If I Had Wings (Hiato)

By blurrycak3

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"Mas não haviam razões o suficiente para que eu continuasse lutando. Para que eu continuasse colocando a vida... More

IF I HAD WINGS
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By blurrycak3

THEN:


"— Katherine. Meu nome é Katherine O'Brien. "

"— Kat... – ele sorriu surpreso e eu retribuí"

"— Eu vou arrumar um jeito de te tirar dessa. disse Sam"


"— Você tinha que morrer, tinha que se entregar. Mas não, estragou tudo! — Bridgit exclamou"


"— Quando um anjo cai, ele perde a graça, isso o torna humano. Tudo que você tem que fazer é encontrar sua graça, mas você só tem até seu aniversário.
Legal, onde está minha graça?
Não sabemos."

NOW:


Dallas, Texas – 12:40 PM

     ERA ESTRANHO NÃO TÊ-LOS FALANDO O TEMPO TODO, ou cantarolando Bon Jovi, como nas últimas vezes em que estivemos nesse carro. Paramos apenas numa lanchonete para tomar o que podíamos chamar de café da manhã e voltamos ao monótono: Dean dirigindo sério e calado, enquanto Sam encarava a janela.

        O plano de Sam era voltar ao lugar onde eu nasci — ou melhor, caí —, onde certamente a minha Graça poderia estar. Era o lugar mais óbvio e no fundo, eu não acreditava que pudesse realmente estar lá.

     A estrada de terra levava ao que parecia ser uma casa de campo. As paredes de madeira pintadas com uma forte tinta amarela, uma cerca branca, e um balanço de pneu em frente, onde uma garotinha que aparentava ter seus 5 anos, brincava sozinha.

— É aqui. — Dean estacionou.

     Saí do carro e notei lá no fundo uma árvore alta e grossa cheia de flores brancas. Nunca tive grande interesse por árvores, mas podia ter certeza de que aquela não era das mais comuns. Aquele lugar tinha uma energia diferente, pura, distante de tudo que já havia sentido na cidade. Se eu conseguisse sobreviver à isso, iria comprar uma casa dessas.

     Sam e Dean caminharam até a garotinha, que logo parou o balanço para dar atenção aos dois. Ambos se inclinaram para falar com a pequena.

— Olá! — disseram sorrindo e acenando.

— Oi. — ela acenou sem entusiasmo, parecia um pouco assustada.

— Como é seu nome? — Sam abaixou na tentativa de ficar à altura dela.

— Abby. — falou coçando os olhos.

— Seus pais estão em casa Abby?

— Minha mamãe, e o meu primo estão.

— Pode me levar até eles?

— Posso. — ela desceu do balanço e agarrou a mão de Sam.

     Eu não sabia lidar com crianças, e ver a forma como Sam se amigou à ela com tanta facilidade, foi encantador. A menininha entrou na casa chamando pela mãe e nós a seguimos.

— Mamãe! — ela gritava pela segunda vez.

— Oi, queri... — a mãe surgiu da cozinha secando as mãos no avental e logo tirando a filha de perto do Sam — Quem são vocês? — ela falou assustada.

— Oi, eu sou Dave Hope da revista... — simulou uma tosse — Fatos Estranhos e esses são meus parceiros, Jack e Mitchie. — a mulher à nossa frente parecia desconfiada mas assentiu — Ficamos sabendo que há uns anos atrás um meteoro caiu aqui, e gostaríamos de fazer algumas perguntas. Se não se importar, claro.

     O olhar franzido e desconfiado, logo foi substituído por um suspiro. Ela nos levou à sua sala de estar, que era bem típica do Texas; tinha quadros de cavalos nas paredes, e tapete de couro de vaca no chão.

— Abby, vai brincar, querida. — a menina obedeceu, saindo correndo para fora — Sentem-se. — apontou para o sofá — Então, o que querem saber?

— Senhora... — Sam foi interrompido por ela.

— Julie. Meu nome Julie O'Brien.

     Os rapazes me encararam assustados, e senti meu coração acelerar. Eu acreditei todos esses anos que não tinha mais nenhum parente vivo. O que estava acontecendo?

— Julie. — Sam engoliu seco — Pode nos contar todos os detalhes?

