Freedom Wings - Levi Ackerman

By HiddlesA

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| Universo Shingeki no Kyojin | +18 | S/n faz parte do esquadrão da tenente Hange Zoe, braço direito da cient... More

Nota
Para Você, Em 2000 Anos
Naquele Dia
Primeira Batalha
Uma Fraca Luz No Meio Do Desespero
O Mundo Pelos Olhos Da Garota
A Pequena Lâmina
Rugido
Ouvindo As Batidas Do Coração
O Destino Do Braço Esquerdo
Resposta
Ìdolo
Ferida
Origem Do Desejo
Indivíduos
Necessidade
Ilusão De Força
O que deve ser feito, agora
Ainda Não Posso Ver Seus Olhos
Grupo De Missões Especiais
Missões Especiais
Abrindo Os Portões
Formação De Batimento À Longa Distancia
Líder Das Muralhar
Amigos
Um Sonho Do Passado
Consequências Da Outra Noite
A Noite Da Operação
Onde Tudo Começou
Objetivos Da Missão
Duras Batalhas A Frente
Escolha E Resultado
Meu novo... inimigo?
O Mundo Que Eles Viram
Os Soldados Desconhecidos
Promessa
Entre A Cruz E A Espada
Memorias Do Futuro
Lost Girl
Minha adorável, S/n
Acordo
A Única Salvação
Para O Outro Lado Da Muralha
O Outro Lado Do Mar
Soldado de Paradis
Salão De Quadros
Soldados voluntários
Visitantes
Só pode existir um
Onda De Emoções
O Amor Pela Arte
Sob Meu Controle
O Alvorecer Da Humanidade
A Comandante
A Partir Desse Dia... Eu Os Abandonarei.
Aquele Dia ... Contado Do Ponto De Vista De Zeke
História De Terror
Liberio
Velejar
Se Fosse Você
Enquanto Isso Em Paradis
Aurora
Trem Da Noite Escura
O Garoto Dentro Do Muro
Sol Da Noite
Minhas Feridas Regeneram, Mas Nunca Cicatrizam.
Sua Melhor Lembrança
Tudo Por Nós
Quando Disse Que Poderíamos Ser Amigos, Acho Que Menti
A sombra de uma consciência culpada
Alvorada na Batalha
A Bala Da Assassina
Um Bom Argumento
No Coração Da Floresta Titã
Sombras Do Passado, Chamas Do Futuro
O Caminho Inexorável
O Limiar da Existência
Chuva De Destroços
Entrelaçados Nos Caminhos
Jogo Sujo
Derretimento
A Véspera Do Fim
Traidora
Tribunal
Amanhecer Para A Humanidade
Calmaria do Despertar
Mundo Perfeito
Asas Da Liberdade
A Dolorosa Aceitação
Pecadora
Batalha Do Céu E Da Terra
Entreguem Seus Corações
Caos
Um longo sonho
Honra, Promessas e Cicatrizes
Sem Arrependimentos
Amor Mútuo
Falsa Paz
Tatakae

Planos Em Execução

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By HiddlesA

A discussão com S/n deixou todos nós profundamente abalados. A explosão de raiva dela assustou tanto Luz quanto Rory. Eu não podia simplesmente segui-la; precisava ficar para cuidar das duas. No dia seguinte, levei-as até o Porto para que embarcassem no navio dos Azumabito. Foi devastador ver minha filha partir, especialmente quando S/n não pôde se despedir.

Minha mente estava mergulhada em um turbilhão de emoções enquanto observava o navio se afastar. A ausência do adeus entre S/n e minha filha adicionou um peso extra ao meu coração já partido. A culpa e a tristeza me consumiam, e a imagem da partida ficou gravada na minha memória.

Diante da bruma que se formava sobre o Porto, eu caminhei sozinho pelas docas vazias. O som das ondas batendo contra os cascos dos navios ecoava em meus ouvidos, acompanhando meus passos pesados. As gaivotas pairavam no céu cinzento como espectadores silenciosos da minha angústia.

