Capítulo 29 - A visão do Ômega

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No momento em que estava descendo o primeiro degrau, ouvi o som de uma porta batendo atrás de mim, era o Alfa correndo para fora do quarto. O ar ficou pesado em um instante quando ele se aproximou com rapidez.

Quanto mais perto ele chegava, mais densos os seus feromônios ficavam. Eles estavam cheios de raiva e pareciam letais. Minha respiração começou a falhar.

Desci as escadas correndo para evitar ser pego, no entanto, ele me alcançou em um instante, agarrando meu pulso e me puxando. Seu toque era duro, como sempre.

— Me solta! Me solta! — eu disse, afrouxando seu aperto — Você acha que tem o direito de fazer isso? Acho que ainda não entendeu o que eu quis dizer. Vou quebrar esse contrato de qualquer forma e sair desta casa!

Ele olhou para mim de uma forma aterrorizante e disse em voz baixa:

— O que caralhos está acontecendo com você?

— Você não sabe?

— O quê?

— Você não entende a situação agora?

— Que situação? Que você é um Ômega?

Como antes, senti uma parede entre nós. Eu queria me afastar logo desse feromônio que me incomodava, mas falei outra vez porque meu corpo estava imobilizado.

— Você é Alfa, então não faz ideia de como é, mas eu não sou. Estar no mesmo espaço que um de vocês é torturante, consegue me entender?

Por alguma razão, a expressão de Theo era incomum. Sua expressão aterrorizante relaxou.

— Então isso quer dizer que você está excitado pelos meus feromônios?

Naquele momento, a energia dos feromônios que ele liberava mudou.

— Seu filho da puta maluco!

Instintivamente, percebi que estava em uma situação aonda mais perigosa e cobri minha boca com as mãos.

— Merda, não vai se livrar dos feromônios? Você quer morrer?

— Vai continuar falando assim comigo?

— Cala a boca e se livra disso, idiota.

O que caralhos ele estava pensando quando começou a exalar feromônios assim? Instintivamente, meu desejo sexual começou a aumentar fora do meu controle. Seu cheiro começou a mudar a condição do meu corpo.

Os feromônios eram tão densos que minhas pernas ficaram fracas. No momento em que me senti impotente, ele desajeitadamente me puxou para seus braços.

— Louco.

Desta vez, fiquei sem ar por um motivo completamente diferente de antes. Senti como se este corpo não fosse meu e, quando começou ficar quente, pareceu insuportável.

— Me larga, idiota...

Eu estava quase enlouquecendo por ele, que me perseguia como se fosse um gato brincando com um rato.

— Você não acha que vai cair se eu te soltar agora?

— Me solta... eu cuido do resto.

— Jura?

Naquele momento, afastei o braço do Alfa e meu corpo, que estava apoiado nele, começou a se inclinar para baixo.

— O-oh?

Eu não conseguia lidar com essa situação ou suas consequências, então simplesmente caí. Não, talvez fosse melhor assim, não seria melhor morrer do que viver como um Ômega?

Garoto AmericanoWhere stories live. Discover now