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Não vejo Oli a uma semana. Tenho conversado com ele todos os dias por telefone, mas não é a mesma coisa, sinto falta de dormir ao lado dele. Ethan parece abatido, tentei fazê-los conversarem e se entenderem, porém, eles não querem me ouvir. Lena disse que eu não deveria me culpar, eles sabiam que isso poderia acontecer.
Hoje Oliver volta e Ethan vai para o apartamento que eles costumavam dividir, não estou feliz com essa situação, vê-los tão distantes um do outro e de mim me deixa chateada.
- Já arrumei minhas coisas, ele deve estar chegando então vou indo para o carro - Ethan tem estado distante, não pronuncia o nome do irmão e eles não se falam nem mesmo por mensagens.
Preciso fazer algo relacionado a isso, essa situação já está passando dos limites! Cerca de dez minutos depois dele sair ouço o barulho do carro de Oli, me levanto do sofá e corro até a entrada me jogando em seus braços assim que ele abre a porta do apartamento.
- Ei pequena, senti saudade - Ele diz sorrindo e beijando meus cabelos. Me afasto levemente e encaro seu rosto com seriedade.
- Mentira - Murmuro voltando a me sentar no sofá.- Se sentisse minha falta ou a do nosso filho não teria ido embora.
O sorriso em seus doces lábios morre aos poucos dando lugar a uma expressão triste, ele solta um longo suspiro e joga a mochila no sofá se sentando ao meu lado.
- Eu nunca quis isso, amor - Oli segura minhas mãos as beijando. - Ethan decidiu que seria melhor assim. Tivemos uma briga terrível a alguns anos atrás e ele parece nunca se esquecer daquilo e para ser sincero com você, eu as vezes me pego remoendo esse assunto.
Olho para ele esperando que ele dê continuidade a história, mas isso não acontece.
- Acho que essa é uma conversa que precisamos ter quando estivermos os três juntos, - Pela sua expressão percebo que esse é um assunto muito difícil para eles. - Você disse que estava um pouco triste então te trouxe algumas coisas.
Oli pega a mochila e tira de dentro dela uma caixinha de doces banhados em chocolates coloridos. Me lembro a primeira vez que ele me deu esses docinhos, nos três passamos a noite comendo besteiras e assistindo vários filmes infantis que eu adoro. Sorri quando essas lembranças e me sento em seu colo.
- Os meus favoritos, obrigada - Sorri e entrelaço meus braços em seu pescoço selando nossos lábios. Oli se levanta comigo em seu colo e sinto meu corpo ser deixado na cama macia. Toco a barra de sua camisa, mas ele segura minha mão levando-a até a boca e a beijando levemente.
- Podemos só ficar deitados e abraçados? - Pergunta em um sussurro baixo. - Sinto falta de dormir ao seu lado.
Sorri e assinto, por mais que eu sinta falta de ter seu corpo nu colado ao meu, acho que Oli só precisa de amor neste momento. Me ajeito na cama e abaixo minha blusa, ele se aconchega a mim sugando meu seio.
- Amor?- O chamo. - Bebê? - Olho para ele e percebo que ele já pegou no sono.
Escuto alguém bater na porta e puxo uma coberta nos cobrindo.
- Pode entrar - Murmuro alto. A porta se abre em uma pequena fresta e Sam põe a cabeça para dentro do quarto.
- Atrapalho?- Pergunta. Ele coloca meu filho adormecido no berço e se senta na beirada da minha cama.
- De jeito nenhum! - Sorri, tenho me aproximado dele nos últimos dias, sinto um pouco de dó quando vejo a forma que minha amiga tem o tratado. Ele parece fazer de tudo para agradá-la. - Você parece alguém que precisa conversar.
- Não sei mais o que fazer - Sam suspira fundo olhando para a mão que tem uma aliança prateada. - Tudo o que eu faço resulta em algum tipo de briga, se ofereço ajuda estou a chamando de inválida, se não faço nada significa que eu não me importo - Fico em dúvida sobre o que dizer, Helena está agindo de uma maneira horrível com ele, mas não posso dizer nada. Não sei das coisas que aconteceram quando estavam juntos na Toscana. - Lily, eu amo ela, você sabe disso, mas Hel não me deixa ajudá-la, nem mesmo posso a acompanhar na consulta que terá semana que vem!
Me lembro de ter ouvido essa discussão, ela não o quer por perto nas consultas para ver como está o bebê. Ela nem queria fazer nenhum exame, disse que não quer saber o sexo nem nada disso, o que vier vai ser perfeito. Minha amiga parece bem feliz com a gravidez, todo dia compra alguma coisa de bebê.
- Sam, não sei o que eu posso fazer para te ajudar - Digo tirando meu seio da boca de Oli e ajeitando minha roupa. Me sento ao lado dele e seguro sua mão. - Olha, eu vou tentar falar com ela, mas não prometo nada. Esse é um assunto que vocês têm que resolver sozinhos, não posso tentar interferir nas escolhas dela porque não sei praticamente nada da história de vocês. - Ele aperta minha mão levemente e assente. - Eu percebo que você gosta dela, mas Lena nunca foi muito apegada em sentimentos.
- Lily, você viu minh... - Helena abre a porta e para de falar quando vê Sam ao meu lado, seu olhar desce para nossas mãos juntas e depois para atrás de mim onde Oli dorme. - Esquece, não é nada importante.
- Helena, você pode ficar? - Peço - Sam, depois continuamos nossa conversa.
Ela fica parada de costas para nós até que ele sai. Lena se vira para mim e suspira fundo tocando a barriga e se sentando ao meu lado.
- O que você quer falar comigo? - Pergunta, pelo seu tom de voz percebo uma pontada de ciúmes.
- Sam está chateado com essa situação, acho que vocês poderiam conversar sobre seus sentimentos. Vocês terão um filho Lena!
- Sam... - Ela diz pensativa. - Quando foi que vocês ficaram tão próximos? Não era você que não gostava dele?
Solto uma risada e a puxo para mais perto.
- Helena, eu tenho problemas demais na vida para perder tempo odiando as pessoas. Deveria pensar nisso, está mais do que na cara que vocês se amam, mas como eu havia dito a ele, não cabe a mim dizer o que devem ou não fazer, a vida é de vocês. Mas nunca te vi tão feliz como está agora.
- Eu amo ele - Ela sussurra baixinho. - Amo tanto que me odeio por isso, mas Lily... O que eu devo fazer?- Seus olhos lagrimejam e ela suspira olhando para cima. - Sam não é a pessoa com quem você se casa, tem filhos e vive feliz para sempre. Você não entenderia, é muito pura e inocente.
Minha amiga toca meu rosto com carinho antes de se levantar e sair. Os sentimentos deles parecem muito mais profundos e perigosos do que eu seria capaz de entender.
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Our Sweet Lily
RomanceLivro 1 LIVRO 2 ( LA MIA DEA HELENA) Aos 17 anos teve que assumir a responsabilidade de cuidar de uma criança que não era sua. Lily se vê em uma encruzilhada, sua irmã grávida Lídia morreu na hora do parto. Não poderia deixar seu sobrinho nas mãos d...