Refletindo sobre a explosão de raiva de S/n, eu sabia que algo precisava ser feito para remediar a situação. Era um misto de compreensão e arrependimento que pesava em minha alma. Ainda sentia o calor da discussão, o eco das palavras ditas e não ditas. Era como se as feridas emocionais se manifestassem fisicamente.

[...]

O campo de batalha estendia-se diante de nós como um teatro de caos e determinação. O estrondo dos canhões, os gritos dos soldados e o rugido dos Titãs ecoavam por entre as ruínas, criando uma sinfonia de guerra. Eu, encarregado de um papel vital na execução do plano, mantive-me nas sombras, observando cada movimento com olhos atentos.

A tensão no ar era palpável quando vi Yelena avançar, sua determinação refletida em cada passo decidido. Seu papel era crucial na trama que se desenrolava, uma armadilha elaborada para conter os Titãs inimigos. Eu sabia que, em breve, o destino dessa batalha seria selado pelo sucesso ou fracasso desse estratagema.

Enquanto isso, minha rainha liderava a carga na linha de frente, seu corpo ágil e sua lâmina afiada cortando através das linhas inimigas. Seu caráter destemido era uma luz guia para todos nós, um farol de esperança em meio à escuridão da guerra. A cada ordem dada, os soldados respondiam com determinação, formando uma unidade coesa em torno dela.

O momento esperado chegou quando, seguindo as coordenadas precisas, transformei-me no Titã, um gigante colosso pronto para desempenhar meu papel. As árvores balançaram com a força da minha transformação, e o solo tremeu sob o peso do meu novo corpo.

A atmosfera estava tensa quando chamei Levi para o confronto, ciente de que cada olhar, cada movimento, contribuiria para a execução perfeita desse plano complexo. Em meio ao campo de batalha, onde o caos reinava, encontramo-nos em um ponto estratégico, cercados por destroços e fumaça.

Levi, com sua expressão determinada, aproximou-se silenciosamente. Seus olhos penetrantes refletiam a seriedade da situação. Não era necessário trocar palavras; ambos entendíamos o papel que desempenharíamos nessa encenação.

[...]


O dirigível cortava os céus turbulentos, carregando consigo o peso da traição e da intriga. A atmosfera a bordo era tensa, carregada com a suspeita e a desconfiança, pois eu era agora considerado um inimigo. Os olhares dos soldados do Reconhecimento que me rodeavam eram uma mistura de cautela e hostilidade, refletindo a gravidade da situação.

Levi, com sua habitual expressão imperturbável, permanecia ao meu lado como uma sombra silenciosa. Sua presença, embora vital para o sucesso do plano, era uma constante lembrança da complexidade da nossa situação. Não podia dizer que apreciava a companhia dessas pessoas, especialmente Levi, cujo olhar parecia penetrar fundo em minha alma, buscando qualquer sinal de fraqueza.

A tensão a bordo do dirigível persistia, mas a realidade da situação exigia cooperação. Meu irmão e eu estávamos lado a lado, dois destinos entrelaçados por laços de sangue e história, apesar das desconfianças e das escolhas que nos haviam separado.

A bordo da aeronave, o silêncio prevalecia, interrompido apenas pelo zumbido dos motores e o som distante do vento contra a fuselagem. Os soldados do Reconhecimento mantinham uma postura vigilante, prontos para agir a qualquer sinal de traição. Era um jogo perigoso, no qual as aparências enganosas alimentavam a incerteza.

A presença de Levi no dirigível era uma realidade incontestável, mesmo que indesejada. Seu olhar penetrante percorria o ambiente, captando cada sinal de tensão entre meu irmão, eu e os demais membros do Reconhecimento. Era como se ele fosse a encarnação da vigilância, pronto para intervir a qualquer sinal de desvio do plano.

O silêncio pesado pairava entre nós, mas todos compreendíamos que enfrentávamos desafios maiores do que nossas diferenças pessoais. As complexidades do momento exigiam uma trégua temporária nas hostilidades, uma cooperação forçada em prol de um objetivo maior.

