All the Young Dudes [Livro 3]

By wolfuckingstar

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TRADUÇÃO DA FANFIC ALL THE YOUNG DUDES POR MSKINGBEAN89 PERMISSÃO DA AUTORA PARA POSTAR AQUI. A obra narra d... More

Capítulo 151: A guerra: Julho 1978
Capítulo 152: A guerra: Infiltração
Capítulo 153: A guerra: Home Front
Capítulo 154: A guerra: Outono 1978
Capítulo 155: A guerra: Inverno 1978-1979
Capítulo 157: A guerra: O bando
Capítulo 158: A guerra: Cativo
Capítulo 159: A guerra: Submissão
Capítulo 160: A guerra: Soldados da Infantaria
Capítulo 161: A guerra: Lua de Sangue
Capítulo 162: A guerra: A história de Moony
Capítulo 163: A guerra: Fim da Primavera de 1979
Capítulo 164: A guerra: Verão de 1979
Capítulo 165: A guerra: Dulce et Decorum est
Capítulo 166: A guerra: Outono 1979
Capítulo 167: A guerra: Inverno de 1979
Capítulo 168: Primavera & Verão 1980
Capítulo 169: A guerra: Outono & Inverno 1980
Capítulo 170: A Guerra: Inverno de 1980 e Primavera de 1981
Capítulo 171: A Guerra: Triage
Capítulo 172: A Guerra: Verão 1981
Capítulo 173: A Guerra: Outono 1981
Capítulo 174: A Guerra: Armistício
Capítulo 175: 1982
Capítulo 176: 1983
Capítulo 177: 1985
Capítulo 178: 1986
Capítulo 179: 1987
Capítulo 180: 1989
Capítulo 181: 1990
Capítulo 182: 1991
Chapter 183: Verão de 1993
Capítulo 184: Verão de 1994
Capítulo 185: Início do verão de 1995
Capítulo 186: Verão de 1995: Grant
Capítulo 187: Verão de 1995: Sirius
Capítulo 188: 'Até o fim'
Out of the blue - Parte 1
Out of the blue - Parte 2

Capítulo 156: A guerra: Quartel General dos Aurores

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By wolfuckingstar

Segunda-feira, 8 de janeiro de 1979


"Por favor, me deixe ir com você?" Foi a última coisa que Sirius disse enquanto Remus saía do apartamento na manhã de segunda-feira.

"Eu vou ficar bem." Remus balançou a cabeça, tentando dar a Sirius um sorriso tranquilizador. Ele não disse o que estava pensando, que era 'o que isso pareceria?!'. Já era ruim o suficiente ele ter sido convocado para o escritório oficial de Moody no ministério; o que ele pensaria se Remus trouxesse seu namorado junto para apoio moral?

Ainda assim, Remus teve que admitir que teve dificuldade em deixar seu apartamento pequeno e aconchegante naquela manhã. Ele mal havia saído do quarto desde que voltaram do funeral, muito menos se vestido ou saído de casa. Para ir para o ministério, teve de usar vestes completas pela primeira vez desde a escola, o que ajudou um pouco - pelo menos ele seria capaz de se misturar.

A entrada de visitantes para o Ministério da Magia ficava a cerca de vinte minutos a pé do Soho, e Remus achou o passeio matinal mais agradável do que esperava. Era um dia nítido e frio de janeiro, e sua respiração ficava branca com o ar de inverno. Peter estava lá para encontrá-lo.

"Oi, Moony," Wormtail sorriu para ele, dando-lhe um tapinha estranho no braço, "Como você está?"

"Ah, você sabe." Remus encolheu os ombros. Luto era uma coisa engraçada. Ele nunca sabia se estava fazendo certo.

"Estou ansioso pelo sábado!"

"Sim, eu também."

