All the Young Dudes [Livro 3]

By wolfuckingstar

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TRADUÇÃO DA FANFIC ALL THE YOUNG DUDES POR MSKINGBEAN89 PERMISSÃO DA AUTORA PARA POSTAR AQUI. A obra narra d... More

Capítulo 151: A guerra: Julho 1978
Capítulo 152: A guerra: Infiltração
Capítulo 153: A guerra: Home Front
Capítulo 154: A guerra: Outono 1978
Capítulo 155: A guerra: Inverno 1978-1979
Capítulo 156: A guerra: Quartel General dos Aurores
Capítulo 157: A guerra: O bando
Capítulo 158: A guerra: Cativo
Capítulo 159: A guerra: Submissão
Capítulo 160: A guerra: Soldados da Infantaria
Capítulo 161: A guerra: Lua de Sangue
Capítulo 162: A guerra: A história de Moony
Capítulo 164: A guerra: Verão de 1979
Capítulo 165: A guerra: Dulce et Decorum est
Capítulo 166: A guerra: Outono 1979
Capítulo 167: A guerra: Inverno de 1979
Capítulo 168: Primavera & Verão 1980
Capítulo 169: A guerra: Outono & Inverno 1980
Capítulo 170: A Guerra: Inverno de 1980 e Primavera de 1981
Capítulo 171: A Guerra: Triage
Capítulo 172: A Guerra: Verão 1981
Capítulo 173: A Guerra: Outono 1981
Capítulo 174: A Guerra: Armistício
Capítulo 175: 1982
Capítulo 176: 1983
Capítulo 177: 1985
Capítulo 178: 1986
Capítulo 179: 1987
Capítulo 180: 1989
Capítulo 181: 1990
Capítulo 182: 1991
Chapter 183: Verão de 1993
Capítulo 184: Verão de 1994
Capítulo 185: Início do verão de 1995
Capítulo 186: Verão de 1995: Grant
Capítulo 187: Verão de 1995: Sirius
Capítulo 188: 'Até o fim'
Out of the blue - Parte 1
Out of the blue - Parte 2

Capítulo 163: A guerra: Fim da Primavera de 1979

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By wolfuckingstar

I would say I'm sorry

If I thought that it would change your mind

But I know that this time

I have said too much

Been too unkind

I try to laugh about it

Cover it all up with lies

I try and laugh about it

Hiding the tears in my eyes

Because boys don't cry

Boys don't cry

'Boys Don't Cry', The Cure



Eles permaneceram no quarto acima do pub por mais duas noites. Marlene voltou na primeira noite, cumprindo sua palavra, e trouxe uma poção para a infecção no peito de Remus. Ela prescreveu descanso, mas no dia seguinte Remus já estava enlouquecendo por estar preso, então ele e Sirius pegaram o ônibus para a praia.

Estava frio demais para nadar, sendo abril, então eles apenas caminharam. Era muito calmo fora da temporada turística, então não havia problema em ficar um pouco de mãos dadas.

Remus fechou os olhos e respirou o ar do mar, sorrindo. O céu estava cinza, ameaçando chuva, mas o vento soprava fresco em seu rosto e ele se sentia melhor.

"Quando chegarmos em casa," Sirius disse alegremente, "Iremos ao Olivaras para comprar uma nova varinha para você."

"Ótimo." Remus acenou com a cabeça. Ele não tinha feito nenhuma magia desde que voltou. Não confiava em si mesmo.

"Isso se Mary adiar sua festa de boas-vindas," Sirius riu, "Ela estava ficando louca de preocupação. Acho que ela ainda deve ter uma queda por você. "

"Há." Remus respondeu.

"E Lily, obviamente. Ela realmente quer contar algo a você, mas disse para esperar até que estejamos todos reunidos. "

"Mm."

"Mal posso esperar para que tudo volte ao normal. De volta a sermos os Marotos, hein? "

"É."

