🦋 Bárbara Narrando 🦋
Acordo com o barulho do despertador tocando.
Segunda-feira. Um dia que eu não tenho a mínima motivação para fazer nada.
É um dia que eu ainda tenho muita preguiça.
Eu e Victor trocamos mensagens no domingo, mas não nos vimos.
Eu não ando tão bem assim. Estou numa vibe meio estranha, como se as coisas não fizessem mais tanto sentido assim.
Escuto o som de notificação saindo do meu celular. Pego o mesmo e desbloqueio.
Era Victor me mandando mensagem.
Victor Augusto
Bom dia meu anjinho <3
Dormiu bem?
Acordou melhor ainda?
Levantou?
Lavou o rosto?
Tomou café?
Espero que vc esteja bem <3
To com saudade <333
Quer que eu te busque hoje?
Bárbara
Bom dia amor <33
Dormi bem
Acordei meio pra baixo
Mas estou bem no geral...
Não levantei ainda kkkkk
Tô com preguiça
Não estou com fome para ser sincera
Tbm to com sdd <3
Acho que hoje eu vou a pé mesmo
Victor Augusto
Pq levantou meio pra baixo?
Bárbara
Não sei
Tô meio estranha. Sem vontade de fazer nada...
Tipo
Tudo parece meio distorcido, meio estranho...
Victor Augusto
Não quer mesmo que eu te busque?
Bárbara
Acho que eu vou a pé hoje
Caminhar me ajuda a organizar os pensamentos.
Limpa minha cabeça
Victor Augusto
Ok...
Vou estar te esperando aqui na escola :)
Te amo <3
Bárbara
Tbm te amo ❤
Desligo meu celular e me espreguiço, tomando coragem para levantar.
Tiro o cobertor do meu corpo e levanto da cama.
Vou até o banheiro, faço minhas H.Ps e vou até meu armário escolher alguma coisa para vestir.
Estava um clima mais friozinho e nublado.
Peguei uma calça legging e um moletom mais curto, meio crooped.
A parte de cima era amarela mostarda e rosas desenhadas pelas mangas, com os cordões brancos.
Decidi colocar um tênis que eu não usava há muito tempo: Vans.
Não tinham nada de especial, eram apenas o modelo clássico mesmo.
Fui até o banheiro de novo, desamarrei o meu cabelo e comecei a penteá-lo.
Passei a escova por todos os fios, tirei todos os nós e deixei ele bem brilhoso.
Por um minuto, pensei de deixar meu cabelo solto, mas eu me sentia estranha daquela forma.
Peguei alguns elásticos e fiz um rabo alto, o que dava um pouco de trabalho por ele estar comprido.
Fiz um coque manual mesmo, sem grampos nem elásticos.
Eu me via daquele jeito. Me sentia bem comigo mesma.
Lembrei de um pequeno detalhe que Victor gosta: gloss de morango.
Me lembra do início do nosso relacionamento.
Passei um pouco do gloss nos meus lábios e tampei ele.
Apaguei as luzes e saí do banheiro.
Peguei minha mochila, coloquei nas costas e saí do meu quarto.
Desci as escadas e fui até a cozinha.
─ Bom dia família. – eu disse quando cheguei na cozinha.
─ Bom dia filha. – minha mãe disse e eu a cumprimentei com um beijo na bochecha.
─ Bom dia. – meu pai disse beijando minha testa.
─ Não vai comer? – minha mãe pergunta.
─ Não estou com fome. – eu digo. – Vou para a escola...
─ Ok, tchau. – minha mãe diz se despedindo.
Me despedi deles e saí de casa.
Peguei meus fones e coloquei em alguma playlist que eu gostava.
Andei escutando música e pensando na minha vida.
Lembro da primeira vez que viemos para São Paulo, ver a casa que moraríamos.
Lizzie estava empolgada. Eu também estava.
Em menos de uma semana, eu a vi indo embora.
Tentei afastar essas lembranças do passado, para não cair no mesmo golpe da minha mente.
Fiquei então pensando no futuro.
Eu ainda tenho muitas dúvidas sobre isso.
Eu e Victor já temos o plano de irmos juntos para a faculdade.
Mas, eu também sei de muitos casais que não suportaram isso, e acabaram terminando.
Não quero terminar com ele.
Victor me completa, e eu espero que eu faça o mesmo com ele...
Não sei se vamos estar bem até a faculdade.
Porque, se nós formos em março depois do 3º ano do EM estariamos no início de três anos de namoro.
Isso desgasta o relacionamento.
Tenho medo de nos afastarmos, e ficar aquela coisa incômoda no relacionamento.
Tenho realmente muitas dúvidas.
Cheguei na escola e entrei pelas grandes portas de vidro.
Andei pelo corredor dos armários, tentando chegar até a minha sala.
Entrei na sala, deixei minha mochila na primeira mesa da fileira, como sempre.
