✵CAPÍTULO 22 ✵

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Abraços, Simon McGregor

Ps: Diga a Valerie de um modo DISCRETO que eu estou interessado nela."

Ela riu alto cativada pela sensibilidade de Simon, seu cunhado.

"Quem foi que te deu? Conta logo, chérie." Maurice batia o pé impaciente.

"Foi o Simon McGregor. Ele é o irmão do Trevor e assistente particular do Senhor Christopher. Ontem ele pediu uma sugestão de algo que comprasse para fazer um agrado para o nosso patrão. Eu sugeri coisas simples mas que sabia que ele iria gostar." Lyli deu uma pausa. "O Senhor Christopher gostou bastante da atitude do assistente e deu-lhe um aumento. Por isso, ele me mandou um buquê em agradecimento."

"Qual foi a sugestão que você deu a ele, querida?" Dora perguntou.

"Café, chocolates e versos de livros."

"Na mosca!" A governanta riu.

"Vamos colocar esse buquê em um vaso." Empolgada ela saiu procurando um vaso para colocar as flores exuberantes.

"Vamos lá." A governanta acompanhou a moça e as duas saíram.

Não muito tarde naquele mesmo dia o sol já desaparecia no horizonte, os raios luminosos coloriam a parte interna da casa de uma maravilhosa cor bronze. Ao cair do sol uma pequena friagem dava sinal de sua presença. Indícios de que o inverno em poucos meses se iniciaria. Já era noite quando Christopher adentrou sua casa segurando o paletó de seu terno na mão. A comida de Maurice exalava pela casa toda, o cheiro do queijo derretido entre o macarrão era divinal. Naquele momento, o Hartmann ansiava um banho quente e relaxante, foi isso que ele fez. Estava tão cansado, do jeito que ele gostava. Ele não tinha preguiça. Alguns dizem que esse é o segredo do sucesso, disposição para exatamente tudo relacionado ao trabalho e propostas de inovação. De banho tomado e roupas limpas e confortáveis o Hartmann lembrou-se da pequena citação que havia deixado para Lyli na biblioteca. Christopher nem sabia porque havia escrito aquilo e ofertado à moça. Algo aleatório e espontâneo. Ele entrou na biblioteca e as luzes automaticamente se acenderam, o bilhete com as iniciais LS não mais estava lá, havia sido substituído por um novo papel dobrado com as iniciais CH. Ele abriu o papelzinho e com uma letra meiga e redondinha estava lá escrito.

"A alegria evita mil males e prolonga a vida.
- William Shakespeare."

Christopher havia escrito um trecho shakespeariano para Lyli e assim ela retribuiu ainda utilizando um trecho do mesmo escritor. Ah, Shakespeare... Que poder tem seus versos! Um batuque foi ouvido na porta da biblioteca, lá estava ela sorridente como sempre.

"Senhor, o jantar está na mesa." Ela disse com voz suave e gentil.

"Vamos descendo." Ele disse e foram juntos andando pelo corredor.

"Como foi o dia, senhor?"

"Foi bastante cansativo, exaustivo e cheio de responsabilidades." Ele respirou fundo. "Assim como eu gosto."

"Fico feliz por o senhor ter voltado à rotina normal." Ela demonstrou fraternidade.

"Sabe, hoje mesmo eu estava pensando e com base nos contos clássicos para você se encaixar no perfil das princesas da Disney só bastava que soubesse cantar. Hoje eu descobri que você canta."

"O senhor ouviu?" Ela ficou surpresa.

"Creio que todos da casa tenham escutado."

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