O compartimento do dirigível estava carregado de expectativas e tensões quando, no último momento antes da partida, uma figura entrou apressadamente. A notícia de uma morte ressoou no espaço confinado, ecoando como um sinal sombrio em meio à preparação para o confronto iminente. A expressão dos presentes revelava uma mistura de pesar, surpresa e, em alguns casos, uma tristeza genuína.

A pessoa falecida parecia ser alguém de importância para os membros do Reconhecimento. O murmúrio da notícia se espalhou como uma onda entre nós, cada semblante carregado de uma carga emocional própria. Porém, para mim, a notícia não trouxe a mesma dor compartilhada pelos outros. Eu não conhecia a pessoa em questão, e meu foco estava inteiramente voltado para a missão à frente.

De trás do rapaz que trouxe a notícia, surgiu uma figura que me parecia muito familiar. A entrada da figura familiar rompeu momentaneamente a atmosfera carregada de luto e antecipação. Os olhares curiosos se voltaram para a recém-chegada, que estava oculta sob um capuz e uma máscara. Meu coração acelerou quando percebi quem era: S/n.

Meu olhar encontrou o dela, e um sorriso contido tentou se manifestar em meu rosto. Era difícil conter a alegria ao vê-la, especialmente quando ela retirou o capuz e a máscara, revelando sua expressão conhecida. O alívio se misturou com a gratidão por sua presença, e a troca silenciosa de olhares transmitiu uma compreensão mútua de que, de alguma forma, as engrenagens do plano estavam se movendo conforme o esperado.

S/n focalizou meu irmão, e seus olhos buscaram respostas nas profundezas da expressão dele. Havia uma inquirição silenciosa, um questionamento se tudo estava indo conforme o planejado, se as expectativas e objetivos estabelecidos estavam sendo alcançados.

A fraqueza física pesava sobre mim como um fardo, resultado inevitável do intenso confronto com Levi. Meu corpo debilitado recusava-se a cooperar, e cada movimento era um desafio. Enquanto tentava me recompor, um olhar ao redor revelou uma reviravolta inesperada na narrativa.

As duas crianças de Marley haviam entrado no dirigível, desafiando a precisão do plano elaborado. Uma sensação de desconcerto tomou conta do compartimento, e o silêncio tenso foi interrompido pelo murmúrio de discussões apressadas. Era evidente que um erro havia ocorrido, uma falha nos cálculos meticulosos que deveriam ter garantido o sucesso da operação.

A frustração se misturou com a dor em meu corpo debilitado. Enquanto eu tentava processar o impacto desse contratempo, ficou claro que as consequências seriam profundas.

A tensão no dirigível era palpável, refletida nos rostos tensos dos presentes. A reviravolta inesperada, com a entrada das crianças de Marley, havia adicionado um novo elemento de complexidade à situação já volátil. Enquanto a incerteza pairava no ar, os olhares se entrelaçavam em busca de respostas, e a atmosfera se transformava em um palco de expectativa nervosa.

Ao observar o rosto de S/n, a complexidade de suas emoções era evidente. Seu semblante, normalmente calculado e firme, mostrava sinais de emotividade ao se deparar com pessoas que, de alguma forma, eram familiares para ela. A presença do comandante do Reconhecimento parecia ter tocado uma corda sensível em seu coração.

Os olhares entre S/n e o comandante eram carregados de significados não ditos, como se um passado compartilhado estivesse sendo desenterrado. A surpresa, o reconhecimento e talvez até mesmo a dor se entrelaçavam em suas expressões.

A cena entre Levi e S/n revelou uma dinâmica peculiar e um vislumbre raro das emoções que se desenrolavam sob a superfície impassível do capitão. Era notável, talvez até surpreendente, testemunhar a expressão de Levi, normalmente tão reservado, refletindo uma complexidade de sentimentos.

Os olhares trocados entre eles carregavam uma carga de significado, indicando uma história compartilhada e uma conexão que transcendia o pragmatismo frio do campo de batalha. A maneira como Levi olhava para S/n revelava uma mistura de compreensão, preocupação e, talvez, uma dose de conflito interior.

