- Está pronta? - ouço a voz de Rocco e assinto.
- É só um jantar de negócios, será no meu restaurante - diz e segura minha mão me puxando para fora - Você está maravilhosa.
- Obrigada - sorrio para ele e seguimos para o carro.
- Tudo que eu queria hoje era ficar com você - diz e sorrio o olhando.
- Mas vamos estar juntos - suspiro sabendo que não terei ele perto de mim o tempo todo.
- Você está tão cheirosa que eu voltaria para casa só para te foder - diz contra meu ouvido e mordo os lábios.
- Rocco não fala isso assim, o Ronald está dirigindo o carro - falo baixinho e ele ri.
- Não me importo - diz descendo a mão para meu seio e apertando, a sorte é que há tipo uma cortininha entro os bancos.
- Mas eu sim - falo e ele ri me beijando.
- Ok, parei - diz.
Seguimos até o restaurante que é dele, descemos e ele me ajuda, entramos no restaurante e vejo uma mesa com algumas pessoas, ao menos não são muitas.
Nos sentamos e todos começam uma conversa, dessa vez não tem nenhuma das outras mulheres, as ué estão aqui são legais.
- Uau você é muito linda - uma delas diz e sorrio.
- Obrigada, você também é - falo.
- Sou Briana, essa é minha irmã Brigitte - diz.
- Sou Karin - falo, elas começam a puxar assunto e gosto da forma que são legais.
- Senhora a Loren está chorando, ela disse que queria a senhora - uma mulher aparece.
- Eu vou até ela, deve estar querendo mamar - diz - Não quer nos acompanhar querida?
Abro a boca e me viro para Rocco, toco sutilmente o braço dele que me olha, engulo em seco e me aproximo.
- Posso acompanhar elas? - questiono baixinho, ele me analisa por um tempo, olha ao redor e assente - Com licença.
Me levanto e acompanho as duas mulheres por um corredor até uma sala onde é exclusiva para as crianças ficarem.
Vejo uma menininha fofa sentada no sofá e assim que vê a mãe corre até ela a abraçando.
- Mama - diz.
- Oi meu amor, o que foi? - ela questiona.
- Peto - diz pegando no peito da mulher.
- Sabia sua esfomeadinha - fala rindo e se senta no sofá - Sente-se aí Karin, vamos conversar aqui, lá os homens conversam sobre coisas idiotas do trabalho deles.
Me sento e vejo ela colocar o peito na boca da garota que começa a sugar devagar.
- Quantos anos ela tem? - questiono.
- Fará dois anos - diz sorrindo ao olhar para a filha - Uma pimentinha só, mas também é manhosa quando quer mamar.
- Ela é muito fofa - falo tocando os cabelinhos da neném que faz careta e aperta o peito da mãe - Ciumenta também.
- Nem me fale, tem ciúmes até do pai - diz rindo - Mas eu não trocaria por nada essa ciumenta.
Sorrio para ela e de certa forma sinto um pouco de inveja por ela, a vejo beijar o rosto da filha e desvio o olhar engolindo em seco.
- As vezes ser mãe é cansativo, mas em momentos como esse vale a pena - diz - Só que eu também não quero outro filho, por enquanto só ela.
Observo ela mais uma vez e suspiro.
- Vou ao toalete, volto já - falo ficando de pé.
- Claro, ainda estaremos aqui - diz sorrindo.
Me levanto e saio da sala caminhando até o banheiro, fecho a porta e encosto a cabeça na parede tentando afastar a sensação ruim.
Durante todo o tempo eu tenho tentado não pensar em filhos e crianças, mas são em momentos como esse que eu vejo uma mãe cuidando de um filho e demostrando amor que eu sinto mais falta e vontade de ter um filho.
Alguns anos Rocco me deu o cachorrinho que queria, mas com o tempo fui percebendo que não ia adiantar ter um, pois o que eu queria era um filho e não um animal, acabei doando ele pois em sentia mal.
Eu queria um filho e isso não vai ser possível, acho que já deveria ter esquecido isso, mas não consigo.
Respiro fundo e lavo o rosto, me olho no espelho e suspiro tentando espantar os pensamentos.
Abro a porta e saio vendo um homem sair do banheiro masculino, espero que ele ande mas o mesmo continua no lugar, me afasto para sair daquela área e sinto ele atrás de mim, me viro com medo e ele sorri levantando as mãos.
- Você é a famosa esposa do Santinni não é? - questiona.
- Sim eu sou - falo - Com licença, voltarei para lá.
- Calma aí - diz colocando o braço do outro lado e impedindo minha passagem - Acho que podemos conversar sobre o chifre que seu marido tem.
- Ele não tem nenhum - falo - Por favor retire o braço para que eu saia.
- Por que eu faria isso? - questiona encostando em mim enquanto tento afastar.
- Porquê se não fizer isso vai morrer - ouço a voz de Rocco, olho para trás e ele está sério com as mãos no bolso - Aliás, de qualquer forma acho que esse é seu destino hoje, primeiro por importunar minha esposa, segundo por duvidar da integridade dela e terceiro pelo simples fato de ser um filho da puta desgraçado.
Aproveito a distração do homem e corro para trás de Rocco apertando ele com medo, beijos dois seguranças segurando o homem e Rocco me afasta e vira segurando meu rosto.
