Sangue do Conquistador

By FERREIRAK81

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E se Rhaenys não morresse na batalha? E se Maegor não fosse tão cruel? E se Visenya Targaryen visse a destrui... More

SINOPSE
A Conquista
Uma Nova Partida
Uma Guerreira, Uma Mãe (Munã)
Os Deuses Rogam, O Homem Age
Rainha, Príncipe e um novo membro na família.
Um Novo Príncipe, Um Reino e Louco
" Justiça dos Deuses"
Governo e Loucura
Dia de Nome de uma Rainha
Vida, Morte e Uma Nova Casa
O Peso é Conhecido Por Aquele que Carregará a Coroa
Uma Lady para Um Príncipe
Meu Lema é Família
Deixe a Criança Morrer Para o Homem Nascer
Carne e Sangue, Coroa e Loucura
Momentos e Romance
Casamento Real
NOTA DA ESCRITORA
Rotina🔥🔥🔥
Herdeiro do Seu Herdeiro
PERGUNTAS
Cotidiano e Problemas do Reino
Flores e Sangue ( O Amor Segredo dado por uma Mãe)
À Futura Rainha Consorte
Jeaherys, O Conciliador
Seja um Filho, Seja um Segundo Filho; Isso não importará.
Confie em Mim.
ORDEM
Daelon I, O Rei Monstro
Nascimento, Morte e Governo Targaryen
NOVAS HISTÓRIAS
NOVAS HISTÓRIAS
NOVAS HISTÓRIAS
Informações
Viserra Blackfyre
Momentos & Momentos
Chamas Gêmeas
Compromissos e... Afronta
Para Futuro Rei e Uma Nova Vida
Pedido
Fanart Maegor e Visenya
Compromissos
Seu Destino, Escolhido Por Suas Próprias Escolhas.
Deixe o Dragão Sair
IDÉIA
Nascida da Tormenta; O Chamado a Tempestade
Olhar da Lua
IDÉIA
NOTÍCIAS
Família e Sentimentos.
E Tudo Ficou Escuro
A Ira D Dragão
Sem Dó, Sem Piedade; Sem Humanidade
Reis e Rainhas
DAS SOMBRAS E ESCURIDÃO - Viserys Targaryen
Sangue de Sangue. Vermelho tú és.
Forças e a Proteção dos Deuses
A Ira do Norte (idéia kkkk)
A Ira do Norte (Publicado)
O Nascimento dos Dragões
O Coração do Dragão
Sangue do meu sangue, Neste Momento; Não Será Mais Minha.
CRONOGRAMA LITERÁRIO
Corpo, Sangue e Água
TIRO ÚNICO
O Inverno Esta Chegando
DOÍDA? EU SOU!
Batismo

Um Ataque de Dorne, Uma Princesa e Um Príncipe

210 29 6
By FERREIRAK81


Hey, olá. Trago um capítulo extra como presente, principalmente porque não sei como será o resto da semana.

Obrigada a todos, espero que estejam realmente gostando!!! 😊😘

________________________________________

" Acha que a mamãe ficará satisfeita?"

Perguntou o pequeno patife de cabelos claros e olhos roxos. Seu rosto delicado e leve sujo de terra e cinzas, suas roupas tão podres que provavelmente dariam um mês de trabalho extra para as lavadeiras.

Maegor sorriu afirmativo acima de tudo. Era a primeira caçada oficial de Viserra e melhor do que a maioria dos homens, conseguiu atingir dois javalis filhotes e um grande. Tudo usando uma besta e estando acima de uma árvore.

Sua ideia com certeza foi diferente, e mais fácil. Os outros dois meninos se olharam resignados porque com certeza sua mãe iria lembrá-los como sua irmã, muito mais nova, teve melhor desempenho e inteligência que eles.

Mal podiam ver a hora…

Em cima de seu pônei, a princesa vestia um vestido de couro malhado com calças justas de couro preto e botas de montaria. A peça de cima tinha aberturas mais largas para ser funcional, como um gibão, e sua capa era maior, para manter alguma aparente modéstia. Que com certeza faltava na sua irmã língua solta.

