All the Young Dudes [Livro 3]

By wolfuckingstar

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TRADUÇÃO DA FANFIC ALL THE YOUNG DUDES POR MSKINGBEAN89 PERMISSÃO DA AUTORA PARA POSTAR AQUI. A obra narra d... More

Capítulo 151: A guerra: Julho 1978
Capítulo 152: A guerra: Infiltração
Capítulo 153: A guerra: Home Front
Capítulo 154: A guerra: Outono 1978
Capítulo 155: A guerra: Inverno 1978-1979
Capítulo 156: A guerra: Quartel General dos Aurores
Capítulo 157: A guerra: O bando
Capítulo 158: A guerra: Cativo
Capítulo 159: A guerra: Submissão
Capítulo 160: A guerra: Soldados da Infantaria
Capítulo 161: A guerra: Lua de Sangue
Capítulo 162: A guerra: A história de Moony
Capítulo 163: A guerra: Fim da Primavera de 1979
Capítulo 164: A guerra: Verão de 1979
Capítulo 166: A guerra: Outono 1979
Capítulo 167: A guerra: Inverno de 1979
Capítulo 168: Primavera & Verão 1980
Capítulo 169: A guerra: Outono & Inverno 1980
Capítulo 170: A Guerra: Inverno de 1980 e Primavera de 1981
Capítulo 171: A Guerra: Triage
Capítulo 172: A Guerra: Verão 1981
Capítulo 173: A Guerra: Outono 1981
Capítulo 174: A Guerra: Armistício
Capítulo 175: 1982
Capítulo 176: 1983
Capítulo 177: 1985
Capítulo 178: 1986
Capítulo 179: 1987
Capítulo 180: 1989
Capítulo 181: 1990
Capítulo 182: 1991
Chapter 183: Verão de 1993
Capítulo 184: Verão de 1994
Capítulo 185: Início do verão de 1995
Capítulo 186: Verão de 1995: Grant
Capítulo 187: Verão de 1995: Sirius
Capítulo 188: 'Até o fim'
Out of the blue - Parte 1
Out of the blue - Parte 2

Capítulo 165: A guerra: Dulce et Decorum est

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By wolfuckingstar

Sirius não falou de novo. No começo, Remus tentou ser compreensivo e fez tudo o que pôde pensar. Ele se levantou, fez chá e ofereceu uísque, mas Sirius balançou a cabeça.

Ele tentou falar com ele, mas Sirius apenas encarava o artigo.

"Há algo que você precisa? Eu pego qualquer coisa para você, basta dizer...?"

Nada. Sirius apenas piscou e começou a reler do início. Havia uma fotografia de uma casa alta com terraço em uma parte chique de Londres, mas Remus não conseguia ver muito mais, e Sirius estava segurando o jornal com tanta força que seus nós dos dedos ficaram brancos.

Foi assustador. Remus ficou ao lado dele, estendeu a mão e tocou seu ombro, que estava rígido como o de uma estátua. Sirius mal reagiu. Remus saiu do quarto.

Ele foi até a porta da frente, onde suas duas jaquetas estavam penduradas, uma macia e marrom, a outra de couro preto cravejado de prata. Ele enfiou a mão no bolso da jaqueta de couro e puxou o espelho compacto de prata de dentro. Ele abriu.

"Prongs?! Prongs! "

O rosto de James apareceu, olhos escuros e preocupados.

"Moony?"

"É Sirius - algo acon--"

"Eu sei", James o interrompeu, "Acabei de ver o jornal. Chego aí em dois minutos. "

Ele desapareceu, e o espelho apenas mostrou o rosto angustiado de Remus. Ainda sim, isso era um alívio. James saberia exatamente o que fazer.

Remus se odiava por pensar isso, mas uma coisa continuava retumbando em sua mente como uma buzina; foram lobisomens? Foi Greyback? Ele precisava ler o artigo, precisava descobrir o máximo possível.

A lareira de repente brilhou em verde, e James entrou, olhando ao redor. Ele olhou para Remus.

"Quarto." Disse Remus. James acenou com a cabeça e entrou no cômodo sem dizer uma palavra.

