Rocco - Entre Dever e Poder...

By JulianaBrandao_

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Após a morte de sua amada esposa tudo que Rocco Santinni menos queria era outra pessoa para casar, mas pela l... More

Avisos
Personagens
Prólogo
Uno
Due
Tre
Quattro
Cinque
Sei
Sette
Otto
Nove
Dieci
Undici
Dodici
Tredici
Quattordici
Quindici
Sedici
Diciassette
Diciotto
Diciannove
Venti
Ventuno
Ventidue
Ventitre
Venti quattro
Venticinque
Ventisei
Ventisette
Ventotto
Ventinove
Trenta
Trentuno
Trentadue
Trentatre
Trentacinque
Trentasei
Trentasette
Trentotto
Trentanove
Quaranta
Quarantuno
Quarantadue
Quarantatre
Quarantaquattro
Quarantacinque
Epilogo

Trenta quattro

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By JulianaBrandao_

- Então, como se sentiu esse final de semana? - a psicóloga pergunta.

- Me senti bem - sorrio - Eu e Rocco conversamos, nos resolvemos, eu finalmente consegui falar tudo que me incomodava e isso tirou um peso das minhas costas.

- Viu? Eu falei que conversa é o melhor a se fazer - diz.

- Mas eu não me sinto cem por cento bem ainda - falo e ela me olha - Não com Rocco, nós decidimos e deixamos o passado para trás, como ele disse a Amélia está no passado, no de nós dois e é lá que ela deve permanecer - respiro e a olho - Ela foi importante para que nós dois estivéssemos aqui hoje e somos gratos por isso.

- Mas? - diz e me incentiva a continuar.

- Mas eu ainda me sinto insegura, não em relação a ela, mas a mim - falo - Ultimamente tenho tido muitas mudanças e foi algo que me deixou insegurança.

- Inseguranças quanto ao quê querida? - questiona.

- Quanto ao meu corpo, minha barriga vem crescendo, algumas roupas que quero não me cabem, tenho estado enjoada uma vez ou outra, as vezes só quero dormir o dia todo - falo e suspiro - Essas coisas do tipo.

- Durante a gravidez é comum que as mulheres tenham inseguranças, afinal são muitas coisas acontecendo de uma só vez não é? - assinto - Mas tenha plena ciência de que esse é só um processo, você é linda e o fato daquela roupa que gosta não caber, não vai significar que deixou de ser linda por isso, não ouça a vozinha que diz o contrário, ela geralmente não é uma boa amiga.

- Eu sei, tento não ouvir, só pensar nos elogios que recebo todos os dias do meu marido - falo.

- Isso, se for para ouvir alguém, ouça a ele, você é linda Karin, não deixe que sua voz interior diga o contrário, ela geralmente gosta de nos sabotar - diz - Pense que está carregando dentro de si algo muito valioso para você e isso só já é motivo para se achar uma pessoa muito especial.

- Eu vou tentar - ela arqueia a sobrancelha e sorrio - Eu vou fazer.

- Isso mesmo, qualquer coisa pratique de frente ao espelho, se análise e perceba o quanto é linda - diz e assinto - Tem mais algo para acrescentar?

- Não é bem sobre mim, mas gostaria de falar sobre mudanças - digo - Eu tenho estado tão feliz pois percebo Rocco mudando em relação ao bebê, houve duas vezes que acordei a noite e vi ele conversando com a minha barriga, quando estamos acordados ele não faz e de certa forma é minha culpa por eu me afastar, não faço mais isso, mas ele não tentou mais tocar nela.

- Sempre digo que uma das formas de se resolver um bloqueio emocional é tentando aos poucos se acostumar com o que causa ele - diz e assinto - Mas entendo o seu medo em relação a tudo que aconteceu, que tal dar também o primeiro passo para o medo desaparecer?

- Eu quero muito fazer isso - falo.

- Ótimo, então talvez possa começar quando o bebê der o próximo chute e estiverem juntos, assim vão fazendo aos poucos, não adianta ser afobado demais, vai aos pouquinhos - diz.

- Vou fazer isso - falo e ela sorri.

- Meu horário acabou, tem mais alguma coisa para acrescentar? - questiona e fico pensativa.

- Não mais - falo.

- Então até a próxima querida - diz.

- Até, talvez eu vá escrever um pouco, isso me ajuda a relaxar - falo.

- Uma ótima maneira de relaxar - diz.

Nos despedimos e ela se vai, me sento de frente ao notebook e começo a digitar as palavras, deixo minha mente vagar pela imaginação e vão fluindo as palavras.

Abro os olhos e sinto minha boca cheia de água pelo sonho que tive, olho para baixo e vejo Rocco com a cabeça entre meus seios enquanto sua mão está sobre minha barriga.