Visenya ensinou seus três filhos a caçar e como viver na floresta caso algo acontecesse. E anualmente saiam em duas caçadas, uma com soldados, lordes proclamado de casa cidade livre e outros, todos os lambe-lambe que queriam agradar a rainha.

A segunda era uma caça de família, onde cada um montaria o acampamento, faria a caça e formaria uma fogueira para o jantar.

Ainda estavam na primeira. E Maegor podia observar os soldados ao redor deles, divertidos com a criança guerreira, que mal havia atingido sua primeira década, mas já tinha títulos honrosos e próprios, como seus irmãos e mãe.

A Cavaleira Fantasma.

A Princesa Invisível.

Princesa de Mil Faces.

Lady da Língua de Fogo

Aquela que Tudo Sabe.

joia do Castelo do Dragão.

E embora Maegor amasse sua irmã, mão sabia de qual título tinha mais medo. Principalmente porque cada um deles tinha uma boa razão pro trás.

Seu dragão, Arion, antiga montaria do seu avô, Lorde Aerion Targaryen, era silencioso, embora feroz, poderia praticamente desaparecer nos céus e estar a sua vista momentos depois.

Sua irmã, também conseguia fazer o mesmo sem a fera, assustando a todos no castelo. Embora houvesse algumas passagens secretas, Rhaegar tinha quase certeza que sua irmã poderia desaparecer no ar de tão rápido que ela aparecia e sumia.

Mil faces. Provavelmente o título mais bem merecido. A Princesa Viserra era manipuladora natural, conseguindo enrolar até mesmo o homem ( ou mulher) mais bruta do reino sem nem mesmo precisar mexer um dedo. Poderia mudar a situação ao seu favor somente com um sorriso.

Amedrontar o lutador mais bem treinado com um olhar. Sua face era sua maior ferramenta, e a rainha parecia a treinar para usar isso ao seu favor. O que deixava a todos, principalmente o pai dela e seus irmãos, amedrontados.

Língua de Fogo. Tão rápida com as palavras quanto sua mãe poderia ser com a espada, a menina tinha uma habilidade de usar as palavras para mudar tudo e sair na melhor, mesmo que o assunto mão a envolvesse.

Era surpreendente o quanto a garota poderia saber, tanto que mesmo o membro do Conselho, conhecido como Conselheiro dos Segredos , saberia. Foi com certeza algo relacionado a sua facilidade em desaparecer dois lugares.

E serviu muito bem quando em Dorne, um antigo sacerdote, que permaneceu escondido para mão morrer, tentou envenenar a rainha se passando por empregado. Viserra simplesmente de virou para a mãe no meio do jantar e lhe disse que a bebida, que estava sendo servida no mesmo instante, estava envenenada.

Quando questionada sobre, ignorou e perguntou ao empregado mascarado, se poderia experimentar, e garantir a segurança da rainha. Ou se simplesmente tentaria lhe enfiar garganta abaixo culpando-a como a mulher que destruiu seu reinado de terror.

Meio segundo depois, o príncipe havia arrancado a mão do homem e o derrubado, os Guardas do Dragão o seguraram enquanto a rainha exigiu que ele bebesse de seu copo e provasse seu próprio veneno.

Seu último provavelmente era o mais fácil de se explicar e entender. Sendo a filha mais nova, e única menina, da rainha, Viserra era tão guardada e protegida quanto poderia. Embora Maegor e Rhaegar acreditassem que na verdade deveriam ser os guardas a serem protegidos dela.

Mesmo sabendo usar uma faca e adaga muito bem, e tivesse começado seu aprendizado com a espada de madeira, ela tinha cinco guardas escolhidos a dedo, ao seu redor, onde quer que fosse fora da ala familiar.

Embora mais da metade do tempo, todos estivessem a procurando ao invés de a proteger. A rainha acreditava ser um bom exercício para que os soldados não ficassem estagnados e aprendessem a serem mais espertos.

Viserra Stormborn Blackfyre, nascida da tormenta e em uma lua de sangue. Muitos piromantes jurariam que isso era o presságio para uma bruxa ou um demônio, mas para eles, significava a benção dos deuses.

