༶༝☆༝༶ forty six

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N O A H  U R R E A

O elevador é um lugar pequeno. Não era um bom lugar agora.

Tudo parecia estar em câmera lenta. Caio no chão do elevador me sentindo sufocado e preso.

— Noah! — Sina me chama.

Eu odiava preocupa-lá.

Meu choro alto entrava pelos ouvidos dela. Aperto os fios do meu cabelo, como se pudesse arrancá-los.

— Ei, ei... — Sina segura meu rosto.

Choro em suas mãos. Choro tudo o que eu não tinha chorado por anos.

Pare de tremer!

Fecho minhas mãos em uma tentativa de acalma-las... Não adiantou.

Tiro meu casaco. Eu precisava de ar.

A porta do elevador abre e saio às pressas, minha namorada me seguia e eu abria a porta do meu apartamento e caía no chão.

Um grito alto rasgava minha garganta.

Eu não tinha mais o meu pai. Ele se foi e não ia voltar.

Ouço a porta fechar atrás de mim. O ar acabou para mim. Minha garganta se fechou e queria respirar mais não consegui. Parecia que eu estava me afogando, e era assim que eu me sentia.

A falta de ar era mais um dos sintomas da minha crise de ansiedade.

— Si... — a chamo enquanto via ela atravessando o corredor e entrando no meu quarto às pressas.

Logo ela voltava com algo nas mãos. O meu remédio para ansiedade.

Coloca o mesmo no sofá e vem até mim.

— Lembra o que fizemos na Alemanha? — pergunta puxando meu rosto para o seu peito me abraçando. — Siga a minha respiração. — ela respira fundo e eu faço o mesmo.

Seu peito subia e descia, tentava focar no coração dela batendo. Focar em seu cheiro e de como seus dedos acariciavam meu cabelo da melhor forma.

— Você está indo bem. — elogia e continua a fazer, uma série de vezes para eu seguir sua respiração.

Estava mais calmo, mais não cem porcento. Sina rapidamente ia até a cozinha e pegava um copo de água e logo pegava meu remédio e me estendia o comprido.

O coloco na boca e deixo a água levá-lo para dentro de mim. Ela pega a minha mão e se senta comigo no sofá.

Minha respiração aos poucos estava voltando ao normal, continuava a seguir a de Sina. Enterro meu rosto na curva de seu pescoço, cheirando seu perfume doce que eu sou viciado.

Eu precisava dela. Eu me apaixonei por cada detalhe que há nela, que não pode ser visto a olho nu.

— Noah... Acho melhor você tomar um banho. Assim você consegue relaxar mais, e depois descansa. — diz baixo e eu assinto.

Me levanto e ela também, caminho até o banheiro e Sina pega a minha calça moletom preta, que ela sabia que era a minha roupa para dormir e se sentava na cama.

Meu olhar pairou em suas pernas, quando sua saia levantou um pouco e pode ter visão delas.

Tiro minha camisa e minha calça e Sina me olhava atentamente. Eu ainda sentia o meu corpo quente por estar em contato com ela minutos atrás, queria o apoio dela. Eu não vivo sem ela mais.

𝘁𝗵𝗲 𝗴𝗲𝗿𝗺𝗮𝗻 𝗴𝗶𝗿𝗹 | 𝗇𝗈𝖺𝗋𝗍Where stories live. Discover now