Emma
Já faz uma semana desde o confronto com a Regina, eu não tenho mais a visto e o Henry continua zangado comigo, hoje eu prometi que ele poderia passar um tempo com o Pai enquanto eu resolvia umas coisas na delegacia com a Ruby, o que eu não esperava é que Neal fosse me contar que Tamara, a sua noiva está a caminho de Storybrooke. O que menos precisamos agora é turistas, já temos o Greg e agora a Tamara, o que vai acontecer quando um dos dois verem alguma coisa que não podem explicar?
Ele acabou me convencendo a ficar e esperar por ela para pelo menos dizer: "Oi", o que acabou nos levando a um café da manhã, silencioso e desconfortável:
-Então como vocês se conheceram? - Henry quebrou o silêncio.
-Eu estava muito atrasada para o trabalho, correndo como uma louca, chacoalhando o meu café grande, quando esse cara bateu em mim. Meu café ensopou a minha blusa, não tinha tempo para trocar, então Neal deu a echarpe dele para esconder as manchas e disse que eu poderia ficar com ela ou ligar para ele se eu quisesse devolver. Eu decidi ligar e estamos juntos desde então. - Tamara contou em meio a sorrisos e olhares trocados com o noivo.
-Parece destino. - Falei tentando parecer legal. - Tenho que deixar o Henry com o avô dele, obrigada pela rosquinha. - Falei me levantando.
-Foi um prazer te conhecer, Tamara.
-Digo o mesmo.
-Aqui está, cara. - Neal disse pegando o livro de Henry.
-Por que não fica com isso?
-Tudo bem, até mais.
-Até mais.
Regina
Cansada de ficar em casa acabei passando no Granny's onde eu encontrei o Greg, o homem que me ligou para falar sobre o Henry, não sei porque, mas ele me parecia familiar. Paguei uma torta do restaurante para ele em agradecimento e quando estava de saída quase trombei com a Mary Margaret e não pude deixar de provoca-la:
-Se fosse você, experimentaria o especial de peixe, é bem a sua cara... Linguado enegrecido. - Fiz alusão ao seu coração.
Emma
Eu estava dando uma pausa para o almoço no Granny's quando para minha surpresa minha Mãe apareceu, ela finalmente resolveu reagir e sair daquela cama:
-Oi, e aí? Aconteceu alguma coisa?
-É o August, eu o encontrei. - Arregalei os olhos em surpresa.
-Meu garoto? Ele está vivo? - Gepeto que estava sentado do meu lado perguntou.
-Sim, mas... Está totalmente de madeira, ele tem vivido num trailer abandonado embaixo da ponte do pedágio.
-Podemos fazer algo? Podemos ajudá-lo?
-Não, mas sei que alguém talvez possa. Madre superiora.
-Sim, sim, a Fada Azul, ela ajudou uma vez, pode fazer de novo. Ela tem que ajudar!
Nos levantamos para ir até o convento procurar pela fada. Mas a Madre Superiora negou, ela disse que se ainda houvesse esperança para August ele teria que trilhar esse caminho sozinho.
Regina
Não parei de pensar do porque aquele homem era tão familiar para mim, então eu me lembrei de Owen, foi um garoto que apareceu em Storybrooke com o Pai no começo da maldição das trevas, eu estava sentindo um vazio e achei que os dois pudessem preenchê-lo, mas bom. As coisas não acabaram tão bem.
Resolvi que iria espera-lo na pousada para ter certeza e descobrir porque ele está aqui:
-Sabe, tenho todas as toalhas que preciso se for por isso que está aqui. Eu as seco com o secador.
-Estou aqui porque descobri por que você me parece tão familiar. Porque já nos conhecíamos antes, não é mesmo... Owen? - Ele sorriu, meu palpite estava certo. - Guardei isso por todos esses anos como lembrança de nosso tempo juntos. - Mostrei a ele um suvenir que ele me deu do tempo que passou aqui. - Você era só um garoto quando me deu isso. Agora olhe para você... Tão crescido, não me admita que eu não tenha o reconhecido.
-Mas eu te reconheci, porque você parece exatamente à mesma, Regina. É como se o tempo não tivesse passado para você.
-Suco desintoxicante mensalmente, faz maravilhas para a pele. - Eu não podia falar a verdade então me aproveitei dela. - Poderia ter vindo até mim e dito quem era e por que está aqui.
-Bem, acho que você sabe por que estou aqui.
-Honestamente, não sei.
-Estou procurando o meu Pai.