S/n, por sua vez, reagiu de maneira intrigante. Sua aceitação passiva da agressão de Levi pelo colarinho de seu uniforme indicava uma dinâmica complexa entre eles. A emoção contida em seu rosto, ao ser abordada de maneira brusca, podia sugerir uma relação que ia além do simples comando militar.

A pergunta que ecoava em sua mente sobre a possível relação entre Levi e Aurora, a filha de S/n, era um ponto intrigante. Os olhares trocados, a maneira como S/n aceitava a abordagem agressiva de Levi e a conexão compartilhada levantavam questões sobre os laços que transcendiam o campo de batalha.

Parando para pensar agora, parece quase óbvio. S/n nunca gostou de falar sobre Levi, e, inicialmente, eu presumi que fosse devido ao fato de ele ser o soldado mais forte da humanidade, talvez sendo a chave para me derrotar em um cenário menos auspicioso. No entanto, a aparência de Aurora sempre me deixou com uma certa dúvida.

Quando conheci S/n, ela tinha uma aparência bem diferente da que tem hoje. Posso afirmar que Aurora não tem nada a ver com a mãe. Por outro lado, ela apresenta uma certa semelhança física notável com Levi, desde os cabelos escuros até a cor dos olhos e até mesmo os traços do rosto.

Lembro-me de quando vi Aurora pela primeira vez. Os olhos dela eram tão intensos quanto os de Levi, e aquela expressão determinada no rosto era tão familiar. Foi como se, por um momento, a verdade estivesse bem diante dos meus olhos, mas eu relutava em aceitá-la.

Talvez esse seja o segredo que minha amada esposa nunca quis me contar sobre a verdadeira identidade do pai de nossa filha. Ao observar a cena entre os dois, percebi que S/n estava se punindo por algo, o que apenas confirmou minhas suspeitas sobre a paternidade de Aurora.

Limpei minha garganta, chamando a atenção de S/n. Ela me olhou por cima do ombro de Levi, e acredito que tenha compreendido o meu olhar. Não demorou mais do que um segundo para que ela ordenasse que todos ao redor se afastassem. S/n se impulsionou, desferindo um chute certeiro no peito do soldado, fazendo-o voar para o outro lado do cômodo. Em seguida, ela se levantou, fazendo uma provocação, algo típico dela.

A tensão no ar era palpável quando o olhar de S/n encontrou o meu. Havia uma complexidade de emoções refletida em seus olhos, e por um breve instante, eu vi a dor que ela escondia por trás de sua fachada de liderança inabalável.

O cômodo silenciou-se, todos aguardando a próxima movimentação. Levi, ainda se recuperando do impacto do golpe, mantinha seu olhar fixo em S/n, como se entendesse a necessidade de confrontar as verdades enterradas.

Após algum tempo, tantas coisas aconteceram. Foi nesse momento que algo chamou a atenção: Levi partiu para cima de S/n com toda a força, empunhando suas lâminas. Como sempre, ela utilizou suas habilidades de cristalização e criou uma lâmina, defendendo-se dos ataques do soldado.

Uma briga se desencadeou entre S/n e Levi, enquanto a comandante do Reconhecimento tentava intervir para acalmar os ânimos. O compartimento do dirigível se tornou um cenário caótico, com movimentos rápidos e faíscas voando enquanto os dois lutavam com uma intensidade palpável.

As lâminas colidiam em um duelo frenético, cada golpe carregando a força das emoções conflitantes que permeavam o ambiente. Cada movimento, uma dança perigosa entre dois titãs que, de alguma forma, estavam ligados por laços complexos.

Enquanto a batalha se desdobrava diante de nós, a comandante do Reconhecimento tentava desesperadamente separar os dois, sua voz ecoando sobre o tumulto. Era evidente que a luta não era apenas física; havia uma batalha de vontades, uma colisão de sentimentos enterrados sob a superfície.

No meio da confusão, outro dos antigos amigos do meu irmão entrou no compartimento do dirigível. Seu semblante sério anunciou uma notícia sombria: a morte da amiga que havia sido baleada por Gabi. O peso dessa revelação reverberou no ar, lançando uma sombra sobre a batalha em curso.

