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- Grite mais baixo, meu amor - Ordena mordiscando meu pescoço - Não queremos reclamações dos vizinhos, não é? - Eth sussurra em meu ouvido maliciosamente enquanto empurra mais forte e aumenta a velocidade do vibrador.
Um gemido alto me escapa. Não tenho forças para responder.
- Não é, Lily? - Repete a pergunta com raiva, se afundando forte em mim. Exigindo minha resposta. - Ou quer que todos saibam o quão safada você é? O quanto você gosta de ser fodida com violência, com um maldito vibrador enterrado na sua boceta molhada.
- Não, Ethan. Por favor...
Sinto o segundo orgasmo me atingir com força ao ouvir suas palavras sujas. A velocidade não diminui, só aumenta. Meu prazer é como combustível para o dele.
Ethan é incansável, insaciável.
Ele sempre quer mais, sempre exige mais. E gosto disso, meu corpo ficou viciado ao dele.
***
- Então... Sabe o que aconteceu com a pia do banheiro? - Sam pergunta sorrindo divertido.
Minhas bochechas coram como fogo e reviro os olhos.
- Não faço ideia do que você está falando - Murmuro espanando o pequeno móvel ao lado do sofá.
Samuel estava chegando agora a pouco, provavelmente depois de fazer alguma coisa que Lena mandou. Vejo quando ele segura a vassoura que estava apoiada na parede e começa a varrer o chão da sala.
- Ah não? Interessante, acabei de voltar da loja de materiais de construção, tive que comprar uma nova torneira para a pia. Hel foi lavar as mãos hoje cedo e a torneira simplesmente soltou na mão dela, curioso, não acha?
Droga! Eu disse a Ethan que alguém acabaria percebendo.
- Shiiii! - Aponto o dedo em sua direção e ele gargalha enquanto varre. - Não fico importunando vocês depois de passar a noite toda ouvindo gemidos pela casa - Respondo indignada para esconder a vergonha que estou sentindo.
- Justo - Ele da de ombros, e posso estar ficando louca, mas juro que vi seu rosto corar. - Os... barulhos noturnos incomodam vocês? - Questiona baixo depois de um tempo.
- Não - Dou um sorriso - Só estou brincando com você, Sam.
- Eu tanto controla-lá, mas parece que Helena ficou mais teimosa com a gravidez - Analiso-o falar sobre a gravidez de Lena, o brilho nos olhos que ele tem quando fala dela. Me faz ter plena certeza que ele será um ótimo pai e um excelente marido.
- Lena é uma força da natureza, sempre foi. Nem sempre é fácil a entender, mas você está se saindo muito bem. Fico feliz por saber que vocês têm um ao outro, Sam.
- Obrigado, eu também fico muito feliz por isso.
- Família, muitíssimo bom dia! - A voz de Lena preenche a sala.
- Helena são duas horas da tarde - Sam diz com um sorriso largo e bobo nos lábios.
- O sol ainda está no céu, e ainda está dia, portanto, é bom dia, Bebê - Ela explica como se fosse a coisa mais óbvia e simples do mundo.
- Fiquei sabendo que você está falando sobre os problemas de encanamento no banheiro e colocando a culpa em mim! - Acuso fingindo indignação.
- Já ficou sabendo é? - Ela murmura rindo. Lena se aproxima de Samuel e o abraça por trás esfregando o rosto em suas costas e ronronando de um jeito fofo. - E posso saber quem te contou?
- As notícias correm rápido por esta casa - Samuel diz casualmente.
- Bom - Digo acabando de espanar a poeira. - Já que vocês estão aqui e Sam se voluntariou, acabem de arrumar a casa. Tenho um compromisso daqui a pouco.
- Correndo o risco de ser a grávida intrometida e fofoqueira - Lena reflete enquanto pega o espanador de mim. - Onde vai?
- Starbucks, Tália me convidou para conversarmos - Digo, já imaginando sua reação.
Ao contrário do que imagino Helena suspira e assente sem dizer nada.
- Lena? - Chamo-a esperando sua explosão. - Não tem nada a dizer?
