All the Young Dudes [Livro 3]

By wolfuckingstar

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TRADUÇÃO DA FANFIC ALL THE YOUNG DUDES POR MSKINGBEAN89 PERMISSÃO DA AUTORA PARA POSTAR AQUI. A obra narra d... More

Capítulo 152: A guerra: Infiltração
Capítulo 153: A guerra: Home Front
Capítulo 154: A guerra: Outono 1978
Capítulo 155: A guerra: Inverno 1978-1979
Capítulo 156: A guerra: Quartel General dos Aurores
Capítulo 157: A guerra: O bando
Capítulo 158: A guerra: Cativo
Capítulo 159: A guerra: Submissão
Capítulo 160: A guerra: Soldados da Infantaria
Capítulo 161: A guerra: Lua de Sangue
Capítulo 162: A guerra: A história de Moony
Capítulo 163: A guerra: Fim da Primavera de 1979
Capítulo 164: A guerra: Verão de 1979
Capítulo 165: A guerra: Dulce et Decorum est
Capítulo 166: A guerra: Outono 1979
Capítulo 167: A guerra: Inverno de 1979
Capítulo 168: Primavera & Verão 1980
Capítulo 169: A guerra: Outono & Inverno 1980
Capítulo 170: A Guerra: Inverno de 1980 e Primavera de 1981
Capítulo 171: A Guerra: Triage
Capítulo 172: A Guerra: Verão 1981
Capítulo 173: A Guerra: Outono 1981
Capítulo 174: A Guerra: Armistício
Capítulo 175: 1982
Capítulo 176: 1983
Capítulo 177: 1985
Capítulo 178: 1986
Capítulo 179: 1987
Capítulo 180: 1989
Capítulo 181: 1990
Capítulo 182: 1991
Chapter 183: Verão de 1993
Capítulo 184: Verão de 1994
Capítulo 185: Início do verão de 1995
Capítulo 186: Verão de 1995: Grant
Capítulo 187: Verão de 1995: Sirius
Capítulo 188: 'Até o fim'
Out of the blue - Parte 1
Out of the blue - Parte 2

Capítulo 151: A guerra: Julho 1978

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By wolfuckingstar

All our times have come

Here but now they're gone

Seasons don't fear the reaper

Nor do the wind, the sun or the rain,

(We can be like they are)

Come on baby, (don't fear the reaper)

Baby take my hand, (don't fear the reaper)

We'll be able to fly, (don't fear the reaper)

Baby I'm your man.

Don't Fear the Reaper, Blue Oyster Cult.



Domingo, 2 de julho de 1978

"Vamos logo, Potter!" Remus bateu no vidro da porta da cabine telefônica. "Outras pessoas precisam fazer ligações, sabe!"

James virou as costas rudemente, encolhendo os ombros e falando furtivamente no telefone.

"Deixe-o em paz, Moony," Sirius murmurou, apoiando-se pesadamente na cerca. Ele estava usando óculos escuros e parecia mais pálido do que o normal. "E pare de bater, sim?!"

"Tome outra poção para a dor," Remus resmungou, "Você está de ressaca, é sua culpa ter bebido tanto."

"Eu era a vida e a alma da festa, só para você saber." Sirius respondeu, cruzando os braços quando Remus veio se sentar ao lado dele.

Os Potters haviam cedido a casa para a festa de encerramento da escola na noite anterior, para todos os que estavam deixando Hogwarts e seus amigos. Yaz e Chris tinham vindo, embora ambos tivessem mais um ano pela frente. Alguns membros da Ordem da Fênix também estiveram lá - não Dumbledore, mas Ferox, Moody, Frank Longbottom e sua linda namorada loira (agora noiva, aparentemente). Moody chamou Remus algumas vezes, apenas para ser interceptado pela Sra. Potter.

"É a festa de encerramento da escola, Alastor!" Ela sibilou depois da quarta vez. "Deixe-o se divertir por cinco minutos antes de formar um conselho de guerra, caramba!"

Ela havia dito isso tão bruscamente que eles desistiram - Remus havia ficado um pouco chocado também. Isso foi o mais perto que a Sra. Potter já havia chegado de xingar.

