✵CAPÍTULO 20✵

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NÃO É O TEMPO NEM A OPORTUNIDADE QUE DETERMINAM A INTIMIDADE, É SÓ A DISPOSIÇÃO. SETE ANOS SERIAM INSUFICIENTES PARA ALGUMAS PESSOAS SE CONHECEREM, E SETE DIAS SÃO MAIS QUE SUFICIENTES PARA OUTRAS.❞ – Jane Austen (Razão e Sensibilidade)

❞ – Jane Austen (Razão e Sensibilidade)

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••• "MON PETIT!"

Maurice conclamava a moça pela casa sapateando com seus mocassins pelo piso tão ilustrado que era. Já havia algum tempo que ele procurava por ela naquele vasto labirinto de casa. Já estava se exasperando. Que raio levou Liberty Stevens? Nenhum raio! O chef ouviu uns murmurinhos como se alguém estivesse cantarolando vindos de uma pequena sala entre a sala de jantar e a cozinha. Lá estava ela. Sentada com as pernas cruzadas e com diversos livros de gramática e literatura espalhados pela mesa. Estava com fones de ouvido portando uma música que dava-se para escutar de longe os chiados. Aí está o motivo pelo qual não escutou Maurice a chamando. O chef foi até ela e puxou um dos fones de sua orelha assustando-a.

"Assombração!" Ralhou com o amigo.

"La misericorde. Como você non fica surda?" Ele disse incrédulo do volume do aparelho.

"Música alta me ajuda a concentrar nos estudos." Ela explicou.

"Se um mosquito passar na minha frente é motivo para eu me desconcentrar." Disse o francês completamente o oposto da amiga.

"Isso se chama déficit de atenção e você deveria procurar um psicólogo." Lyli rodava uma caneta nos dedos.

"Se eu contar um pouco de mim por cinco minutos quem vai precisar de um psicólogo é o próprio psicólogo." Maurice cruzou seus braços.

"Isso é verdade. Sua loucura me afeta às vezes." Disse ela passando o marca-texto em cima de uma palavra-chave.

"Cuide de sua vida, chérie!"

"Você é a minha vida."

"Está tão romântica ultimamente. Só me resta saber se é APENAS pelo Trevor." Maurice gostava de cutucar as pessoas com assuntos polêmicos.

"Maurice, você não me alegra dizendo essas coisas." Ela fechou o cenho.

"Eu sou seu amigo gay, minha função é te ajudar e ser sincero quando necessário em uma trama romântica."

"Não estamos vivendo um livro, Mauri."

"Viver é um livro de todos os gêneros literários misturados, petit bijoux." Ele bancou o sábio. "Mas, estou passando aqui para avisar que Dora e eu estamos indo ao mercado para fazer compras. Quer que traga algo para você?"

"Não." Ela disse duvidosa. "Acho que não preciso de nada."

"OK. Até, chérie."

"Até."

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