🌟 Vote 🌟
💬 Comente 💬
⨳ 𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐕𝐚𝐥𝐞𝐦 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐏𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬 ⨳
🦋 Act 2 - Deixe as folhas velhas caírem 🦋
⨳ Chapter 106 ⨳
Estou feliz por vocês
Victor Augusto
15/03 – Terça-feira
06:30h
Eu acordei com a luz do sol passando pela cortina. Estava muito calor e abafado. Bárbara estava abraçada no meu pescoço, enquanto dormia apenas com meia perna coberta. Eu a abracei mais, sentindo seu corpo relar no meu. Logo, ela começou a se mexer, mas não de um jeito bom. Ela se sentou na cama rapidamente, e eu levantei junto.
─ O que foi? – eu perguntei.
─ Não tô legal. – ela disse, coçando os olhos.
─ O que você tem? – eu perguntei, me aproximando mais.
─ Eu não sei... Eu estou com muito calor e muito enjoada. – ela disse.
Peguei o controle do ar condicionado no criado mudo e liguei o ar, esfriando o quarto rapidamente.
Ela subiu a camiseta larga até os seios, me dando visão completa de seu corpo. Sua cintura era extremamente fina, os quadris largos, as coxas enormes e a pele bronzeada.
Me deitei ao seu lado e peguei sua mão. Não queria abraça-la, pois eu iria esquentá-la.
─ Tá melhorando? – eu perguntei.
─ Tá... Obrigada. – ela disse, se virando de lado.
Beijei a sua mão e ela sorriu, me dando um selinho. Ela pegou minha mão e passou pela própria cintura, querendo que eu a abraçasse. Eu a abracei e ela se aconchegou ainda mais no meu corpo.
Ela voltou a dormir, mas eu continuei acordado. Fazia carinhos por seus cabelos, por seus braços, pescoço, rosto... Queria deixa-la confortável.
A paz durou pouco, já que o despertador tocou. Me levantei e o desliguei, vendo que Bárbara ainda dormia.
Para deixa-la descansar mais, eu decidi me trocar primeiro. Peguei uma roupa no guarda-roupa, e logo eu fui para o banheiro me trocar.
Me assustei quando ouvi a porta do banheiro se abrindo. Era ela, com uma carinha de sono linda, toda desarrumada.
Ela veio até mim e abraçou meu corpo, enfiando o rosto em meu peito. A abracei de volta, dando um beijo leve em seu pescoço.
─ Melhorou, anjinho? – eu perguntei.
─ Uhum. – ela murmurou, sonolenta.
Ri de leve, enquanto me separava dela, mas ela ainda estava abraçada no meu corpo.
─ Por que você não se troca? A gente come alguma coisa e já vai pra escola... – eu sugeri, beijando sua testa.
─ Posso roubar algo seu? – ela perguntou.
─ Pode. – eu disse, logo vendo ela levantar a cabeça e sorrir, me dando um selinho em seguida.
Deixei ela no banheiro e fui para o quarto. Deixei tudo organizado para irmos para a aula, e logo Bárbara estava pronta. Ela pegou uma camiseta minha da nike e vestiu junto com uma legin preta da Nike. Aquilo me intrigou, porque eu estava morrendo de calor, e acho que estava uns 30 graus lá fora.
─ Não tá muito calor não, meu anjo? – eu perguntei, indo até ela.
─ Eu não gosto de usar shorts. – ela disse.
─ Por que?
─ Minhas pernas são horríveis, eu detesto. – ela disse, prendendo o cabelo em um coque desarrumado.
─ Eu deveria te dar óculos. – eu disse, vendo ela corar. – Meu anjo, você tem ideia do quanto suas pernas são lindas?
─ Você só fala isso porque é meu namorado. – ela disse, abrindo a porta do meu quarto para irmos tomar café.
─ Não, eu estou dizendo isso porque é verdade.
Descemos as escadas e nos deparamos com a mesa de café mais arrumada que eu já vi na vida. Aquilo era estranho, mas tudo bem.
─ Bom dia, queridos! – minha mãe disse, colocando um prato com panquecas na mesa.
─ Bom dia? – eu disse, olhando tudo aquilo. – Por que tudo isso?
─ E-Eh que a Babi dormiu aqui hoje! Tinha que ter um café especial, né? – minha mãe gaguejou.