O resto da festa parecia exatamente como a sala comunal da Grifinória - enquanto, ao mesmo tempo, não parecia nada com a sala comunal da Grifinória. Remus tentou não ficar tão triste. Tentou imaginar que um dia iria encontrar outro lugar que se parecesse tanto com o seu lar quanto Hogwarts.

Lily, Mary e Marlene tiveram que ir embora à meia-noite - elas prometeram aos pais que passariam a noite na casa de Lily. Aparentemente, suas famílias achavam que, após sete anos de internato, ir para casa à meia noite já era o suficiente.

O que trouxe Remus de volta ao presente, observando James através da porta da cabine telefônica, conversando com sua namorada. A quem ele havia literalmente se despedido oito horas antes.

"Tão injusto, ele nos fazer correr até aqui, como se eu pudesse vencer James sem-ressaca-desde-1973 Potter" Remus resmungou. " Isso é antidesportivo. Ele sabe que tenho uma desvantagem. "

"Achei que seu quadril estava melhor desde que você pegou aquele troço com Marls?" Sirius franziu a testa, fazendo seus óculos escuros escorregarem pelo nariz.

"E melhorou." Remus respondeu. "Eu quis dizer o fumo."

Houve um estrondo baixo em algum lugar à distância. Sirius sentou-se repentinamente, arrancando os óculos.

"Aquele é...?!"

Remus suspirou.

"Parece que sim..."

Em alguns momentos, a motocicleta do vizinho veio correndo pela aldeia, rosnando durante todo o tempo. Sirius a encarava, admirado. Assim que ela se tornou nada além de um ponto cromado brilhante à distância, ele se inclinou para trás, sorrindo para si mesmo.

"Ah, eu senti falta dela."

"Então é 'ela'." Remus murmurou, cruzando os braços.

"Potter!" Sirius agora se levantou para bater na porta da cabine telefônica, "Saia daqui agora!" Ele se virou para Remus, "Você vai se animar depois de receber sua ligação?!"

"Sim." Remus disse petulantemente, olhando para seus pés.

Passaram-se mais cinco minutos de 'tchau' e 'nos falamos em breve' antes que Remus tivesse sua chance. Ele discou o número ansiosamente e enrolou o cordão de plástico do telefone em volta dos dedos enquanto o ouvia tocar.

"E aí?"

"É assim que você atende o telefone?!"

"Remus?"

"Oi!"

"Caramba! Não estava esperando por você, nós combinamos algo? "

"Não," Remus balançou a cabeça, sorrindo loucamente, "Eu terminei a escola, posso ligar quando quiser agora!"

"Brilhante!"

Ele ouviu algum farfalhar do outro lado da linha e presumiu que Grant estava se acomodando. Isso era bom. Sirius e James poderiam esperar muito tempo. "Então, quando você vem me ver, hein?" Grant estava perguntando agora.

"Em breve!" Remus disse automaticamente. Ele poderia aparatar para Brighton em questão de segundos, agora que o pensamento o atingiu. Porém, isso seria difícil de explicar. "Semana que vem?"

Semana que vem seria o ponto ideal entre as luas cheias, pelo menos.

"Vou estar trabalhando no sábado", respondeu Grant. "Peguei o turno noturno no bar.. Estou economizando para um feriado ... er... agosto? "

"Ah. Hum. Bem, ok," respondeu Remus, um pouco desapontado.

"Desculpe, estou esperando por umas férias de verão apropriadas a anos, vou até andar em um avião e tudo mais..."

"Não, não, agosto está bom!"

"Bom, vou me lembrar de comprar um pouco de leite. Então, onde você está morando agora?"

"Na casa do meu amigo James. Os pais dele são muito legais. "

"Não foi morar com o namoradinho, então?"

"Ele também está aqui." Remus explicou, sabendo que parecia um pouco estranho. "Vamos começar a procurar um lugar para morar em breve, no entanto. Londres, espero."

"Ele é rico, então?" Grant bufou ''Devia ter adivinhado. Ele parece bem abastado, não é?"

"Suponho que sim."