"Você se lembra que tipo de varinha Lyall tinha? Talvez você possa pegar a mesmo novamente. "

"Não."

"Moony?"

"Mm?"

"Você está bem?"

"Sim."

Sirius ficou quieto depois disso, e Remus se sentiu culpado. Depois de sua conversa brusca com Moody, Remus não estava com um humor muito falante. Estava muito ansioso para falar muito - não sabia o que Sirius poderia pensar dele. E, além disso, Remus estava tendo mais problemas em estar longe do bando do que pensava que teria. Ele estava radiante por estar junto de Sirius, é claro. Mas, ao mesmo tempo, sentia que estava faltando alguma coisa.

Ele não queria que Sirius se preocupasse, então fez o possível para ser normal.

"Tão bom estar do lado de fora." Ele comentou enquanto caminhavam.

"Tem certeza que você é o Moony?!" Sirius brincou, fingindo estar ofendido, "Meu Moony odeia sair de casa..."

"Bem, passe uma semana trancado em uma masmorra e me diga como você se sente sobre o ar fresco." Remus murmurou.

Sirius parou e o olhou, sua boca ligeiramente aberta, a expressão magoada. "Desculpa." Remus disse, culpado. Ele pegou a mão de Sirius novamente. "Eu não quis dizer isso."

Remus estava fazendo muito isso desde que voltou. Dando respostas grosseiras. A menor coisa poderia irritá-lo, e Sirius estava suportando o impacto.

"Tudo bem." Sirius respondeu, trêmulo. "Eu não deveria fazer gracinhas com você. Depois de tudo. "

"Não, eu não quero... você não deveria ter que me tratar como se eu fosse frágil, ou algo assim. Eu só preciso superar isso, é minha culpa. "

Sirius não disse nada por um longo tempo. Remus lutou contra a vontade de tentar sondar sua mente, como os lobisomens o ensinaram a fazer. Ele não sabia se funcionaria com não-lobisomens, mas ele sabia que Sirius tinha sentimentos extremamente fortes sobre ter seus pensamentos privados invadidos.

"Você não tem que 'superar'." Sirius continnuou, finalmente. "Mas conversar pode ajudar."

"Sobre o que?"

"O que aconteceu, no bando."

"Já falei sobre isso, já contei tudo ao Moody. Você estava lá."

"Remus." Sirius ergueu a voz ligeiramente. "Vamos lá. Você não contou tudo a ele. Eu conheço você."

"Contei tudo que seria importante para ajudar na guerra." Remus disse com firmeza.

"Então nada mais aconteceu?!" Sirius largou a mão de Remus, passando a gesticulando descontroladamente no ar. "Eles simplesmente o trancaram, então deixaram você ir e estava tudo bem??"

"Obviamente não." Remus cruzou os braços, de repente sentindo o frio. "Mas ninguém quer ouvir sobre coisas assim."

"Talvez eu queira ouvir."

"Aqui vamos nós." Remus revirou os olhos, "Bem, então? O que você quer ouvir?!"

"Por que você foi em primeiro lugar? Por que você não voltou para mim?"

"Eu sabia." Remus disse, apertando os braços ao redor do corpo, "Você está com raiva de mim!"

"Eu não estou, estou apenas ..."

"Foi isso que você quis dizer, não foi?! Na noite em que voltei! "

"O que você está falando?!"

"Você sabe! 'Você voltou' foi o que você disse! Você pensou que eu não ia voltar! Você pensou que eu tinha ido embora para sempre! " Remus estava gritando de repente, e ele não tinha certeza de como ficou tão bravo, mas agora o sentimento queimava-o.

"Claro que não!" Sirius gritou de volta, "Eu só... eu só não sabia o que pensar! Você sabe como foi para mim?? Você simplesmente desapareceu e ninguém me deixava procurar por você, e a porra do Ferox não me dizia nada, e James estava uma bagunça com seus pais ficando doentes, e a porra dos Prewett... "

Sirius não gritava com frequência, pelo menos não tanto quanto Remus, e sua voz ficou muito alta muito rapidamente, de repente soando incrivelmente metida e arrogante. Isso irritou Remus ainda mais.