Arqueei as sobrancelhas e cruzei os braços. Bárbara sempre dorme aqui e muitas vezes minha mãe nem está aqui para tomar café com a gente.
Observei minha mãe engolir seco e se sentar. Bárbara se sentou e eu me sentei por último.
Estavamos todos quietos, mas a minha cabeça estava uma bagunça. Eu sabia que tinha algo errado, sabia que tinha algo a mais.
Eu continuava a encarar minha mãe, tentando decifrar o que era aquilo tudo.
─ Suas panquecas estão ótimas, tia! – Bárbara quebrou o silêncio.
─ Que bom que gostou, Bárbara. – minha mãe respondeu.
─ Você nunca faz panquecas. – eu disse.
─ E-E por que não poderia fazer hoje? Temos convidados. – minha mãe respondeu.
─ Mãe, a senhora fez chocolate quente?! – eu perguntei, vendo uma leiteira na mesa.
─ Sim. Qual o problema? – ela disse.
─ Tá um calor do inferno, como vai tomar isso? – eu perguntei.
─ Eu fiz para vocês. – ela disse.
─ Eu nem gosto de chocolate quente, eu prefiro o frio. – eu disse.
─ Mas a Babi gosta.
─ E eu duvido que ela vá toma um litro todo sozinha. – eu disse, cruzando os braços. – Pra que é tudo isso?
Minha mãe respirou fundo, revirando os olhos.
─ Tá! Você venceu! Eu preciso contar uma coisa para os dois...
Meu coração acelerou e eu senti altas doses de adrenalina no meu corpo.
─ Eu... – minha mãe tentou falar. – Eu preciso que não surte, Victor.
Fodeu.
─ Sabe que eu nunca surtaria com a senhora. – eu respondi.
─ Tá bom... – ela disse. – Quando a Babi estava doente, e eu estava naquele congresso de uma semana, sabe?
─ Sei.
─ Então, eu conheci um psicólogo aqui de São Paulo, o nome dele é Jacob...
─ Legal. – eu respondi.
Nunca me importei da minha mãe ter amigos homens, até porque, eu tinha amigas meninas e sabia muito bem diferenciar amizade de segundas intenções.
─ Só que... A gente ficou muito amigos...
Engoli seco. Peguei uma xícara de café e tomei um gole.
─ E estamos namorando faz três meses.
Cuspi o café de volta e comecei a tossir. Como? Meu Deus, como?
Eu estava extremamente engasgado, ao ponto de saírem lágrimas dos meus olhos.
─ Calma, eu vou pegar água. – Bárbara disse.
Logo ela voltou com um copo de água e eu consegui controlar a tosse. Bebi um pouco da água e voltei a olhar minha mãe.
─ Você o que?! – eu perguntei. – Quem é ele? Onde ele trabalha? Ele já foi casado?
─ Calma. – ela pediu. – Ele se chama Jacob, é só dois anos mais velho que eu, trabalha no mesmo prédio que eu, e sim, já foi casado.
Olhei para baixo, assentindo com o rosto. Três meses, e ela não me disse nada.
Senti Bárbara pegando minha mão e entrelaçando com a dela.
─ Que bom, tia! Meus parabéns... Se ele te faz feliz, eu fico feliz por vocês. – Bárbara disse.
─ Por que não me contou? – eu perguntei.
Minha mãe ficou quieta por um tempo.
─ Porque eu sabia que você iria ficar bravo. – ela respondeu.
─ Eu não tô bravo. – eu disse, olhando seus olhos. – Eu estou decepcionado, porque eu sou seu filho e a senhora esperou a merda de três meses para me contar.
─ Me desculpa, filho. De verdade... Eu queria ter contado antes, mas eu achava que só seria uma paixão boba e que não duraria, mas durou. Eu não queria te alimentar esperanças para acabar depois...
─ Eu te contei que estava compromissado no dia que eu pedi para ser ficante da Bárbara. Eu te contei antes mesmo de saber se ela aceitaria. Quando eu pedi ela em namoro, eu te contei um mês antes que pretendia isso, eu te levei comigo pra me ajudar a comprar a aliança, e aí a senhora não me conta porra nenhuma da sua vida. – eu disse.
─ Não queria te iludir.
─ Não queria, mas fez. – eu respondi. – Sabe, quando eu vi todas aquelas contas de restaurantes caros de São Paulo, tudo aquilo... Eu pensei um milhão de coisas, mas essa era a última.