— Bom, eu não me lembro bem, foi há uns 19, 20 anos. — ela abaixou o olhar, apertando a barra do avental — Eu tinha 17, e minha irmã, Cassie, 25. Ela estava grávida de 9 meses na época. Todos estávamos reunidos bem aqui, — indicou em volta de si — conversando, comendo, bebendo... era assim todo fim de ano. — sorriu com a lembrança —Aí uma luz iluminou o céu de forma inesperada. Todos fomos na janela pra ver, e... — ela gesticulou com os olhos merejando, parecia não conseguir se expressar com palavras — O barulho, a força com que aquilo caiu... Eu me lembro claramente de tudo. As janelas quebrando, as telhas voando, e muitos animais morrendo. Tudo em questão de segundos. — ela finalmente levantou o olhar para nos encarar — Graças à Deus, não aconteceu nada com ninguém aqui dentro, só alguns arranhões no máximo. Mas a Cassie, a bolsa estourou naquele exato momento, e o desespero foi redobrado. Corremos para fora e havia uma grande cratera no chão com algo que iluminando lá dentro. Enquanto meu pai e o marido de Cassie a levavam ao hospital, eu e os outros nos aproximamos para ver a luz que reluzia lá dentro, mas se apagou assim que chegamos. Eu achei que era pra ter uma rocha, um meteorito, sei lá, mas só tinha um grande buraco no chão, nada mais.

— E o que aconteceu com Cassie? — eu já sabia a resposta, mas queria ter certeza.

— Ela... Ela morreu no parto, com a bebê. — percebi que ela lutou contra as lágrimas.

— Eu sinto muito. — meu olhar se abaixou junto com o dela.

— Pode nos mostrar o local exato onde caiu? — Dean perguntou.

— Claro, claro. — Julie se levantou, secando as lágrimas que se juntaram rentes à raiz dos cílios.

     Nos levantamos juntos, e a seguimos até a bela árvore de flores brancas. Senti toda aquela energia pura e celestial com ainda mais força. Senti que minha Graça esteve aqui, e por algum motivo, não estava mais.

— Com o tempo, aterramos o grande buraco, e em poucos meses cresceu essa árvore. — um pequeno sorriso se formou em seu rosto — Costumávamos dizer que era um sinal da Katherine.

— Katherine?! — indaguei surpresa já esperando que ela fosse um demônio.

— É. O nome da filha de Cassie, seria Katherine. Era o nome da nossa mãe. — ela não tirou o sorriso do rosto.

— Sentimos muito. — Sam disse e logo em seguida direcionou o olhar pra mim — Pode nos deixar à sós um minutinho? Vamos tirar algumas fotos.

— Fiquem à vontade. Se precisarem, estarei lá dentro.

     Julie deu as costas nos dando a devida privacidade. Parei para pensar por alguns segundos e percebi que eu matei pessoas. Matei Cassie, matei seu marido, matei a verdadeira Katherine O'Brien. Katherine era só uma casca, uma casca morta que se desenvolveu somente para que eu pudesse estar viva. Aquilo não estava certo, não era justo.

— O que está esperando pra pegar sua Graça pra gente poder dar no pé? — Dean falou, parecendo ignorar toda a história dramática contada anteriormente.

— Não, não está aqui. — engoli seco.

— Como assim? — ele estreitou as sobrancelhas.

— Eu posso sentir, alguém pegou.

— Ótimo. — disse sarcástico, bufando e expressando uma bitch face.

— Olha, muito obrigado pelo que fizeram por mim, mas eu sei que vocês tem problemas maiores para resolver.

— Kat... — Sam me encarou com aquele olhar reconfortante.

— Eu posso resolver isso sozinha, relaxem.

— Não vamos deixar você sozinha. — Dean interviu, e de certo modo, foi até surpreendente.

— Nossa, "Senhor Eu Não Me Importo". — meu tom agora era sarcástico como o dele — Achei que a minha vida não fizesse diferença pra você. — cruzei os braços.

— Nosso trabalho caçar coisas, mas acima de tudo, salvar vidas. — ele me olhou como se tivesse mudado o que via em mim.

— Se for pra depois me prender no porta-malas, sem chance. — ironizei.

— Se você se comportar, acho que não vai ser necessário. — ele sorriu pra mim pela primeira vez.

— Então, alguém tem um plano?

— Vamos ligar pro Bobby. — Sam respondeu.

     Nos despedimos de Abby e Julie, e caímos na estrada novamente. Dessa vez, com destino à Sioux Falls, Dakota do Sul, onde Bobby Singer morava. Dean ligou o som numa música do Kansas e começou a dirigir enquanto Sam pesquisava alguma coisa em seu notebook. Me sentia em casa.

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