༶༝☆༝༶ forty four

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N O A H U R R E A

Seus gemidos, seus suspiros pesados, sua voz do outro lado da linha, me fizeram querer-la mais.

Conseguia imaginar Sina, em seu quarto esparramada pelo colchão. Seus fios loiros espalhados pelo travesseiro. Seus lábios e bochechas bem rosados, seu peito subindo e descendo com sua respiração ofegante, as curvas do seu corpo me deixando louco.

Sina virou meu tudo.

Teria um dia cheio. Meu pai queria falar comigo com calma, queria esclarecer certas coisas. Eu teria que ir até minha casa e aproveitaria e falaria com a Jordan e Marta. E antes disso tudo, eu iria ao hospital tirar meus pontos da facada.

Tive que acordar cedo, fui logo me arrumando para ir ao hospital, depois para a mansão do meu pai e logo veria Sina. Daria uma carona a Heyoon e pegaria minha namorada na faculdade, e elas conversariam.

Daqui alguns dias, o treinador Fuller falou que eu receberia uma carta do time oficial dos Estados Unidos.

Entro em meu carro e dirigia até o hospital, já estava de saco cheio desse lugar.

[...]

— Noah Jacob Urrea. Vim para tirar meus pontos de uma cirurgia. — falo sem paciência a atendente que ficava dando em cima de mim.

— Iremos te chamar, gatinho. Pode se sentar na cadeira de espera. — pisca e enquanto pegava a minha ficha e eu bufo.

Pegava meu celular e mordia o lábio inferior ao ver minhas últimas conversas com Sina.

Olho para o lado e via um casal de idosos juntos e rindo, parecia que o tempo não tinha passado para eles e o sentimento não mudou.

Antes, eu iria achar uma baboseira ficar com uma pessoa o resto da vida, namorar, casar e envelhecer junto. Antes a minha opinião com isso, era que pessoas que viviam assim não aproveitam a vida, e é o contrário. Só fui descobrir isso, quando conheci Sina e pude ter a certeza, de que o Noah que pensava aquelas coisas... Estava fodidamente enganado.

Meus pensamentos são interrompidos, quando chamam meu nome. Chegou a hora de, finalmente, tirar esses pontos.

[...]

Dirigia pelas ruas e a cidade estava cheia, estava um dia nublado para a minha infelicidade.

Me sentia livre sem os pontos e não podia estar mais aliviado.

Depois de alguns minutos, chego em frente a mansão que eu tinha saído dias atrás, e dou um último gole no café que eu tinha comprado no caminho.

Abro a porta com a chave que eu ainda tinha, e o cheiro de bolo de chocolate que eu sabia que Marta estava fazendo, entrou por minhas narinas.

Andava até a cozinha e via ela cantarolando uma música baixo enquanto fazia a calda de chocolate e deu uma olhada na massa que estava no forno.

A abraço por trás, assustando a mesma.

— Noah! — exclama e se vira me abraçando. — Você não faz ideia da falta que faz, aqui fica tão vazio sem você! — comenta.

— Sinto sua falta também, Marta. Como estão as coisas aqui?

— Seu pai está bem estressado, e está saindo com sua madrasta e o filho de doze anos dela em uma tentativa de se distrair.

𝘁𝗵𝗲 𝗴𝗲𝗿𝗺𝗮𝗻 𝗴𝗶𝗿𝗹 | 𝗇𝗈𝖺𝗋𝗍Onde histórias criam vida. Descubra agora