─ Victor, não quero brigar com você.
─ Eu também não, mas você deveria entender um pouco meu lado.
─ E eu entendo, você tem total direito de ficar triste comigo, mas eu te prometo... – ela pegou minha mão. – Que ele é um cara legal. Olha, ele é incrível.
Fiquei quieto. Senti as lágrimas invadindo meus olhos. Eu tinha medo de viver tudo aquilo de novo.
─ Que bom, eu fico feliz pela senhora. De verdade, fico feliz. Eu não quero te ver mal, mãe. – eu disse. – Mas se ele fizer uma merda...
─ Eu sei, obrigada por tentar me proteger, mas vai dar tudo certo! – ela disse, rindo levemente.
─ Quero conhece-lo. – eu disse.
─ Que bom! Eu chamei os pais da Babi e ele para almoçarem no OutBack hoje, e eu queria muito que vocês fossem. A gente vai para o restaurante umas 12:00h, para dar tempo de pegar a mesa, aí vocês podem ir e conhecer ele. – ela explicou. – Depois a gente vai andar pelo shopping, aí podem ir com a gente!
─ Legal, eu gostei. – eu disse.
─ Eu também. – Bárbara disse.
─ Que bom... Agora vão, porque vocês estão atrasados.
Nos levantamos da mesa e Bárbara me deixou a sós com minha mãe. Ela veio até mim e me abraçou, beijando minha bochecha.
─ Desculpa brigar com a senhora. – eu disse.
─ Desculpa por não te contar. – ela disse, desfazendo o abraço. – Só queria ajeitar tudo primeiro.
─ Tudo bem. – eu disse, a vendo sorrir.
Conversamos mais um pouco e eu subi para o meu quarto, logo encontrando Bárbara.
─ Ei... – ela veio até mim, abraçando meu pescoço.
Me escondi em seu pescoço e as lágrimas vieram. Eu me resumia em medo, tinha medo de ver minha mãe quase ser espancada de novo, e o pior, vê-la machucada e triste como eu a vi uma vez. Eu não quero que isso se repita nunca, e do nada chega um cara como esse.
─ Vai dar tudo certo. – Bárbara disse, desfazendo o abraço e pegando meu rosto em suas mãos. – Sua mãe não é boba, ela já teria terminado se o cara não fosse legal... Dá uma chance.
─ Tá bom... – eu disse. – Eu só não quero ver ela daquele jeito de novo.
─ E não vai! – ela disse, me abraçando de novo. – Se não eu mesma mato o Jacob.
Eu ri, imaginando a cena caótica na minha cabeça.
─ Eu amo você! Não quero te ver triste... – ela disse, saindo do abraço.
─ Eu também te amo, meu anjo. – eu disse.
Ela segurou meu pescoço e me deu um selinho longo nos lábios. Quando ela veio me beijar mais, passei meus braços por sua cintura e a puxei para mais perto.
─ A gente tem que ir. – ela disse. – Lá na escola a gente conversa melhor... Podemos ir para a arquibancada, ou pra sala de jogos.
─ Se for assim, eu vou ficar triste todo o dia. – eu disse, logo levando um tapa no braço. – O que? Não tem terapia melhor do que um cantinho, eu e Bárbara Passos.
Ela me bateu de novo e eu ri.
{...}
09:45h
Voltei da cantina e logo me sentei com meus amigos na mesa do refeitório. Bárbara estava do meu lado, e deitou a cabeça no meu ombro. Ela fechou os olhos, descansando.
─ Tudo bem? – eu perguntei.
─ Ela tá quase morrendo de tanto calor. – Carolina disse.
─ Vou te levar pra enfermaria. – eu disse, dando um beijo em sua testa.
─ Não, por favor... Eu já tô bem.
─ O que ela tem? – Tainá perguntou, se sentando na mesa.
─ Hoje de manhã ela estava enjoada e com muito calor, aí eu liguei o ar e ela melhorou. – eu comecei a explicar. – Só que essa merda de refeitório não tem nem ventilador direito.
─ Tão cara, e tão sem sal... – Bianca disse.
─ Melhor ir para a enfermaria mesmo, lá tem ar condicionado. – Marcos disse.
─ Mas ela tá de calça... – Milena disse, olhando para debaixo da mesa.
─ Verdade... – eu disse. – Você tem algum short na mochila?