A lua cheia estava prevista para o dia treze. Até agora, desde Hogwarts, os marotos tinham conseguido se juntar, aparatando (Peter acompanhando um deles) para os lugares mais remotos possíveis e se transformando lá. Já tinham estado em Brecon Beacons, Outer Hebrides, Dartmoor e Forest of Dean. Ninguém na Ordem havia tocado no assunto ainda, embora Remus supusesse que todos presumiam que ele fosse registrado.

Peter e Remus entraram no ministério por meio de uma cabine telefônica. Peter precisava estar lá, porque depois que Remus declarou o que queria, um pequeno crachá de visitante de prata caiu da abertura de depósito do telefone. Wormtail o pegou rapidamente e murmurou o encantamento para transformá-lo em lata antes de dá-lo a Remus.

Eles desceram para o átrio do ministério, que fervilhava de atividade. Era um salão enorme, maior do que Gringotes, com fileiras de lareiras revestindo as paredes. Luzes verdes piscavam intermitentemente em cada uma delas enquanto bruxos e bruxas chegavam para trabalhar.

Peter conduziu Remus através do posto de segurança, onde sua varinha foi pesada por um bruxo de barba longa com cara malvada. Remus estava incrivelmente grato por ter um amigo com ele, e secretamente muito feliz por ser o calmo e genial Peter, ao invés de Sirius, que tinha uma tendência a ser um pouco superprotetor consigo quando se tratava da comunidade bruxa.

Em seguida, os dois foram para outro corredor com um conjunto de elevadores e entraram no mais próximo.

"Estamos no nível dois," Peter explicou alegremente, "Eu trabalho no escritório de Autoridade da Rede de Flu no nível quatro. Você precisa que eu mostre onde fica o escritório dos Aurores? "

Remus achou que gostaria da ajuda de Peter, se pelo menos ele não estivesse gostando tanto de ser aquele que estivesse no controle da situação.

"Não," ele sorriu, "Eu consigo. Obrigado, cara. "

Peter deu-lhe um sorriso amável ao sair do elevador. Remus acenou de volta, e a porta se fechou.

Logo o alto-falante anunciou "Nível dois, Departamento de Execução das Leis da Magia; incluindo o Escritório do uso impróprio de magia, Escritório dos Aurores e Serviços administrativos do Wizengamot."

Remus arrastou-se para fora do elevador e para o corredor. As portas do elevador se fecharam atrás dele com um 'ping' e ele ficou lá por alguns momentos, pego de surpresa. Era um corredor muito movimentado, bruxos e bruxas andando para cima e para baixo, alguns conversando profundamente, outros rabiscando rapidamente notas em pedaços de pergaminho - e alguns deles murmurando para si mesmos. Sobre sua cabeça, aviões de papel roxo voavam para frente e para trás, batendo nas portas do escritório que se alinhavam no corredor.

Agora, desejou não ter sido tão orgulhoso e pedido a Pete que o acompanhasse até o escritório certo. Deveria haver uma placa em algum lugar...

"Lupin!" Uma voz alta e familiar explodiu. Remus se virou com algum alívio e sorriu, vendo Ferox correndo em sua direção, a mão levantada em saudação.

"Oi," ele disse.

"Perdido? Venha comigo!"

Remus seguiu Ferox ao longo do corredor, passando por escritório após escritório até chegarem a uma porta elaborada com moldura de madeira entalhada. Quartel General dos Aurores .

"Nervoso?" Ferox o olhou de lado. Remus olhou para trás.

"É tão óbvio?"

Ferox riu e deu um tapinha no ombro dele.

"Eu ficaria preocupado se não estivesse. Vamos, é apenas o Moody. " E ele empurrou a porta com uma de suas grande mãos, a outra ainda no ombro de Remus, como se para impedi-lo de fugir.