Esperei algum tempo para finalmente conseguir me levantar; meu corpo não estava totalmente recuperado, e a regeneração foi concentrada principalmente nas minhas pernas. Mesmo assim, não podia esperar mais e precisava ir até ela. Com muita dificuldade, me escorando na parede, levantei-me aos poucos. Yelena, que estava ao meu lado durante todo o tempo, tentou me ajudar a levantar, mas recusei. Tremia diante do temor de que minha amada esposa interpretasse erroneamente a ajuda de uma das minhas mais fiéis seguidoras.

Com todo o esforço, tentei caminhar na direção de S/n, dando alguns passos para frente, ainda grunhindo de dor. No entanto, uma voz atrás de mim chamou minha atenção.

Levi me questionou sobre para onde eu estava indo, respondi de maneira sucinta, apenas expressando o desejo de mudar de ares. Continuei caminhando em direção à minha amada esposa, mas acredito que ele tenha percebido a intensidade do meu olhar em direção a ela. Assim, ele brandiu as lâminas em seu equipamento e veio em minha direção, determinado a cortar minhas pernas e me jogar para algum canto remoto do dirigível, longe da garota.

O metal das lâminas ressoava no ar enquanto Levi avançava com uma agilidade surpreendente. Sua determinação era palpável, e seu objetivo era claro: impedir-me de chegar até S/n. Cada passo que ele dava era calculado, cada movimento projetado para cortar meu avanço.

Mantive meu olhar fixo em S/n, que agora observava a cena com uma expressão complexa. Não havia muito que eu pudesse fazer; afinal, não poderia simplesmente me transformar, nem pegar uma arma e atirar contra ele. Teria que aceitar ou esperar que a garota fizesse algo para me salvar. Dessa forma, teria a confirmação de que talvez todo esse tempo juntos tivesse feito ela sentir algo a mais por mim.

A esperança é a última a morrer, e foi naquele pequeno momento que senti a pressão espiritual nas habilidades de S/n. Um calor intenso, como dos raios, a pressão que ela fez do lado do dirigível fez com que ele oscilasse, e em pleno ar, em menos de um segundo, me vi caindo. No entanto, as lâminas não haviam me atingido, e lá estava eu, de pé, me segurando enquanto ela enfrentava Levi livremente.

O momento de expectativa deu lugar a um turbilhão de surpresa e alívio. Enquanto eu caía no vazio, a sensação de impotência foi substituída por uma força indescritível. S/n havia intervindo, usando suas habilidades de maneiras que eu não podia prever. O calor intenso e a pressão espiritual ao lado do dirigível não só criaram um desequilíbrio, mas também permitiram que eu escapasse ileso das lâminas de Levi.

Com agilidade surpreendente, consegui me segurar e permanecer de pé, observando o desenrolar da cena. S/n, agora liberada das amarras que a prendiam, enfrentava Levi com uma determinação renovada. O dirigível, ainda oscilando devido à interferência, tornou-se o palco de uma batalha intensa.


Pude ver o ferimento que ele havia causado nela, e ele recuou assustado. Ele não queria feri-la, e a forma como se olhavam despertava em mim um ódio terrível. Encarei a cena com indiferença, e S/n, percebendo que talvez eu tivesse descoberto seu segredo, apenas me ajudou a caminhar para um canto afastado. Ela me colocou sentado e me presenteou com um livro. Sentou-se ao meu lado, e não trocamos nenhuma palavra. Eu folheava o livro, tentando manter minha mente afastada do confronto. O luto pela pessoa que perderam fez com que todos os soldados do dirigível permanecessem em silêncio.

O canto afastado tornou-se um refúgio temporário do caos que persistia no dirigível. Sentado ao lado de S/n, a atmosfera carregada de tensão entre nós não era amenizada pelas páginas do livro que folheava. Cada linha escrita era apenas um lembrete da batalha que se desenrolava tanto dentro quanto fora de mim.