"Oh pobre Sirius Black! Jesus, achei que você já tivesse superado essa rotina de pirralho mimado! Não temos mais doze anos, Black! "

O queixo de Sirius caiu , totalmente afrontado. Remus se sentia mais vivo do que há dias, mas ele nunca iria admitir isso. Apenas continuou gritando, quebrando a paz da praia vazia, a voz ecoando pela areia escura e úmida.

"Me desculpe se eu não sou como você, eu não quero reclamar de cada coisinha desagradável que acontece comigo!"

"Como o que?!" Sirius gritou, com as bochechas vermelhas e os olhos brilhantes, de modo que por um momento Remus questionou se Sirius estava gostando disso tanto quanto ele, "Vá em frente, se eu sou tão egoísta e terrível, por favor, me ilumine sobre a verdadeira natureza do sofrimento nobre, Remus, eu sei que essa é a sua especialidade! "

"Oh, vai se foder!"

"Bem? Por que você não voltou?!"

"Porque eles estavam fodendo com a minha cabeça!" Remus praticamente gritou isso, as ondas pareciam quebrar mais alto e as gaivotas gritaram em resposta.

Ele estava em chamas, cheio de palavras que saíram dele assim que as pensou.

"Porque nunca me senti assim antes - eles eram minha família e éramos todos iguais, estávamos todos em casa lá e era ... parecia o único lugar no mundo que eu deveria estar! Tudo isso, era tudo, exceto ... " E agora as lágrimas estavam vindo, escaldantes, " Exceto que ele estava lá, aquele...porra... aquele monstro. Ele era tão mau, tão ... e eu estava com medo, e queria voltar para casa, para você, eu queria, mas não podia simplesmente deixá-los com um homem assim. E eles conseguiam... eles conseguiam fazer coisas que eu não sabia que podia fazer, eles me ensinaram ... E eu simplesmente não sabia mais quem eu era."

Ele enxugou o rosto, as lágrimas escorrendo de seu queixo. Ele olhou Sirius nos olhos. "Eu não sei quem eu sou."

Eles se encararam enquanto os ecos diminuíram. Remus estava respirando pesadamente, suas bochechas quentes, mas ele se sentia bem. Aliviado.

Finalmente, Sirius falou. Ele colocou as mãos nos bolsos, apertou os olhos ao redor, para longe e sorriu.

"Por que é sempre esta praia, hein?"

"O que?" Remus piscou, pego de surpresa. Sirius o encarou, seus olhos brilhando.

"Por que esta é a praia onde temos todas as nossas grandes revelações?"

"Talvez sejamos apenas dramáticos."

"Como você se atreve!" Sirius estava sorrindo, e Remus riu, apesar de si mesmo. "Bem?" Sirius disse "Se sente melhor?"

"Sim. Ei, espere um minuto, você apenas deliberadamente me irritou?? "

"Não..." Sirius desviou o olhar de novo, piedosamente, "Não no começo..."

"Idiota."

"Funcionou."

Remus não respondeu, porque ele realmente se sentia melhor e não queria brigar novamente. Eles continuaram andando e finalmente alcançaram o local onde todos haviam acampado há dois anos. O vento estava forte, varrendo as dunas de areia gramadas, e o local de acampamento estava vazio. Não parecia o mesmo lugar.

"Acha que algum dia voltaremos aqui?" Remus perguntou, com as mãos enfiadas nos bolsos para impedir que seu casaco balançasse com a brisa.

"Espero que sim." Sirius respondeu. "É o pensamento do meu patrono, este lugar."

"É sério?" Remus o olhou, surpreso.

"Ainda não tive verões melhores."

"Um bom ponto."