Quando criança, Remus teve alguma experiência com a aplicação da lei trouxa. Sempre apenas para coisas tolas como fugir do Lar ou ser pego 'causando uma perturbação' - o que geralmente significava que ele estava apenas em algum lugar público e outras pessoas prefeririam que ele não estivesse. A polícia era extremamente agressiva com você, uma vez que percebiam que era um garoto de St. Edmund, te chamavam de coisas, te enfiavam no carro deles, ou então faziam ameaças veladas de violência física se você não agisse como mandavam. Como resultado, Remus nunca se sentiu tão confortável perto de figuras de autoridade, mesmo sendo um mauricinho atualmente.

Ele não tinha certeza do quão parecidos os aurores eram em relação a polícia trouxa. Só havia conhecido Moody, Frank e Alice até agora. Moody era completamente aterrorizante, mas Remus o conhecia há bastante tempo agora que estava acostumado. Alice e Frank eram muito legais, pessoas muito sinceras - mas eles não sabiam o que ele realmente era.

O interior do escritório estava muito movimentado, com fileiras de escrivaninhas divididas em cubículos. Haviam pôsteres de criminosos, mapas magicamente encantados e listas impressas em quadros de avisos em todas as paredes, e memorandos zunindo de um lado para outro. Porém, a coisa mais impressionante para Remus foi o cheiro incrivelmente concentrado de magia forte - e magia negra também.

Ferox, com a mão ainda no ombro de Remus, o conduziu em direção a uma mesa perto do canto de trás, que tinha a melhor vista sobre o resto do escritório caótico.

A mesa de Moody e as prateleiras ao redor estavam entulhadas de dispositivos mágicos estranhos e maravilhosos; telescópios que zumbiam, cristais brilhantes, orbes murmurantes. O próprio Moody estava curvado sobre um mapa. Esquecendo seu nervosismo, Remus olhou por cima do ombro para bisbilhotar - nunca havia superado seu interesse por cartografia - e Moody praticamente latiu.

"Nunca se meta nos assuntos de um Auror, Lupin."

Remus saltou para trás alarmado, e Moody se virou para encará-lo, sorrindo. Seu olho louco girou doentiamente em sua órbita.

"Leo," Moody estendeu a mão e apertou a de Ferox, depois a de Remus. "Fico feliz em ver que você é pontual. Sente-se."

Ele gesticulou para um longo assento coberto de veludo contra a parede de seu cubículo que não estava lá um momento atrás. Remus e Ferox se sentaram enquanto Moody lançava um feitiço que abafava o barulho ao redor deles, criando uma bolha de paz ao redor de sua mesa, não era diferente dos feitiços silenciadores de James e Sirius.

Remus ficou aliviado com o silêncio, mas o feitiço de Moody não fez nada para mitigar o cheiro avassalador de poder que enchia suas narinas, descia por sua garganta e preenchia seu peito com uma gloriosa e rica infusão mágica. Ele tentou relaxar, deixar-se encontrar seu lugar nela em vez de lutar, mas se sentia ligeiramente bêbado mesmo assim.

"Mais uma vez, Lupin," Moody disse rispidamente, sentando-se em sua cadeira de escritório que parecia uma poltrona de couro com pêlos verde que girava em uma haste. "Lamento saber da sua perda. Eu não conhecia Hope, mas ... "

"Está ok." Remus respondeu rapidamente, "Eu mal a conhecia também."

Ele faria questão de manter sua mãe fora de qualquer conversa que tivesse hoje. Não tinha forças para duas coisas ao mesmo tempo, e se Moody tinha uma missão para ele, então essa teria que ser sua principal preocupação.

Moody - que ou era um excelente em legilimens ou simplesmente extremamente astuto e empático - balançou a cabeça virilmente e continuou.

"Direto ao trabalho, então." Ele disse "Bom garoto." Ele girou ligeiramente em sua cadeira para pegar o mapa que estava olhando e entregou a Remus.

Remus o pegou ansiosamente e olhou. Era um mapa da Grã-Bretanha e da Irlanda, mas não como os que tinha visto antes - não havia estradas marcadas, nem vilas ou cidades, apenas as áreas de floresta, representadas em manchas verdes musgosas de tinta. Algumas dessas manchas pareciam tremeluzir e piscar, como se houvesse estrelas se escondendo sob os galhos das árvores.

