𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟏𝟏𝟒 🦋 É assim que eu te vejo

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Victor Augusto

14/04 - Quinta Feira

06:05h


Um vento frio começou a passar pelas cortinas da janela, e eu senti o frio batendo nas minhas costas. Senti minha garota se mexer, com frio, e procurando se aquecer no meu corpo.

Só então, eu me lembrei: estava dormindo com ela. Senti uma alta dose de adrenalina e um choque elétrico percorrer toda a minha pele. Abri um sorriso, e a abracei um pouco mais. Procurei sua testa e deixei um beijo ali.

A paz e o silêncio duraram pouco, pois o despertador do meu celular tocou. Bárbara nem se quer se mexeu. Peguei aquela coisa barulhenta com delicadeza e desliguei.

Finalmente, abri os olhos. Estava um dia frio, e sentia o inverno mais próximo do que nunca. Queria poder ficar dormindo a manhã toda com ela, mas não podíamos.

Comecei a procurar um jeito de acordar a minha garota. Abracei sua cintura, fui até seu rosto e comecei a deixar beijos pelas suas bochechas. Ela continuou dormindo. Então, como não tinha funcionado, eu comecei a dar selinhos leves em seus lábios, raspei nossos narizes, na intenção de ela abrir os olhos. De novo, não funcionou.

Conclui que ela estava extremamente cansada, acho que por tudo o que ocorreu ontem. Comecei a me lembrar, e toda aquela ansiedade foi revertida em muita tristeza e angústia. Não posso deixa-la assim, preciso ajuda-la.

Me levantei delicadamente da cama, deixei um último beijo na testa dela e fui até o armário, procurando alguma roupa minha para vestir. Achei uma calça de moletom minha, e uma outra camiseta branca, minha também. Ri levemente, olhando todas as minhas peças de roupa que Bárbara mantia consigo.

Fui até o banheiro, e me observei no espelho. Meus olhos pararam na corrente que ela havia me dado de aniversário de namoro. Eu amava usar aquilo, e no último mês, rezava pelo dia em que ela me puxar por aquela corrente e me agarrar para sempre.

Coloquei primeiro a calça, e depois fui direto escovar os dentes. Quando terminei, guardei minhas coisas, e levei um enorme susto.

A porta se abriu e eu quase dei um pulo. Porra.

Suspirei, vendo que era Bárbara.

─ Você nem me acordou. – ela disse, cruzando os braços, emburrada.

Ri levemente, enquanto ia até ela, pegando sua cintura, e a abraçando.

─ Você não acordou, meu anjinho. – eu disse, a levantando do chão.

Ela passou as pernas pela minha cintura, e eu a segurei. Escondendo o rosto no meu pescoço, ela me abraçou.

─ Tô com sono. – ela disse, e eu ri levemente.

─ Vai passar. – eu disse, a colocando no chão.

Peguei sua cintura e deixei um selinho em seus lábios. Ela escorregou a palma da mão pelo meu pescoço e eu sorri, sentindo de novo aquela adrenalina no meu corpo.

Ela me puxou de novo, e nos beijamos mais umas cinco vezes. Eu estava com tanta saudade dela, que mesmo que eu passasse o dia todo com ela, não seria suficiente.

─ Eu te amo. – disse, e ela sorriu.

Percebi como ela estava pálida e doente quando ela abriu os olhos. Acariciei sua bochecha, enquanto ela abraçava o meu corpo.

𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐕𝐚𝐥𝐞𝐦 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐏𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬, 𝘣𝘢𝘣𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳Onde as histórias ganham vida. Descobre agora