"Ele parece. Tem aquela boa postura. Ei, deixa eu te contar sobre esse cara que fiquei por aí na outra noite... "disse Grant, e começou uma história muito longa e quase inacreditável sobre um encontro que teve com um pescador (" um pescador genuíno e devoto à jesus, por pelo amor de Deus. ") que havia feito algo muito estranho na banheira de Grant antes de sair apressado nas primeiras horas da manhã. Ao final, Remus estava curvado na cabine telefônica, ofegante de tanto rir, lágrimas escorrendo pelo rosto.

"O que é tão engraçado?!" James e Sirius estavam ansiosos para saber, quando ele finalmente saiu.

"Não conseguiria contar para vocês," Remus respondeu, soluçando, "Humor trouxa."

"Acha que devemos ver como Pete está?" James perguntou enquanto eles voltavam para a casa.

"Nah, você sabe como ele é com ressacas," Sirius respondeu, os óculos escuros ainda firmemente colocados.

"Tudo bem, mas precisamos nos assegurar que não vamos deixá-lo de fora'", disse James, abrindo o portão do jardim, "acho que ele está preocupado com isso..."

"Sim, sim." Sirius bocejou. "Ei, quadribol?"

"Sim!" James sorriu, "Apenas me deixe trocar de roupa..."

"Vou pegar um livro, então ..." Remus revirou os olhos, embora não se importasse muito. Eles iriam considerar o fim de semana como um feriado, estava decidido. A vida real poderia começar na segunda-feira.

Os três garotos subiram as escadas trovejando, James batendo a porta do quarto enquanto saía em busca de um de seus muitos kits de quadribol.

Remus e Sirius estavam um pouco mais lentos.

"Brighton em agosto?" Remus perguntou baixinho, agora que estavam sozinhos. O rosto de Sirius se iluminou e ele tirou os óculos.

"Você quer que eu vá, então? Isso! Legal!"

"Claro." Acenou com a cabeça, alcançando o topo da escada.

"Olá, meninos," disse a Sra. Potter, saindo do quarto de Remus. Ele ficou surpreso com isso - não estava acostumado com adultos entrando em seu quarto sem serem convidados, mesmo que não fosse realmente seu quarto, apenas um quarto de hóspedes.

"Olá, Sra. Potter", respondeu ele educadamente, na esperança de mascarar sua inquietação.

Ela carregava uma pilha de roupas que o pertenciam, o que era terrivelmente embaraçoso - em St. Edmund's, ele lavava sua própria roupa desde os dez anos.

"Vejo que Sirius estava tão bêbado que acabou na sua cama, Remus," a Sra. Potter riu, dobrando a calça jeans de Sirius sobre o braço. "Honestamente, querido, você deveria apenas tê-lo empurrado para fora."

"Oh!" Remus sentiu suas orelhas ficarem vermelhas enquanto ele olhava boquiaberto para ela do corredor.

"Na verdade," Sirius subiu as escadas atrás dele, "Remus e eu preferimos compartilhar. Se estiver... er. Bem, nós apenas preferimos, ok? "

A Sra. Potter o olhou, depois para Remus, que ainda estava corando, mas conseguiu balbuciar.

"É!"

"Bem, se preferem assim" ela balançou a cabeça lentamente. "Suponho que a cama seja grande o suficiente para dois. O que quer que façam vocês felizes, queridos." Ao passar por eles para descer as escadas, ela deu um tapinha gentil no ombro de Remus e beijou a bochecha de Sirius.

E foi basicamente isso.

* * *

Quarta-feira, 5 de julho de 1978

Eles se permitiram ter férias mais longas do que o esperado - dois dias a mais, na verdade. Os convites chegaram na noite de terça-feira; uma nota de Dumbledore para cada um, solicitando a presença deles em um local secreto conhecido apenas pelo pai de James, acessível apenas por chave de portal. As notas desapareceram assim que foram lidas, simplesmente dissolveram em suas mãos.

Todos estavam esperando algo assim, mas Remus ficou surpreso com o quão nervoso ele ficou repentinamente. E não foi o único. Ele e Sirius trocaram-se para dormir em silêncio, e assim que se colocaram sob as cobertas, o moreno se agarrou a ele, o rosto enterrado sob o seu braço.