Os três filhos da rainha conquistadora nasceram da mesma forma, com chuvas e tempestades horrendas que destruiriam cidades, mas não fizeram mal a nada, desaparecendo completamente ao primeiro choro deles.

Maegor nasceu com o dia se transformando em noite durante todo o tempo do seu parto, que começou no início da madrugada. O céu ficou tão cinza e então escuro quanto se poderia imaginar ser a caverna mais profunda.

Rhaegar foi recebido com as tempestades da madrugada, com o sol para nascer pouco tempo depois e os dragões voando agitados no céu.

Já a filha mais nova da rainha. Nasceu uma guerreira. De uma rainha com certeza. Um ataque de Dorne, que não estava sujeito a seguir uma outra rainha, assim como não fez com Westeros. Eles invadiram o castelo na madrugada e se disfarçaram como empregados.

A rainha percebeu logo mais e todo o castelo foi colocado em confinamento, mas por beber um vinho envenenado, acabou entrando em trabalho de parte.

Maegor exigiu que oitenta e quatro guardas protegessem o salão da rainha;

Flashback on.

" Mas... Meu príncipe, a rainha..."

" Quem é o herdeiro de sua majestade?"

" O senhor..."

" Quem atua no comando de sua falta?"

" O senhor, meu príncipe."

" Então porque ousa me questionar!"

Gritou furioso. Sua casa estava sendo invadida, sua mãe e rainha em trabalho de parto comprometida e qualquer um poderia sair da sombra e os matar. Ele precisava manter o castelo seguro, e no entanto idiotas pensavam que sabiam mais do que ele.

" O QUE AINDA ESTÃO ESPERANDO?!"

Gritou os vendo correr para suas posições. Maegor então exigiu que vinte outros fossem mandados para cuidar do seu irmão, assim como verificar a identidade das babás. Qualquer coisa que não deveria estar lá ou se mexer...

" Mate."

Acenaram e seguiram.

Respirando fundo pensou no que fazer. O castelo era grande demais para concentrar todos em um só lugar. Mas se não, daria chance para a pessoa atacar ou fugir.

" Tranquem a biblioteca, a Câmara Vermelha e o Trono. Quero vinte a cinquenta soldados em cada um desses pontos. Mande alguém ir verificar a Cova dos Dragões."

Estava tudo bem... Tudo iria ficar bem...

Era como os testes de sua mãe... Nada que ele não pudesse lidar.

Disse mentalmente enquanto saia com trinta guardas para verificar o Salão dos Segredos. Somente sua família poderia entrar lá, e era onde estava tudo de mais estimado da família; o segredo do aço Valiriano, do vidro do dragão, os planos de governo, uma parte do ouro recolhido, só por garantias, e outras coisas como jóias estimadas, tomos antigos e pedras preciosas.

Ele estavam quase chegando a ala quando Maegor se virou com os olhos arregalados ouvindo seu irmão correndo atrás dele, sozinho.

" O que está fazendo aqui?!"

Perguntou desesperado para ter uma boa ração de não matar seu irmão.

" Vim ajudar!"

" Ajudaria não ficando no caminho, isso não é brincadeira!"

Disse nervoso, mas então negou com a cabeça respirando fundo e pegando seu irmão pelo ombro.

" Fiquem."

Ordenou aos soldados, a maioria sabia que não deveriam entrar naquela área do castelo, outros simplesmente tinham que aceitar as ordens do príncipe.

Ele andou, virou uma esquina, então outra, e outra, esquerda, esquerda, direita, escada, porta falsa, tapeçaria com espaço secreto e finalmente chegaram.

Empurrou seu irmão para dentro assim que conseguiu destrancar a porta e entrou logo depois, fechando atrás dele.

Tudo ao redor estava certo. Nem mesmo uma espada ou livro fora do lugar. Respirando aliviado que ao menos isso estivesse certo, virou-se para a cópia em miniatura do seu progenitor. E lhe deu um cascudo na cabeça.

" Disse para ficar lá, seguro."

