Danger

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Capítulo sessenta

Antes de nós termos que ir para o hospital naquela madrugada de desespero, Finn havia comprado algumas coisas que estava com vontade de comer. E bom, a vontade voltou.

Saí cuidadosamente dos braços de Finn, que estava agarrado à mim e fui até o lado dele na cama para calçar o meu chinelo.

Fui escorada na cama para não cair já que estava escuro e acabei batendo o meu dedinho.

- Droga! - Esbravejei em silêncio.

Depois de fazer aquele "barulhão" fitei o cacheado receosa que ele tivesse acordado. Mas nem se mexeu.

Fui até o meu chinelo que estava no seu lado da cama e me apoiei no colchão para calçar ele. Quando ia sair, Finn segura o meu braço.

- Vai aonde? - Perguntou com voz de sono.

- Vou na cozinha! - Ele se sentou quase caindo para o lado e eu o segurei. - Deita aí, onde cê vai? - Perguntei.

- Vou com você!

- Eu vou ir sozinha okay? Agora deita!

- Mas...

- "Mas" nada! Deita aí! - O deitei e dei um selinho delicado em seus lábios.

Peguei meu celular e liguei a lanterna do mesmo. Pisei o mais leve possível até chegar na cozinha. Sentei na bancada depois de pegar os churros da geladeira e esquentar os mesmos.

Comi todos e acabei esquecendo de deixar para o Finn, mas, depois ele compra mais se quiser

Lavei as mãos e bebi um copo d'água. Ouvi um barulho no corredor que dava para os fundos da casa e como nos típicos filmes de terror, peguei a lanterna do meu celular e fui até lá.

Era um dos homens que trabalhava para Finn.

Ele entrou e me fitou de cima embaixo, o que me deixou extremamente desconfortável, já que estava com um short de moletom super curto de dormir. Abaixei o short e meu moletom.

- O que tá fazendo aqui? - Perguntei irritada.

- E-Eu... - Ele gaguejou e eu dei alguns passos para trás.

- Fala! - Exclamei.

- Eu preciso falar com o sr.Wolfhard sobre...

- Sobre o que?

- Sobre uma coisa!

- Não posso ficar sabendo? - Perguntei.

- Preciso mesmo falar com ele! - Ele se aproximou. - Pode avisar que eu estou aqui?

- Me afastei. - Da próxima vez toca a campainha ou liga pro telefone dele! - Virei as costas ainda com medo.

Eu me senti extremamente desconfortável com ele me olhando daquela forma e se aproximando sem motivo algum.

Isso é extremamente antiprofissional, ele entrou na casa no meio da noite, sem avisar ninguém. Isso é ridículo. E por que não esperou até amanhecer?

Entrei no quarto, com os pés doloridos de tanto apertar o passo e o pescoço também, de tanto virar a cabeça para ver se ele me seguia. Estou acostumada com isso.

Acendi a luz do banheiro e fechei a porta do quarto. Me sentei na cama e acordei Finn.

- Finn... - O balancei. - FINN! - Gritei em tom baixo.

- Que foi? - Virou para mim. - Tá bem? - Se sentou e ligou o abajur - Tá passando mal? - Segurou meu rosto ainda sonolento.

- Não, não tô! Calma, é.. - Travei.

𝐓𝐡𝐞 𝐅𝐢𝐫𝐬𝐭 𝐊𝐢𝐬𝐬 Where stories live. Discover now