"Me conte algo." Ele murmurou roucamente, "Qualquer coisa."

"Estou com muito medo de amanhã." Remus sussurrou. "Parece tão real agora, mas acho que é normal ficar com medo. Acho que qualquer um ficaria. "

Sirius apenas soltou uma espécie de grunhido descontente. Remus o apertou e tentou uma abordagem diferente. "Mas você sabe o que mais me assusta?"

"Hm?"

"O fato de que estamos planejando morar juntos e nenhum de nós dois sabe cozinhar."

Sirius começou a rir e, eventualmente, os dois devem ter adormecido. Quando acordaram, ainda estavam enrolados um no outro, o suor havia se acumulado onde suas peles nuas se comprimiam, e Remus estava grandes manchas vermelhas por todo o corpo até tomar banho.

Foi uma pequena caminhada até a chave do portal, que acabou por ser um pato de borracha amarelo brilhante, deixado no meio de um terreno de grama alta no final de um dos campos ao redor da aldeia. Remus não se importava, ele gostava de esticar as pernas agora que elas não doíam tanto.

"Não posso acreditar que estamos a apenas alguns quilômetros de Londres", ele se maravilhou, olhando para o céu de verão sem nuvens, as colinas verdes ondulantes.

"Jardim da Inglaterra", James sorriu.

Fleamont solenemente estendeu o pato para que todos colocassem as mãos.

"Todos têm suas varinhas?" Ele perguntou bruscamente e cada um deles assentiu, engolindo em seco. Peter estava suando e parecia um pouco doente - Remus esperava que ele não vomitasse até que chegassem aonde quer que estivessem indo.

Todos eles tocaram o pato e de repente se viram girando através do espaço tempo a uma velocidade incrível. Era pior do que aparatar, mas melhor do que pó de flu, Remus decidiu.

Momentos depois, todos os cinco homens pousaram em uma sala de estar muito pequena e elegante. O tapete era grosso, rosa suave, os sofás feios de couro sintético eram cor de creme amarelado, e o papel de parede um desenho floral horrível com listras metálicas que refletiam a luz.

"Fleamont?" Um homem alto, magro e de cabelos vermelhos entrou no momento em que se levantavam.

Remus por pouco não caiu na mesa de centro de vidro, que estava adornada com uma tigela de potpourri com cheiro de sabão.

"Arthur!" O pai de James respondeu alegremente, estendendo a mão para apertar a do homem.

"Desculpe, Monty," Arthur levantou um dedo, "Mas Moody nunca me perdoaria se eu não seguisse o protocolo. Agora, deixe-me ver... sobre o que foi a última coruja que enviei a você? "

"Foi um cartão de agradecimento", o Sr. Potter respondeu prontamente, "Effie enviou a Molly algumas das coisas antigas de James para Bill e Charlie."

"Perfeito." Arthur sorriu e finalmente retornou com o aperto de mão do Sr. Potter.

"Garotos, vocês se lembram de Arthur Weasley", disse Fleamont, conduzindo todos para frente para apertar a mão do homem também. "Este é meu filho, James, Sirius, Peter Pettigrew e Remus Lupin."

"Olá, o que é isso?" Arthur estava olhando para a chave de portal em formato de pato que Remus ainda estava segurando.

"Er. Um pato de borracha. " Remus respondeu, olhando para baixo.

"Entendo, entendo, e para que serve?" Arthur avançou em sua direção, olhando para o brinquedo de plástico amarelo com grande curiosidade.

"Er ... é apenas um pato de borracha," Remus deu de ombros. "Você quer?" Ele o estendeu. Arthur sorriu, pegando-o.

"Melhor não contar a Molly! Ela acha que eu já estou louco."

Remus sorriu educadamente, pensando para si que Molly deveria estar certa.

"Como está Molly?" Fleamont perguntou "E os meninos? Gêmeos, eu ouvi falar? "

"Sim, agora com três meses," Arthur acenou alegremente, "Eu me perguntei se deveríamos parar aos cinco filhos, mas Molly está focada em tentar ter uma menina, a pequena claramente estará em menor número do jeito que as coisas estão. "

Enquanto falava, ele os conduziu para fora da sala hiperfeminina por um corredor estreito em direção a uma pequena cozinha, que possuía uma estufa construída na parte de trás. Frank e Alice estavam na cozinha, alinhando uma fila de canecas no balcão.

