༶༝☆༝༶ twenty three

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S I N A D E I N E R T

Cada palavra pareceu um soco para mim. Como o mesmo disse, ele é Noah Jacob Urrea, usa as mulheres como um brinquedo sexual... Onde eu estava com a cabeça em pensar que eu não seria mais uma? Que eu seria diferente para ele? No final eu era apenas mais uma Jeky para ele, com o mesmo final... Sendo rejeitada.

As lágrimas ameaçam a cair mais eu pisco para afastá-las. Ele termina a ligação com um sorriso e arregala os olhos ao me ver.

— Sina... A quanto tempo você está aí? — da uma risada nervosa.

— O suficiente, seu idiota. —falo e corro para dentro do hotel de novo e subo as escadas.

Até o elevador abrir, Noah me alcançaria e eu não queria ver a cara dele de novo e seriam poucos andares.

Ofegante, começo a andar rápido pelo corredor e ouço ele chamar meu nome. As lágrimas embaçavam a minha visão e sua mão rodeava meu pulso.

— Por favor, não chore. — pede ao me alcançar.

Eu começo a bater em seu peitoral. Ele nem se move. Dava vários socos e eu percebi que isso que eu fazia, não era nada. Era exatamente a mesma coisa que socar cacos de vidros, você sai todo machucado e o vidro nem liga. Eu era a pessoa machucada, o Noah era o vidro.

— Você é uma pessoa horrível, Noah. Como eu, pude me relacionar com alguém como você? Tudo era mentira né? Todo esse papo de que eu estava linda, de que eu era sua namorada... Tudo isso era para o que? Transar comigo? Pois parabéns... — bato palmas e lágrimas escorrem. — Você conseguiu.

Corro até o meu quarto e ele vem atrás. Abro a porta, e a fecho antes que ele me alcance. Nessas horas, minhas lágrimas já molhavam minhas bochechas e deixavam meus olhos inchados e vermelhos.

— Sina me deixa entrar...

— Vai embora! — grito.

Ele continuava a falar coisas que agora para mim, eram inúteis. Começo a arrumar a minha mala, coloco minhas roupas nela e as peças íntimas. Vou até o banheiro e pego as maquiagens, minha escova de dente e minha toalha e coloco na necessaire que eu trouxe. Aos poucos o quarto estava ficando do mesmo jeito de como eu cheguei.

Uma coisa era certa, eu não ficava mais nenhum minuto em Berlim.

— Vou arrombar a porta, ou vou pedir para o serviço de quarto me dar a chave... — ouço.

Bufo e vou até a porta e a abro. Tento evitar olhar e falo bem brevemente o que eu queria:

— Olha, me deixa sozinha, me de espaço! Depois você fala tudo o que quiser falar, eu preciso ficar sozinha. — eu ia fechar a porta mas ele coloca o pé e entra.

— Eu vou gritar em alemão por ajuda, sai agora! — cerro os dentes. — Me de espaço! Eu não consigo olhar para a sua cara sem sentir nojo, como eu fui imbecil de acreditar em você.

— Você pode acreditar em mim! Olha, você vai me ouvir mas não posso falar com você assim, de cabeça quente... Vou te dar espaço e depois de um tempo eu venho aqui e conversamos com calma. — antes que eu fale alguma coisa ele me corta. — Não precisamos conversar, mas você vai me ouvir.

— Agora vai embora. Tem várias putas atrás de você. — caminho até a porta.

Meus olhos estão marejados. Noah pega uma caixinha em seu bolso e abre a mesma e logo vejo um colar em suas mãos.

𝘁𝗵𝗲 𝗴𝗲𝗿𝗺𝗮𝗻 𝗴𝗶𝗿𝗹 | 𝗇𝗈𝖺𝗋𝗍Where stories live. Discover now