauren. – disse Lucy enquanto abraçava Camila pela cintura e a beijava de forma intensa na minha frente.

QUE MERDA É ESSA?

Levantei bruscamente da cama totalmente suada e com a respiração ofegante saindo de um tipo de transe.

- Merda de sonho! – exclamei jogando o meu corpo pra trás e deitando novamente na cama e cobrindo o meu rosto com a coberta.

Eu tentei dormir novamente, mas havia perdido totalmente o sono. Resolvi então levantar e tomar um banho. Ainda eram 3:00 PM e aquele dia parecia não terminar nunca.

Após sair do banho, me vesti e resolvi caminhar pelo Pierson para pensar sobre tudo que estava acontecendo e ir ao Louis Lunch's comprar alguma coisa pra comer.

Ao pegar minha jaqueta em cima do pequeno sofá da sala, eu a vesti e caminhei até a porta, mas fui surpreendida pelo barulho da porta do alojamento da frente. O meu corpo inteiro respondeu na hora. Antes de perder o ar eu abri a porta e dei de frente com uma Camila aparentemente arrumada para o seu encontro.

Fechei vagarosamente a porta enquanto sentia o cheiro do perfume da latina desnortear todos os meus sentidos. Camila ainda se encontrava na mesma posição de quem estava trancando a porta.

Comecei a ser atingida por todas as cenas dos meus pesadelos da noite passada e do último que tive há minutos atrás novamente aquele surto de coragem atingiu o meu corpo novamente fazendo todo o sangue do meu corpo correr pelas minhas veias implorando por um contato.

Antes que a latina tirasse a chave da fechadura o meu corpo automaticamente foi conduzido para frente onde eu tomei a cintura de Camila em um abraço e coloquei o meu rosto sobre o seu ombro podendo sentir o perfume dela me embriagar mais ainda.

Alguns segundos se passaram e ainda tomada pela coragem que eu desejei naquele momento ter pelo resto da minha vida, eu virei a latina de frente para mim e encarei aquele rosto de traços delicados que me olhava com uma mistura de surpresa e rendição.

Linda como sempre.

Camila estava linda e mesmo ela tendo se arrumado para sair com outra isso não tirava a beleza que eu ainda enxergava nela, isso me encorajava ainda mais a fazer o que toda aquela situação já desenhava.

Ela usava um batom rosa claro que instantaneamente levou a minha atenção para a boca bem desenhada que ela tinha e foi aí que eu perdi todos os sentidos. Só conseguia encarar Camila. Eu não ouvia mais nada ao meu redor e passei a não ver nada também quando fechei os olhos depois de juntar os nossos corpos.

Se alguém tiver que borrar esse batom hoje, que esse alguém seja eu.

Alcancei os lábios da latina, a beijei calmamente fazendo com que ela se rendesse como eu já estava naquele momento e foi o que ela acabou fazendo quando seus braços envolveram o meu pescoço.

Eu tinha Camila nos meus braços naquele momento e era como se mil correntes elétricas passassem pelo meu corpo atingindo cada parte do meu corpo. A língua da latina serpenteava suavemente dentro da minha boca como se já tivéssemos nos beijado mais de mil vezes.

Não sei por quanto tempo ficamos nos beijando naquele corredor, mas quando senti Camila sorrindo durante os diversos selinhos que trocávamos no final do beijo o meu coração começou a bater tão forte que eu achei que morreria ali mesmo. Literalmente morta de amor, imaginem só.

Morrer de amor? De amor? Amor?

Aquele pensamento foi me tirando do transe profundo que aquele beijo maravilhoso que eu tinha acabado de trocar com Camila havia me colocado e aos poucos fui abrindo os olhos sincronizadamente com a latina.

A boca de Camila estava tão vermelha que me fez querer beija-la novamente. E quando eu ia me perdendo novamente na imagem daquela boca bem desenhada a minha frente, eu fechei os olhos com força tentando me concentrar no que eu estava pensando.

Amor?

Sabe aquela coragem de minutos atrás? Sumiu. Sumiu junto comigo, porque eu sai daquele corredor tão rápido que só percebi que estava na rua alguns minutos depois.

Puta que pariu! O que eu fiz?

Que beijo era aquele????

Eu tinha acabado de dar o melhor beijo da minha vida e estava andando pelas calçadas de New Haven igual a um usuário de drogas perdido pelas ruas da cidade tentando fugir do vício.

Eu só queria encontrar um lugar pra sentar e pensar. O meu coração ainda estava a mil e eu não planejava morrer hoje.

Quando finalmente avistei o Louis Lunch's, entrei e me sentei ainda desnorteada. Harry, o rapaz dos longos cabelos veio ao meu encontro me oferecer um copo d'água e perguntar se eu estava bem. Afirmei que estava bem e ele se retirou da minha mesa.

Tudo foi se acalmando aos poucos. Fui assimilando o beijo que dei em Camila e a minha fuga. Consegui comer alguma coisa e quando já ia me direcionar ao caixa para pagar, sinto duas mãos tocarem os meus ombros impedindo que eu me levantasse e escuto aquela voz familiar.

- Opa! Onde acha que vai? Temos que conversar uma coisa importante, Jauregui.

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