- Não, eu... - Ela suspira novamente e balança a cabeça. - Vocês são adultas, têm muito o que conversar, tudo o que peço é que pense bem antes de acreditar em qualquer coisa que ela diga.
- Por que diz isso? - Pergunto confusa.
- Eu a conheço melhor que ela mesma, só isso - Explica, sua expressar parece triste e cansada. - Não estou me sentindo bem, vou me deitar um pouco, licença.
Sam e eu nos entreolhamos sem entender o que acabou de acontecer.
Vou para meu quarto e me troco notando que faltam vinte minutos para às três.
Oliver e Ethan sequestraram nosso filho e o levaram para brincar com a tia. Mando uma mensagem avisando para não preocupa-los e chamo um carro saindo de casa.
Me encontro com Táli no café e tento não pensar demais no clima estranho que pode ficar durante a conversa.
- Oi - Cumprimento me sentando na cadeira à sua frente. - Boa tarde.
- Lily, obrigada por ter vindo. - Sua voz é baixa e polida. Noto traços de vergonha em seu rosto. - Eu só queria me desculpar por todo o transtorno que causei. Você está grávida e isso poderia fazer mal ao bebê, sinto muito. E queria agradecer por cuidar tão bem do meu filho. Peter é a coisa mais valiosa do meu mundo.
- Como eu já tinha dito na ligação, não tem que pedir desculpa nem agradecer por nada. - Sou franca e ela me olha nos olhos pela primeira vez desde que cheguei. - Eu entendo.
Um dos atendentes nos pergunta se iremos querer algo, Tália bebe um frappuccino super morango e decido pedir o mesmo, com uma fatia de Red Velvet.
- Foi errado da minha parte causar essa confusão, mas a cada vez que Peter dizia alguma coisa sobre o pai meu coração se quebrava. Reunião de pais na escola, uma dúzia de dia dos pais só eu e ele. Era difícil sentir o olhar de julgamento dos professores e outros pais. Qual o problema com essa sociedade?
Seu relato que fez lembrar de uma vez que me impediram de entrar em um restaurante porque era dia dos pais e eu era Só mais uma adolescente irresponsável que engravidou cedo e nem assim conseguiu segurar um homem demorou muito tempo até que eu conseguisse me sentir bem novamente saindo em público com meu pequeno B.
- Tália - Digo seu nome pensando se deveria mesmo me meter nesse assunto. - Olha, sei que não é da minha conta e não vou me ofender se me mandar calar a boca. Gosto muito de Peter como você já sabe, sei que ele passou um tempo com o pai e...
- Lorenzo - Ela me interrompe.
- Desculpa, o que?
- Pai não, diga Lorenzo, por favor. - Penso em dizer algo sobre isso, mas deixo para lá. Não é como se eu tivesse liberdade de me meter na vida deles.
- Certo... Ele passou um tempo com Lorenzo e então? É isso e acabou? - Não me contenho e pergunto.
- Peter é meu filho e vai continuar assim - Seu tom muda para a defensiva.
– Nenhum parentesco de Peter ou genética com... ele vai me dizer o contrário.
Meu copo e a fatia de bolo chegam e faço uma pausa para beber um pouco.
- Tália, espero que acredite quando te falo que eu não tinha a intenção de expressar minha opinião sobre esse assunto, mas não posso deixar você cometer um erro. Como mãe é minha obrigação te alertar.
Ela pega um dos garfos e parte um pedaço do red velvet comendo, assentindo para que eu continue.
- Lorenzo é o pai dele, quer você queira ou não. Tentar fugir disso é inútil. Peter vai crescer e dependendo da situação virá atrás dele. - Tento, com cuidado, faze- lá entender. –E pelo que vi no rosto de Enzo ao saber sobre o filho... é evidente o que ele sente muito carinho pelo garoto. Você não vai querer privar seu filho de uma relação com o pai, Táli. Sabe que só há dois caminhos prováveis.
- Peter pode nunca mais falar comigo se eu o afastar do... pai, e se eu deixar que os dois se aproximem eu vou... não sei se meu coração suportaria, Lily. Quase não aguentei ficar perto do Lo sem parecer uma adolescente idiota.
❤️❤️❤️
Já viram como a Tália é maravilhosa?
Querem uma fotinha dela?