"Ei, olha!" Sirius vagueou em direção a um grupo de pedras, curvou-se e pegou uma grande vara longa. Ele a balançou para Remus, sorrindo, "Quer brincar de de 'buscar'?"

Remus riu.

"Vá em frente, então."

Sirius olhou ao redor disfarçadamente para confirmar que eles estavam sozinhos, então se transformou em Padfoot. Remus estava grato - ele já tinha falado o suficiente agora, e foi um alívio apenas brincar com o Sirius canino por algumas horas. O grande cachorro preto corria para cima e para baixo na praia, perseguia ondas, brincava de buscar e geralmente se divertia muito, e no ônibus de volta ao pub os dois adormeceram.

Foi só muito mais tarde naquela noite, depois do jantar (oh, como Remus tinha sentido falta de comida de verdade! Purê de batata! Salsichas! Molho!), quando eles estavam se preparando para dormir, que Sirius tocou no assunto novamente.

Remus estava bocejando enquanto se enfiava sob as cobertas, e Sirius se deitou ao lado dele silenciosamente, desligando a luminária de cabeceira. A cama era tão estreita que Remus teve que se deitar de costas para a parede, um braço em volta da cintura de Sirius e um rosto cheio de cabelos negros e sedosos, o que ele realmente não se importou.

"Eu sei quem você é." Sirius sussurrou no silêncio vazio do quarto escuro.

"Hm?" Remus perguntou, sonolento e confuso. Sirius puxou a mão de Remus até sua boca e beijou seus dedos.

"Você disse que não sabe mais quem você é. Mas eu sim. Você é meu Moony. Sempre será. Ok?"

"Ok, Padfoot."

Por enquanto, era suficiente.



* * *



Moody avisou que eles poderiam voltar para o apartamento, desde que Remus ficasse discreto por um tempo - ele não especificou por quanto tempo. Isso significava que não haveria reuniões da Ordem ou missões - nem mesmo tinha permissão para visitar a casa dos Potter. Para todos os efeitos, Remus Lupin havia desaparecido da face da terra um mês atrás e nunca mais voltou.

"Aposto que ele só quer esperar a próxima lua cheia para ficar de olho em tudo." Sirius sugeriu. "De qualquer forma, você merece uma pausa."

Remus apenas deu de ombros.

"Servi ao meu propósito agora, suponho. Eles não sabem o que fazer comigo. "

"Não fale assim sobre você." Sirius retrucou irritado. Haviam ficado presos no mesmo quarto minúsculo por muito tempo.

Eles aparataram de volta, e Remus começou a se sentir um pouco mais ele mesmo quando realmente estava em casa. O apartamento estava imaculadamente arrumado - aparentemente Sirius teve muita energia nervosa enquanto Remus esteve fora - mas, fora isso, tudo estava como deveria ser.

Ninguém deveria saber que Remus havia voltado, mas é claro que James contou a Lily e Peter, e Marlene disse a Mary, então, na primeira noite em que haviam voltado, todos vieram juntos. Felizmente, Lily teve a presença de espírito de trazer comida, porque Sirius não tinha nada em casa.

"Tenho comido no Potter's." Ele murmurou timidamente.

Remus e Lily foram para a cozinha para aprontar os rolos de salsicha, queijo, palitos de abacaxi e sanduíches nos pratos. Lily colocou suas sacolas no balcão e se jogou sobre ele, os braços em volta de sua cintura, a cabeça em seu ombro. Remus deu um tapinha gentil nela ao perceber que ela estava chorando.

"Argh, Lily, por favor, não ..."

"Me desculpe!" Ela soluçou, sua voz grossa e abafada contra seu melhor suéter de lã, "Eu só... eu pensei que não veria você de novo!"

"Deus, você está fazendo um alarde maior do que Padfoot."

