𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟕𝟖 🦋 Ódio e machucados

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🌿  Victor Narrando  🌿



O primeiro soco que eu dei, fez ele ser arremessado nos armários.

John me pegou de surpresa revidando com um soco no meu olho.

Eu sabia pela intensidade da dor, que aquilo ficaria roxo por uma semana no mínimo.

Eu estava com tanta raiva dele, mas tanta raiva, que acertei seu maxilar com outro soco.

Como estava desprevenido, ele acabou caindo no chão.

Subi em cima do mesmo, o enforcando.

─ Vai John, fala da minha namorada de novo, seu filho da puta. – eu digo apertando seu pescoço.

Solto seu pescoço e começo a bater ainda mais nele.

Eu batia em John com todas as minhas forças.

Minha mente estava intercalando as palavras dele sobre Bárbara, e do dia em que meu pai foi embora.

Parecia que minha raiva se descarregava nele, ao mesmo tempo que a angústia apenas aumentava.

Uma roda se formava entre nós, observando a briga.

Vejo o professor de história tentar intervir, mas minha raiva apenas aumentava.

Eu continuei a socar sua cara, sem me importar com a gritaria ao nosso lado.

─ VICTOR, VOCÊ VAI MATAR ELE! – Mike, um ex-amigo, grita me tirando de cima de John.

─ FICA NA TUA MIKE. – eu digo.

John foi levado para a enfermaria às pressas.

Eu podia ter muitos machucados no rosto, pelos tapas e tentativas de revidar que recebi, mas uma coisa eu tinha certeza: a cara dele estava destroçada.

A maneira como ele falou de Bárbara, me deixou com tanto ódio.

─ Victor Augusto. – a diretora diz, entrando no meio da roda. – Na minha sala, agora.

Acompanhei a diretora até sua sala, enquanto recebia olhares de medo, ódio, surpresa.

Eu sempre tive essa coisa de passar pelos corredores e todos me olharem, mas pouquíssimas vezes foi dessa maneira.

Claro que, minha mente me mataria com essas memórias mais tarde, fazendo com que eu me sinta um monstro.

Eu sabia exatamente a sequência de sentimentos que viria depois.

Eu já havia ouvido essa história.

Não me arrependo nem um pouco do que eu fiz agora, mas sei que o sentimento de culpa e arrependimento virá, quando minha mãe assinar a advertência, com cara de desgosto.

Não sou muito de arranjar confusões desse tipo, com agressões físicas e tudo mais.

Mas, essas brigas já foram bem mais comuns quando eu tinha quinze anos.

E já fazem 3 anos desde aquele período caótico.

Não sei exatamente o que me fez ter uma calmaria, mas, acho que eu fui me acostumando com o fato da raiva de meu pai estar sempre presente em mim, e, acabei aceitando um pouco da situação.

Meus antigos relacionamentos também me deixaram bem mais presos, e fez com que eu parasse um pouco com festas, bebidas e brigas.

─ Sente-se, Augusto. – a diretora diz.

𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐕𝐚𝐥𝐞𝐦 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐏𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬, 𝘣𝘢𝘣𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳Onde as histórias ganham vida. Descobre agora