" Estou seguro! Com você!"

Disse esfregando o lugar ferido na cabeça cheia de cabelos brancos lisos.

" Fique. Aqui. Não. Sair."

Disse friamente enquanto seguia para fora, mas não colocava completamente a porta de volta no lugar. Não gostaria de imaginar proteger seu irmão de uma rebelião, para simplesmente o encontrar morto por falta de ar.

Ele voltou. E... Silêncio.

Muito silêncio.

As armaduras fazem barulho, e mesmo quando paradas, o vento batendo contra elas dava um assobio no ar.

Sua mão foi direto para o punho da espada, e no minuto seguinte precisou se abaixar ao ouvir o assobio da espada cortando o vento, bem próximo ao seu pescoço.

Se virando e jogando-se para o lado, mais para baixo, tirou sua espada do cinturão e tentou chutar a pessoa que estava atrás de si, enquanto virava entre os movimentos.

Ele xingou ao ver a pessoa vestindo uma armadura completa, prata com detalhes dourados, incluindo o capacete. Era mais difícil derrotar alguém assim.

A força do homem adulto, com provavelmente mais do que 1.80, era o dobro da sua, mas Maegor resistiu. Se chocou contra ele pelo menos quatro vezes antes de cair no chão. A espada veio em direção ao seu rosto e ele virou, jogando sua espada próximo ao rosto coberto. Distração.

Conseguindo se afastar, tentou se levantar, mas gritou ao sentir o aço atravessando sua perna esquerda.

"MAEGOR!!!"

" NÃO!!!"

Disse ao ver seu irmão fora da sala. Sua adrenalina estava alta o suficiente para ignorar momentaneamente a dor de sua perna, mesmo quando se apoiou nela para virar e chutar a pessoa que vinha por cima de si.

" RHAEGAR, CORRE."

Suas espadas se chocaram e ele gritou para seu irmão reagir.

" CORRE, RHAEGAR, CORRE!"

Seu irmão foi, e ele fez seu trabalho ao máximo para impedir o homem de prosseguir atrás dele. A luta entre os dois era desigual, mas não era como se o filho da Rainha Guerreira fosse ser um inútil com uma espada.

Dois giros pela esquerda, um chute e um movimento de meia lua com sua perna direita, então sua espada desceu contra o braço de arma do homem, atingindo aço contra aço.

A pessoa jogou sujo, era claro que honra não estava do lado da guerra, nesses casos, e chutando a perna do príncipe para o lado o desestabilizando e o derrubando no chão, mas o loiro foi rápido, e quando se viu, havia rolado no chão e feito como uma roda com seu corpo, mesmo enquanto grunia de dor, para assim conseguir virar para trás e cair de joelhos, pegando a adaga da bota escondida e podendo se levantar rapidamente, paea agilmente atingir na divisa entre o pescoço e o ombro, quebrando a malha fina de proteção.

O grito do homem foi brutal, mas de alguma forma tentou resistir, conseguindo o empurrar para o chão, e com a perda de sangue constante, e sem o apoio devido da perna ferida, caiu.

Mesmo tonto, o homem levantou sua espada contra o futuro rei, que tentava pegar sua espada ou adaga, que estavam caidas mais atrás.

" DRACARYS... DRACARYS...GAELIRHOX, DRACARYS!!!"

Maegor virou, deixando de se importar com a espada descendo próximo de sua cabeça. Aquele era seu irmão, correndo feito um idiota tolo para o perigo.

Porém... Acima dele, estava um filhote de dragão furioso, que atingiu a cabeça do invasor enquanto descia a espada. O dragão fincou suas garras na malha do pescoço, pegando provavelmente direto no ferimento e conseguiu arrancar a cabeça de Lara, arranhando e rasgando então o rosto do homem .

Maegor não perdeu tempo e se rastejando pegou sua espada e correu, enquanto o homem tentava pegar o dragão por trás, com as mãos, e o jogar longe.

Fincou a espada em seu pescoço, vendo sangue jorrar de sua boca e observando seu olho rasgado pela fera. Não havia mais nariz em seu rosto, só um buraco sangrento.

