I swear

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Continuação...

Capítulo trinta e dois

25 de outubro, quarta-feira

- Ela se levanta e fica diante de mim. - Isso foi ideia dele? Ele colocou isso na sua cabeça? Tá te manipulando? - Falou segurando o meu braço e eu soltei.

- Não, ele não falou nada! Eu que obriguei ele a parar de te dar dinheiro, porque eu não quero mais.

- Não quer mais o quê?

- Não quero mais lembrar que você me vendeu e que o homem que eu amo me comprou.

- "Que eu amo"?

- Sim, agora vai embora, por favor! - Falei.

- Ela se direcionou até a porta. - Tchau, Milena! - Falou e eu não respondi, ela apenas saiu.

Me sentei no sofá e dois minutos depois, Ava me chama em seu quarto, como eu imaginava, ela ficou com o maior. Suspiro e subo as escadas, indo direto para o seu quarto. Entro e fecho a porta, me sentando na cadeira que havia na mesa do computador.

- Tá gostando de ficar aqui?

- Bom, eu acabei de chegar, mas olha, tem piscina, sala de cinema, empregados, meu quarto tem uma cama de casal, banheiro, um guarda roupa enorme, computador e uma tv de 55 polegadas... - Eu ri ao ver a menina perdendo o ar.

- Tá feliz? - Perguntou fazendo meus olhos marejarem.

- Sim... Eu tô. - Ela franziu o cenho. - Posso dormir com você hoje? - Pergunto e a lágrima escorre.

- Ainda tá chateada pelo acordo que minha mãe propôs né? - Perguntou e eu a fitei incrédula.

- Foi o Finn que propôs o acordo...

- Não foi não, foi a minha mãe!

- Do quê tá falando?

- A minha mãe foi no escritório dele e propôs o acordo. De início ele não aceitou, mas depois disse que se você se apaixonasse por ele, ele iria se casar, mas se não... - Eu respiro fundo. - Você sabia né?

- Sabia, claro que sabia!

- Então não é por isso que brigaram?

- Não, foi por outra coisa... - E a lágrima escorre.

- O quê houve?

- Nada, a gente vai se resolver, mas eu posso dormir aqui hoje?

- Pode, claro que pode! - Eu me levantei e desci novamente.

A tarde passou voando, eram umas oito e meia da noite, Finn já havia chegado, e eu nem se quer olhei para a cara dele, mas ele também não fez questão de falar comigo. Estávamos na mesa de jantar e os meninos perceberam que o clima tava pesado. Nem toquei no meu prato, mas aí eu precisava conversar com ele.

- Eu preciso falar com você! - Falei seco e fui até o seu escritório, logo ele entrou e trancou a porta.

- Esconde mais alguma coisa de mim? - Perguntei e ele franziu o cenho.

- Nunca escondi nada de você!

- Tem certeza? Porque até onde eu sei você não me contou que quem propôs o acordo foi a minha mãe. - Ele suspirou.

- Eu não te contei porque você já tava com muito ódio da sua mãe acumulado, não queria que a odiasse mais ainda!

- Não, não, não e não! Não me venha com essa. Mentiu sobre mais o quê? Aé, sobre o seu relacionamento com a Íris, com quantas mais você ficou?

- Eu não tinha e não tenho nada com a Íris e nem com ninguém, por quê não entende isso?

- Porque cada dia que passa você me machuca mais... Mentiu pra mim também sobre o quê sentia? Quando falou que me amava, você só tava querendo amansar a fera?

- Não, para com isso... - Tentou me encostar e eu me afastei.

- Não, dessa vez não!

- Até quando vai ficar assim comigo? Quando vai entender que eu pensei que fosse você, que eu nunca faria isso depois do que a gente teve...

- Acredito que, como você disse, você só tava querendo transar comigo, então, como eu fui? Foi gostoso, satisfatório, foi ruim ou não sentiu prazer? - A lágrima escorreu.

- O quê quer que eu faça? Como eu faço pra você acreditar em mim?

- Eu quero ouvir dela, que ela te enganou, que ela invadiu o banheiro e que vocês nunca tiveram nada.

- Tudo bem, eu trago ela aqui amanhã...

- Não, quero que ligue pra ela, agora!

- Tudo bem, eu ligo! - Foi em direção à mesa e pegou o telefone.

- Íris, oi. Você pode por favor, falar a verdade pra Millie!

- Eu não menti, Finn. O quê quer que eu desminta?

- Mentiu sim, sabe que nunca aconteceu nada entre a gente! - Ela suspira.

- Tudo bem, é verdade, nunca aconteceu nada entre a gente. - Me sentei na cadeira e ele desligou.

- Ele se abaixou com a mão na minha coxa e limpou a lágrima que escorreu sobre o meu rosto. - Acredita em mim agora?

- Eu... - Eu juro que eu queria acreditar, mas ainda me doía lembrar dessa cena.

- Por favor, acredita em mim. - Falou segurando o meu rosto.

- Finn... Eu quero, mas, ver aquilo...

- Eu sei que te machucou, mas eu juro que eu nunca faria nada pra te magoar, eu te juro. - Eu me levanto e ele me abraça.

Eu não sei se eu ia me arrepender de confiar nele, mas eu confiei, acreditei que ele se confundiu mesmo.

Ele desfaz o abraço e sela nossos lábios em um beijo lento e quente. Ele desce a mão para a minha bunda e me pega no colo, me colocando sentada em cima da mesa, derrubando tudo que havia em cima dela. Me colocou deitada e ficou por cima.

- Eu tava com saudade! - Falou ofegante.

- Nem tem tanto tempo assim, Wolfhard! - Falei e ele riu.

- Pra mim foi uma eternidade. - Desceu os beijos para o meu pescoço.

Ele levou a mão até a barra da minha blusa e retirou a mesma, indo até o meu short e desabotoando ele. Me sentei ainda fitando ele e tirei a sua blusa, logo abri a fivela de seu sinto.

O cacheado leva a mão até as minhas costas e abre o meu sutiã, dando um beijo em meu ombro e me deitando novamente. Eu o abraço e sinto seus lábios em meu pescoço, automaticamente mordo meu lábio inferior e reviro os olhos.

- Sentiu isso com ela? - Perguntei e ele me fitou.

- Claro que não! - Apertei suas costas de leve e comecei a beijar seu pescoço.

- Tem certeza? - O cacheado revira os olhos.

- Eu nunca sentiria isso com mais ninguém! - Atacou meus lábios e nós ouvimos alguém bater na porta.

- Vocês estão bem? - Ava grita e eu empurro Finn imediatamente, indo até o chão e vestindo meu sutiã e minha blusa.

- Se veste! - Sussurro para o cacheado. - Estamos saindo... - Falei e abotoei o meu short, enquanto o cacheado vestia a camisa e abotoava a sua calça.

- O quê foi? - Falei abrindo a porta.

- Nada, eu só... - Ela fita o chão e vê as coisas que Finn havia tirado de cima da mesa. - O quê aconteceu? - Perguntou.

- Nada, é só que... - Ela arregala os olhos e me interrompe.

- Deixa pra lá, podem continuar a "conversa" de vocês. - Falou fazendo aspas com as mãos.

Continua...

Até o próximo capítulo! 💕

𝐓𝐡𝐞 𝐅𝐢𝐫𝐬𝐭 𝐊𝐢𝐬𝐬 Where stories live. Discover now