"Improvável" ela riu, dando um passo para trás e enxugando o rosto, "Ele estava um completo desastre enquanto você estava fora - você não o teria reconhecido. Acho que ele nem mesmo penteava o cabelo. "

Remus sentiu uma terrível pontada de culpa. Ele não queria ficar triste na frente de Lily, então apenas deu um sorriso alegre e disse:

"Então você tem algo para me contar?"

"Oh! Er ... quando todos estiverem aqui... "Lily estava corando e, de repente, se concentrou muito em cortar cenouras para os molhos que havia trazido.

Não demorou muito para que Marlene e Peter chegassem, vindos direto do trabalho. Peter até tinha uma maleta com suas iniciais agora. Aparentemente, ele estava indo bem no Ministério, e Remus tentou não ficar muito amargo sobre isso.

Marlene insistiu em dar outra olhada em Remus no quarto, checando seu tornozelo, que estava como novo, e seu peito, que estava muito melhor.

"Honestamente, não acredito que você ainda está fumando." Ela resmungou quando ele acendeu um cigarro, abotoando sua camisa. "Você sabe que isso mata trouxas."

"Morra jovem e deixe um lindo cadáver," ele piscou para ela, tentando não pensar sobre o câncer de pulmão de Hope. O fato é que fumar e beber eram as únicas coisas que ele tinha vontade de fazer atualmente.

Mary começou a chorar assim que chegou e pulou nos braços de Remus.

"Seu completo bastardo!" Ela sussurrou em seu pescoço "Eu poderia te matar!"

"Senti sua falta também." Remus disse, apertando suas costas.

Uma vez que estavam todos juntos, James e Sirius assumiram seus papéis como anfitriões, o que foi um alívio. Remus repentinamente se sentiu muito cansado e sentou-se no sofá como um fantasma, observando seus amigos conversando, rindo e agindo como garotos de dezenove anos. Ele apenas sorriu para todos. Sorriu e bebeu.

Eventualmente, a comida não era nada além de migalhas, e a bebida também estava acabando. James, Sirius e Peter tiveram a ideia de invocar cervejas de apartamentos vizinhos pela janela, e as garotas estavam tentando convencê-los a não fazer isso, quando Remus se lembrou do que Lily havia dito na cozinha.

"Quais são as suas novidades?"

"Ah!" A cabeça de Lily se virou bruscamente para ele. Ela estava parada perto da janela, os braços em volta dos ombros de James, tentando afastá-lo de suas tentativas como ladrão. James se virou também e eles trocaram um olhar envergonhado.

"Todos," James pigarreou, "Hum. Lily e eu temos algo para... "

"Oh, Cristo!" Mary disse de repente, de onde ela estava recostada na poltrona em frente a Remus, as pernas jogadas sobre o braço da cadeira. "Lily, eu pensei que você estava tomando pílula!"

"Mary!" Lily ficou ainda mais vermelha, " Isso não!"

"Ufa!" Mary riu, fechando os olhos "Porque ainda não temos vinte anos , somos muito jovens para pensar em..."

"Nós vamos nos casar!" Lily gritou rapidamente, antes que Mary pudesse fazer qualquer comentário adicional.

Você poderia ter ouvido uma pena cair.

Remus piscou algumas vezes, observando o rosto de James para verificar se não era tudo uma grande piada. Porém, ele estava sorrindo para Lily com tanto amor e orgulho naqueles olhos castanhos sentimentais dele, que Remus simplesmente sorriu para si mesmo. Sim, ele pensou. Claro. O segundo pensamento de Remus foi Sirius, que estava meio inclinado para fora da janela quando o anúncio foi feito. O moreno girou tão rápido que bateu com a cabeça na moldura.

"Você o que?!" Ele encarou James, uma estranha mistura de surpresa e desprazer em seu rosto.

"Sim," James sorriu, alheio, envolvendo os braços em volta de Lily. "Ela pediu - e quem sou eu para recusar?"

"Você pediu?" Marlene cutucou Lily, "Puta herói feminista, Evans."

"Foi um pouco mais mútuo do que isso," Lily riu, "Estávamos apenas conversando e ..."