Quando finalmente caiu, Maegor caiu por cima de seu corpo, se apoiando minimamente em sua espada e observando mais a frente, seu irmão com sangue no cabelo e rosto, vestes sujas de fuligem e respirando profundamente, com uma pequena adaga em suas mãos finas e trêmulas.

Ele tentou dar um passo, mas seu corpo caiu com um gemido contido ao apoiar sua perna cortadas. Finalmente olhando para isso, levantou suas calças vendo o rasgo, do tamanho de uma adaga média, atravessando de trás para frente sua carne. Se fosse uma espada, com certeza seu pé já não estaria ali.

Seu irmão se aproximou ao que houve mais barulho, ele respirando fundo, sentindo toda a dor, mesmo em volta da adrenalina, lhe atingir, mas se aproximou da parede, se erguendo. Ele lutaria até morrer se necessário.

Por sorte não foi...

Quinze soldados vieram atrás, tentando seguir o segundo filho da rainha para o proteger. Amos Knight estava a frente, banhado em sangue com suas roupas de malha e couro falso encharcadas. Havia um corte largo em seu braço e seu rosto também estava sujo.

O homem foi o único a se aproximar.

Não que dissessem que ele e o primeiro filho da rainha tinham uma boa reação, mas também não se odiavam. Cada um mantinha seus deveres e pronto, não eram próximos, mas fazia algum tempo em que o príncipe parou de ameaçar o homem... Constantemente.

" Posso... Apoia-lo, meu príncipe?"

" Sua rainha?"

Perguntou entre suspiros nervosos.

" Segura! Matando três invasores quando me mandou perseguir vocês..."

O menino revirou os olhos. Nem mesmo dando a luz aquela mulher largaria a espada, era claro... porque havia duvidado disso?

Ele aceitou se apoiar em minimamente no homem, ainda com a mão segurando o ombro de seu irmão menor.

O caminho foi longo, com certeza a dor era cada vez pior...

O chão dos corredores estava manchado de sangue e os servos que cruzavam aeu caminho ofegavam horrorizados antes de se moverem para tentar ajudar.

Foi só quando chegaram ao quarto da Rainha que reagiram. A própria rainha os interceptou no corredor, segurando sua espada e vestindo nada além de uma camisola completamente suja de sangue, olhando para eles com preocupação.

Seu rosto se fechou completamente ao ver o estado de seus filhos, mas acenou firmemente para o amante.

" A pessoa que lhe atacou?"

" Morto..."

Disse simplesmente. A mulher não respondeu, simplesmente tomando o lugar do segundo filho, que então foi pego, contra sua vontade, pelos braços de Amos.

Todos entraram, com agora o dobro dos soldados iniciais, ficando na porta da rainha. Dentro havia um batalhão de curandeiras do Senhor da Luz, incluindo Mellione, ele foi jogado em um divã, ao final da cama da rainha, onde na mesma havia um pequeno pacote choramingando baixinho

Ele olhou entre respiros doloridos para o centro dos lençóis, podendo ver um pouco de pele clara e fios brancos no que deveria ser a cabeça.

" Viserra... Viserra Stormborn Blackfyre."

Disse a rainha o olhando, enquanto cortava suas calças e camisa e se afastava então, deixando os curandeiros o cuidarem. Já havia cinco ao lado de seu irmão, e outros seis ao lado dele. A rainha estava de pé ao lado da cama, entre os dois filhos, e seu amante parada um pouco atrás dela.

Na manhã seguinte, a rainha declarou Guerra total a Dorne caso não se rendessem, naquela noite, então conhecido como o Novo Príncipe de Dorne, filho da Princesa Regente até a Conquista de Westeros, se ajoelhou perante a rainha e entregou sua coroa.

Flashback off.

Maegor, sentado em seu cavalo, vestia um gibão carmesim e calças de couro preto. Sua adaga no cinturão, do lado esquerdo, com sua espada no direito. Não deixou de mexer, involuntariamente, seu pé esquerdo, suspirando ao lembrar que tinha toda a mobilidade certa.

