Chapter 137 🦋 strange

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Bárbara Passos

20/08 – Sábado

10:00h


Acordei naturalmente, sem ninguém me acordando. Ainda com preguiça, me acomodei mais no peito de Victor. Mas não era o peito dele, era só um travesseiro. Então eu abri os olhos, o procurando na cama. Não tinha ninguém. Olhei pelo quarto e nada. Decidi então, ver no banheiro. Me levantei e não o vi ali. Escovei os dentes antes de procurar mais e então saí do quarto. Desci as escadas, um tanto quanto aflita. Victor nunca me deixava sozinha na cama.

Eu estava feliz de ter passado a noite com ele, adorava estar com ele. Eu ainda estava um pouco chateada com tudo o que aconteceu, sinto que nos desgastou. Mas eu estou empenhada em quebrar essa barreira e vejo que ele também está. Por isso, eu acho que vamos superar isso bem rápido.

Cheguei na sala, logo o encontrando. Ele estava no sofá, vendo TV. Tinha olheiras, parecia cansado. O que aconteceu? Parecia distraído também... Estranho.

─ Bom dia. – eu disse, indo até o sofá.

─ Bom dia, anjo. – ele disse, sorrindo para mim.

E então ele me deu um selinho rápido nos lábios e passou o braço no meu pescoço, voltando a olhar o filme. Ele estava estranho, estava distante... Mas deixei quieto, pode ser que eu seja paranoica...


{...}


11:30h


O carro de Victor estacionou na frente da minha casa. Ele estava estranho a manhã toda. Não em um sentido ruim, mas no senso que ele estava distraído, fora do planeta Terra.

Quando eu dormia na casa dele, na manhã seguinte, era normal ele estar feliz, ele sempre é carinhoso... Mas hoje não. Parecia muito disperso.

Me virei para ele no carro, que só então olhou para mim. Passei a mão pelo seu pescoço, depois fiz carinho em seu rosto e ele sorriu, mas ainda disperso...

Aquilo estava me dando agonia.

─ Tudo bem? – eu perguntei.

─ Tudo bem. – ele respondeu.

─ Eu adorei passar a noite com você. – eu disse, na intenção de fazê-lo ficar mais animado. – Gostei mesmo.

─ Que bom. Eu também gostei.

─ Senti saudade... – eu disse e ele sorriu, vindo até meu rosto e deixando um selinho nos meus lábios.

─ Eu também... Bastante. – ele disse.

Parecia aflito também, nervoso.

Me culpei por toda aquela situação. Eu estava chateada e certeza que isso o afetou.

─ Desculpa se as coisas ainda não voltaram ao normal... Mas tá passando, eu só... – ele me interrompeu com mais um selinho nos lábios.

─ Ei, fica tranquila. – ele passou uma mecha minha para traz. – Eu te disse que ia esperar seu tempo, eu sei que te magoei e que isso doeu. Demora para se curar. É normal. E eu entendo isso, de verdade.

Eu sorri. Por mais que estivesse estranho, ele era sempre tão compreensivo...

─ Eu te amo. – eu disse, sorrindo.

─ Eu também te amo. – ele respondeu.

Passei os braços por seu pescoço e ele me abraçou de volta, deixando um beijo leve no meu pescoço.

Ele me deu outro selinho antes de eu entrar e depois saí do carro, ainda com aquela sensação horrível.


{...}


Victor Augusto


Voltei para casa, joguei as chaves na mesinha da sala, destruído. Droga, o que eu tinha encontrado?

Eu pensei muito a noite toda sobre contar para Bárbara o que eu tinha acabado de achar e de ver... Mas eu não consegui.

Ela é a pessoa que eu mais confio e é claro que eu queria contar, já que era uma coisa que envolvia ela.

Perdi o sono em meio a todos aqueles pensamentos, por isso saí do quarto. Eu olhava para a minha namorada e tinha vontade de chorar. Ela sofreu tanto por conta daquele maldito dia... E agora eu tinha achado o que a faria melhorar.

Mas, será mesmo? Será que ela realmente iria ficar feliz se tudo voltasse como antes?

Bom, obviamente sim, seria estranho se não. Mas droga, eu não sei se posso contar para ela ainda.

E por que? Simples. Eu não sei o que fazer com esse problema que achei. Eu não sei o que é melhor fazer. Será que o melhor não é deixar quieto? Mas eu nunca me perdoaria...

Tenho medo de contar para Bárbara e enche-la de esperanças... E se eu não conseguir resolver?

─ Tudo bem? – minha mãe perguntou.

─ Sim. – eu respondi. – Vou pro quarto, já volto.

Subi as escadas, me sentindo totalmente fraco e cansado. Minha noite foi uma merda.

Deitei na cama, peguei o computador e reli tudo. Reli todas as matérias, revi todas as fotos, vídeos... Tudo.

Era um quebra-cabeça que eu ainda não tinha conseguido terminar de montar. Precisava achar uma solução...

Ao mesmo tempo que me preocupava o desfecho, eu me sentia eufórico. Eu achei. Eu achei o que poderia curar Bárbara para sempre. Eu consegui achar.

Só que agora, o que eu faria? O que adianta achar e deixar? Nada.

Eu tinha que dar um jeito... Mas não tenho a mínima ideia de como tira-la de lá.

─ Tem certeza que tá tudo bem? – minha mãe perguntou.

─ Sim. – eu ri de leve. – Tudo bem.

Às vezes eu esqueço que ela é psicóloga. 


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É gente... 

Capítulo curtinho, im sorry.

Já já eu volto ;)

Até a próxima fadas 🧚‍♀️

𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐕𝐚𝐥𝐞𝐦 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐏𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬, 𝘣𝘢𝘣𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳Onde as histórias ganham vida. Descobre agora