All the Young Dudes [Livro 3]

By wolfuckingstar

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TRADUÇÃO DA FANFIC ALL THE YOUNG DUDES POR MSKINGBEAN89 PERMISSÃO DA AUTORA PARA POSTAR AQUI. A obra narra d... More

Capítulo 151: A guerra: Julho 1978
Capítulo 152: A guerra: Infiltração
Capítulo 153: A guerra: Home Front
Capítulo 154: A guerra: Outono 1978
Capítulo 155: A guerra: Inverno 1978-1979
Capítulo 156: A guerra: Quartel General dos Aurores
Capítulo 157: A guerra: O bando
Capítulo 158: A guerra: Cativo
Capítulo 159: A guerra: Submissão
Capítulo 160: A guerra: Soldados da Infantaria
Capítulo 161: A guerra: Lua de Sangue
Capítulo 162: A guerra: A história de Moony
Capítulo 163: A guerra: Fim da Primavera de 1979
Capítulo 164: A guerra: Verão de 1979
Capítulo 165: A guerra: Dulce et Decorum est
Capítulo 166: A guerra: Outono 1979
Capítulo 167: A guerra: Inverno de 1979
Capítulo 168: Primavera & Verão 1980
Capítulo 169: A guerra: Outono & Inverno 1980
Capítulo 170: A Guerra: Inverno de 1980 e Primavera de 1981
Capítulo 171: A Guerra: Triage
Capítulo 172: A Guerra: Verão 1981
Capítulo 173: A Guerra: Outono 1981
Capítulo 174: A Guerra: Armistício
Capítulo 175: 1982
Capítulo 176: 1983
Capítulo 177: 1985
Capítulo 178: 1986
Capítulo 179: 1987
Capítulo 180: 1989
Capítulo 181: 1990
Capítulo 182: 1991
Chapter 183: Verão de 1993
Capítulo 184: Verão de 1994
Capítulo 185: Início do verão de 1995
Capítulo 186: Verão de 1995: Grant
Capítulo 188: 'Até o fim'
Out of the blue - Parte 1
Out of the blue - Parte 2

Capítulo 187: Verão de 1995: Sirius

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By wolfuckingstar

Well, my friends are gone and my hair is grey

I ache in the places where I used to play

And I'm crazy for love.

But I'm not coming on.

I'm just paying my rent every day in the Tower of Song.

Tower of Song, Leonard Cohen.



Sirius sentou no sofá com os joelhos para cima, os braços em volta das pernas. Ele estava assistindo televisão. Era uma invenção trouxa bizarra, um pouco como os cinemas que ele tinha ido na juventude, só que menor... ah não, ah não... aquele pensamento trouxe de volta uma memória de James. Naquele verão em que eles foram ver o mesmo filme todos os dias, quando conheceram aquelas garotas trouxas. Foi no verão? Ou Natal? Talvez estivesse chovendo e alguém o socou. James ou Remus? Certamente Remus. James nunca foi violento, mesmo quando Sirius realmente merecia.

Sirius fechou os olhos para abafar as vozes frias e cruéis em sua cabeça que queriam arrastá-lo de volta no tempo, de volta aos piores momentos. Ele achou que podia sentir o gosto de sangue, mas, quando abriu os olhos novamente, tudo que viu foi a sala de estar e a caixa trouxa falante idiota.

Era sua sala de estar. Ou tinha sido, uma vez. Parecia diferente, e Sirius teve dificuldade em descobrir se realmente estava diferente ou se ele estava apenas se lembrando errado. As paredes não tinham sido repintadas, a lareira estava lá. Não cheirava mais a cinza de cigarro, mas ainda havia uma marca de queimadura no carpete sob o parapeito da janela - isso já estava lá antes? Ou teria acontecido nos anos que esteve fora?

A TV era a pior mudança, a mais perceptível. Sirius possuía uma forte memória de argumentar contra comprarem uma há muito tempo atrás. Caixa de luzes trouxa barulhenta . Ele ainda achava que era horrível, mas, de alguma forma, não conseguia parar de assistir. Ela o distraía. Pausava seus pensamentos, o impedia de se lembrar.

