Garoto Americano

By maybe_snini

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Um Ômega que se manifestou tardiamente e um Alfa ultra dominante arrogante, os dois vivendo na mesma casa, po... More

Nota da Tradutora
Prólogo
Capítulo 1 - A visão do Ômega
Capítulo 2 - A visão do Ômega
Capítulo 3 - A visão do Ômega
Capítulo 4 - A visão do Ômega
Capítulo 5 - A visão do Ômega
Capítulo 6 - A visão do Ômega
Capítulo 8 - A visão do Ômega
Capítulo 9 - A visão do Ômega
Capítulo 10 - A visão do Ômega
Capítulo 11 - A visão do Ômega
Capítulo 12 - A visão do Ômega
Capítulo 13 - A visão do Ômega
Capítulo 14 - A visão do Ômega
Capítulo 15 - A visão do Ômega
Capítulo 16 - A visão do Ômega
Capítulo 17 - A visão do Ômega
Capítulo 18 - A visão do Ômega
Capítulo 19 - A visão do Ômega
Capítulo 20 - A visão do Ômega
Capítulo 21 - A visão do Ômega
Capítulo 22 - A visão do Ômega
Capítulo 23 - A visão do Ômega
Capítulo 24 - A visão do Ômega
Capítulo 25 - A visão do Ômega
Capítulo 27 - A visão do Ômega
Capítulo 26 - A visão do Ômega
Capítulo 28 - A visão do Ômega
Capítulo 29 - A visão do Ômega
Capítulo 30 - A visão do Ômega 🔞
Capítulo 31 - A visão do Ômega
Capítulo 32 - Theo: a visão do Alfa
Capítulo 33 - Um ódio mútuo e genuíno
Capítulo 34 - Um ódio mútuo e genuíno
Capítulo 35 - Um ódio mútuo e genuíno
Capítulo 36 - Um ódio mútuo e genuíno
Capítulo 37 - Um ódio mútuo e genuíno
Capítulo 38 - Um ódio mútuo e genuíno

Capítulo 7 - A visão do Ômega

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By maybe_snini

 A casa de Theodore Kingwell, ou melhor, a mansão, ficava em Point Grey. Ouvi dizer que a casa principal fica em West Vancouver, que também é um bairro de burguês.

Pelo que eu sei, não demora muito de West Vancouver para a faculdade. Uma hora de carro? Não, pode não demorar nem uma hora. Mas mesmo aquela distância era irritante de ir e vir, já que entrar e sair era difícil.

Point Gray é uma área residencial de classe alta formada perto da costa. É onde vive a maioria das pessoas de maiores posses, como professores das universidades próximas. Um estudante internacional como eu não poderia nem sonhar com algo assim.

Quando vim sozinho para este lugar, fiquei encantado com a paisagem extraordinária, mesmo já tendo ido à praia em Vancouver, afinal, era uma área cercada pelo mar por todos os lados.

Quando estive no centro por um tempo, a paisagem do mar na cidade não poderia ser mais maravilhosa. Quando desci a Robson, a rua principal, pude apreciar o mar azul se misturando entre os prédios altos, algo que tocou meu coração... para mim, que nasci e cresci em Seul, o mar era minha parte favorita de Vancouver.

Porém, Point Gray tinha uma visão do mar diferente da de Robson, já que foi construído na praia. A área onde foram construídas as enormes casas que ele vira no meio exalava uma grandiosidade que não podia ser comparada a da cidade em que morava. A praia se estendia bem em frente às moradias maravilhosas... eu não podia acreditar que ficaria aqui de agora em diante.

Claro, vim trabalhar para Theodore Kingwell, um Alfa ultra dominante que, aliás, não vejo em lugar nenhum. Poderia comer e dormir nessa casa graças ao contrato que assinamos. Seria por um ano, até conseguir o dinheiro do conserto e pagá-lo.

É claro que, com base nos custos trabalhistas de Vancouver, esse serviço não era uma compensação razoável. Não consigo prever a intensidade do trabalho, mas certamente não será um salário alto por enquanto.

No entanto, não foi um mau negócio. Graças a isso, poderia economizar com aluguel e conseguir comida de graça. De certa forma, foi um golpe de sorte. Ao contrário do bairro antigo, era muito mais perto da universidade e falaram que me pagariam parte do salário para que pudesse economizar. Eu tinha algo a meu favor.

Verifiquei o endereço do bilhete em minha mão e da casa à minha frente, estava no lugar certo. Ouvi uma pessoa se aproximar depois de tocar a campainha algumas vezes. Apresentei-me com a maior cortesia possível.