"Olá!" Alice sorriu, "Chá?"

Ela anotou os pedidos de todos, enquanto Frank distribuía folhas de chá em vários bules, e todos foram instruídos a irem à estufa para a reunião.

"De quem é essa casa, pai?" Perguntou James.

"É melhor não sabermos muito", respondeu o Sr. Potter, "Vamos agora, todos eles estarão esperando."

Depois da escuridão sombria da estreita cozinha dos anos 1930, a estufa estava incrivelmente clara e extremamente quente. Tinha um piso de ladrilhos de terracota limpo, coberto com um tapete de pano feito em casa. As janelas ao redor eram de vidro e exibiam um jardim imaculadamente cuidado que possuía um balanço duplo e um escorregador; o telhado era de acrílico transparente e salpicado de velhas folhas mortas que sobraram do inverno. Havia um forte cheiro de fertilizante e gerânio, vasos de plantas espalhados pelo local nas prateleiras e mesinhas de canto.

Remus não percebeu nenhuma dessas coisas no início, porque a sala estava lotada de pessoas. Deveria haver vinte ou trinta bruxas e bruxos, reunidos solenemente em torno de uma grande mesa de madeira, ou então de pé, ou amontoados na mobília de vime do jardim no canto. Hagrid era o maior - Remus nunca tinha visto Hagrid em lugar nenhum além de Hogwarts, que era tão grande que meio que compensava as proporções gigantescas do guarda-caça. Nesta pequena sala de sol quente, ele mal parecia real.

Haviam outros rostos reconhecíveis; os gêmeos Prewett, Olho-Tonto Moody, Professor Ferox, Ted Tonks, Emmeline Vance e Dorcas Meadowes - não Dumbledore, mas para o deleite de Remus, Lily, Mary e Marlene estavam amontoadas em um canto, parecendo terrivelmente jovens e tímidas nesta multidão. Elas cumprimentaram os meninos com uma espécie de alívio ansioso. Mary se agarrou ao pescoço de Remus com muita força.

"Você está aqui!" Ele disse surpreso.

"Eu nunca fui muito esperta" ela sorriu tristemente.

"Remus!" Marlene estendeu a mão para ele, "Este é Danny!"

Um homem alto estava logo atrás dela. Ele tinha o sorriso de Marlene; suas bochechas rosadas e cabelos cor de palha.

"Oh, olá," Remus acenou com a cabeça, repentinamente tímido. Sirius deu um passo para o lado, ficando mais perto, de modo que eles estavam ombro a ombro,

"Oi!" Danny disse sorrindo. Ele tinha uma cicatriz recente surgindo sob a gola de suas vestes, mas nada no rosto; ainda não. Danny estendeu a mão para Remus, "Estive ansioso para conhecê-lo, devo tanto a você..."

"Danny McKinnon!" James explodiu de repente. Tendo finalmente cumprimentado Lily o suficiente, havia acabado de perceber este estranho encontro. Potter avançou, "Posso apenas dizer que você é absolutamente, sem dúvida, o melhor Batedor que os Cannons já tiveram?!"

Danny riu amigavelmente,

"Obrigado. Ouvi dizer que você é um artilheiro muito bom - James Potter, não é? "

"Sim, e adoraria--"

"Odeio acabar com o clube social, senhores", Moody vociferou, "Mas temos alguns negócios para resolver."

Isso calou a boca de todos, e eles se reuniram ao redor da mesa parecendo muito sérios. Começaram com algumas apresentações, embora de uma forma ou de outra a maioria das pessoas se conhecessem. Quando o nome de Sirius foi falado, houve alguns murmúrios abafados, mas ele apenas olhou desafiadoramente para todos eles. Remus estava orgulhoso dele - deixe todos verem que você nunca poderia julgar um livro pela capa, ou um homem pelo nome.