─ Não... – Bárbara respondeu.
─ Eu tenho! – Carolina disse. – Tá no meu armário, toma a chave.
Carolina me jogou as chaves e eu me levantei.
─ Vem... – eu pedi para Bárbara.
Ela se levantou e me deu a mão. Andamos até os armários, eu abri o da loira e logo peguei o short, que era de malha e grandinho. Comecei a imaginar como ficaria em Bárbara...
Lhe entreguei o shorts e ela fez um bico.
─ Não quero colocar isso. – ela disse. – É curto...
─ Amor, você vai ficar linda. – eu disse, beijando seus lábios levemente.
─ Aham. – ela disse, indo até o banheiro ali perto.
Esperei por pouco tempo, e quando ela saiu, observei como ela tinha ficado. Bárbara não usava nada além de calça no colégio, e era novidade vê-la de shorts. Sua canela era fina e tinha uma tornozeleira que eu comprei na praia para ela. As coxas eram grossas, bronzeadas e muito, muito, muito atraentes. A camiseta que ela usava era de tamanho médio, por isso, cobria até pouco antes das coxas. A morena estava fazendo de tudo para a camiseta aumentar de tamanho, mas não deu certo. O corpo dela era tão perfeito, tão lindo...
─ Ficou uma merda. – ela disse.
─ Shiu. – eu disse. – Anjinho, se alguém olhar para você, eu vou morrer de raiva, mas você está perfeita.
Ela cruzou os braços, não acreditando no que eu falava.
─ Vem, vamos pra enfermaria. Lá é mais fresquinho. – eu disse, pegando sua mão.
Andamos até a quadra, que tinha uma enfermaria funcionando. Quando entramos, uma enfermeira estava lá.
─ Oi, como posso ajuda-los? – ela disse.
─ Ela tá com muito calor e bem enjoada, a gente veio aqui porque tem ar condicionado. – eu disse, enquanto Bárbara sentava em uma das cadeiras.
─ Tudo bem, eu vou sair agora, mas podem ficar aqui! Só desliguem o ar e as luzes antes de saírem. – ela disse, pegando sua bolsa.
─ Ok. – eu respondi, sentando ao lado de Bárbara.
A enfermeira foi embora e ficamos apenas eu e Bárbara na sala. Coloquei suas pernas para cima das minhas e ela sorriu, se virando de lado para mim.
─ Suas pernas são lindas. – eu disse.
─ Não são. Eu tenho estria nos joelhos. – ela disse.
─ Meu anjo, eu acho lindo ter estrias. – eu disse, a vendo corar. – Ter estrias significa que aquela parte do seu corpo cresceu tanto, que sua pele não aguentou e se rompeu. Isso no ponto de vista médico, no meu, significa que você é uma mulher linda e transformada, e isso te deixou marcas.
Ela estava me olhando com um brilhinho nos olhos. Acho que ninguém nunca falou isso a ela.
─ Eu te amo, sabia? – ela disse, deitando a cabeça em meu ombro.
─ Eu também te amo.
Ela me deu um selinho nos lábios e eu sorri em seguida.
{...}
12:45h
Eu desci do carro junto com Bárbara. Minhas mãos soavam frio e eu tremia. Estava tão nervoso que nem pensava direito.
Eu nunca tinha pensado que minha mãe voltaria a namorar algum dia. Nunca. Meu Deus, como eu fui idiota...
Eu não tenho nada contra ela se relacionar de novo, mas eu não posso deixar de achar que fui burro de pensar que ela estaria para sempre solteira.
─ Ei. – Bárbara me chamou, descendo do carro. – Tá tudo bem?
─ T-Tá... – eu disse.
─ Não tá não. – ela disse, se encostando no carro e me abraçando. – Fica calmo... Ele parece ser uma boa pessoa.
─ Eu sei, mas eu não estava pronto pra saber disso. – eu disse, abraçando sua cintura.
─ Eu vou estar lá com você. – ela disse. – Vai ficar tudo bem.
Assenti, desfazendo o abraço e dando um selinho em seus lábios. Peguei sua mão de volta e andamos até o OutBack, que ficava no térreo do shopping.
Quando entramos no restaurante, a garçonete nos levou até a mesa deles, e lá estava o sujeito. Alto, moreno dos olhos verdes. Parecia ter esquecido de envelhecer.
Logo, minha mãe se levantou.