— Sou Jiho Seo. Trabalharei nesta casa a partir de hoje.

Não houve resposta. Clac. Só pude ouvir o som da porta se abrindo.

Entrei pela porta pesada que parecia mais acessível para um carro. Em seguida, um esplêndido edifício moderno ficou à vista. O prédio de dois andares parecia mais um mega-resort onde você poderia ficar por um breve período do que uma casa. Se não me engano, havia uma piscina de borda infinita no andar de cima, elegantemente desenhada para parecer ligada ao mar.

Talvez eu possa usá-la também? Serase? Fiquei muito tempo olhando para aquele lugar com emoção, e de repente voltei aos meus sentidos, não posso esquecer que estou aqui para trabalhar. Não seria bom se eu irritasse Kingwell sem motivo, terei cuidado.

Aproximei-me do edifício com a mente firme.

Para minha surpresa, foi o Sr. Dunstan, o homem encarregado de defender a família Kingwell, quem me recebeu. Fiquei um pouco envergonhado, mas quando lembrei que tinha que assinar a última fase do contrato, rapidamente o cumprimentei.

— Há quanto tempo, Sr. Dunstan.

— Sim. Bem-vindo, Sr. Seo.

Segui suas instruções até irmos para a sala de estar. Quando me perguntei o que o dono do show estava fazendo, o Sr. Dunstan respondeu primeiro como se tivesse lido minha expressão.

— O Sr. Kingwell estará aqui em breve.

— Ah sim.

— Você poderia verificar o contrato novamente antes que ele chegue?

— Sim, é claro.

Me sentei à mesa e me entregaram os documentos a serem considerados. Verifiquei a primeira página, mesmo sendo a versão final, parecia não haver nada de novo no conteúdo que eu havia lido mais de uma vez. O tipo de letra em inglês de aparência enfadonha me deu uma descrição muito detalhada e precisa do tipo de trabalho que eu faria.

De acordo com o contrato, teria que fazer a limpeza, lavar a roupa, preparar o café da manhã e até escovar o pelo do gato que mora aqui. Em outras palavras, era um faz-tudo. Independentemente do que estiver fazendo, tenho que seguir os desejos do meu empregador imediatamente e o único momento em que serei excluído do trabalho será quando tiver aulas na faculdade.

Você pode levantar objeções para a melhoria do ambiente de trabalho, mas deve tentar manter as condições iniciais. O empregador e o empregado não devem interferir na privacidade um do outro, além disso, deve-se prestar uma atenção especial à confidencialidade do empregador.

Tendo terminado com a última cláusula, fui capaz de apontar uma única linha que parecia ter sido adicionada de repente. Tratava-se da rescisão do contrato, cláusula que seria modificada de acordo com o que o advogado me falou.

— Uh, Sr. Dustin?

Ao contrário do que esperava, fiquei surpreso com o conteúdo chocante. Não, que merda é essa...?

— Sim? Diga.

— Em caso de quebra de contrato... A indenização.

— Sim?

— Um milhão de dólares, tem certeza?

O advogado viu que meus olhos tremiam de ansiedade e, sem hesitar, confirmou a situação com apenas duas palavras.

— Está certo.

Eu soltei um "puta que pariu". Era estranho que estivesse tudo indo bem demais... não parecia uma condição tão injusta, embora fosse. Digamos que eu seja azarado e adoeça de repente e não consiga trabalhar, então estaria com uma dívida da qual não poderia sair.

Quão ingênuo seria assinar um contrato ridículo como esse?

— Sinto muito, Sr. Dunstan. Eu não concordo com o item adicionado. Acho que temos que mudar isso.

Lamentei pela expressão do advogado com a minha resposta quebrada. Ele coçou o queixo de uma maneira um tanto desconcertante e logo falou com calma.

— Entendo... no entanto, se observar os termos do contrato, entenderá. A indenização não é apenas para o Sr. Seo, mas também para o Sr. Kingwell. Em outras palavras, se o Sr. Kingwell quebrar o contrato, o Sr. Seo receberá essa quantia.

— Sim, eu sei. Ainda assim, não posso aceitar isso.

— Sinto muito.

Houve uma guerra de nervos invisível entre mim e o advogado. Tic Tac. Ouvi o som do ponteiro do relógio que eu não conseguia ver em lugar nenhum movendo-se rapidamente.

Depois de um tempo, o homem começou a organizar os papéis sem qualquer expressão.

— Se essa é a opinião do Sr. Seo, sua objeção será apresentada ao Sr. Kingwell...

Naquele momento, alguém interrompeu o advogado.

— Já terminaram?