Ele dorme assim todos os dias, percebo que sempre olha para meus seios, eu também já tive vontade de fazer igual antes e colocar na sua boca enquanto dormia, mas não posso, pois por ser uma gravidez de risco de houver estimulação nos seios posso vir a sofrer uma aborto, ainda estou nos quatro meses, melhor não arriscar então.

- Rocco - chamo baixinho e toco seus cabelos - Rocco acorda?

Ele senta rapidamente na cama e tira uma arma não sei de onde apontando para a porta, arregalo os olhos e vejo ele olhar ao redor.

- Merda - diz e passa as mãos no cabelo - O que foi amor? Aconteceu algo?

- Eu só te chamei, porque pegou a arma? - questiono.

- Achei que tinha me pedido socorro - diz e suspira guardando a arma embaixo da cama e acendendo o abajur - O que foi? Tá sentindo algo?

- Fome - falo e ele me olha respirando aliviado - Na verdade com vontade de comer um sorvete.

- Vontade de sorvete? - assinto - Ok, vou pegar na geladeira.

- De menta e chocolate - falo e ele me olha.

- De menta e chocolate? - questiona arregalando os olhos e assinto - Mas não tem desse na geladeira.

- Eu sonhei comendo e acordei sentindo vontade - falo e suspiro - Mas não tem problema, pode ser amanhã.

- Nada disso, vou ligar para Ronald ir buscar, tem um posto a trinta minutos daqui - diz.

- Vai acordar o coitadinho só para isso? Então não precisa ir - falo - Ele está dormindo, não quero que fique incomodado.

- É o trabalho dele - diz e nego.

- Mas esse é o horário dele dormir Rocco - falo e ele me olha passando as mãos nos cabelos - Não quero mais.

- Karin amor, você está com vontade então precisa comer - diz.

- Não se for acordar o coitadinho essa hora da madrugada - falo, ele respira fundo e assente.

- Ok, eu vou - diz e sorrio.

- Eu vou com você - falo - Não quero ficar sozinha aqui.

- Amor é duas da madrugada, melhor que fique deitada - diz.

- Se você for sozinho vou passar uma hora de vontade, se eu for com você só vou passar trinta minutos - digo - Por favor estou com muita vontade.

- Ok - diz e sorrio - Veste só um casaco, não precisa sair do carro.

- Ok - falo e levanto devagar da cama.

- Vou pegar - diz indo pro closet, logo depois volta com um moletom e me entrega o casaco.

Saímos do quarto e descemos as escadas, entramos no carro e seguimos pela estrada, tudo iluminado pela luz da lua, as árvores criariam até um lugar assustador se não soubesse que é tudo vigiado pelos seguranças do Rocco.

Minutos depois paramos de frente a uma loja de conveniência e ele desce para ir procurar o sorvete, bato o pé e vejo que ele está demorando, desço e vou atrás.

- Está frio, porque não ficou no carro? - questiona quando paro ao seu lado no freezer de sorvetes.

- Você demorou - falo e fico ao lado dele - O que está fazendo, não tem de menta?

- Tem, mas estou pegando de outros sabores caso queira depois - diz e assinto.

- Vou rogar o chocolate - falo e me viro para a outra prateleira, pego algumas barras e coloco na cestinha de Rocco.

- Pronto, vamos pagar e você toma seu sorvete - diz.

Após pagar tudo entramos no carro e ele guarda as coisas, acende a luz, me entrega uma colher que comprou e quebra o chocolate no pote de sorvete.

Começo a comer animada e suspiro sentindo o gosto maravilhoso do chocolate com menta.

- Prova aqui, está uma delícia - falo e encho uma colher de sorvete levando para ele provar, ele come e assente.

- Está meu amor, mas coma seu sorvete - diz e continuo a comer.

- Tudo ficou agitado - falo passando a mão na barriga quando sinto o bebê começar a se mexer - Acho que por conta do chocolate, a médica disse que isso agita eles.

Vejo Rocco olhar para minha barriga e desviar o olhar suspirando, eu preciso dar o primeiro passo para recuperação total de nós dois, embora ele esteja indo bem e até mesmo tocando minha barriga enquanto durmo, acho que o que ele precisa mesmo para se livrar do bloqueio é de que eu ajude ele nisso.

- Sente aqui como está - seguro sua mão e coloco sobre minha barriga - Deixa eu comer um pouco de sorvete.

Coloco uma colher na boca e um tempinho depois ele se move rapidamente, Rocco sorri e faço o mesmo.

- Só é incômodo - falo fazendo uma careta.

- Ei meu amorzinho, se mexe devagar para não machucar sua mãe - diz e sorrio continuando o sorvete e sentindo o bebê se mover - Acho que ela não vai ser obediente, ainda se move.

- Ela? - questiono e ele assente - Não sabemos o seco ainda.

- Eu acho que vai nascer menina - diz sorrindo - Tenho certeza disso.

- Por quê? - questiono e ele dá de ombros.

- Porque eu sei - diz piscando para mim - Termine o sorvete.

Sorrio para ele e continuo a comer.

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