"Mas acabamos de sair da escola." Sirius disse, sua voz apática.

"Há um ano atrás," Peter o lembrou, endireitando as lapelas de seu blazer xadrez verde.

"Vocês nem moram juntos." Sirius cruzou os braços. Remus se sentiu preso - esses eram todos os sinais de alerta de que Black estava se preparando para uma briga - exceto que, pela primeira vez, não era com Remus.

"Eu vou morar com a família de James por um tempo" disse Lily, seu sorriso vacilando ao perceber que Sirius não estava compartilhando sua alegria.

"Sim, você sabe o quanto eles amam tê-la por perto", disse James. A voz dele endureceu, e ele manteve os braços ao redor de Lily como se a protegesse. "Ela tem sido incrível enquanto eles não estão bem."

"Você realmente pensou sobre isso?!"

"Tenho certeza que sim, Black, relaxe." Mary disse, tentando aliviar o clima. Ela se levantou, "Devo dar uma olhada e ver se podemos conseguir um pouco de espumante barato? Isso merece um brinde! "

"Sim!" Marlene se levantou também. Ela abraçou Lily e beijou James na bochecha, "Parabéns, vocês dois!"

"Parabéns!" Peter ergueu sua lata de cerveja bêbado.

"Vocês todos ficaram loucos?!" Sirius quase gritou. Remus percebeu a expressão de consternação no rosto de Lily e decidiu que era o suficiente. Ele levantou-se.

"Padfoot." Disse com firmeza, usando aquela voz "Não."

Sirius o olhou agora. Sua boca se fechou abruptamente, e ele sacudiu a cabeça como um adolescente mal-humorado, antes de passar por todos eles e marchar para fora da sala. A porta do quarto bateu.

"Imbecil." Mary falou despreocupadamente. "Vou dar um pulo na loja - vem Marls?"

"É melhor eu..." Remus sacudiu a cabeça na direção do quarto e seguiu atrás de Sirius.

Ele não bateu, apenas entrou. Afinal, era seu apartamento também. Sirius estava pronto para recebê-lo e começou assim que Remus fechou a porta atrás de si.

"Você não pode me dizer que acha que isso é uma boa ideia!" Ele vociferou, andando pelo quarto. "Prongs está sendo ridículo! Somos muito jovens, há a porra de uma guerra acontecendo, a mãe e o pai dele estão doentes, e ele quer fazer a porra de um casamento?! "

"Acho que todos esses parecem motivos bons o suficiente para ter uma porra de um casamento, na verdade." Remus suspirou, sentando-se na cama.

"Você está brincando! Somos crianças! "

"Eles estão apaixonados." Remus tentou raciocinar. Sirius riu, uma risada maldosa e cruel.

"Ah, e você vai começar a falar liricamente sobre amor, não é Moony?!"

"Cuidado." Remus se levantou bruscamente, usando sua altura para se elevar sobre Sirius. "Eu não sei por que você está sendo tão idiota com James e Lily, mas não vou sentar aqui e ouvir você lançar pequenos comentários maldosos em mim."

Sirius estava prestes a responder, quando a porta se abriu novamente, e desta vez James entrou, mais furioso do que Remus jamais o vira.

"Seu idiota!" Ele gritou. "Que porra você está fazendo?! Moony, não o defenda!"

"Eu não estou!" Remus disse, se afastando e cruzando os braços, "Eu estava dizendo o mesmo!"

"Bem?!" James se virou para Sirius novamente, "Quer se explicar?!"

"Não, eu quero que você se explique!" Sirius retrucou, "Que porra é essa?! Você vai se casar, simples assim? Eu sei que você tem essa coisa louca por Evans desde os doze anos, mas que inferno! Qual é a pressa?! "

"Não é uma 'coisa louca'!" James gritou. "Eu a amo! Estou apaixonado por ela desde sempre, como você bem sabe! "

"E aí você tem que se casar de repente?!"

