✵CAPÍTULO 25 ✵

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O DESTINO, COMO OS DRAMATURGOS, NÃO ANUNCIA AS PERIPÉCIAS NEM O DESFECHO.❞– Machado de Assis

•••MAURICE entrou no quarto de Lyli e abriu as janelas permitindo que a claridade tomasse conta de todo o ambiente escuro

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•••MAURICE entrou no quarto de Lyli e abriu as janelas permitindo que a claridade tomasse conta de todo o ambiente escuro. A moça estava deitada com o corpo todo contorcido na cama. Resquícios da maquiagem da noite passada borravam a parte inferior de seus olhos com um tom de preto. Lyli estava usando um pijama de flores e os pés estavam calçados de meias listradas. Maurice puxou o cobertor da moça de uma vez para acordar a dorminhoca.

"Bonjour, mon petit." Ele disse enquanto dobrava o cobertor.

"Mauri, ainda está cedo. Me deixa dormir mais." Ela pediu virando-se para o outro lado da cama.

"Já são 07:40, mademoiselle."

"Eu não dormi nada." Coçou os olhos.

"Parece que a noite foi boa para você e o monsieur, non?" Maurice perguntou provocando.

"Por que?" Ela ergueu-se da cama em um súbito salto.

"Dois pratos, dois copos sujos na pia da cozinha e curiosamente apenas você e o monsieur ainda non saíram da cama. Será uma coincidência? Obviamente non." O francês a olhou com a sobrancelha arqueada.

"Estou com sono." Disse entre um bocejo para desviar do assunto.

"O que ficaram fazendo até tarde da noite?"

"Eu cheguei da festa e ele estava acordado, ficamos conversando e comendo o restante da torta que você fez." Lyli se pôs de pé e saiu cambaleando por ter levantado de uma vez.

"Como vocês tem tanto assunto?"

"Não sei." Ela disse com a boca toda suja de espuma do creme dental.

"Non demore." Maurice disse e saiu do quarto.

Lyli jogou um pouco de água fria no rosto para despertar, imediatamente colocou seu uniforme e as sapatilhas. Já estava saindo do quarto quando viu os enormes círculos roxos embaixo dos olhos refletidos no espelho. Estava atrasada, no entanto ela viu a necessidade de passar no mínimo uma base corretiva para esconder a expressão de uma jovem que queria ficar na cama até o meio-dia.
No segundo andar da casa, Christopher estava em seu quarto se arrumando apressadamente. Em anos o Hartmann não perdia o horário de se levantar para um novo dia de trabalho. Desinquieto ele se olhava no espelho para fazer o nó na gravata, mas a pressa era sua maior inimiga. Colocou os sapatos envernizados e finalizou com o blaser. Penteou os cabelos para trás e estava ótimo. Não tinha tempo para tanto embelezamento. Ele finalizou com o perfume que era sua marca registrada, apanhou a maleta e saiu do quarto. Em seguida o que ele fez? Desceu para tomar o café da manhã? A resposta é um lindo e maravilhoso 'NÃO'. Ele foi diretamente para a biblioteca. Ao abrir aquelas portas de madeira esculpida, as luzes se acenderam e o cheiro de livros antigos tomou posse do seu nariz. Ele se assentou na cadeira da escrivaninha e pegou o bilhete com as iniciais de seu nome. Ele não o abriu para ler, apenas o guardou no bolso interno do blaser para ler mais tarde. Christopher pegou um novo bilhete com uma cor de palha e deixou um verso para sua prezada funcionária. Ele dobrou o papel ao meio e escreveu as iniciais de Lyli com uma formosa letra cursiva. Depositou o papel centralizado na escrivaninha e fechou as portas da biblioteca.
Christopher descendo as escadas apressadamente pôde ver seus funcionários alinhados em fila o esperando. Lyli estava escorada na parede, Margot deu-lhe um safanão para que acordasse e no mesmo instante a moça se pôs em alerta.

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