"Consegui isso do escritório de Controle de Criaturas Mágicas," Moody explicou, "Graças a Ferox aqui. Sabe o que é, rapaz? "

"É ..." Remus arriscou, "São todas as florestas com magia? Ou criaturas mágicas?"

"Exatamente." Moody acenou com a cabeça, parecendo muito satisfeito com ele, "Nós notamos que a maioria dos avistamentos de lobisomem nos últimos anos foi em uma floresta encantada, florestas com uma população mais densa de criaturas mágicas. Agora, isso pode significar apenas que estão mantendo seus ouvidos atentos por você-sabe-quem, ou que existem outras criaturas trabalhando com eles... "

Ou porque o cheiro de toda aquela magia natural é bom demais para resistir, Remus pensou, seu próprio sangue borbulhando como champanhe apenas por causa das poucas dezenas de bruxos poderosos próximos. Ele não disse isso, claro, para seu próprio bem.

"... e nas últimas duas luas cheias tem havido muita atividade aqui," Moody apontou um dedo atarracado e cheio de cicatrizes em um ponto do mapa, em algum lugar do interior.

"Por que você está me dizendo agora?" Remus perguntou "Se você os segue há meses?"

"Está na hora." Moody disse, fixando-o com um olhar duro, um olho azul, outro castanho. "Greyback está no país pela primeira vez desde os anos 60, foi confirmado. "

"Oh." Remus franziu os lábios para reprimir a raiva dentro dele, erguendo-se como uma cobra, mostrando os dentes. Onde ele está?! Leve-me até ele agora mesmo! "Certo."

"Da última vez que fez contato, você voltou com algumas boas informações," Moody continuou, "Aqueles que querem se juntar a Greyback precisam se transformar com o bando três vezes, certo?"

"Hm." Remus acenou com a cabeça. Ele queria se levantar e andar, se movimentar de algum jeito, mas não podia permitir que Ferox ou Moody soubessem que havia algo errado.

"E a próxima lua cheia é no sábado?"

Remus acenou com a cabeça. Ele olhou para Ferox, então para Moody novamente.

"Você quer que eu vá já? Para começar ... para ... "

"Só para as luas", disse Ferox, com a voz calma, "Só até que eles confiem em você."

"Mas assim que eles confiarem em mim," Remus disse, olhando para suas mãos, "Então ... eu preciso conhecê-lo, certo?"

"Vamos ver como as coisas vão ficar." Moody respondeu, escolhendo suas palavras com cuidado. "Temos três meses para planejar isso."

"Ok."

Remus não sabia mais o que dizer. Sua cabeça estava cheia e seus nervos em carne viva, se sentia quase pronto para explodir, mas por alguma razão estranha ele apenas ficou sentado lá como um aluno educado, ouvindo Moody traçar o plano.

Recebeu muitas regras. Ele teria que ir sozinho. Ele poderia levar sua varinha, mas nada mais. Não podia contar a ninguém, nem mesmo aos outros membros da ordem, nem mesmo aos seus melhores amigos. Ferox começou a sugerir coisas que Remus poderia dizer ou fazer para que o bando confiasse nele, mas Remus o ignorou. Ele sabia o que fazer.

"Vou acompanhá-lo até a saída, Lupin." Ferox disse finalmente, com uma nota de gentileza paterna.

"Obrigado," Remus respondeu, levantando-se rapidamente.

"Você é um homem de poucas palavras, Lupin," Moody disse, levantando-se também, estendendo a mão mais uma vez para Remus apertar, "Mas eu tenho muita fé em você. Enviarei as coordenadas antes de sábado. Certifique-se de estar em casa para recebê-las. "

Remus acenou com a cabeça inexpressivamente, apertando a mão estendida. Assim como o guiou para dentro, Ferox levou Remus de volta para fora do Quartel General dos Aurores.