Ele havia passado muito tempo se lembrando. Revirando eventos, erros e conversas pouco compreendidas. Peneirando tudo de novo e de novo, até que tudo em sua cabeça se soltou e se transformou em pequenos fragmentos sem estrutura ou narrativa. Ele não queria mais sentar e pensar. Ele queria ir para a ação. Queria fazer coisas. E ninguém permitia.

Ele bufou, mudando de posição, apertando o braço do sofá com mais força. Remus havia sido convidado para uma reunião, e Sirius foi instruído a ficar em casa com o trouxa. Não causaria nenhum problema se ele tivesse ido como Padfoot, sabia que ficaria tudo bem, mas ninguém o ouvia. Eles o estavam tratando como uma bomba prestes a explodir, como alguém que precisava ser contido. Como se não tivesse passado um ano sozinho cuidando de si mesmo sem a ajuda de ninguém.

Ele não seria tratado como uma criança. Não iria deixar que o tratassem daquela forma. Não merecia mais?

Mas Moony - Remus - lhe lançou aquele olhar dolorido e suplicante, e isso o calou. Ele odiava deixar Remus desconfortável, pois isso o deixava preocupado com a possibilidade de Sirius nunca melhorar. Ele sabia que não estava certo da cabeça, sabia que estava se comportando de forma errada e que não estava sendo ele mesmo. Sirius havia esperado que um ano fosse ser o suficiente. Agora estava fora, estava livre, todos que importavam finalmente sabiam a verdade. Isso devia ter feito a diferença. A essa altura, ele já deveria ter voltado ao normal.

Remus não estava ajudando, Sirius pensou sombriamente. Como conseguiria fazer sua cabeça agir da maneira certa se tudo estava tão estranho? Quando Remus, seu único amigo restante, mal conseguia olhar para ele sem estremecer, mal conseguia falar com ele sem desviar os olhos para longe. E o namorado. Sirius se perguntou o quão rápido isso tinha acontecido, o quão rápido o trouxa havia se infiltrado como um verme, infectando Remus com sua mundanidade, transformando seu Moony em alguém quieto e cauteloso, em alguém nada melhor do que o próprio trouxa.

Era como se uma luz em Remus tivesse diminuído. Sirius procurava por sinais do velho Moony, mas não havia nada daquela energia perversa e travessa, nada da força devastadora de Remus Lupin quando ele pensava em um plano emocionante.

Sirius havia demorado séculos para convencer Remus a ir para a reunião. No final, ele teve a impressão que Remus estava apenas fazendo um favor para ele, para mantê-lo calmo. Contanto que ele fosse, Sirius não se importava. E quando ele voltasse, ele contaria tudo, Sirius o obrigaria. Era o mínimo que Remus podia fazer.

Remus mudaria de ideia. Ele veria que não havia outra maneira. Ele iria querer fazer isso por Harry.

Sirius não pôde deixar de sorrir para si mesmo ao pensar em Harry. Aquele garoto incrível, brilhante e corajoso. James ficaria tão orgulhoso...

James, James, sinto muito, muito...

Ele estremeceu, fechou os olhos novamente, se abraçando para se proteger do frio. Ele queria tanto Remus. Não queria ficar sozinho, não de novo, por favor...

"E aí?" Grant adentrou a sala como se para lembrar Sirius que ele não estava sozinho. Grant sorria alegremente para ele. Sirius o observou com cautela. Sempre sorrindo. Cara esquisito.

"Boa tarde," Sirius respondeu, deliberadamente acentuando a anunciação em seu sotaque para se afastar do terrível inglês horrendo de Grant.

Sirius nunca havia passado tempo com trouxas, mesmo antes de Azkaban, e os achava confusos na melhor das hipóteses, como uma espécie alienígena. E ele odiava a alegria de Grant com cada centímetro de seu ser.

"Tá melhor?"

