Ter sonhos é o que há de mais humano em nossa essência. O sonho de Lyli é trabalhar em uma grande Editora e suscitar sua paixão pelos livros e pela escrita. Ingressando em sua vida adulta a moça precisa de um emprego para se manter morando sozinha n...
❝ALGUMAS QUEDAS SERVEM PARA QUE NOS LEVANTEMOS MAIS FELIZES. ❞ – William Shakespeare
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••• UM TOC-TOC incessante ressonava na porta do quarto de Christopher ainda pela abertura daquela refrescante manhã de segunda-feira. O homem terminou de abotoar sua camisa branca nos punhos e encaminhou-se para abrir a porta. Ao abrir aquela porta larga e ampla lá estava a figura portadora de um sorriso de orelha à orelha, os cabelos soltos despojados no ombro e uma tiara preta impedindo que alguns fios dourados escorregassem por sua testa. Em suas mãos estava uma pequena maletinha com um conteúdo ainda não identificado pelo Hartmann.
"Bom dia, senhor!"
"Bom dia, Liberty!"
"Bem, estive pensando em algo." Ela disse apertando a maletinha preta.
"Pois não?"
"Dá última vez o senhor preferiu não ir para a empresa porque de modo algum queria que as pessoas ficassem questionando o motivo dos hematomas e alguns cortes. Certo?" Ela perguntou para confirmar seu pensamento.
"Certo, senhorita Stevens." Christopher indicou para que ela entrasse em seu quarto.
"Eu tive uma ideia." Ela mostrou a maleta.
"E qual seria?" Indagou calçando os sapatos.
"Essa." Ela abriu a maletinha revelando algumas maquiagens. "Eu posso tentar cobrir alguns dos hematomas com maquiagem." Ela mostrou uma base e um corretivo de imperfeições.
"Gostei da ideia, porém, eu quero deixar claro que prefiro batons vermelhos. Realça meus olhos." O Hartmann brincou e Lyli soltou um riso contagiante.
"Por favor, sente-se aqui senhor." Ela apontou para uma pequena poltrona.
"Tente não me deixar parecendo uma drag queen." Ele pediu modestamente.
"Vou fazer o possível." Lyli também sabia colocar humor nas coisas. "Com licença." Ela pediu autorização para tocar no rosto de Christopher ao aplicar a base.
Christopher fechou os olhos para que ela empetecasse seu rosto de maquiagem, então ela entendeu que poderia prosseguir com a aplicação da base e do corretivo. Lyli foi cobrindo delicadamente as manchas azuis e esverdeadas com a base. Aquelas que não conseguiam ser cobertas pela base ela usava o corretivo que era mais consistente. Ela foi espalhando e arrematando em cada pequeno detalhe para não acumular nas linhas de expressão, tampouco para ofuscar a barba. Quando terminou Lyli suspirou e encarou sua obra de arte renascentista. Caraca! Nenhum defeito, nem parecia que haviam alguns hematomas por baixo da maquiagem.