─ Que bom que chegaram! – ela disse. – Jacob, esse é o Victor, meu filho. E essa é a Bárbara, minha nora.
─ Prazer. – eu disse, apertando a mão de Jacob.
─ O prazer é todo meu. – ele respondeu.
Ele cumprimentou Bárbara também e logo nos sentamos.
─ Como foi a aula? – minha sogra perguntou.
─ Foi normal... Nada de mais. – Bárbara respondeu.
─ Já pedimos algumas entradas. – minha mãe disse.
─ Tá bom... – respondi.
─ Então Victor, sua mãe me contou que você tá no time de basquete da Charper... – o tal do Jacob puxou assunto.
─ Sim, o campeonato começa na sexta. Podem ir se quiserem, é livre para quem quiser assistir. – eu disse.
─ Legal! – ele respondeu. - A Bárbara também está em algum time?
─ Não, não! – minha namorada respondeu. – Eu sou muito sedentária.
Ele riu levemente.
─ Como se conheceram? – ele perguntou.
─ Minha mãe me mudou de turma, aí eu achei uns desenhos que ela tinha feito no reciclável, e comecei a tentar achar quem era. – eu disse. – Só que ela não gostava muito de mim no começo.
─ Eu tinha motivos, tá bom? – ela justificou e todos riram.
─ Eu agradeço todos os dias por esses dois estarem juntos. – minha mãe disse. – Victor era muito festeiro e popular.
─ Mas eu mudei. – eu disse, colocando minha mão por cima da de Bárbara.
─ Que bom. – Jacob disse. – Na faculdade eu era como você.
─ Onde você se formou? – perguntei.
─ Berkeley. – ele disse. – Também estava no time de basquete.
─ Sério? Na final do campeonato terá olheiros de lá. – eu disse.
─ Então os impressionem, porque grande parte dos investimentos deles são para o basquete.
Assenti, pensando na hipótese. Berkeley ficava na Califórnia, mas eu tinha planos para Manhattan...
─ Então, como vocês se conheceram? – eu perguntei.
─ Foi em um congresso, lá para fevereiro. – minha mãe disse.
─ Depois eu descobri que ela trabalhava no mesmo prédio que eu. – ele disse e eu sorri.
Era bom ver minha mãe feliz.
─ E como vocês se conheceram, Flávia? – minha mãe perguntou.
─ Bom, foi na faculdade... Nós dois fazíamos direito, mas ele era um ano mais velho, e um idiota. - minha sogra disse e nós rimos.
─ Não era assim, vai... Ela que era uma louca. – meu sogro disse e nós rimos. – Nos casamos depois da faculdade, e tivemos a Bárbara uns 5 anos depois.
─ Sim, foi nossa primeira filha. – tia Flávia disse, com um olhar triste.
Jacob olhou confuso. Se ele falar merda, eu juro que o mato.
─ Desculpa se estou sendo intrometido, mas vocês têm outra filha? – ele perguntou.
─ Tínhamos. Lizzie, era o nome dela. – minha sogra respondeu. – Bárbara e ela estavam andando na rua, quando começou um tiroteio. Ela tinha muito medo de sangue, então saiu correndo, e se perdeu. Até hoje não foi encontrada.
─ Ah, meus pêsames. Quantos anos ela tinha? – ele perguntou.
─ Bom... Ela estava com dois anos, então meio que hoje em dia ela teria três. – tia Flávia respondeu.
─ Mesma idade dos meus irmãos. – comentei.
─ Eles são gêmeos, né? – tio Carlos perguntou.
─ Sim... Nasceram depois que meu pai foi embora. – eu disse.
─ Foi um período difícil para todo mundo. – minha mãe disse.
─ Realmente... – eu disse.
─ Victor... Eu sei que deve ser novidade para você, a sua mãe estar namorando de novo e tals... Mas eu realmente queria que nossa relação não fosse conturbada. Prometo a você que tenho as melhores intenções com ela. – Jacob disse.
Sorri, para tentar ser educado, mesmo que eu estivesse duvidando dessa última parte.
─ Fica tranquilo. – eu disse. – Estou feliz por vocês.
Ele me estendeu a mão e eu apertei.
Eu realmente espero que isso dê certo.
🦋
Oii fadinhas
Desculpa prometer a maratona e no final não ter, mas eu prometo que eu volto rápido :)