Depois disso, alguém leu a ata da última reunião - Remus não entendeu nada. Todos pareciam falar em um código estranho e adulto, e ninguém parava para explicar as coisas como faziam na escola. Muitos nomes foram mencionados; pessoas em diferentes cantos do país que eram aliadas - ou que passaram para o outro lado. Várias políticas sendo empurradas através do Wizengamot, maneiras de influenciar votos; como convencer as pessoas a aceitarem a maneira de pensar da Ordem.

Remus ousou olhar para Sirius, James e Peter, e ficou aliviado ao ver que estavam tão confusos quanto ele. Em seguida, a lista de desaparecidos foi lida e todos seguiram tranquilos. Alice propôs um minuto de silêncio que foi observado pelos jovens..

Houveram mais algumas atualizações - todos queriam saber o que Dumbledore estava fazendo, que progresso ele havia feito. Progresso com o que exatamente Remus não fazia ideia. Tarefas também foram distribuídas - Frank e Alice precisavam estar em Anglesey todas as noites da próxima semana, exatamente às 18h. Um homem chamado Shacklebolt teve que se encontrar com 'nosso amigo em comum' em 'você sabe onde' na sexta-feira. Os gêmeos Prewett estavam na rota para guardar este ou aquele local. Todos acenaram com a cabeça enquanto Moody os selecionava.

Finalmente, Moody encerrou a discussão.

"Aqueles que têm de ir, vão", disse ele, rispidamente, "Mandarei recado pelos canais habituais em nossa próxima reunião. Se alguém precisar falar comigo agora, terá que esperar um pouco. " Ele se levantou com dificuldade, as mãos sobre a mesa.

De repente, a pequena estufa não estava mais silenciosa e solene, pois todos começaram a conversar com a pessoa ao lado, concordando furtivamente, ou então apenas colocando os assuntos em dia. Remus piscou. Era só isso?! Ele franziu a testa e olhou para o Sr. Potter, que estava abrindo caminho ao redor da sala até eles,

"Venha comigo e Hagrid", disse ele ao grupo, "Vocês também, senhoritas, vamos colocar todas a par, hein?"

Remus relaxou, finalmente. Graças a Deus por isso. Havia sido profundamente desagradável se sentir tão por fora sobre tudo. Ele se sentia incrivelmente jovem e ingênuo.

"Você não, rapaz," Alastor Moody os alcançou também, e colocou a mão calejada e rachada no ombro de Remus. "Ferox e eu precisamos dar uma palavra com você. E você, McKinnon - Daniel, quero dizer. " Ele acrescentou, para responder à expressão surpresa de Marlene.

Os olhos de Remus se arregalaram e ele silenciosamente implorou a Sirius por ajuda, apenas para Ferox se juntar a eles, rindo.

"Não fique tão nervoso, Lupin, eu prometo que não vamos torturar você."

Remus riu fracamente, aceitando seu destino. Ele e Danny seguiram Moody e Ferox para fora da estufa de volta para a casa; através da pequena cozinha e ao longo do corredor, subindo a escada com carpete marrom, que rangeu fortemente sob os pés.

Eles entraram em um pequeno quarto, evidentemente o quarto de uma criança. Havia uma pequena cama no canto com um padrão de estrelas e naves espaciais no edredom. A mobília era pequena e pintada de azul claro, e havia brilho nas estrelas escuras no teto.

"Sentem-se, rapazes", Ferox acenou com a cabeça para a pequena cama. Danny e Remus obedeceram. Moody permaneceu de pé, elevando-se sobre os dois, seu globo ocular azul elétrico zumbindo em sua órbita.

"Não há prêmios por adivinhar sobre o que queremos conversar." Ele disse.

Remus não disse nada, porque não achou que uma resposta fosse necessária, mas Danny sim.

"Lobisomens."

"Certo." Ferox disse, sentando em uma cadeira pequena, inclinando-se sobre os joelhos.

Ele estava mais bonito do que nunca na opinião de Remus. Ainda era um 'homem em ação' grande e amigável. Sua juba de cabelo loiro dourado era tão lustrosa como quando Remus tinha quatorze anos, apenas talvez com algumas mechas cinzas agora. Um calor antigo e confortável borbulhou na boca de seu estômago - uma sensação que ele nunca havia reconhecido na época, que parecia tão inocente agora. Ele sorriu, finalmente, sentindo-se um pouco mais à vontade.