As luas que se seguiram após o ataque foi quando sua mãe tomou o controle total sobre todas as cidades livres e estabeleceu cada regente ou lordes para controlar os lugares e se reportarem a eles.

Rhaegar estava ao seu lado esquerdo e sua irmãzinha do outro. Ao redor deles havia um total de doze guardas ao redor em cavalos e atentos.

Polirys havia ficado com a rainha, para que ambas pudessem usar o tempo para se conhecerem mais. E enquanto o príncipe herdeiro ouvia isso de sua mãe, desejava do fundo de seu coração que não precisasse enterrar sua noiva precocemente.

Ambas as mulheres tinham uma língua solta, uma habilidade impressionante de irritar os outros ao redor e agir como se nada acontecesse, embora para sua noiva ela realmente não parecia perceber o que sua sinceridade causava.

O casamento havia sido marcado para a virada da estação para a primavera, a época favorita da futura princesa-consorte. Embora os dois últimos anos tenham sido invernos, vivendo depois do Mar Estreito e de Dorne, o clone era muito mais seco e árido, embora em sua primavera e outono o vento fosse mais gentil.

Com certeza, sendo o homem que era, nunca admitiria que passava muitas noites sonhando sobre seu casamento, ou que estava muito mais envolvido do que a maioria dos homens faziam.

Visenya também não ficava atrás, desejando que seu filho tivesse um casamento digno do futuro rei. O que contradiz com os desejos da noiva para algo mais leve e simples.

Chegando ao acampamento, permitiram-se descer das celas e levarem seus cavalos a area designada. Seus animais eram suas responsabilidades, isso foi a primeira coisa que cada um deles ouviu quando receberam suas montarias, tanto dragões quanto seus cavalos.

Alimentados e hidratados, os permitiu ficarem na sombra em descanso enquanto seguiam ansiosamente para o centro de tudo, onde sua rainha sentava-se com o circulo de seus conselheiros, comandantes e pessoas mais próximas, incluindo também seu amante.

Polirys estava ao seu lado, com uma expressão neutra e um olhar observador. Ao encontrar seu noivo, Maegor viu o lampejo de alegria que lhe passou, e não deixou de sorrir mais ao que percebeu o amor que ela tinha por ele.

O momento foi interrompido no entanto, por um pequeno patife que o empurrou fracamente para o lado.

“ Vamos treinar! Você prometeu.”

“ Hey, eu sei ok. Só vamos relaxar um pouco.”

“ Por favor, prefiro receber uma surra sua no campo do que ouvir Viserra recontar a história do javali pela oitava vez. E agora com a mamãe junto para rir de nós.’

Realmente, o mais velho o entendia muito bem, e acabou por concordar, o levando a um lado mais afastado das tendas, embora ainda a vista.

Maegor treinava com seu irmão pelo menos uma vez a cada sete sóis, sempre buscando ser o melhor exemplo que pudesse. E embora seui irmão ainda fosse uma criança, menor do que ele quando sua mãe começou a conquistar as terras livres, o menino tinha aquele senso forte de dever e honra, indo atrás de algo para provar seu valor, principalmente quando parecia que até sua irmãzinha mais nova era mais reconhecida do que ele.

Tentava ajudar seus irmãos irmãos da melhor maneira que pudesse, ainda mais Rhaegar pois eram do mesmo pai, e sem exemplo nenhum de homem.

Sor Armis Knight era um homem bom em muitos aspectos, um ótimo cavaleiro, bom com espada, e honrado à sua maneira, mesmo que aceitasse se ver como amante da rainha. Contudo era diferente, e ele sabia que seu irmão também o via dessa forma.

Então tinha que se esforçar, deveria ser o melhor exemplo que pudesse para o seu irmão seguir. Deveria mostra-lhe como honrar sua família e coroa, como protege-los e aceitar cumprir suas obrigações, mesmo que fossem contra sua honra.

Sempre haverá deveres para com a família. Mas a família sempre estará acima de tudo, incluindo a honra.