Saí de lá e fui tentar alguém que eu conhecia.
Me encostei nos armários, olhando as pessoas passarem.
─ Oii. – Victor diz chegando perto de mim e me abraçando.
Ele passou os braços pela minha cintura, enquanto eu passei os meus por seu pescoço.
─ Como você está? – ele pergunta.
─ Melhor. – eu digo e ele sorri.
─ Eu senti sua falta. – ele diz me abraçando mais e eu sorri.
─ Também senti sua falta. – eu digo.
Victor se afastou um pouco, mas não saiu da minha cintura.
Ele se aproximou e me deu um selinho, depois outro, e outro, e outro.
─ Adoro esse seu gloss. – ele diz juntando nossas testas e eu rio.
─ Que bom que você gosta. – eu digo e ele sorri.
─ Quer ir comigo lá na sala A? O pessoal está lá conversando. – ele diz.
─ Pode ser... – eu digo.
Victor pegou minha mão e entrelaçou na sua.
─ Resolveu abandonar o moletom e calça jeans? – ele diz e eu rio.
─ Talvez. – eu digo.
─ Você ficou linda desse jeito. – ele diz.
─ Obrigada. – eu digo e ele sorri.
Caminhamos de mãos dadas até a antiga sala de Victor.
Quando entramos lá, tive a visão de Carol, Thaiga, Milena, Tainá, Gs, Mob e Crusher conversando.
─ Olha só quem chegou... – Carolina se refere a mim e eu sorrio.
─ E olhem se não é o casal que não se desgruda mais. – Crusher nos zoa e nós rimos.
─ Não desgrudo mesmo. – Victor diz e eu rio.
─ Tava sumida você né Passinhos? – Thaiga diz e eu rio.
─ É, mas ela tá melhor agora. – Victor diz se sentando na mesa do professor. (é, sentado em cima da mesa mesmo.)
Ele me puxa e me coloca de costas para o mesmo e abraça minha cintura.
─ Oh meu Deus. Mas não basta estarem na mesma sala, ainda tem que ficar no melero aqui mesmo? – Mob diz e nós rimos.
─ Cala a boca Mob, que outro dia você estava assim com a Milena. – Victor diz e nós rimos.
─ Se liga hein Mob. – Tainá zoa e nós rimos.
─ Ah, fala sério, a gente tem que marcar outro rodízio de pizza. – Milena diz e nós concordamos.
─ Sim. – Gs diz.
─ Da última vez que a gente foi, a Babi e o Victor nem namoravam... – Carol relembra.
─ É, eu lembro que você tava xingando a Bruna. Tentaram dar um nome de Vicbi pra gente. – Victor diz e nós rimos.
─ Ah, tinha que ser o Mob mesmo. – Thaiga diz e nós rimos.
Ouvimos o sinal tocar. Isso indicava que a aula estava para começar.
Vimos várias pessoas entrando na sala para assistir à aula.
─ Augusto, deixe de ser um capeta e desça da minha mesa. – a professora de artes diz e todos riem.
─ Desculpa professora. – Victor diz descendo da mesa.
Ele pegou a minha mão e fomos para fora da sala.
Corremos até a nossa sala, que era um pouco distante dali.
Entramos na sala e o professor de história nos aguardava.
─ Iiiihhhh. – várias pessoas da sala dizem.
─ Tavam se pegando no banheiro é? – Bruna provoca.
─ E se estivéssemos? Qual seria o problema? Nem foi na sua frente! – Victor diz e todos gritam.
Lacrou.
─ Chega, para os seus lugares. – o professor manda.
Sentamos nas carteiras que sobraram e começamos a assistir a aula.
{...}
A aula de matemática tinha acabado, e logo depois era artes.
Eu gostava muito de desenhar, não abandonei essa paixão ainda.
Mas, eu acabei parando de desenhar conforme o tempo.
─ Bom dia bando de quase formados. – minha professora diz chegando na sala e nós rimos. – Bom, aula de hoje não vai ser de novos estilos de artes, mas sim, sobre o seu estilo. Usem aqueles materiais que vocês mais gostam, e o principal: desenhem o interno de vocês hoje.
Sorri ao saber o que iriamos fazer hoje.
Comecei a pensar sobre o que eu iria fazer. E, acho que eu já tinha uma ideia...
Passei um bom tempo nesse desenho.
Eu ouvia músicas que eu gostava, enquanto desenhava e rascunhava.
Como era as duas últimas aulas, estava bem tranquila em relação ao horário.
Eu passava o lápis pela folha do caderno e ia desenhando conforme o meu interior mandava.
A parte do coração foi mais difícil, mas com algumas inspirações da internet eu consegui fazer.
Já a parte do carregador, foi só lembrar do meu carregador e pronto.
Coloquei uma frase que dava um toque final à mensagem que eu queria passar.