"Não tenho certeza de como posso ajudar", Danny estava dizendo, "nunca conheci um até aquela noite". Ele estremeceu ligeiramente.

"Mas Lupin aqui sim" Moody disse, fixando os dois olhos em Remus.

"Você conheceu?" Os olhos de Danny se voltaram para ele, pegando-o de surpresa.

Remus sabia o que Danny via, obviamente; era o que todo mundo via, um garoto magro e desajeitado de dezoito anos com um pescoço muito longo e cachos loiros desgrenhados, joelhos nodosos e muitas cicatrizes. Ele engoliu em seco, sentindo-se como um garoto estúpido em uma sala cheia de homens.

"Sim, conheci." Disse, olhando para as próprias mãos. "Dois membros da matilha de Greyback, Lívia e Castor."

"Greyback?!" Danny disse em admiração silenciosa. "Puta merda."

"Remus não é novo nesse tipo de operação." Ferox disse. Ele parecia orgulhoso, mas Remus o olhou, implorando, porque sim ele era , ele era absolutamente novo em tudo isso - espionagem, reuniões secretas e guerras. Ele não gostou dessa sensação. Todo mundo estava esperando muito dele.

"Só conversei com eles" Disse. "Eles não me machucam porque Greyback disse a eles para não machucar, eu acho. Eles fazem tudo o que ele diz, são leais. "

"Como um exército." Ferox disse balançando a cabeça, como se entendesse. Remus deu a ele um longo olhar.

"Não." Respondeu "Como uma família".

"Eles são um culto perigoso." Moody disse bruscamente. "Eu não me importo com o que chamamos. Precisamos ficar de olho neles. Entendido?"

"Então, o que você quer que façamos?" Remus perguntou, endireitando as costas. Ele se sentia mais ele mesmo. Ferox ainda estava olhando-o, mas com verdadeiro respeito agora.

"Sim, o que podemos fazer?" Danny perguntou.

O rosto abatido e marcado de Moody se curvou em um sorriso malicioso.

"Já ouviram falar da Travessa do Tranco?"




─ ★ ── Notas ── ★ ──

Sentiram a diferença de interpretação entre 'família' e 'exército'? Ouso dizer que eles 'perderam' a primeira guerra por terem subestimado muito as criaturas das trevas em todos os aspectos. Como já disse antes, tudo é uma questão política. Se a população periférica (lobisomens, por exemplo) tivesse sido incluída na comunidade bruxa, eles não teriam visto necessidade em se unir a forças das trevas em primeiro lugar, o que se encaixa para outras situações reais também, como o crime organizado. 

Wizengamot é o parlamento britânico dos bruxos, a suprema côrte. Na primeira descrição do Wizengamot, durante o julgamento dos Comensais da Morte, a principal função do Wizengamot parece que era julgar e condenar os Comensais da Morte. Por esse motivo e refletindo a personalidade de seu Presidente, Bartemius Crouch Sr., era um Tribunal muito duro, praticamente uma organização militar.

Quando Harry foi julgado, o Wizengamot parecia estar num processo de se tornar um porta voz do Ministério. Com Fudge como Presidente, seu propósito se tornou alinhado às necessidades do Ministério, que como qualquer organização política precisa de publicidade favorável. Portanto, os atos do Wizengamot parecem ter como alvo fazer com que o Ministério fique "bem na fita", ao invés de fazer o que seria mais justo.

Finalmente, entre esses dois casos, há o comentário de Albus Dumbledore ser o Presidente do Wizengamot, um cargo que ele ocupou até ter sido, mais ou menos, forçado a sair, pelo Ministério, no verão antes do quinto ano de Harry na escola; e ele parece ter sido reinstalado no cargo no livro seis. O fato de ter sido removido do cargo demonstra que o Ministério tem algum controle indireto sobre o formato do Wizengamot, embora supostamente ele pareça ser independente. 

Assim, podemos ver como a administração do Wizengamot pode influenciar a guerra.

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