"Tudo bem aí, garoto?" Ferox perguntou, uma vez que eles estavam longe das portas. O corredor estava um pouco mais silencioso do que às nove horas.

"Sim. Tudo bem.

"Se houver alguma coisa que você acha que precisa, se quiser que eu peça ao Moody algo que vai ajudar, você pode simplesmente..."

"Como isso vai ajudar?" Remus perguntou de repente, parando no meio do corredor. Ele contraiu o polegar e lançou um muffliato, sem nenhum esforço. Ferox piscou, surpreso.

"Como o que vai ajudar?"

"Eu, encontrando Greyback? Eu conheci três membros de sua matilha até agora, e isso só piorou as coisas toda vez. "

"Isso não é verdade. Você nos deu algumas informações extremamente valiosas. "

"Se eu estou fazendo isso", disse Remus, "então eu quero saber para o que vocês estão usando isso."

"Para ganhar a guerra, Remus." Ferox balançou a cabeça.

"Quando eu conheci Castor no ano passado," Remus continuou com sua voz muito baixa, mas mais por raiva do que por um desejo de ser discreto, "Ele me disse em termos inequívocos que eles estavam planejando um ataque. Eu disse a Dumbledore, e o que aconteceu? Nada. O ataque aconteceu. Então vou perguntar de novo. Se estou coletando informações para a Ordem, se estou arriscando minha vida para fazer isso, então quero saber para quê. Obviamente, não é para salvar vidas. "

"Remus, essa foi uma situação extremamente complicada -"

"Explique."

"Não podíamos interferir, não podíamos deixar os lobisomens saberem que você estava contando alguma coisa para Dumbledore, tínhamos que preservar sua conexão com eles..."

"O que?!" Remus o encarou, "Pessoas morreram! Pessoas tiveram suas vidas arruinadas! Por minha causa?!"

"Você não pode pensar dessa maneira."

"De que maneira você pensaria?! Eu confiei nele! Achei que estava fazendo a coisa certa! "

"Remus, acalme-se!"

Remus percebeu que não conseguia. Gostaria de poder aparatar ali mesmo, mas nada aconteceu quando tentou, então ele marchou em direção ao elevador.

"Não me siga." Ele praticamente rosnou para Ferox, que segurava as portas abertas, impedindo-o de sair.

"Você precisa colocar sua cabeça no lugar, garoto." Ferox respondeu muito sério. "Isso é uma guerra. Não é nobre e nem sempre se trata de salvar vidas individuais. Você precisa se acostumar com isso antes do próximo sábado. "

"Não se preocupe." Remus virou a cabeça, olhando para o painel de botões. As portas começaram a se fechar, rangendo ruidosamente enquanto testava sua força mágica contra os músculos físicos de Ferox. "Eu estarei pronto."

As portas se fecharam, Ferox tirou os dedos no último segundo, e Remus começou a se mover para cima, de volta ao mundo real.



* * *



Remus mal havia saído da caixa telefônica da entrada para visitantes e já estava parado diante de sua própria porta - ele havia armazenado toda aquela magia restante como uma bateria, e só precisava do menor desejo para que a magia fizesse o resto. Ele se lembrou da maldição que Snape jogou em James, a qual ele desviou no último dia de aula. Seria uma habilidade útil, se ao menos pudesse contar com isso.

Não apenas ele estava cheio de magia, mas seu temperamento havia atingido o ponto de ebulição agora que estava em casa. Era uma sensação peculiar - semelhante aos momentos antes da transformação, logo antes da dor entorpecente começar. Um desejo animal uivante e avassalador. Deus, ele precisava de... ele precisava...

"Sirius?!" Ele irrompeu pela porta, gritando. Sem sorte, o apartamento estava vazio. Remus rosnou frustrado e chutou a parede, abrindo um buraco na placa de gesso. "Porra." Murmurou. Sirius venha aqui.

