If I Had Wings (Hiato)

By blurrycak3

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"Mas não haviam razões o suficiente para que eu continuasse lutando. Para que eu continuasse colocando a vida... More

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By blurrycak3

[H o l t e l D a E s c u r i d ã o]

Amarillo, Texas - 6:27 AM


     EU TERIA DORMIDO MAIS TRANQUILA, se estivesse acostumada com o banco de trás de um carro. Eram seis da manhã e a estrada não me permitiu ao menos cochilar. Eu assisti boa parte da viagem até o Texas, as placas de cada quilômetro e o trânsito generoso que possibilitou nossa chegada em algumas horas.

— Acho melhor a gente parar um pouco. — Dean estacionou numa das vagas em frente à um hotel cuja estrutura lembrava castelos medievais.

      Uma enorme placa vermelha anunciava o  "Suites Carlson", aparentemente um hotel quatro estrelas, mas por sorte, os cartões clonados nunca saiam da minha bolsa. Calcei minhas botas e tirei o celular para visualizar meu estado— não era tão ruim para alguém que perdeu uma noite inteira de sono. Dean acordou Sam, que possuía uma habilidade incrível de dormir com a cabeça encostada na janela.

— Você paga o seu quarto. — Dean virou-se à mim assim que deixamos o carro.

— Eu não preciso do seu dinheiro. — joguei a bolsa no ombro e fechei a porta.

     A fachada possuía um vidro escuro , que não deixava transparecer o que se passava do lado de dentro. Um senhor magro e de idade fazia reverência enquanto passávamos pela porta. Pelo olhar impressionado de Sam e Dean, não era o tipo de hotel que costumavam frequentar.

      Ainda no saguão, caminhei em passos curtos e observadores até a recepcionista. Olhos verdes, pele escura, cachos definidos e uma postura elegante. 

— Bom dia. — ela sorriu simpática, e retribuí.

— Bom dia. — falei procurando o cartão da bolsa.

— Está procurando alguma coisa, senhora? — ela não tirou o sorriso do rosto.

— Estou procurando o meu... — fui interrompida.

— Sua Graça? 

— O que disse? — desviei o olhar da bolsa.

     Seus olhos ficaram negros e eu imediatamente me virei para chamar Sam e Dean, mas fui interrompida novamente.

— Você não vai querer chamá-los, estão em desvantagem aqui.

     Olhei em volta e todas as pessoas tinham olhos profundamente negros. Recepcionistas, faxineiros, hóspedes. Mas Sam e Dean não pareciam ter notado, e aquilo era desesperador.

— De novo não. — meus olhos marejaram, e meu raciocínio parecia ter parado de funcionar.

— Quero que se alie a nós, Katherine. — seus olhos voltaram ao normal, era uma imagem muito mais bonita, aliás — Ah, esqueci de me apresentar. Prazer, meu nome é Jane. — inclinou o pescoço para o lado, sorrindo com ironia.

— Jane. — eu estava tão surpresa quanto assustada.

      Estávamos cercados, não havia saída. Eu precisava de tempo para pensar, e eu não tinha isso. Vamos, Kat, pense.

— Kat... — a voz de Sam me tirou da transe —, estaremos no quarto 12.

— Tudo bem. — acenei tentando não transparecer que estava aflita, talvez tivesse falhado.

     Os vi caminhando em direção ao quarto e senti a palpitações, o medo, um turbilhão de pensamentos e a falta de concentração. Eu estava rodeada de demônios, e tudo que tinha era uma faca e poderes que eu não sabia como usar.

—  Você não pode me matar.  Eu tenho a arma que vai matar todos vocês. — tentei parecer ameaçadora, falhei miseravelmente.

— Ah é mesmo? — ela se levantou — Mesmo se você tivesse a arma que pode me matar, se quiser passar a eternidade em paz, vai aceitar vir comigo. — suas últimas palavras pareceram tentadoras.

— Por que eu faria isso? — estreitei o olhar, precisava ganhar tempo.

— Por que é o que sempre quis fazer, Kat. — liberou um gargalho caminhando em volta do balcão — Você ficou tão ligada ao mundo dos humanos que se esqueceu dos nossos propósitos, não é? Não se lembra de quando caímos, juntas? De quando desistimos de ser estátuas de mármore no céu para nos juntarmos a algo bem mais forte? 

— Eu não sei do que está falando. — dei um passo para trás após sua aproximação.

— Ah, você sabe sim. Você sabe muito bem. — seu tom de cinismo e seu sorriso me deixavam confusa.

— Eu não quero. — sussurrei perto de seu rosto — E eu não vou. Vou encontrar minha Graça e você...

— Sério? — riu sarcástica, de forma perversa — Acha mesmo que vai encontrar sua Graça? Acha que ela vai estar ali numa esquina qualquer te esperando? Eu achei que você era mais esperta, Kat. Ah, e não se esqueça que você e seus amiguinhos caçadores estão presos aqui, O'Brien. — riu, despejando uma chave na mesa, cujo número indicava o quarto 27. O dia do meu aniversário— Eu vou te dar uma chance para pensar. — sorriu.