Mesmo sem olhar para trás, eu sabia quem era o dono daquela voz. Era a quem pertencia esta enorme mansão e aquele que logo poderia se tornar meu "empregador".

— Ah, Sr. Kingwell.

James deu uma saudação silenciosa enquanto se sentava. Quando olhei para cima enquanto me sentava, meus olhos encontraram os dele. Trocamos cumprimentos que pareciam saídos de um livro do ensino fundamental.

— Oi, bom fim de semana.

— Bom fim de semana.

— Tudo bem?

— Não muito, e com você?

— Também.

Depois de cumprimentar Kingwell, o advogado imediatamente começou a se reportar a seu chefe.

— Sr. Kingwell, o Sr. Seo infelizmente expressou desaprovação aos termos adicionais do contrato. Acho que precisamos fazer mudanças.

— Naquela...?

— O que você gostaria de fazer? Está disposto a fazer mudanças?

Sem hesitar, Kingwell respondeu à pergunta do advogado:

— Não.

Crack. Senti como se algo tivesse estalado na minha cabeça. Droga, fiquei confuso por um momento, não estava em posição de negociar com aquela pessoa. Infelizmente, ele, com a minha vida em mãos, não era alguém misericordioso.

— Entendo. Então não haverá acordo desta vez...

— Espere!

Peguei a mão do advogado, que estava organizando os documentos. Em um tribunal de verdade, o veredicto não era dado quando o juiz batia três vezes com o martelo? Tentei ficar o mais calmo possível e fiz uma voz convincente.

— Pensando bem, a parte da indenização parece ser necessária para nós dois. Vai que resolvem me demitir por algum motivo ridículo.

— Tem certeza?

— Prossiga com o contrato, acho que podemos continuar agora.

— Uau, que compreensível.

Minha nuca ardeu porque senti um forte senso de sarcasmo em suas palavras.

Mas o que me deixou mais infeliz do que isso foi o fato de que o Alfa estava rindo de mim. Ele riu e sentou-se ao lado do advogado. Mordi meu lábio olhando para aquele cara pegando a caneta. Sim, um ano, apenas um ano. Com o rosto todo vermelho, peguei a caneta.

— Bem pensado, este contrato será uma grande oportunidade para os dois. Você pode assinar aqui, Sr. Kingwell, e você aqui, Sr. Seo.

Segui o que ele disse e assinei. Não faz muito tempo que pensei sobre o quão ingênuo seria assinar tal contrato. Eu era ingênuo.

Depois de colocar os papéis lado a lado, de alguma forma não consegui me livrar do sentimento de vergonha de terminar de assinar alternadamente no centro das duas páginas. De repente, ao tentar manter uma expressão corajosa ao largar a caneta, vi uma grande mão na minha frente. Era a mão bronzeada de Kingwell.

— Vamos nos dar bem, Jiho.

Segurei sua mão, grande suficiente para envolver a minha, e a sacudi levemente

— Vamos, Theodore.

— Me chame de Theo.

Não me atrevi a chamá-lo pelo apelido porque não somos próximos só por causa desse contrato, mas tenho que fazer porque ele me pediu. Quer eu goste ou não, neste país é rude não chamar as pessoas pelo que elas pedem a você.

— Certo, Theo.

— É bom escutar isso.

Quando o contrato com o ingênuo, não, com o faz-tudo foi assinado, o advogado se levantou como se o seu trabalho estivesse terminado, me entregou uma cópia do documento que havia sido assinado por ambas as partes e falou pela última vez:

— Guarde-o bem. Tenha um bom fim de semana.

— Sim, obrigado por sua consideração.

— Não há de quê.

Quando o advogado saiu, Theo se ofereceu para me mostrar a casa. Mesmo que ele não dissesse primeiro, eu tinha que perguntar. Não consigo me acostumar com uma casa tão grande como esta.

— Este é o quarto em que você vai ficar.

Ele me mostrou um quarto de hóspedes, um dos cinco, limpo e moderno. A diferença era gritante em comparação com o meu quarto alugado, onde só conseguia calor se tivesse um aquecedor.

Me sentia estranhamente tonto sempre que o ligava, então comprei um mini aquecedor de ar separado, mas não achei que o traria em vão. Foi muito gentil da parte dele ter um sistema de ar quente e frio no teto.

Senti que um sorriso se infiltraria no ambiente, que se tornou muito mais agradável do que antes, mas aguentei o máximo que pude e mantive uma expressão firme.

Pude ver Theo saindo da sala, como se achasse que não precisava explicar mais. Eu o segui, tentando acompanhar seus passos largos.