Ele pressionou a palma da mão contra o topo da parede e forçou um pouco de magia para fora. O buraco na base da parede se fechou imediatamente, graças a Deus. Não foi o suficiente. Ainda tinha mais; ele precisava liberá-la, precisava de uma válvula de escape. Ele tirou as vestes e depois o suéter, jogando-os no sofá, andando pela sala em sua camiseta fina e calças. Poderia sair para correr. Poderia aparatar no Lake District por algumas horas e simplesmente correr como um louco. Poderia transformar a parede em esponja e começar a socar até ficar sem energia. Poderia beber até se esquecer de tudo. Contanto que ele fizesse algo.

"Moony?!"

A porta da frente se abriu e lá estava Sirius.

"Você está aqui!"

"Sim, aconteceu uma coisa super estranha," Sirius fechou a porta atrás dele. Ele cheirava a gasolina, óleo de motor e couro, e Remus sentiu-se enrijecer instantaneamente. Ah. Isso funcionaria. "Eu estava trabalhando na moto na estrada, e então ... eu não sei, eu poderia jurar que ouvi sua voz. Mas se você acabou de voltar, então não pode ter sido... "

Remus não aguentava mais, ele cruzou a sala em dois passos e empurrou Sirius contra a porta, beijando-o com força. Sirius o beijou de volta, ansioso para agradá-lo como sempre. Remus o pressionou com mais força, pegando os adoráveis ​​pulsos brancos de Sirius, untados com óleo, segurando-os e empurrando um joelho entre suas pernas. Ele começou a beijar o pescoço do moreno em seguida, mordendo a carne macia, e Sirius engasgou.

"Puta merda, você está bem?"

"Mmm." Remus gemeu, "Só quero..."

Sirius moveu o quadril levemente, pressionando o pau rígido de Remus - parecia eletricidade, e Remus quase perdeu o controle completamente, apertando os pulsos dele, fechando os olhos com força enquanto lutava para se segurar. Ele não foi o único que sentiu isso,

"Caralho" Sirius ofegou, impotente nas garras de Remus, "Foi você? Você sentiu... o que... o que foi... "

"Magia," Remus conseguiu gaguejar, os olhos ainda fechados, rolando sua testa contra o ombro de Sirius vertiginosamente, "Havia tanta... eu só... hum..."

E de repente era Sirius quem estava no controle, ele virou o jogo e agora estava empurrando Remus para o quarto, e graças a Deus o apartamento era pequeno, e graças a Deus não havia mais necessidade de feitiços de silenciamento ou segredos, porque esse simplesmente não era o momento.

"Preciso de você," Sirius estava dizendo incoerentemente, tirando sua camisa e puxando as de Remus, suas impressões digitais gordurosas do óleo sujando todos os lugares, "Preciso sentir você em todos os lugares..."

"Sim," Remus respondeu embriagado, "Sim, sim, sim ..."

O que quer que estivesse sentindo, ele sabia que Sirius podia sentir também, enquanto empurrava a magia para fora, enchendo o quarto com ela, acendendo cada toque.

Remus gemeu quando a pele nua deles finalmente se encontrou e Sirius fechou os olhos e estremeceu. Dedos agarrados e dentes cerrados. Qualquer sentimento de preocupação ou vergonha foi obliterado pelo calor que irrompeu entre eles. Remus cedeu e não pensou em mais nada enquanto se arqueava egoisticamente e se empurrava contra Sirius, que ficava sussurrando febrilmente, "Oh, Moony, Moony..." sem parar. Seu ritmo feroz aumentou quando eles começaram a ficar tensos e a se contrair. Ofegantes enquanto o mundo explodia, por alguns segundos milagrosos tudo ficou branco.

Não foi suficiente. Eles tiveram que fazer mais duas vezes antes que Sirius ficasse satisfeito, e Remus ainda sentia que poderia correr uma maratona.