- Vá para casa com o Ronald - pede beijando meus lábios e se afasta - Você vem comigo.
Ele dá um soco no homem fazendo ele cair no chão e puxa ele pelo colarinho, vou atrás e vejo ele levar o homem para a parte de trás do restaurante jogando ele no chão e começando a socar o rosto do homem, solto um som de susto e ele me olha.
- Merda Karin, falei para ir embora - diz - Ronald leve ela.
O senhor mais velho segura meu ombro e me puxa para sair do local, Engulo em seco e acompanho ele até o carro, me sento e ele dirige até em casa.
Ao chegar tomo um banho e fico na sala esperando que Rocco chegue.
Acho que as vezes ele tem razão, eu não sei me defender, tenho medo de muitas coisas, sou alguém indefesa e talvez seja minha culpa que tudo é assim.
Eu deveria ser mais como a Amélia? É isso que me pergunto as vezes, ela tá espetacular, sempre fazendo o que quer, sem medo de nada, na verdade fazia todos terem medo dela.
Me encolho no sofá e espero meu marido chegar, o tempo vai passando e com ele o sono chega, acabo dormindo no sofá enquanto o espero.
Abro os olhos de repente quando sinto meu corpo ser levantado do sofá, vejo Rocco me carregando nós braços e suspiro de alívio.
- Você demorou - falo apertando ele.
- Desculpe, fui tomar banho no apartamento da minha filha - diz e abre a porta do quarto, sou deixada na cama e ele me olha - Precisamos conversar.
- Eu juro que não fiz nada, foi ele que do nada chegou em mim e falou tudo aquilo - falo.
- Eu sei, não é sobre isso que quero falar - diz.
- É sobre o quê? - questiono.
- Conversei com minha filha hoje, ela me disse muitas coisas - fala suspirando - Eu quero te pedir desculpas pelo jeito que te trato na frente de outras pessoas meu amor, você não merece isso - diz e engulo em seco - Eu digo que faço para te proteger, mas na verdade faço por medo, medo de que aconteça com você o que aconteceu com a Amélia e com a Amora.
- Amora? - questiono e ele assente.
- Minha filha que morreu quando tinha seis anos de idade - diz e faço um som surpreso - Nunca te contei dela, mas ela morreu aos seis, vítima de alguns inimigos meus, foi torturada e violada da pior forma possível, eu quena encontrei e isso é algo que nunca vou superar.
Vejo o olhar dele ficar distante e seguro seu rosto deixando um beijo nele.
- Com a ajuda da Angel e Amélia eu segui minha vida depois disso, mas então veio Amélia e eu também descobri que foram meus inimigos, com isso me sento culpado - confessa - Eu não queria casar e me vi obrigado porquê foi um pedido da Amélia e eu sempre cumpria os pedidos dela, casei com você e então veio tudo que se seguiu com isso - ele toca meu rosto - Eu percebi que não queria te perder e precisava te proteger, a única forma que vi disso era não demonstrando meu amor por você em nenhum momento, assim iam achar que eu não me importava com você e a deixariam em paz.
- Eu sei, entendo isso - falo.
- Mas isso está errado amor, eu te faço mal com isso e nem adianta dizer que não - diz sério - Por isso eu decidi que não me importo mais, a partir de hoje vou demonstrar ao mundo que amo você e que é minha, sem medo que aconteça algo com você pois sei que tenho meios o suficiente para que fique protegida, eu amo você Karin e espero que não seja tarde demais para que nós possamos continuar com todo amor que você merece.
- Está falando sério? - ele assente e sorrio o beijando - Eu esperei muito por isso.
- Eu sei amor, me desculpe - pede me apertando - E eu preciso dizer algo.
- Pode dizer - ela respira fundo e passa as mãos no cabelo.
- Eu sei que provavelmente vai ficar triste, mas preciso ao menos te explicar sobre - diz - Eu realmente não quero um filho, depois de perder duas pessoas importantes criei um bloqueio dentro de mim e a idéia de ter um filho não me agrada, por isso não quis um filho com você, por medo.
- Não podemos ao menos tentar? Você procurar ajuda ou algo do tipo? - questiono e ele nega.
- Sinto muito amor, é algo que eu realmente não posso ter, é maio que eu - diz e suspiro triste.
O que posso fazer? Nada, se é algo que vem de dentro não há como fazer nada, ele não quer e vamos realmente permanecer assim, mas ao menos agora eu sei o motivo.
- Por que não me disse sobre isso antes? - questiono triste.
- Eu não queria que soubesse que dentro de mim existia medo - diz em tom de confissão - Não quero demonstrar e parecer fraco.
- Mas eu não acho isso - falo tocando o rosto dele - Te acho forte pois apesar das perdas que teve continuou assim
- Me desculpe por não realizar seu sonho, mas eu realmente não consigo - diz me apertando feito um menininho.
- Tudo bem amor, agora eu óleo menos entendo - falo apertando ele de volta - Vem, vamos só dormir e esquecer tudo, amanhã recomeçamos.
Deitamos na cama e ele abaixa minha blusa pondo meu seio já boca e começando a sugar devagar, aperto ele e suspiro sabendo que isso não me aliviou mais ao menos me fez se sentir menos culpada.
≠
A conversa entre o Rocco e a Angel aconteceu no capítulo diciassette do livro da Angel.