Remus fechou os olhos, respirando profundamente. Ele poderia fazer mais chá. Realmente queria uma bebida adequada, mas ainda era de manhã cedo, e se Sirius não queria, ficaria muito feio se Remus começasse a beber gim sozinho. Merda. Sirius fora tão bom quando Hope morreu - como?! Na época, Remus não deu o devido valor, e agora ele não conseguia pensar em uma única coisa útil para falar ou fazer.

Regulus estava morto. O irmão de Sirius estava morto.

Remus voltou para o quarto. James estava sentado na cama, um braço em volta de Sirius, falando em seu ouvido muito baixo. Sirius parecia estar apenas ouvindo metade enquanto olhava para o nada. Por fim, o papel havia caído e estava no chão, meio embaixo da cama.

"Ele fez sua escolha há muito tempo", James estava dizendo, "Você não deve se culpar, não deve deixar isso..."

"Não diz o que aconteceu." Sirius disse, finalmente falando, sua voz mais grave do que o normal, "Alguém sabe? Seu pai ou Moody? Houve um ataque ontem à noite, ou...? "

James balançou a cabeça, o braço ainda em volta de Sirius.

"Não, nada que sugira... mas é claro, podemos ter perdido alguma coisa. Há evidências de que ele - que Voldemort está matando Comensais da Morte. Para hm. Para mantê-los na linha. Alguns deles estão com dúvidas, você sabe. "

Remus se lembrou do sinistro dever dos lobisomens. Talvez Greyback não tenha sido uma ameaça o suficiente para algumas das antigas famílias. Voldemort teve que dar um exemplo. Isso fazia algum sentido. Aparentemente, para Sirius também. Seus olhos focalizaram, estreitando-se. Ele fungou, embora não tivesse derramado uma lágrima, e endireitou as costas, se soltando do braço de James.

"Bem então." Ele disse bruscamente "Ele teve o que merecia, não é."

James olhou de volta para Remus, e eles trocaram um olhar preocupado.

"Cara", disse James, "ele era seu irmão, está tudo bem se..."

"Não." Sirius se levantou bruscamente, forçando James a se levantar também, cambaleando contra o guarda-roupa, "Ele não era meu irmão. Eles não são minha família. Isso sempre foi deixado muito claro. "

"Mas você--"

"Ele era meu inimigo. Ele teria matado cada um de nós sem pensar duas vezes. Estou feliz por ele ter partido. Menos um Comensal da Morte. Bom. Brilhante." Ele olhou para James e Remus, como se os desafiasse. Nenhum deles ousou. "Estou indo tomar um banho." Ele disse e saiu do quarto.

Remus mordeu o lábio. James soltou um suspiro pesado.

"Pelo menos ele está de pé, eu suponho. Ugh, Regulus, seu merdinha. É como se fosse um ato final para bagunçar com a cabeça de Sirius. "

"Eu sei o que você quer dizer." Remus disse, tentando ver o lado engraçado. "Parece que sempre que as coisas começam a voltar ao normal, outra catástrofe acontece".

"Moody diria 'isso é guerra, rapazes'." James respondeu, igualmente sem humor.

Eles ficaram em silêncio por um tempo e ouviram o barulho do registro no banheiro rangendo enquanto Sirius ligava a água quente. James correu os dedos pelo cabelo, "Vai acabar de vez, um dia. Eu sei que vai, Moony. Só temos que fazer o nosso melhor até lá. "

Remus acenou com a cabeça e se sentiu um pouco melhor. James tinha esse poder; ele poderia trazer otimismo até mesmo para os momentos mais sombrios.

"Como estão seus pais?" Remus perguntou, ciente de que James havia deixado seus pais doentes muito repentinamente.

"Eles estão bem. Mamãe está em pânico com os arranjos de flores. Pete e sua mãe estão visitando, e Lily está lá, então eles não estão sozinhos. Não contei a eles sobre isso... não havia tempo, e não quero colocar um fardo a mais. Se soubessem, iriam querer de vir e verificar como ele está. "

"Se ele decidiu ficar assim sobre isso," disse Remus, "então acho melhor não fazer um estardalhaço sobre."

"Você tem razão." James acenou com a cabeça, cansado. Ele deu a Remus um sorriso suave, "Você sempre teve razão quando se tratava dele, hein?"

Remus deu de ombros, porque achava que James estava sendo extremamente gentil - geralmente Remus achava que estava fazendo um péssimo trabalho cuidando de Sirius.

