blue boy, gilbert blythe

Par msattu

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Me perdi em meio as suas palavras, reparando na forma em que seus olhos se comprimiam quando dizia algo. Ador... Plus

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.๐‚๐‡๐€๐‘๐€๐‚๐“๐„๐‘๐’
๐ŸŽ.๐ŸŽ๐ŸŽ 'uma viagem de barco
๐ŸŽ.๐ŸŽ๐Ÿ 'daniel pilpert
๐ŸŽ.๐ŸŽ๐Ÿ 'uma mulher elegante
๐ŸŽ.๐ŸŽ๐Ÿ‘ 'joseph e sally templeton
๐ŸŽ.๐ŸŽ๐Ÿ’ 'bonito, mas meio triste
๐ŸŽ.๐ŸŽ๐Ÿ“ 'torta de maรงรฃ
๐ŸŽ.๐ŸŽ๐Ÿ” 'acidente
๐ŸŽ.๐ŸŽ๐Ÿ• 'o que diabos รฉ isso?
๐ŸŽ.๐ŸŽ๐Ÿ– 'garotos
๐ŸŽ.๐ŸŽ๐Ÿ— 'vocรช รฉ um idiota
๐ŸŽ.๐Ÿ๐ŸŽ 'flutuando
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ 'pantomima
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ 'mar
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ‘ 'janela
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ’ 'violino
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ“ 'a primeira parte da festa
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ” 'a festa
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ• 'algo azul...
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ– 'consegue me ver casando com alguรฉm?
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ— 'latente
๐ŸŽ.๐Ÿ๐ŸŽ 'confuso
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ 'coisas estranhas
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ‘ 'espere por mim
0.24 'deverรญamos nos casar
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ“ 'romance ligado ao fracasso
kind witch; ato dois
1.00 'apenas diga
๐Ÿ.๐ŸŽ๐Ÿ 'sobre palavras arredias
๐Ÿ.๐ŸŽ๐Ÿ 'dizendo
๐Ÿ.๐ŸŽ๐Ÿ‘ 'sobre coisas que queimam o รขmago
๐Ÿ.๐ŸŽ๐Ÿ’ 'respostas seguras
๐Ÿ.๐ŸŽ๐Ÿ“ 'senti saudades de vocรช
๐Ÿ.๐ŸŽ๐Ÿ” 'mary
๐Ÿ.๐ŸŽ๐Ÿ• 'cartas & abraรงo
๐Ÿ.๐ŸŽ๐Ÿ– 'aula na floresta
๐Ÿ.๐ŸŽ๐Ÿ— 'danรงa
๐Ÿ.๐Ÿ๐ŸŽ 'beltane
SAUDAร‡ร•ES, AMIGOS (detalhes importantes, casamento e um quase hot)

๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ 'uma parรกbola sobre um conto de abril

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Par msattu

o título desse capítulo vai começar a fazer sentido na segunda parte da história

.meu próprio cérebro é para mim a mais inexplicável das máquinas  sempre zunindo, sussurrando, planando rugindo mergulhando, e então se enterrando na lama. e por quê? para que esta paixão?

april
1

"São muitos os meus defeitos, mas nenhum de compreensão, espero. Quanto a meu temperamente, não respondo por ele. É, segundo creio, um pouco ríspido demais... para a conveniência das pessoas. Não esqueço com facilidade tanto os disparates e vícios dos outros como as ofensas praticadas contra mim. Meus sentimentos não se manisfestam por qualquer coisa. Meu temperamento poderia talvez ser classificado de vingativo. Minha opnião, uma vez perdida, fica perdida para sempre."

Mais uma vez em Lotto's Eye, com xícaras de chá fumegantes e marcadores coloridos. Amália Rosenberg, a mais doce senhora da ilha, lia calmamente um dos trechos de orgulho e preconceito enquanto, em pequenas pausas, ria de alguns de meus comentários.

— Às vezes odeio Elizabeth Bennet — disse, mexendo nos brilhosos cabelos brancos. Quando perguntei o por quê, sua resposta foi acompanhada de um sorrisinho — Sinto que ela se apaixonou por Darcy no primeiro instante, e não percebeu. Ou foi burra demais, eu acho. São tantos sinais que os dois demonstraram desde inicio da narrativa; se amaram desde a primeira vez que se encontraram. Ardentemente. E, mesmo assim, preferiram manter o orgulho a cima de tudo. Principalmente ela, que sempre se recusou a acreditar na paixão de ambos. Isso é odioso. E irritante. — depois concluiu, como se deixasse de lado o pequeno rancor pela personagem: — E o pior: eles nunca se beijaram.