Começaram com aquecimento básico, e o mais velho apresentando novas bases ao menino ainda verde. Quando finalmente começaram a lutar, o herdeiro da rainha conteve sua força, mas não muito. Seu irmão precisava aprender a lidar com todos os tipos de força, incluindo alguém mais forte lhe atacando.

“ Melhore esses pés!”

“ Arrume sua coluna.” Disse espalmando a espada cega no meio de suas costas.

“ Use o ambiente ao seu favor! Analise, pense.”

Logo, a espada de Rhaegar estava fora de alcance, levou muito mais tempo para desarmá-la do que o normal, mas ainda assim foi feito, e ele poderia sentir o metal frio contra sua garganta; era bastante bom na verdade, considerando seu corpo quente e agitado.

Ainda assim, o menino tinha mérito, pois mesmo desarmado, mesmo com a espada vindo direto em sua direção, seus olhos não fechavam, nunca fechavam. E seu irmão ainda parecia frustrado.

“ Porque você não me bloqueou?”

“ Bloquear?” Perguntou o menino exasperado. “ Você me desarmou, não tenho arma! Pegar a adaga era fora de alcance.”

“ Assim…” Ele puxou o braço do outro até onde certamente teria parado seu ataque, embora ainda o deixasse provavelmente muito ferido. Não parecia haver como evitar se machucar em tal situação. “ Ou você poderia ter agarrado a lâmina e me derrubado.”

“ Pegue o–” O menino parecia boquiaberto. “ Eu acabaria sangrando.de qualquer maneira, se não fosse sega poderia arrancar meus dedos. Eu preciso deles!”

“ Bem, prefere sangrar e perder alguns dedos ou estar morto?” ´Perguntou rudemente, com a sua respiração normalizada. Rhaegar franziu o cenho, sentindo-se mais uma vez como se tivesse falhado.

“ Oh, vamos principe, ele fez o seu melhor.”

Disse M'llor, melhor amigo do segundo principe, tentando de alguma forma inutil, ajudar o amigo.

“ Ele precisa ser capaz de pensar em suas opções na batalha.” Respondeu o mais velho. “ Vocês dois, na verdade. Aprender a escolher entre dois males é uma habilidade necessária. Arrume a postura Rhaegar, de novo.”

O mais novo suspirou, mas seu olhar era pura determinação enquanto se arrumava e se preparava para o próximo tempo.

Verdadeiramente, o menino estava determinado a derrotar Maegor. O mais novo o admirava mais do que ninguém, e de fato, claramente se inspirava nele.

Ao redor muitos observavam os irmãos juntos, com o mais velho ajudando o segundo principe em seu caminho das espadas, a rainha tinha um olhar de falcão em ambos seus filhos, ao mesmo tempo em que ouvia com atenção os bajuladores ao seu redor, cuidava de sua filha mais nova, que queria esfolar ela própria o javali que capturou, e analisava sua futura nora.

Visenya observou enquanto eles circulavam um ao outro, algo parecia ter animado muito mais Rhaegar, e a mulher revirou os olhos percebendo que deveria o ajudar a melhorar sua mascara, estaria logo mais entregando suas observações e pensamentos assim.

Maegor se envolveu primeiro, a rainha e princesa Viserra entraram em choque então; Rhaegar recuou. Ele nunca recua. O herdeiro também ficou surpreso com sua reação incomum. Tentou novamente, mas o menino continuou a evitá-lo.

A rainha se ajustou na cadeira com curiosidade aguçada, verdade seja dita que seu segundo filho era muito melhor em livros do que com espadas, e embora quisesse que todos aprendessem o oficio, planejava que seu menino talvez fosse aprendiz no Templo do Senhor da Luz em alguns anos, ou talvez se tornasse assistente de Daario ou de um dos seus Conselheiros.

Isso deveria ajuda-lo a aprender mais sobre a politica e poderia então servir como Conselheiro do Rei quando seu irmão fosse coroado.

“ Planejando algum tipo de truque, irmão?” 

O mais novo bufou, se recusando a responder pois sabia que seu irmão usava as falas para distrai-lo no treino.