"Eu quero me casar, e não é de repente! Temos conversado sobre isso há muito tempo. "

"Foi a primeira vez que ouvi!"

"Sim, bem, eu não tenho que te contar tudo! Eu não queria dizer nada até que Moony voltasse. "

"E seus pais?! O que eles acham?? " Sirius estava perdendo o fôlego, mas obviamente não estava disposto a parar de ficar com raiva ainda.

"Eles estão extasiados, na verdade! Eles amam Lily! E eu pensei que você também! Você é meu melhor amigo, pensei que me apoiaria! "

"Oh!" Os olhos de Sirius brilharam, "Porque você sempre apoiou meus relacionamentos!"

Os olhos de James piscaram em direção a Remus, depois voltaram - foi apenas uma fração de segundo, mas Remus definitivamente sentiu. Que diabos foi isso?

"Você sabe que não é..." disse James ferozmente, com a mandíbula cerrada.

Remus interpretou isso como sua deixa para sair. O que quer que estivesse acontecendo entre os dois, não queria fazer parte disso. Ele foi direto para a cozinha e olhou embaixo da pia. Havia uma garrafa de firewhisky que ele havia colocado lá depois da última festa para mantê-la segura. Remus a destampou e tomou um longo gole.

"Remus?"

Ele quase engasgou quando Lily entrou na cozinha. Ela riu e estendeu a mão.

"Me dê um pouco, então? Mamãe sempre me disse para nunca beber sozinha. "

Ele riu, enxugando a boca com as costas da manga e entregando-lhe a garrafa. Ela bebeu profundamente, e não estremeceu - Remus a observou com admiração e pensou que se tivesse que se casar com uma garota, então seria melhor que ela fosse exatamente como Lily Evans.

"Desculpe, eu arruinei sua festa de boas-vindas." Ela falou desamparada.

"Você não arruinou," Remus balançou a cabeça, "Desculpe pelo Sirius."

"Ah, não seja bobo - você não é o guardião dele."

"Ele está sendo um idiota."

"Ele está com ciúme, eu sabia que ele ficaria." Ela riu percebendo o olhar de Remus, "Não desse jeito, Moony, é óbvio que ele está loucamente apaixonado por você, quero dizer que ele está preocupado em perder seu melhor amigo."

"Você provavelmente está certa."

"Normalmente estou." Ela ergueu uma sobrancelha para ele e ele riu novamente.

"Parabéns," ele disse sinceramente. "Eu acho que é brilhante."

"Obrigada, amor," ela sorriu suavemente. "É um pouco apressado, eu sei, meus pais falaram muito; Pet se casou no ano passado e é três anos mais velha que eu. Mas... você sabe que Euphemia e Monty não estão bem? "

"Sim, eu gostaria de poder ir vê-los, mas ... Ordens do Moody, sabe."

"Eles entendem." Ela tocou seu braço gentilmente, "De qualquer forma, eles são realmente... quero dizer, eles não estão sofrendo nem nada, mas estão muito velhos. Eu sabia o quanto significava para James - tê-los vendo ele comigo. Eles querem saber que ele ficará bem quando partirem."

Talvez ele tenha bebido muito, mas as lágrimas surgiram nos olhos de Remus inesperadamente. Ele cobriu o rosto e gemeu.

"Jesus Cristo, Evans, posso ficar cinco minutos sem um colapso emocional?!"

Ela riu e o abraçou novamente.

"Garoto adorável."

"Nós voooltaaamos!" Mary e Marlene cantaram ao entrarem cambaleando no apartamento mais uma vez, rindo alegremente.

"Esconda isso, rápido!" Lily devolveu a garrafa a Remus, e ele a guardou debaixo da pia atrás de uma caixa de sabão em pó.

