Capítulo 44

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- Abre logo Helena - Digo ansiosa, minha amiga rasga o envelope retirando o papel lá de dentro. - E então?

Ela sorri abertamente e assente.

- Positivo, parece que o pequeno Peter está mais para primo do que para filho, sabia que aquela morta-viva era uma mentirosa

- O que nos vamos fazer?- Pergunto, no fundo eu tinha uma pequena esperança de que Peter poderia ser filho deles mesmo o exame dando negativo. Me apeguei aquele garotinho de uma forma inexplicável - Vamos contar para eles?

- É claro que vamos, Lily - Ela revira os olhos - Do jeito que eles são é bem provável de confrontarem ela e depois assumirem a paternidade

- Temos que pensar no Peter acima de tudo, ele é uma criança e já deve estar sofrendo bastante com esse caos todo, Helena

- Você tem razão - Lena acaricia a barriga distraidamente enquanto parece pensar em algo - Tive uma ideia, você convence os gêmeos a não falarem nada com a Tália essa semana. Liga para ela e pede para o Peter ficar mais alguns dias. Deixa o resto comigo.

- O que você vai fazer? - Questiono analisando-a

- Vou ter uma conversinha com meu primo Lorenzo depois de amanhã, vou só contar sobre o filho que a Tália disse ser do Ethan e do Oliver, vou falar a idade do garoto, mostrar uma foto e dizer que ele não é filho deles. Se ele for tão inteligente quanto pensa ser, vai sacar rapidinho - Helena dá de ombros como se seu plano não fosse nada demais

- Como você acha que eu vou conseguir impedir eles de irem atrás dela? Você sabe o quanto eles estão tristes com isso - Argumento

Ela me olha sorrindo simplesmente e responde:

- Acho que não é tão difícil assim, mamãe Lily. Se tem uma coisa que a gravidez me ensinou é que nada é mais importante para um homem do que a saúde da mulher e do bebê

Tenho certeza de que Lena usa frequentemente essa sua sabedoria e sua incrível habilidade de manipulação.

***

Na manhã seguinte acordo com enjoo. Ethan e Oli ficam na cama comigo pela maior parte do dia juntamente com Bryan e Peter. Assistimos filme a manhã toda parando só para almoçar e logo voltamos a ver o filme.

Peter parece feliz enquanto brincamos e conversamos. Bryan está cada vez maior e mais bagunceiro, ficou o tempo todo agarrado a mim e de jeito nenhum quis tocar minha barriga.

Posso jurar que o vi mostrando língua para minha barriga quando ninguém olhava.

- Está se sentindo melhor, Lily? - Oli pergunta me oferecendo um copo de suco

- Não, amor - Choramingo me encostando em seu peito. - O enjoo não quer passar

Ethan estava deitado com a cabeça nas minhas pernas, ele e Peter dormiam um abraçado ao outro, Bryan estava abraçado a mim e eu abraçada a Oliver que acariciava meus cabelos.

- Podemos ir ao médico, se quiser

- Não! - Digo rápido - Não precisa, conversei com Lena e ela disse que é normal nos primeiros meses

Beijo a testa do meu filho que babava em meu braço. Ele estava tão cansado de brincar - fazer uma super bagunça na cama com os outros dois dorminhocos - que pegou no sono rapidamente.

- Como você acha que será? - Pergunto alisando minha barriga sem volume e sorrindo amplamente - Bryan parece não gostar da ideia de ter outro bebê com quem dividir atenção.

- Ele só está com ciúme, amor. Coisa de criança - Oli se mexe atrás de mim e seu braço acaba pressionando meus seios. Solto um grunhido baixinho de dor. - Tudo bem?

- Está, é só que vocês não têm mamado muito, meus seios estão muito pesados - Assim que digo isso, Oli abaixa as alças da blusinha que estou vestindo e me ajuda a deitar de um jeito confortável. Sua boca quente envolve meu mamilo sensível me fazendo estremecer.

Escovo seus fios macios com os dedos me sentindo feliz por ter uma família tão perfeita, dois namorados que me amam, um filho lindo, saudável e amoroso, um bebê a caminho e um garotinho fofo e que eu ficaria mais do que feliz em cuidar como se fosse meu filho.

Me pego pensando em Lídia, será que minha irmã se orgulha de quem eu me tornei, será que ela aprova a maneira que crio seu filho? Imagino como ela reagiria se eu contasse que tenho dois namorados, imagino como seria nossa vida se ela não tivesse morrido e nós tivéssemos conseguido ir embora com nosso pai.

Imagino uma vida em que Davi nunca existiu e nossa mãe sempre nos amou, mas pensar em tudo isso é inútil.

É inútil tentar mudar o passado, não há como voltar e desfazer tudo. O que posso fazer é viver minha vida da melhor maneira possível com as pessoas que eu amo. Em breve terei dois sobrinhos e outro filho. Bryan vai crescer e se tornar uma pessoa forte e responsável, exatamente como eu prometi a minha irmã.

- Eu te amo, sabia? - Sussurro beijando sua testa - Te amo demais

- Eu também te amo, Lily - Responde parando de mamar para dizer. Sua mão quente desliza pela minha barriga exposta - Amo nosso bebê também

- Sinto muito pelo exame de DNA, sei que vocês queriam que desse positivo, e sendo sincera, eu também. Gosto muito do Peter.

- Não vamos deixar que ele vá embora tão facilmente - Garante - Íamos falar com Tália hoje, mas não queríamos te deixar sozinha. Amanhã falaremos com ela, não acredito que ela teve coragem de mentir para nós sobre algo tão importante, que tipo de mãe coloca o filho em uma situação dessas?

Uma irresponsável ou muito desesperada, isso me faz refletir, talvez aja mais do que Tália está dizendo. Só precisamos ser compreensivos a ponto de ouvir, não?

♥︎♥︎♥︎

Our Sweet LilyWhere stories live. Discover now