O mais velho deu um amplo golpe e, em vez de se esquivar para o lado, o menino se abaixou. Então clicou. Visenya sorriu levemente ao perceber o plano de seu filho. Com a maioria dos homens provavelmente funcionaria, mas não com seu herdeiro.

Caso contrário ambos precisariam retomar suas aulas de observação.

Rhaegar conseguiu que seu irmão balançasse sua espada direto em um dos postes provisórios de madeira. Por um momento, M'llor acreditou que seu melhor amigo poderia vencer, mas então viu o sorriso no rosto do príncipe herdeiro.

Claramente o mais novo esperava que sua espada ficasse presa na madeira, para lhe dar tempo suficiente para desarmá-lo e depois acabar com ele. Mas todos atentos viram os olhos dele se arregalaram quando o outro arrancou sua espada do poste com relativa facilidade. Havia subestimado sua força, ou treinado com um parceiro mais fraco para o plano.

Mesmo que as coisas não tenham saído exatamente do jeito que esperava, não perdeu tempo para desembainhar sua adaga e cortar o pulso do irmão. Sua mão sofreu um espasmo e sua espada caiu de sua mão não dominante, contudo o outro agarrou seus pulsos quando ele tentou dar uma estocada e eles caíram no chão. Rhaegar se viu debaixo do seu irmão mais velho, ambos os pulsos firmemente presos em uma das suas grandes mãos, com a outra livre, foi para a faca.

Rigidamente, mas não brutal, Maegor colocou o metal contra seu pescoço.

“ Você perdeu!”

A muito, rainha Visenya dizia que os olhos eram a janela da alma, poderia mostrar tudo; quem você verdadeiramente era e seus planos. Se fosse verdade, o principe herdeiro sabia que seu irmão desejava o esfolar vivo, ao mesmo tempo em que só desejava desaparecer dos olhares ao redor, se sentindo humilhado e fracassado, de novo.

Levantando, estendeu a mão, para ser recebido com um tapa e areia nos olhos, enquanto seu irmão pegava a adaga em raiva cega e atacava para a frente. Não havia plano ou treino, era raiva e humilhação, pura e simples.

Maegor não estava irritado, embora muitos outros estariam, ele entendia seu irmão, muito bem na verdade.  O sentimento de inadequação não era leve, e o aperto ao sempre ser visto como menos, como pequeno e não ouvido ou entendido simplesmente porque era muito novo, era algo cansativo.

Ainda assim, seu irmãozinho explosivo precisava aprender a controlar seu temperamento, e não desejando causar uma cena grande na frente de todos ao redor, o rodeou, acertando sua perna entre as dele e o virando pelo ombro, o fazendo cair ao mesmo tempo sendo segurado.

Uma risada alta e um sorriso largo, mesmo que falso, entrou em seu rosto, e entre sussurros mandou seu irmão se portar como o príncipe que era.

Quando então ofereceu sua mão novamente para o ajudar, foi pega, embora com força bruta, e espalmou suas mãos para tirar a terra grossa de seu gibão. As pessoas ao redor se dispersaram, voltando às suas próprias conversas, mas ambos sentiam três olhares fortes contra si; Viserra observando seus irmãos com olhos de águia, embora silenciosa. A rainha, que os olhava com cuidado e perguntas nos olhos, que claramente viriam depois, e Polirys, observando-os com preocupação nos olhos.

Ele sorriu levemente para ela com um aceno e deu de ombros, vendo-a relaxar minimamente então, voltando a uma conversa com sua dama de companhia, Lolla.

Se seu irmão já não estivesse prometido, provavelmente seria um bom par para a melhor amiga de sua noiva, idades próximas, interesses parecidos pelo que sabia, e ambos explosivos. Ou ficariam juntos e se acalmaram ou destruiriam tudo ao redor deles em uma brincadeira que pensavam ser inofensiva.

“ Vamos nos banhar, o sol está se pondo logo, prepare-se para o jantar.

Seu irmão o olhou com seriedade, não havia mais nada em seus olhos, raiva, humilhação, determinação, nada. Era uma resignação fria e indiferente enquanto acenava simples e seguia em frente.

E Maegor odiava isso.







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