No momento em que Mary serviu a todos um copo (ou uma caneca) de babycham ("a coisa mais próxima de champanhe que você pode conseguir em Soho depois da meia-noite"), James e Sirius ressurgiram do quarto, ambos ainda com o rosto vermelho, mas aparentemente em melhores condições. Sirius se juntou ao brinde pelo menos, e até deu um beijo educado na bochecha de Lily.

Mesmo assim, a atmosfera havia mudado e todos partiram na hora seguinte ou mais - Marlene estava hospedada na casa de Mary em Croydon, Peter voltou com James e Lily. Quando a porta se fechou pela última vez à uma da manhã, Remus teve vontade de se enrolar no sofá, cobrir a cabeça e ficar lá por uma semana.

Sirius não disse muito, apenas fez uma arrumação superficial e foi para o banheiro. Remus ouviu o clique da fechadura e aproveitou a oportunidade para tomar um último copo de uísque e acender um cigarro antes de dormir. Ele se sentia sujo; seus dentes pareciam emborrachados, sua garganta queimava e seus olhos coçavam, mas tudo aquilo combinava com seu humor.

Ele não tinha mais vontade de falar, especialmente se isso fosse levar a outra briga. Até considerou apenas adormecer no sofá, mas então isso apenas poderia significar uma briga pela manhã, e ele já sabia que estaria de ressaca.

Sirius abriu a porta e Remus o ouviu caminhando para o quarto. Talvez se Remus escovasse os dentes com calma, Sirius dormiria antes de chegar lá - os dois haviam bebido muito. Ele se levantou do sofá e foi para o banheiro.

Remus lavou o rosto e a nuca com água fria e se olhou no espelho do armário de remédios acima da pia. Esteve evitando seu reflexo desde que voltou. Estava uma merda, ainda muito oco nas bochechas, olhos mais escuros e mais largos de alguma forma, pálido de tanto beber e suas cicatrizes se destacavam como fios de prata sob sua pele.

Ele tinha aquela mesma aparência assombrada que eles tinham; o bando? Havia absorvido aquele brilho feroz, aquele sorriso esguio de lobo? Ou estava apenas vendo o garoto zangado e assustado que sempre esteve lá?

Ele suspirou derrotado e apagou a luz, indo finalmente para a cama.

As luzes ainda estavam acesas e Sirius estava sob as cobertas, apenas seu cabelo preto sedoso visível, jogado sobre o travesseiro. Ele sempre dormia assim, escondido. Com um lampejo de clareza, Remus se lembrou da criança que Sirius havia sido; sozinho em uma grande casa repleta com família que não conseguia entendê-lo, o peso da expectativa lhe pressionando de todos os lados.

Remus trancou sua solidão dentro de si, como sempre. Porém, Sirius - ele empurrava sua solidão para fora, e deixava que outras pessoas tirassem isso dele. Consequentemente, ficava um pouco possessivo às vezes, um pouco em pânico - e daí? Ninguém era perfeito. Suavizando, Remus se sentou ao lado dele e muito gentilmente acariciou seus cabelos..

"Tudo bem?" Ele sussurrou.

A cabeça de Sirius balançou em uma espécie de aceno sob o edredom, e ele estendeu os braços para envolver a cintura de Remus. Remus suspirou, aliviado. Era tão bom estar de volta na sua própria cama. Eles sempre poderiam simplesmente não brigar, ele pensou consigo mesmo. "Amo você," murmurou, beijando o topo da cabeça de Sirius.

Os braços de Sirius ficaram mais apertados ao redor dele, e logo os dois adormeceram.



─ ★ ── Notas ── ★ ──

Faz todo sentido Lily e James terem se casado cedo para os pais do James poderem estar na cerimônia e ninguém pode me convencer do contrário.

Este final de semana não vou estar em casa, por isso tentei atualizar durante essa semana. Vou voltar a postar na próxima semana, espero que todos estejam bem :) 

Podem entrar em contato comigo em qualquer rede social (twitter, tiktok ou aqui no wattpad) o user é o mesmo em todas.


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