O silêncio entre nós era quase palpável, quebrado apenas pelo som ocasional das páginas sendo viradas. S/n, com uma expressão indecifrável, compartilhava o mesmo espaço, mas nossos mundos pareciam distantes.

O dirigível tornou-se um cenário de cicatrizes visíveis e invisíveis. Enquanto S/n recebia cuidados para sua mão ferida, a comandante do Reconhecimento demonstrava sua preocupação, trazendo curativos e ataduras para que S/n pudesse se tratar. Mas foi quando Levi se aproximou que a dinâmica mudou.

Levi, com seu jeito decidido, conduziu S/n até a cabine de comando, deixando para trás um rastro de expectativa e inquietação. A porta se fechou atrás deles, criando uma barreira entre seus murmúrios e o restante do dirigível. A tensão no ar era palpável, enquanto a imaginação se esforçava para preencher os espaços vazios da conversa que se desenrolava ali dentro.

Do lado de fora, eu observava a porta fechada com uma mistura de curiosidade e apreensão. Levi permanecia como um guardião, seu olhar percorrendo o ambiente para garantir a segurança de S/n.

A atmosfera do lado de fora do dirigível era eletricamente carregada. Uma multidão se formara para receber os tripulantes, ansiosos para saber das últimas novidades. O solo da ilha de Paradis aguardava, repleto de histórias inacabadas e destinos entrelaçados.

Ao parar na porta, olhei para trás, encarando S/n com uma última pergunta. Seu sorriso em resposta iluminou seu rosto, e aquilo foi o suficiente para dissipar algumas das incertezas que ainda pairavam entre nós. Era um momento de transição, de deixar para trás o dirigível e enfrentar o desconhecido que aguardava.

O primeiro passo para fora do dirigível deveria ter sido uma entrada triunfante na terra natal, mas foi interrompido por um impacto nas minhas costas. Levi, agindo de forma impulsiva como sempre, havia me atingido. Tropecei, perdendo momentaneamente o equilíbrio, mas consegui me manter de pé.

O gesto de Levi, embora surpreendente, carregava consigo uma complexidade que eu não conseguia decifrar completamente. Era como se aquele impacto fosse uma manifestação de emoções não ditas, uma mistura de frustração, preocupação e talvez até mesmo uma pitada de ciúmes.

A atmosfera do retorno à ilha de Paradis era surreal, com a multidão aclamando aqueles que retornavam da missão no dirigível. O nome do meu irmão e o de S/n eram proferidos em meio aos gritos, tornando-os figuras quase míticas aos olhos daqueles que os recebiam.

Aproveitei a oportunidade para me aproximar de S/n mais uma vez, enquanto ela era envolvida pela admiração da multidão. Seus olhos refletiam uma mistura de sentimentos, talvez surpresa pela recepção grandiosa. Trocamos algumas palavras breves em meio ao tumulto, mas logo ela teve que partir, convocada por deveres ainda desconhecidos.

Assim como meu irmão e S/n, fui guiado para o interior das muralhas, onde os soldados assumiram a responsabilidade de me vigiar. O agito da multidão deu lugar à serenidade da cidade, e a imponência das muralhas serviu como testemunha silenciosa de tantos dramas humanos que se desenrolavam ali.

O tempo passava lentamente enquanto eu aguardava, ansioso para reencontrar meu irmão e minha esposa. No entanto, a espera não demorou muito. Não se passou mais de uma hora até que os soldados viessem me levar para outro destino.

A viagem foi longa, mas, por fim, chegamos a uma imensa floresta com árvores gigantes. Fiquei surpreso, mas aquilo não passava de uma piada irônica para o soldado mais forte da humanidade.

O silêncio envolvia as informações sobre as duas crianças de Marley e meu irmão, como se o destino tivesse escondido suas pistas em meio às sombras do desconhecido. Minhas perguntas foram recebidas com um vazio de respostas, deixando-me na incerteza sobre seus paradeiro.

A imprevisibilidade do futuro tornou-se evidente, e a ideia de um reencontro era tão elusiva quanto as sombras da floresta gigante que ficava para trás. Foi nesse momento de incerteza que tomei a decisão de colocar meu plano em prática.

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