      Peguei a chave com a mão tremendo, mas segurando forte para mantê-la firme. Caminhei passando por dezenas de demônios que me encaravam como se eu fosse seu prato principal. Desviei do meu caminho indo em direção ao quarto 12 e tentei adentrar sem aviso prévio, mas a porta estava trancada. Bati então acelerada.

— O que foi? — Dean abriu rapidamente, e me olhou mal humorado, escondendo parte do corpo atrás da porta, enquanto eu o empurrava para dentro e fechava a porta atrás de mim.

      Só então notei que ele estava somente de toalha.

— A gente... a gente precisa sair daqui. — arregalei os olhos e tentei ignorar a situação ali dentro.

— O que há dessa vez? — ele começou a se vestir.

— Tem um monte de demônios lá em baixo. — gesticulei — Tipo, muitos demônios, entende? Até a Jane estava lá.

     Desviei o rosto para o outro lado constrangida.

— Demônios? No plural? — Sam acabava de sair do banheiro, enxugando o cabelo com uma toalha de rosto.

— Sim, eu vi seus olhos. — gesticulei novamente.

— E como escapou dessa vez? Usou o pó mágico do Peter Pan? — Dean e seu sarcasmo.

— Não, o plano é eles nos prenderem aqui até eu me entregar. Não sei porquê não me mataram quando tiveram a chance.

— Você falou da Jane? — Sam se aproximou de nós.

— Sim, era ela. Estava possuindo o corpo da recepcionista. — ambos pareciam mais tranquilos, ou talvez aquilo se tratava de experiência — Dá pra sairmos daqui logo?! — exclamei.

— Você disse que tem dezenas de demônios lá embaixo querendo te matar, acha que vamos sair daqui tão fácil? — revirei os olhos.

— Qual é o plano? — perguntei.

— Não temos um plano. — Sam respondeu.

     Eles abriram uma das mochilas e tiraram alguns sacos de sal grosso.

— Sal? — encarei os pacotes embasbacada.

— Afasta os demônios. — Sam falou antes de rasgarem os sacos e espalharem o conteúdo pelas portas e janelas.

     Logo em seguida tiraram um revólver, e encheram as munições com sal.

— Sabe usar isso? — Dean apresentou uma arma.

— Acha que eu passei 19 anos da minha vida num arsenal? — falei com determinado tom de arrogância.

— Carregue, destrave e puxe o gatilho. — falou fazendo uma pequena demonstração — Sua vez.

     Peguei o revólver e fiz o que ele acabava de fazer. No entanto, Dean sempre se mostrava insatisfeito.

— Mais rápido.

     Repeti tentando ser rápida, mas ele continuava me encarando com um olhar insatisfatório.

— Mais rápido. — repeti o movimento tentando ser ainda mais rápida do que eu conseguia — Mais rápido. — ele repetiu.

— Qual é? — suspirei.

— Se quiser sobreviver, vai ter que ser mais rápida.

— Como se isso fizesse diferença pra você. — sussurrei sem esperar que ele ouvisse.

— Tem razão, não faz.

     Ele tomou a arma de minha mão e guardou num suporte que havia em seu quadril. Eu detestava a forma como ele me tratava, mas apenas assenti e tentei me manter tranquila para não piorar as coisas.

— Você fica aqui, é mais seguro. — Sam falou, lançando um olhar que não apresentava ordem.

     Assenti. Eu estava com medo de algo acontecer com eles por minha culpa. Tinha muitos demônios lá fora, como Jane disse, estávamos em desvantagem.


     Faziam 5 minutos, mas pareciam horas. Estava impaciente andando de um lado a outro esperando eles voltarem. Podia ouvir o som das coisas sendo destruídas, gritos, tombos, e outros ruídos, o que tornava a situação ainda mais desesperadora. Logo, a porta foi praticamente arrombada, Sam caiu abrindo e círculo de sal, e Jane passou para o lado de dentro. Decidi que aquela era a melhor hora para se usar a "faca anti-demônios".

— Eu avisei para não envolvê-los nisso. — ela riu caminhando em minha direção — Larga a faca. — ela estendeu a mão enquanto eu dava passos lentos para trás.

     Senti a cama atrás de mim, não tinha mais pra onde correr. Onde estava Dean agora que eu precisava?

— Eu não vou largar a faca. — tentei expressar coragem, mas a verdade era que eu estava com tanto medo, que sequer conseguia me mover.

— Ah vai sim...

     Talvez a coroa tivesse razão, não tinha como fugir disso, e nem mesmo caçadores com rifles, sal grosso e livros antigos pudessem impedir.

     Tirei lentamente a faca de dentro da bota, ainda incerta do que estava fazendo. Era como cometer suicídio, eu sabia. Parei imediatamente quando notei Dean atrás dela.

— Katherine, não! — ele gritou tomando nossas atenções completamente para ele.

     Jane olhou para o teto e bufou. O mesmo símbolo estranho ao qual os Winchester me cercaram ontem estava pintado bem acima dela. Rapidamente algumas palavras em um idioma esquisito pôde ser ouvido — acho que era latim. A cena da fumaça negra aconteceu novamente, e o corpo da recepcionista caiu sobre o chão.

— Uau. — suspirei depois que tudo acabou.

— Foi por pouco. — Dean falou tirando o suor do rosto e tirando a faca da minha mão lentamente.

— O que eu perdi? — a voz de Sam se fez presente.

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