— Há um total de quatro banheiros, você pode usar o que fica ao lado do seu quarto. Se não houver festas, os quartos não serão usados, embora às vezes Lukas venha e fique para dormir[1]

— Ele vem aqui com frequência?

Quando perguntei isso, seguindo-o, seus passos pararam. Quando parou sem aviso, quase bati meu rosto contra aquelas costas largas. Felizmente, não aconteceu, mas quando olhei para cima, fiquei confuso.

— Por quê? Há algum problema?

Ele me olhou horrivelmente sem motivo. Por um momento, fiquei com medo.

— Não, nada disso.

Logo depois, ele virou a cabeça e continuou com indiferença. Achei besteira e deixei pra lá.

— Não haverá necessidade de você subir com muita frequência, exceto quando eu estiver trabalhando. Geralmente fico lá.

Depois de subir a enorme escada em espiral, como uma concha de caracol, o terraço ligado à piscina de borda infinita que vi lá fora chamou imediatamente a minha atenção. O salão espaçoso era totalmente aberto, como se conectado ao terraço, através do qual se estendia uma bela vista da praia Point Gray.

Inconscientemente, engasguei. Eu me segurava no vazio dizendo que não mostraria mais nada, mas minha vontade desabou diante do maravilhoso cenário da praia. Fiquei parado no meio da sala com a boca aberta. Até tive a ideia ridícula de que tinha batido o carro amarelo para poder morar em uma casa maravilhosa como esta.

— Parece que já te mostrei a maior parte da casa.

Olhando para baixo, ele ergueu o queixo com arrogância.

— Então, deixe-me apresentá-lo ao meu parceiro.

Quando estava começando a pensar que os ocidentais tinham seu lado bom, dei dois passos pra trás, imaginando o que diabos tinha ouvido.

Bem, é um cara que mora em um país muito mais liberal do que o meu, então pode fazer isso, mas de repente ele tem um parceiro? Não estava escrito no contrato, estava?

Logo ele entrou em uma sala no segundo andar e trouxe seu "parceiro".

— Mas que...

Theo a segurou nos braços e ela estreitou os olhos para mim, ainda com sono. Seus olhos eram tão bonitos que gritei sem perceber.

— Ai, meu Deus! Que coisa mais fofa! De que raça é? Angorá?

— Persa.

— Entendo. Como se chama?

— Shorty.

— Eu nunca vi uma gata tão fofa, posso segurar?

— Se você não for alérgico...

— Não, nada disso.

Ele me entregou o adorável animal peludo e fofo. Shorty parecia estar em alerta por um momento, relutante em sair dos braços de Theo, mas quando a segurei em meus braços e pisquei, ela também piscou lentamente com seus olhos grandes.

Ele deveria ter me dito antes que tinha uma gata tão fofa! Foi um momento muito comovente para mim porque adoro animais, especialmente piticas assim. Eu queria ter... um animal de estimação, era o que via na rua o tempo todo. Ia desistir da ideia quando comecei a morar em outro país, mas não posso acreditar que posso viver com um gato agora!

— Estou feliz que você não seja alérgico a gatos. É um animal com uma pelagem difícil de manusear, por isso deve escová-lo pelo menos duas vezes ao dia.

— Sim, farei. Gosto muito de gatos.

— Certo.

Cansada ou não, Shorty expressou seu desejo de descer depois de ser segurada por um tempo com um miau bonitinho.

Quando a coloquei no chão, ela lambeu a pata dianteira algumas vezes e voltou para a sala onde estava. Provavelmente era o quarto que Shorty gostava de usar.

— Lukas virá à noite. Ele costuma passar o fim de semana aqui, não tem nada de especial.[2]

Theo mudou seu tom de voz e me disse friamente enquanto olhava para a sala onde o gato estava.

— Ah... ok.

— Você não tem que fazer o jantar, mas preciso que você faça o café da manhã pra mim. Não me diga que vai me alimentar com arroz pela manhã só porque é asiático?

Minhas sobrancelhas inconscientemente subiram e eu as forcei a se abaixar para responder.

— Não vai acontecer.

— Ok, desça agora. Jill está vindo para o almoço, você o ajuda.

— Entendido.

Ele me deixou para trás e entrou na sala onde Shorty havia desaparecido. Olhei para onde o Alfa ultra dominante desapareceu com seu gato e desci as escadas.

Continua...

[1] Deus do céu, eles furunfam, eu tô sentindo! Pfvr, Lukas, não seja filha da puta, eu tenho família!

[2] Bora, caixinha, aposto 5 conto que eles botam a mandioca no bombril.

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