"Eu tentei entrar em contato com o Moody," James continuou, voltando ao assunto, "Para ver se ele sabe de alguma coisa - mas ele não está respondendo. Para ser honesto -" James abaixou a voz, inclinando-se para confidenciar a Remus," Eu não acho que Regulus estivesse sendo uma prioridade para alguém. É só porque ele é um Black que acabou no jornal."

"Mas você acha que foi Voldemort? Que o matou? "

"Parece provável. Ele está ficando desesperado, papai diz. Ninguém pensou que a guerra duraria tanto - não é apenas o nosso lado que está enfraquecendo".

Eles foram para a sala de estar e Remus fez mais chá. Eles estavam quase sem chá, e ele rabiscou uma nota para prender no quadro de avisos de cortiça que estava pendurado ao lado da geladeira. Assim que eles se sentaram, Remus finalmente leu o artigo no jornal.


***


HERDEIRO BLACK CONFIRMADO MORTO

Regulus Arcturus Black II, filho único de Orion e Walburga Black, foi confirmado morto hoje em um comunicado emitido pela casa da família Black em Islington. Nascido em 1961, o herdeiro da casa e da fortuna Black tinha dezoito anos. Ele havia recentemente completado sua educação na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, onde se destacou como um aluno impecável e um talentoso jogador de quadribol.

Regulus deixa seus pais e seus primos, que comparecerão a um serviço memorial privado no final da semana. A família solicitou privacidade.



***



Isso era tudo. Não havia muito mais a dizer sobre uma vida tão curta, Remus supôs, e o que foi dito não era verdade, ou pelo menos uma versão borrada da verdade. Não havia nenhuma menção de como ele havia morrido - mas Remus achou que provavelmente era uma coisa boa; pelo menos, definitivamente não fora Greyback. O Profeta Diário não perderia a chance de entrar em ação contra um lobisomem.

Sirius entrou na sala de estar, o cabelo pingando e a toalha na cintura.

"Acho que vou trabalhar na moto hoje." Ele disse para a sala, sem realmente olhar para James e Remus, "Vá para casa, Potter, estou bem." E saiu de novo, provavelmente para se vestir.

James e Remus se entreolharam novamente.

"Você vai ficar bem?" James perguntou, "Se eu for?"

"Sim. claro."

"Ok." James levantou-se da poltrona e foi até a lareira. "Você tem o espelho, se precisar de mim. Voltarei esta noite. "

"Nós ficaremos bem." Remus disse, levantando-se para se despedir. "Ele só precisa de um pouco de espaço."

"Não dê a ele." James disse de repente, olhando Remus nos olhos, "Moony, preciso que você fique de olho nele, ok? Não o deixe ir a lugar nenhum. Não o deixe... não o deixe tentar entrar em contato com alguém da sua família. Exceto Andrômeda, suponho. "

Remus acenou com a cabeça. Isso não seria muito difícil - Sirius nunca falava com seus parentes.

"Sem problemas."

"Estou falando sério. Ele pode fazer algo estúpido e não podemos arriscar. Muitas pessoas ainda pensam que Sirius é... você sabe, indigno de confiança, por causa de seu nome, e algo assim vai... " James pressionou a ponte de seu nariz, como se estivesse com dor de cabeça. "Maldito Regulus." Ele murmurou novamente.

"Eu vou cuidar dele." Remus respondeu com firmeza. "Não se preocupe."

"Obrigado, Moony," James agarrou seu braço, e era como se eles tivessem treze anos de novo, fazendo malabarismos com a responsabilidade por seu melhor amigo rebelde.

James saiu e Sirius reapareceu imediatamente, como se estivesse esperando.

"Vocês estavam falando sobre mim?"

"Claro que estávamos," Remus ergueu o queixo, "Estamos preocupados com você."

"O que Prongs disse?"

"Que eu não devo deixá-lo fora da minha vista."

Sirius bufou, "Você terá que ir para a garagem, então."

"Tudo bem," Remus sorriu, despreocupado, "Mostre o caminho." Ele estava determinado a fazer o que James havia instruído - apenas porque não tinha ideia de como ser útil de outra forma.