Comecei a pintar o fundo de preto, passei a caneta branca por cima e fiz os detalhes necessários.
Depois de uma hora, levantei e fui entregar o meu desenho para a professora.
─ Bárbara, você se supera a cada aula minha, Deus do céu. – ela diz e eu rio. – Antes você fazia vários desenhos, agora não vi mais você desenhando tanto...
─ Eu parei por um tempo, estava passando por algumas coisas, mas eu pretendo voltar... – eu digo.
─ Ótimo! – ela diz e eu rio.
A professora me entrega o caderno de volta e eu vou sentar na minha mesa.
Sinto alguém me cutucar meu ombro e eu me viro.
Era Victor.
─ Deixa eu ver o seu. – ele pede pegando meu caderno. – Reprovei em artes.
Rio com a brincadeira.
─ Não, é sério meu, perto desse desenho eu literalmente reprovei. – ele diz e eu rio.
─ Deixa eu ver o seu. – eu digo pegando o caderno dele.
─ Eu errei na frase, era pra escrever "I love Bárbara Passos", mas como no desenhos que eu peguei tava assim, e eu copiei, deu merda. – ele diz e eu rio.
─ Não ficou tão ruim assim... – eu digo.
─ Só não entendi o que o seu significa. – ele diz.
─ Ah, o coração seria eu, e o carregador é as pessoas que estão tentando me alegrar, tipo você, quando você me abraça, me faz rir, isso faz diferença... – eu digo.
─ Então eu sou o seu carregador? – ele pergunta meio confuso e eu rio.
─ Quase isso. – eu digo e nós rimos.
Victor pegou minha mão e entrelaçou com a sua.
─ Te amo. – eu digo.
─ Também te amo. – ele diz. – Vou levar o caderno para a professora vistar.
Victor beija a minha testa e vai até a mesa da professora.
─ Ah meu Deus Augusto, ame menos a coitada. – a professora diz e eu rio.
─ Não consigo professora. – ele diz me olhando. – Ela é meu anjinho.
─ Vou tirar nota sua por ser tão brega. – ela diz e eles riem.
Victor voltou para a sua mesa e se virou para mim.
─ Sabe, acho que eu sei o que está acontecendo com você hoje. – ele diz.
─ Sabe é? – eu digo.
─ Acho que sim. Baseado no seu desenho, e no que você me disse hoje mais cedo, eu acho que você está se sentindo estranha, porque você está começando a se dar conta que tudo isso está passando... – ele diz.
─ Como assim? – eu pergunto.
─ Acho que, você passou tanto tempo presa nessa tempestade, que ver o céu limpo te deixa meio abalada tanto fisicamente quanto mentalmente. Mas fica tranquila, que essa sensação também vai passar... – ele diz.
─ Acho que você está roubando o emprego da sua mãe. – eu digo e ele ri.
─ Não, porque ela atende todo mundo, eu sou exclusivo para você. – ele diz e eu coro.
─ Vou pedir mais a sua assessoria, doutor Augusto. – eu digo e ele ri.
─ Pode me chamar de amor da sua vida também. – ele sussurra perto do meu ouvido e eu tenho um leve arrepio.
─ Uma pena, não posso te chamar disso. – eu digo.
─ Por que? – ele pergunta.
─ Porque isso você já é. – eu digo e ele sorri.
─ Então, pode me chamar de um cara que você pode fazer o que quiser com ele. – ele sussurra de novo e pisca para mim. Eu ri.
Victor deixou um beijo leve no meu pescoço e voltou a me encarar.
─ O que foi? – eu pergunto.
─ Sei lá, é como se todos os meus dias fossem programados para pensar em você... – ele diz e eu sorrio.
─ Também penso muito em você... – eu digo e ele sorri.
Victor deixa um selinho longo em meus lábios.
─ Menos um ponto para você já que está beijando na minha aula. – a professora diz aparecendo do nosso lado e nós rimos.
─ Então já pode me deixar com 0. – ele diz me beijando de novo.
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Voltei :)
Gnt, desculpa pelo sumiço, estava passando por uma fase um pouco difícil, mas estou bem.
Victor lacrando com a Bruna = 🛐🛐🛐🛐🛐
Victor vai zerar em artes emmmm 👀👀
Gostaram que eu trouxe os desenhos de volta?
O desenho da Bárbara, virou meu papel de parede no celular KKKKK
Sério, nem to brincando kkkkkkkkkkkkkkkk
Gnt, se o capítulo 73 demorar para sair, é pq ele tá ENORME. Ele tá com 10 cenas.
Só pra vcs terem uma ideia, esse aq tá com 6, e já deu 2 mil palavras. Imagina 10.
Ent, talvez eu demore um pouco para escrever ele tá? KKKKKKKKKKKKKKK
Até o próximo capítulo fadinhas <3 🧚♀️🧚♀️🧚♀️🧚♀️🧚♀️