"Se você está planejando visitar o Escritório dos Aurores novamente," Sirius respirou roucamente, "Vou precisar de algum aviso."

"Des-" Remus começou, mas Sirius colocou a mão sobre sua boca, sorrindo.

"Não ouse se desculpar. Quero dizer, puta que pariu. "

Remus riu, tirando sua mão. Ele acenou com a mão para a janela preguiçosamente, e ela se abriu, deixando entrar o ar frio do inverno.

"Uau," Sirius ergueu as sobrancelhas, "Quanto tempo isso vai durar?"

"Está indo embora," Remus respondeu, fechando os olhos. Sim, estava; ele podia sentir seu coração desacelerando, seus músculos relaxando. "Da última vez, a maldição de Snape a drenou, então suponho que qualquer tipo de contra-magia funcione."

"Bem, eu prefiro isso do que amaldiçoar você..." Sirius rolou e acariciou o quadril nu de Remus.

"Hm." Remus murmurou em concordância, os olhos ainda fechados.

"Então..." Sirius disse, sua mão parada agora, sua voz mais solene, "Ou foi muito bem ou muito mal no ministério...?"

"Ambos." Remus jogou os braços sobre o rosto. "Precisamos conversar sobre isso?"

"Sim, acho que sim."

Remus suspirou pesadamente. Ele se sentou, pegando seus cigarros.

"Greyback está na Inglaterra." Começou.

Sirius sentou-se imediatamente, franzindo a testa. Ele pegou um cigarro da caixa que Remus estendeu, colocou-o entre os lábios, acendeu-o e olhou para Remus muito sério.

"Me conte tudo."

E Remus o fez.



─ ★ ── Notas ── ★ ──

Acredito que há uma explicação do porque - na literatura - as crituras mais poderosas são as que sofrem preconceito e vivem na periferia da dignidade. Não sei se já leram, mas outras séries, como os livros da Cassandra Clare (dos quais eu sou muito fã desde o meu ensino fundamental), apresentam o mesmo sistema de exclusão no que diz respeito à lobisomens, vampiros, etc, assim como em Harry Potter. Nos livros escritos pela JKR, Greyback é um dos poucos que consegue fazer magia não vocal, o que é dito ser algo extremamente difícil e, ainda sim, não é nada explorado durante a série (e é explorado em atyd, o que alimenta ainda mais a narrativa). Em minha opinião, a superioridade que os bruxos pensam ter em relação às outras criaturas, é puramente um medo que se perdeu, por isso nem eles mesmos o reconhecem mais. 

Como já disse outras vezes, a literatura é um reflexo da sociedade e, eu posso estar louca, mas consigo fazer um paralelo claro entre a subjugação dessas criaturas pelos bruxos e das mulheres pelo sistema capitalista, por exemplo. Mulheres, sendo detentoras do poder de criação da vida, ou seja, criação de mais força de trabalho, viram propriedade no momento em que os homens entendem que, se o nosso corpo pertencer a nós, eles não terão controle sobre a reprodução, então surge a instituição do casamento, da criminalização do aborto, do controle dos corpos femininos, da subjulgação, da misoginia, da invenção do conceito de virgindade. Enfim, sei que estou indo longe demais, mas tenho certeza que entenderam o que quero dizer: o poder de reprodução detido pelas mulheres causou medo e fez com que tudo isso se desenvolvesse, assim como o medo do poder mágico dos lobisomens.

Porém, 

"Entre 2003 e 2013, a taxa de homicídios entre negras no Brasil aumentou 54%, enquanto a vinculada a mulheres brancas diminuiu 9,8%. Tratar as mulheres como um grande grupo universal não nos permite compreender as diferenças e as desigualdades vivenciadas entre diferentes raças e classes." Prefácio de Bianca Santana do livro Mulheres e caça às bruxas de Silvia Federici.

Temos que ver quem são as que estão sendo mortas.

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