-O seu Pai? Ele foi embora logo após você, nunca mais o vi. - Menti, eu tinha matado o homem há anos.
-An an, não acredito em você.
-Pode não parecer, mas é a verdade.
-As pessoas não podem simplesmente desaparecer, Regina.
-Meninos medrosos tendem a ter uma imaginação fértil.
-Bem, não sou mais um menino medroso Sra. Prefeita. Demorou muito tempo para eu voltar aqui, não vou embora sem o meu Pai.
-Temo que você irá, porque ele não está aqui. Avisarei a vovó que você fará check out amanhã.
-Ou o que?
-Ao contrario do que possa pensar, as pessoas podem simplesmente desaparecer. - Ameacei.
Emma
Quando a Fada Azul negou ajuda Gepeto insistiu para que minha Mãe lhe mostrasse onde o Pinóquio estava e eu acabei acompanhando os dois, no caminho o homem falava do fardo que carregava há anos, ele contava que minha Mãe poderia ter vindo ao mundo real comigo, o armário tinha magia para tele transportar duas pessoas, e ele optou por dar uma chance ao seu filho, com sua confissão ele acabou levando um tapa na cara de minha Mãe, que pedira desculpas na hora.
Quando chegamos ao trailer não havia ninguém, estava totalmente vazio, a pergunta que fica é: Onde está o August?
Na volta o meu celular tocou, era da delegacia, o que eu achei estranho já o turno da Ruby seria só de noite:
-Emma Swan?
-Emma, é o August.
-August.
-Ouça-me, tenho que te alertar...
-August... Me alertar? Me alertar do que?
A ligação foi cortada, alguma coisa ruim estava acontecendo, reconheci o número que August tinha usado para me ligar, vinda da delegacia, então corremos para lá:
-Se o August ainda está na delegacia, ele não está atendendo. - Meu Pai e Henry nos encontraram no caminho.
-August! - Ele abriu a porta cambaleando, não parecia nada bem e eu corri até ele, o homem caiu no chão antes que eu pudesse chegar até ele. - August!
-Meu filho! Meu menino! Meu menino, o que aconteceu com você? - Gepeto se ajoelhou ao meu lado e apoiou a cabeça do filho.
-Eu sinto muito, papai.
-Não, não há nada para sentir muito. Tudo ficará bem.
-Emma.
-August. - Sussurrei.
-Emma, ela... Ela... - Ele tentou me dizer algo em seus últimos suspiros, mas não conseguiu.
-Não, de novo não. - Gepeto chorou a morte do filho.
-August? - Neal chegou.
-Não, não pode acabar assim. Ele deveria ter uma segunda chance. - Minha Mãe disse inconformada.
-O que houve?
-Alguém o matou para impedir que ele me contasse algo. Ele usou seu último suspiro para nos alertar, eu não deixarei isso ter sido em vão. - Prometi.
-Coragem, sinceridade e altruísmo. Coragem, sinceridade e altruísmo. Não vê o que isso significa? É o que o Pinóquio deveria ser ainda há esperança, precisamos da Fada Azul.
-Estou aqui, Henry.
-O que isso quer dizer? - Mary questionou.
-Fui capaz de transformar Pinóquio em um menino de verdade após ele sacrificar a vida dele pela do Marco. Se as ações dele hoje foram mesmo corajosas, sinceras e altruístas então você está certo, há uma chance de conseguir fazer de novo.
-Por favor, eu lhe imploro... Tente.
Ela apontou sua varinha para o corpo do August e então o homem de madeira se tornou um menino, ele estava de novo.
-Pai?
-Pinóquio... Veja... Veja! Sou um menino de verdade. Sou um menino de verdade! - Pai e filho se abraçaram.
-Que seja melhor dessa vez, Pinóquio. - A Fada Azul avisou.
-Pinóquio... Eu tenho que te fazer uma pergunta, quero que se esforce para pensar, está bem? Antes de virar menino de verdade, estava tentando nos contar algo muito importante, você se lembra? Você estava tentando nos alertar sobre algo. - Tentei.
-E-eu não me lembro, se eu lembrasse, eu falaria. Eu juro. - Deixei que o menino fosse com a Fada Azul e o seu Pai enquanto me juntava a minha Mãe e ao meu Pai para um abraço.
Voltamos os quatro para o apartamento de Mary Margaret:
-Henry, precisamos conversar. - Chamei. - Eu sinto muito, sinto muito ter mentido para você sobre seu Pai. Eu prometo que nunca mais mentirei para você de novo, só não me afaste.
-Não afastarei. - O puxei para um abraço.