— Acho que o intuito era fazer com a Lizzy sempre fosse contra a ideologia dominante, fora que a ideia de casamento nunca passou pela cabeça dela. E o senhor Darcy era estúpido com ela. Sempre. Vivia chamando ela de feia ou desinteressante, com outras palavras. — pensei um pouco antes de finalizar: — Mas eles realmente se amaram. Ardentemente. Tanto quanto qualquer outro casal literário. Só foram um pouquinho mais devagar.

Ela riu, servindo-me outra generosa xícara de chá.

— Mas a falta de beijo foi um desrespeito enorme.

Com os dedos enrugados, ela pegou um dos biscoitos com gotas de chocolate e o enfiou na boca rosada. Eu estava começando a adorar Amália da mesma forma que havia adorado minha falecida avó. A senhorita Rosenberg era gentil, simpática e adorava discutir sobre os milhares de livros de sua pequena loja — você poderia pensar em qualquer romance, poesia ou suspense e, sem erro, ela saberia de cor e salteado todos os parágrafos. A leitora mais sagaz e perspicaz que eu já havia conhecido, era ela.

Retornando a leitura, Amalia fez alguns outros comentários — mas estava tão concentrada em beber o delicioso chá de camomila que me perdi em pensamentos improdutivos. Lembrei das telas que não haviam sido finalizadas, de middlemarch e de dançar com Gilbert na festa de tia Josephine. Engraçado como memórias são escassas e mais parecidas com a imaginação do que com reais lembranças. Me odeio por não saber explicar com exatidão o que aconteceu naquela noite.

— Oh, minha neta! — Amália exclamou com ânimo quando uma garota negra desceu as escadas e entrou na loja. Sua saia balançava, ao ritmo em que fazia esforço para amarrar os cabelos, feitos em milhões de trancinhas adoráveis, em um coque no topo da cabeça. — Achei que estivesse dormindo, querida. Mas já que está aqui, essa é Amélia. A mocinha de quem lhe falei na última vez.

Ela sorriu em desânimo, e acenou para mim antes de se sentar na cadeira vaga. Roubou um dos últimos biscoitos e depois me estendeu a mão.

— April Rosenberg — disse.

— Tipo abril — devaneei. —Amélia Leconte.

— Tipo o conto — ela disse, como se copiasse a minha maneira de falar. Quando sua avó levantou, com a promessa de que buscaria outra xícara, voltou a falar: — Legal te conhecer. Em três anos, você foi a primeira pessoa que compro mais de um livro aqui.

Ela tinha jeito de durona, me encarava com uma interesse velado de desgosto, quase como se escondesse o que sentia naquele momento. O comportamento exato que me fazia estremecer, mas continuar a conversar por pura curiosidade momentânea. O exato tipo de pessoa que eu gostaria de fazer amizade, mesmo que por alguns dias. April era legal, mas nós nunca diríamos isso.

— Interessante, acho — eu ri. — Mas os livros não eram pra mim.

— Namorado?

— Mais ou menos.

Ela me encarou, os olhos grandes e amendoados me julgando por um instante. Depois sorriu. Ela faria uma pergunta idiota, retórica naquele instante, tive certeza.

— Então, você namora ele mas ele não te namora? Ou é o oposto? — revirei os olhos, mordendo os lábios enquanto segurava a risada. Estávamos juntos?, meu pai havia indagado. Mais ou menos. Não. Sim. Respostas boas demais, o suficiente para nos definir.

Perspicaz. Mas ela perguntava demais.

— Nem um nem outro. Nós namoramos, os dois. Mas nunca houve um pedido. Provavelmente nunca vai haver.

— Entendi... Vocês agem, não falam - então era isso: todas as frases, palavras, discursos dela soariam julgadores, ainda que tivessem um fundo de verdade. April havia conquistado a minha atenção. Eu estava começando a gostar dela.

Bebi os últimos dois goles do chá, me esquivando de qualquer conversa como essa. O livro ainda aberto, mostrava as diversas anotações feitas com lápis. Amália havia ficado de me ensinar a fazer um marca página colorido como o dela — que era cheio de florzinhas e rabiscos pequenos de frases de livros. Cor de rosa. Claro como a cor do meu vestido.

— Nunca te vi por aqui — comecei.

Pessoas como April iriam sempre ser donas de minha mais profunda afeição. Em nossos futuros anos de amizade-esquisita, percebi que, apesar de estar sempre pronta para refutar qualquer argumento meu, ela seria a única pessoa com quem poderia contar. Em qualquer momento. Para qualquer coisa.