Remus só tinha estado na garagem compartilhada uma vez. Havia algumas coisas armazenadas lá - principalmente o kit de quadribol de Sirius e várias coisas de infância que não cabiam no apartamento. E a moto, é claro. Era uma Triumph Bonneville T120, a mesma por quem Sirius se apaixonou anos atrás na casa dos Potter. Ele havia pintado um leão no tanque e fez algum tipo de feitiço de ampliação no corpo.

Sirius puxou um pano e a poliu, embora já estivesse brilhando. Remus ficou parado em silêncio, observando. Sirius cutucou com sua varinha em alguns lugares, passou óleo em outros.

"Quando você acha que vai acabar?" Remus perguntou finalmente. "Quando vai estar pronta para andar?"

"Semana passada," Sirius respondeu, sem olhar para cima.

"O que?"

"Está pronta. O motor funciona, a função de voo funciona. Eu terminei. Acho que sim, de qualquer maneira, ainda não a tirei daqui. "

"Por que não?"

Sirius apenas deu de ombros e retomou o polimento. Remus o observou um pouco mais. Obviamente Sirius não queria conversar, e isso era justo - Remus entendia isso melhor do que a maioria das pessoas. Porém, ele também entendia a necessidade de fazer algo quando você não conseguia se expressar adequadamente.

"Vamos, então." Ele disse. Sirius, agachado na frente da moto, balançou nos calcanhares e olhou para Remus.

"Que? Ir aonde?"

"Onde você quiser," Remus deu de ombros, "Vamos dar uma volta."

Sirius piscou.

"Mesmo? Você vem comigo? "

"Bem, dificilmente vou deixar você voar nessa armadilha mortal sozinho, não é?" Remus riu, "Que tipo de namorado eu seria se não te seguisse para as mandíbulas de uma condenação certa?"

O fantasma de um sorriso cintilou no rosto de Sirius, e ele se levantou.

"Ok, então", ele acenou com a cabeça, "Vamos fazer isso."

Remus nunca gostou de voar. Atualmente, ele era competente em uma vassoura, mas nunca seria seu meio de transporte escolhido. Simplesmente não gostava muito de alturas.

Ainda assim, ele faria quase qualquer coisa por Sirius, então subiu no banco de trás, passou os braços em volta da cintura do moreno e respirou profundamente. Sirius realmente riu dele, o que era um progresso.

"Moony, tem certeza que quer fazer isso? Eu posso sentir seu coração batendo!"

"Absolutamente." Remus acenou com a cabeça, fechando os olhos com força enquanto Sirius segurava o guidão, "Tenho certeza que já enfrentei coisa pior do que você dirigindo."

"Bem, se tem certeza..." Sirius acelerou o motor e Remus se agarrou ainda mais forte quando o assento começou a tremer.

No início, eles foram devagar, Sirius navegou cuidadosamente para fora da garagem, apontando sua varinha para a porta de forma que ficasse fechada e trancada atrás deles, então rodou lentamente ao longo da rua tranquila. Então, ele apertou um botão e pressionou o pé, e eles saíram em disparada, Remus ainda tentando não olhar, seu estômago revirando.

"Aqui vamos nós!" Sirius gritou, e Remus enterrou a cabeça no ombro dele enquanto eles se erguiam do chão, o motor rugindo conforme ganhavam altura. Remus sentiu-se deslizar para trás e gritou quando seu cóccix bateu no encosto de metal de seu assento.

"Cristo..." ele choramingou. Ele realmente iria morrer. Sirius riu de novo.

"Conseguimos, Moony!" Ele gritou, "Abra os olhos, seu grande covarde!"

Remus o fez, e imediatamente se arrependeu. Já estavam algumas centenas de metros acima do horizonte de Londres; ele podia ver os amplos telhados de concreto e as ruas bege abaixo. A população parecia ser formada por girinos, os carros eram como besouros e era um longo caminho até o chão.

"Oh meu Deus..." ele gemeu.

Sirius comemorou, feliz.

"Não é incrível!?" - ele estava voltado para a frente com os olhos no horizonte. O céu era azul até onde a vista alcançava. O vento passou por seus ouvidos, frio e fresco, e Remus teve que apertar os olhos contra o sol.

"Incrível", ele gritou de volta, sentindo-se bastante enjoado, mas satisfeito por Sirius estar feliz.

