𝐓𝐡𝐞 𝐅𝐢𝐫𝐬𝐭 𝐊𝐢𝐬𝐬 | 𝐅𝐢𝐥𝐥𝐢𝐞

Two last names. A wife.

"Apenas quero senti-la arrepiar com meus lábios em seu ouvido novamente. Ver o fogo de seus olhos conectando-se com o gelo dos meus. Sentir suas pernas bambas. Ouvir respiração ofegante em meu pescoço e o quão desesperada ela estava mas tentava não demonstrar."

Capítulo quatro
— 18 de julho, quinta-feira —
— FinnPOV's —

   Ainda pensando na noite anterior.
   Acordo com a sensação da cabeça pesada. Sensação de todo o meu corpo em um só conjunto de cansaço.
   Nunca consegui acordar às duas da tarde. E queria muito saber como é isto acontecer.

   Me espreguiço ainda na cama. Tentando não me transformar em uma tartaruga, onde nem a cabeça estaria para fora da coberta.
   Finalmente. Consigo acordar meu cérebro.
   Me visto e assim que posso, desço.
  — Não vai comer, senhor? — pergunta Gina.

  — Não, Gina. Obrigado! — dou um beijo em sua testa e saio.
   Ontem. Eu não sei o que dizer de ontem. Mas sei que está se passando em minha cabeça repetidas e inúmeras vezes.
   O tom de sua voz. A maciez de sua pele. A suavidade e serenidade em seu olhar.
    Finn. Acorda, Finn.

   Enquanto estou perdido em meus pensamentos, entro na garagem da empresa. Percebo apenas pela movimentação que o dia será cheio.
  — Puta merda, Jack! — levo um susto com o mesmo que está sentado com os pés acima da minha mesa.

  — Está devendo, Wolfhard? — ele estreita os olhos e se levanta lentamente.

  — Como conseguiu entrar aqui? — estou perplexo com sua alta capacidade de invasão.

  — Abriram para mim.
   Mais uma vez tenho vontade de estrangula-lo.

  — Apenas eu tenho a chave da minha sala. — me afogo na cadeira.
  — ele revira os olhos — Anda. Me entrega!
   Fico mais perplexo ainda com sua audácia de duplicar minhas chaves.

  — Seu insuportável. — arremessa a chave em minha direção.

  — Temos reunião hoje? — pergunto.

  — Não. — franzi o cenho.

  — Tem certeza que está na sala certa? — me mostro confuso.

  — Sim. Não tem nada hoje. Você adiantou tudo. — finalmente consigo respirar fundo e aliviado.

  — Nossa. Finn Wolfhard ouvindo que tem o dia inteiro livre hoje? — debocho de mim mesmo.

  — Sim. Só precisa assinar uns papéis.

  — Claro. Vou assiná-los.

  — Adios! — ele sai da sala.
   Algumas horas se passam e a única coisa que eu fiz hoje foi assinar papel.
   Comi. Bebi uns copos de whiskey e a garrafa está em cima da mesa ainda.
   Acabo de dar um gole no copo quando minha assistente entra.
— Sr.Wolfhard. — ela chama com um tom quase apavorado — A sra.Brown está lá fora.

— respiro pesado — Está sozinha? — pergunto.

— Mande-a entrar. — ela assente.
O que ela quer às oito da noite?