Sirius grunhiu evasivamente. Ele não devia qualquer tipo de explicação a este homem. Ele o tolerava pelo bem de Remus, mas apenas isso.

"Bom saber," Grant assentiu, as covinhas em suas bochechas aparecendo.

Sirius achava que ele deveria ser incrivelmente estúpido.

Limpe esse sorriso fútil de seu rosto! O espectro de Walburga Black latiu em sua mente.

Sirius se lembrava de Grant quando era adolescente. Nem mesmo quando jovem ele havia sido bonito. Quinze anos não haviam ajudado no aspecto de seu cabelo ou de sua pele. Sirius não fazia ideia do porque Remus ainda estava com Grant, e se ele era tão estúpido quanto era desprovido de beleza, então estava ainda mais perplexo sobre por que Moony o queria por perto.

O Remus que ele conhecia - seu Remus nunca toleraria um tolo.

"Quando ele voltar", Grant continuou dizendo, ainda alegre, ainda sorrindo, mostrando os dentes tortos e uma cicatriz branca no canto da boca, "Eu vou."

"Oh, ok." Sirius deu de ombros, procurando algo para dizer. "...Precisamos de leite".

"Não", Grant riu, balançando a cabeça levemente. Ele se sentou na mesa de centro, bem em frente a Sirius, tão perto que seus joelhos quase se tocaram e olhou-o nos olhos, "Não vou sair para fazer compras, eu vou embora."

"O que?" Sirius franziu a testa, "Por quê? Remus disse para você ir? Porque isso não foi ideia minha. "

"A ideia é minha", disse Grant, sem sorrir. Seus olhos estavam cansados ​​e Sirius percebeu que, embora Grant estivesse sorrindo, ele não estava feliz. Ele estava muito, muito triste. Sirius não sabia o que fazer sobre isso, ele tinha seus próprios problemas.

Grant continuou falando. "Eu percebi isso há um tempo. Quando ele voltou da escola em choque por ter te visto novamente. Acho que eu deveria ter percebido ali. Deveria ter pedido um tempo, mas eu não poderia simplesmente deixá-lo sozinho... "

"Olha, eu não sei o que você pensa -"

"Eu só estava cuidando dele para você," Grant disse, levantando a mão para manter Sirius quieto, "Eu nunca pertenci a ele. Tem sido você, todos esses anos."

"E, ainda sim, aqui está você." Sirius murmurou. Ele puxou os joelhos para cima, se protegendo. Queria que Grant simplesmente fosse embora, queria que ele sumisse. Queria poder se transformar em Padfoot, mas sabia que não ajudaria em nada e havia prometido a Remus que não o faria.

"Olha, agora é sobre isso que eu queria falar." Grant disse, franzindo as sobrancelhas. "Se eu for embora, você tem que cuidar dele, ok? Não o culpe por tudo o que aconteceu com você nos últimos dez anos. "

"Doze anos." Sirius o corrigiu.

"Não ligo," Grant deu de ombros, "Não tem sido uma vida fácil para nenhum de nós, raio de sol, você não é especial. Remus é. "

A voz de Grant ficou repentinamente dura e perigosa, quase agressiva "Ele é especial para mim, e se você não é homem o suficiente para ser gentil com ele, então você não o merece. Ele esteve esperando por você. Ele nunca parou de esperar. Ele não vai dizer isso, porque Remus não diz coisas assim. Mas ele sente. Ele sente tudo, você deve saber disso. "

Sirius não respondeu.

"Ele te ama." Grant disse firmemente. "Você tem que amá-lo de volta."

"Eu amo el--"

"-Não," Grant estava balançando a cabeça novamente, "Não, não assim. Você tem que estar aqui, tem que ser uma pessoa real, de carne e osso. Não é um cachorro. Não um fantasma. "

Sirius não conseguia mais olhar nos olhos de Grant, ele abaixou a cabeça e concordou.

"Eu vou."

