Out Of Control

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"— Amor. Está bem? — pergunta Finn ajoelhado em cima de mim.
   Eu tentaria afastá-lo se não o reconhecesse."

Capítulo sete
— 20 de julho, sábado —

Eu ainda não sinto isso por ele. Amor, sabe? Essas coisas.
Eu o desejo. Desejo como nunca desejei ninguém. O desejo tão desesperadamente que chega me dar vergonha de toda esta situação.
Não gosto disto. De enganar ele como se fosse algo tão normal que eu ainda consigo sorrir com ele. Consigo gargalhar. Me sentir confortável. Me sentir normal. Como se não estivessem comigo apenas pelo meu sobrenome ou dinheiro. Ele poderia estar comigo por qualquer motivo. Menos por esses.
Mas eu também o enxergo. O enxergo livre e abertamente. Enxergo o desejo que sente por mim. A maneira como me olha. Como se quisesse me devorar. E a maneira como eu devolvo o olhar. Como se eu quisesse que fizesse isso.
Não era para eu ter me metido nisso. Não era para eu ter aceitado fazer isso com ele. E muito menos comigo.
Eu entendo que errar é humano. Errei três vezes. A primeira foi quando aceitei fazer isso. A segunda foi ter beijado ele. E a terceira está sendo ter estes desejos por ele.
Ele beija bem. Isto eu não posso negar.

...
21 de julho, domingo
— FinnPOV's —

Hoje acordei às duas da tarde. Ontem foi um dia cheio e por melhor que tivesse sido eu fiquei cansado.
Faço minhas higienes matinais e desço para a sala logo em seguida. Tento me sentar na cozinha, mas passo direto para o sofá e me jogo nele.
Abro na netflix e escolho o filme qualquer enquanto mexo no telefone e recebo uma mensagem de Jack.

J: Bora para a balada!
J: Estou sem o que fazer e queria companhia para beber uns drinks.

F: Eu topo!
F: Estou precisando encher a cara também.
F: Que horas?

J: Às 10h? Pode ser?
J: Te encontro na boate de sempre!

F: Às 10h, então.
F: Na boate de sempre!

...

Não saio para beber há um tempo.
Estou pronto para sair. De qualquer forma não poderei voltar tarde.
Amanhã tenho que trabalhar e voltar a mesma rotina de acordar cedo.

Chego na porta da boate e digo o nome de Jack. Para que reconheça que tenho uma reserva paga.
Ele permite minha entrada e caminho até a área vip, avistando Jack sentado em um ressalto com carpete, cadeiras almofadadas e uma mesa com whiskey, vinho, gelo e copos.
Me sento e ele vai direto ao ponto.
— Como vai a sua Cinderela? — ele grita por conta da música alta.

— Tão previsível, Jack — sorrio — Saímos duas vezes e já ficamos. — ele me fita incrédulo.

— Porra, Wolfhard. — ele berra — Onde eu estava quando isso aconteceu que eu não vi?

— Não sei. Onde você estava, Jack?

— Não sei. — se lamenta — Enfim. Quando isso aconteceu?

— Quando a mãe dela veio até o meu escritório. — dou um gole no whiskey.

— Do que está falando? — pergunta. Mas parece que já entendeu.

— A Kelly veio até o meu escritório para dizer que quer que eu me case com a filha dela. Eu disse que sim. Que me casaria com ela se ela estivesse apaixonada por mim.

— Me fala o nome da menina. — ele pede.

— Millie. Millie Bobby Brown. — falo e ele respira fundo.

𝐓𝐡𝐞 𝐅𝐢𝐫𝐬𝐭 𝐊𝐢𝐬𝐬 | 𝐅𝐢𝐥𝐥𝐢𝐞Where stories live. Discover now