Eles voaram por toda Londres por quase uma hora - indo tão baixo quanto Sirius ousava ao longo do sinuoso Tâmisa, fazendo curvas fechadas em torno de arranha-céus e quase batendo direto na cúpula de St Paul. Finalmente, o motor começou a desacelerar e Remus percebeu que eles estavam perdendo altura. Ele olhou para baixo bravamente e semicerrou os olhos para as ruas desconhecidas abaixo.

"Onde estamos?"

"Islington."

"O que?! Sirius!"

Merda! Ele deveria mantê-lo longe dos Black's, e agora eles estavam indo direto para eles!

"Acalme-se," Sirius respondeu enquanto desciam ainda mais. Eles pareciam estar mirando em um enorme espaço verde - um parque público com árvores, um lago e caminhos de cascalho em torno de canteiros de flores coloridas.

A aterrissagem foi menos que perfeita. Eles atingiram a grama com tanta força que abriram grandes trilhas lamacentas, e Remus foi finalmente lançado do banco (embora ele estivesse tão aliviado por estar de volta em solo firme que poderia ter beijado a grama).

"Droga," Sirius disse, desligando o motor e saltando graciosamente, "Vou melhorar nessa parte. Você está bem?" Ele estendeu a mão para ajudar Remus a se levantar.

"Tudo bem, eu acho," Remus bateu a mão em suas calças e nos braços. "Onde estamos?"

"Highbury Fields." Sirius lançou obfuscate na moto e então fez o seu melhor para consertar o gramado em ruínas. "Eu costumava vir muito aqui antes de sair de casa."

"Oh, certo," Remus respondeu suavemente, "Com Reg?"

"Às vezes," Sirius fungou, "Nossa governanta nos trazia."

Remus decidiu guardar essa nova revelação de que Sirius havia tido uma governanta para depois.

"É legal", disse ele, olhando ao redor para o exuberante parque verde, "Bonito. Quer me mostrar ao redor?"

Sirius sorriu para ele com gratidão, e eles deram uma caminhada tranquila durante a tarde de domingo. Aqui e ali, Sirius parava e apontava algo - uma árvore que havia escalado uma vez ou uma ponte sob a qual havia se escondido. Remus gostava de ouvir. Ele raramente ouvia memórias felizes da infância de Sirius e, por um tempo, ele até se esqueceu do por que estavam ali.

Eles pararam em frente a um memorial de guerra. Era particularmente chique - Remus supôs que isso se devia ao fato de que Islington era um bairro rico. No topo do pedestal branco estava a estátua em tons verdes de uma jovem em vestes antigas, segurando uma coroa de louro. Uma alegoria para vitória.

"Eu fiz minha primeira magia aqui." Sirius disse com um sorriso, "Quando eu tinha quatro anos."

"Mesmo? O que você fez?"

"Ateei fogo na cabeça dela", ele acenou com a cabeça para a estátua. "Sempre fui um rebelde."

"Incrível," Remus riu.

"Sim, Douceline - nossa governanta - enlouqueceu tentando apagar. Mas continuamos rindo, eu e Reggie, e toda vez que ela apagava, eu simplesmente fazia de novo, porque isso o deixava muito feliz. "

Sirius olhou para baixo. Ele ficou quieto por um tempo, e Remus apenas colocou a mão em seu ombro, para mostrar que ele não precisava falar, se não quisesse.

Eles olharam para a placa no memorial. Como dormem os bravos que afundam para descansar, Todo o país lhe dá suas bênçãos. Remus não pôde deixar de se perguntar sobre os nomes dos homens listados abaixo. Quantos anos eles tinham? Robert Fenn, Peter Cross, Arthur Hill... Será que todos eles pensaram que estavam fazendo a coisa certa? Todos eles foram corajosos em seus últimos momentos? Teriam pensado em sua família, seus irmãos?

E quando essa guerra acabasse, haveria uma placa como esta no Beco Diagonal? Quais nomes estariam gravados? Não o de Regulus.

"Vamos." Sirius disse finalmente. "Estou pronto para ir para casa agora."


─ ★ ── Notas ── ★ ──

A frase 'Dulce et Decorum Est' que dá nome a esse capítulo vem de Horácio, que significa 'é doce e adequado morrer pelo país'. E, claro, nos primeiros anos da Primeira Guerra Mundial, havia muito entusiasmo sobre servir entre os soldados que ainda não tinha testemunhado toda a extensão dos horrores.

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