"Isso é bom," Grant sorriu novamente, seu rosto gentil mais uma vez. "Agora, quando ele estiver mal-humorado, e ele vai ficar mal-humorado, não o deixe ficar deprimido e não o deixe beber. Ele vai querer fazer isso depois da lua cheia, mas se ele fizer, só vai levar mais tempo para se recuperar. "

"Eu sei do que ele precisa depois da lua cheia!" Sirius rosnou, afrontado. "Eu o conheço desde que tínhamos onze anos, quem você pensa que é, me dizendo..."

"Fui eu que estive aqui." Grant o cortou, breve. "Eu não acho que você entenda o quão difícil tem sido. Eu não acho que você... olhe, você o teve em seu melhor, ok? Eu o tive em seu pior. " Ele sorriu um pouco, "E eu fui feliz em estar aqui. Eu tenho uma parte dele. Você tem a outra. Podemos concordar com isso? "

Sirius o encarou um pouco mais. Grant estendeu a mão para que apertasse, e Sirius a pegou.

"Ok." ele disse.

"Perfeito." Grant soltou sua mão e se levantou. Ele entrou no quarto e voltou com uma grande mala, a qual ele colocou propositalmente ao lado da porta. "Vou ter que deixar alguns livros e umas coisas aqui por pouco tempo." Ele disse: "Mas voltarei para buscá-los quando estiver acomodado. Acho que você não precisa da chave, né? Você pode entrar do jeito mágico?"

Sirius acenou com a cabeça, mudo. Ele não podia acreditar que isso estava acontecendo. Queria que seu coração disparasse, queria se sentir finalmente satisfeito, mas não conseguia deixar de se preocupar. Grant tinha sido um estorvo, mas também um amortecedor. Remus o culparia por isso? Será que ele convenceria Grant a ficar ou, pior ainda, será que ele deixaria Sirius aqui, sozinho com o apartamento e a guerra e...

Houve um barulho baixo de alguém arrastando os pés do lado de fora da porta da frente, e os ouvidos de Sirius se aguçaram. Remus estava de volta! Seu coração começou a bater forte contra sua caixa torácica, ele lambeu os lábios e se endireitou, seu foco na porta, esperando-a se abrir.

Remus entrou com a cabeça baixa, franzindo um pouco a testa. Sirius não conseguia acreditar o quão pouco Remus havia mudado quando tudo no mundo estava tão diferente. Ele estava mais grisalho, mas ainda era Moony, ainda era devastadoramente bonito e completamente alheio a isso.

Ele deu um sorriso para Sirius ao entrar, um sorriso tão parecido com o do Remus adolescente que o levou direto de volta para Hogwarts - chegar à mesa do café da manhã e encontrar Remus já lá, comendo sua terceira porção de bacon e ovos, sorrindo para algo estúpido Sirius tinha acabado de dizer. Olhe, ele disse a si mesmo, ainda existem algumas boas lembranças.

"Olá," Remus disse para a sala.

"E aí." Grant respondeu. "Quer um chá?"

"Ooh, sim, por favor," Remus acenou com a cabeça, agora dando a Grant um sorriso amigável. O trouxa foi para a cozinha.

"Como foi?" Sirius perguntou, já agitado, "Você viu Dumbledore? O que ele disse?"

"Ah, nada demais. Nada que eu não tenha ouvido antes. A Ordem precisa de um novo local, todos nós devemos pensar em algo. Olha, podemos conversar sobre isso mais tarde? " Remus lançou um olhar para a cozinha, onde Grant estava fazendo o chá.

"Ele disse algo sobre mim? Dumbledore? Como está o Harry?

"Harry está perfeitamente bem, de volta à casa de seus tios para o verão. O que essa mala está fazendo aqui? "

Remus estava olhando para a mala marrom cheia de coisas de Grant. Ele olhou para Sirius. Sirius deu de ombros, encolhendo-se no sofá. Remus franziu a testa e perguntou em voz alta, "Grant? O que esta mala está fazendo aqui?"

Grant colocou a cabeça para fora pela porta da cozinha, parecendo envergonhado.

"Ah. Podemos conversar um pouco?"

Remus empalideceu visivelmente e foi para a cozinha.

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