— Você sabe como é — e eu sabia mesmo. Por isso sorri em conforto e acenei com a cabeça. — Você não é bem-vindo a menos que faça tarefas. E não importa quantas vezes você diga que é livre, vão sempre te confrontar e apontar todas as suas falha. E depois dizem que...

— Nós somos as pessoas ruins — completei. Ela me encarou, pela primeira vez sem uma expressão ruim, e começou a rir. — Acontece, parece que vamos sempre ouvir essas coisas. Não é revoltante?

— E como.

A senhora Rosenberg voltou a mesa, com a xícara prometida e um novo bule de chá. Ela encerrou a leitura por ali e disse algo como "adultos e sua mania esquista de deixar crianças desconhecidas sozinhas", depois riu de sua própria piada e balançou a cabeça em negação. Os biscoitos acabaram, concluiu. Nós gostaríamos de mais? Não, dissemos. Estava na minha hora, finalizei.

E apesar de não ter saído com nenhum marca pagina, livro novo, ganhei algo ainda melhor: o início de uma parábola sobre abril e o conto.

crises que não tem hora pra acabar
2

A melhor maneira de descrever o início da manhã seguinte é dizendo que me perdi em outra inválida crise existencial.

Difícil dizer o que me prendeu por tanto tempo naquele turbilhão de pensamentos, apenas sei que passei parte do café da manhã encarando através da minha irmã mais nova, que se lambuzava com os seus adorados bolinhos de chocolate. Talvez não seja a primeira vez que me perdia nos meus próprios devaneios — nem a primeira vez que Joseph os interrompia me cutucando —, mas provavelmente seria a última vez que conseguiria me manter distraída por mais de cinco segundos.

Percebi isso quando encarei Anne pela tela da porta, sorrindo agitada como sempre fazia quando tinha um plano em mente. Tão elétrica quanto nos últimos tempos.

Essa é Avonlea, então?! Todo dia um problema diferente.

Me levantei e enfiei um grande pedaço de bolo na boca, pedindo licença ao sair da mesa antes de seguir em passos contados até o jardim dos fundos. Shirley estava com o rosto inchado e avermelhado quando me encontrei com ela. Ela me encarou por alguns poucos segundos antes de me abraçar fortemente.

— O que está fazendo aqui? — perguntei acariciando seus cabelos curto, num tom doce. O tempo estava congelante e seu casaco era fino; pegaria uma gripe se não se aquecesse.

— Eu sinto muito! De verdade — ela disse, aos prantos. — Se eu não tivesse aberto a boca, você e Ruby ainda seriam amigas e as outras garotas não seriam tão cruéis quanto estão sendo agora. Ainda andaríamos juntas e leríamos contos. E agora está tudo arruinado! Perdemos o clube, todas as histórias, as esculturas. Quase perdi a raposa, Cole e não quero te perder também... Por favor, me perdoe.

— Você sabe que não tem que me pedir desculpas, não é? Suas intenções sempre foram boas, Anne. Você só tem que, hm... medir as palavras.

Num curto espaço entre os minutos, Anne me arrastou pelos campos enquanto explicava rapidamente sobre seu plano de "super-herói". O conselho faria uma votação em comunidade para decidir o futuro da professora Muriel na cidade: estavam prestes a expulsá-la por algo que não tinha culpa. As garotas sentiram-se na obrigação, assim como também me senti, de fazer alguma coisa a respeito. Então, tropeçando em nossos próprios pés, nos encontramos com Moody, Ruby e Diana — que me recebeu com o mais dos aconchegantes abraços — e paramos para recuperar o fôlego perdido. Depois de um grito de guerra improvisado (nada mais justo do que dizer "Salve a senhorita Stacy"), seguimos com a carroça até a fazenda dos Mackenzie, onde encontramos Cole arando a terra.

— Suba. Nós vamos para Charlottetown.

Ele nos encarou desacreditado, quase como se fosse revirar os olhos.

— Agora?

— Sim — Moody disse.

— Por que?

— Te conto no caminho. Precisa ver a senhorita Barry, ela poderá te aconselhar.

— Vão de charrete?

— Vamos pegar o trem.

— Não tenho dinheiro.

Nenhum de nós tinha, esse era o mais engraçado.

— E eu não posso usar o vagão como uma pessoa normal — ri, como se fosse óbvio. Quando ele perguntou como iríamos, continuei: — Trapaça. Vamos dar um jeito.

— Estará tudo bem — Anne completou.

— Já estou bem enrascado.

— Então como poderia piorar?

Cole suspirou, fechou os olhos e depois subiu na carroça.

Estávamos prestes a nos meter em confusão outra vez — porém, desta vez, por uma boa causa.

oi, vocês me odeiam?

assim

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