Capítulo 23 - A visão do Ômega

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 — Sim, mas não fiquei muito, foi só por um tempinho

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 — Sim, mas não fiquei muito, foi só por um tempinho.

— Mhm.

— Foi muito difícil pra mim vir pra outro país sozinho. Eu não conhecia ninguém aqui.

— ...

— Uma vez fiquei doente por alguns dias com saudades de casa. Eu estava deitado em uma sala vazia, pensando. Foi tão solitário e difícil.

— Ah ...

Havia apenas alguns agentes estrangeiros que me ajudaram a entrar na faculdade, mas era uma relação de negócios, certo?

— Eu não tinha um lugar específico para estar.

— Não consigo nem imaginar. Como diabos você sobreviveu?

De repente, fiquei com vergonha de continuar, porque o que eu ia responder era um pouco infantil da minha parte.

— Foi por causa de, uh...

— Sim?

— Foi graças ao... mar.

Limpei a garganta de vergonha após falar. Achei que era besteira, mas inesperadamente, Lukas estava me ouvindo seriamente, então continuei:

— Onde eu nasci, podia ver rios, mas o mar estava distante. Não era uma cidade próxima dele como Vancouver, então enquanto eu estava em Robson, a vista da cidade para o mar foi fascinante e muito bonita.

— A casa do Theo tem uma boa vista para o mar.

— Isso mesmo, é por isso que me fascina. Quando acordo de manhã, posso ver o mar.

— Isso é bom pra você.

Soltamos uma risada curta.

— Que tal sua estadia na casa do Theo? Tudo tranquilo?

Suas palavras me fizeram perceber intuitivamente que era hora de falar sobre o que havia acontecido comigo nos últimos dias.

— Lukas.

— Uhm?

— Eu já te disse antes.

— O quê?

— O Theo me odeia.

O Alfa ficou em silêncio por um momento.

— Você ainda está tendo problemas com ele?

— Sim, porque aquele cara me odeia. Não, eu sinceramente nem sei o que ele pensa de mim.

— Do que você está falando?

Hesitei um pouco antes de tocar no assunto, talvez porque se baseasse apenas na minha percepção e talvez estivesse longe da verdade.

— Na verdade, no dia da festa do Theo, pensei que ele não me odiava.

Garoto AmericanoWhere stories live. Discover now