𝐓𝐡𝐞 𝐅𝐢𝐫𝐬𝐭 𝐊𝐢𝐬𝐬

One minute

"- Que droga!
- O que você quer? - passo para trás da mesa.

- Eu só quero conversar.
- Um minuto. É tudo que eu peço."

Capítulo onze
- 13 de agosto, quinta-feira -
- MilliePOV's -

Após cochilar um pouco de tarde, acordo.
Desço a escada e vou direto para a cozinha para comer alguma coisa.
Piso na cozinha e dou de cara com Ava e sua cara enfiada na geladeira.
- O que está fazendo? - pergunto.

- Estou procurando alguma coisa para comer.

- Entendi. Pega os morangos para mim, por favor. - peço e ela os entrega para mim.

- Você está horrível, sabia? - debocha.

- Sabia. Idiota. - vou até a pia para lavar a caixa de morangos.

- O que aconteceu ontem?
- Não voltou para casa.

- Eu dormi na casa do Finn. - ela arregala os olhos e me arrependo amargamente do que disse.

- Quebraram a cama? - a menina cai na gargalhada.

- Não, idiota. Eu só não estava afim de voltar para casa.

- Brigou com a mamãe de novo? - pergunta.

- Sim.

- O que foi desta vez?

- Nada demais. Um desentendimento.

- E você resolveu ir beber ao invés de conversar com ela?

- Ava, não se mete. Estou uma pilha com a organização do casamento.
- Minha cabeça está cheia demais. Prestes a explodir e não tem espaço para sermão da minha irmã mais nova.

- Está bem. Desculpa. Só estou dizendo que você podia ter me ligado ou mandado mensagem.

- Eu sei. Mas eu estava tão bêbada que não me lembro de nada que aconteceu na noite passada.

- Então não lembra se você e o Finn coisaram?

- Não. Não lembro. Mas ele não faria isso. Eu estava muito bêbada.

- Tem razão. Ele não faria.
Fico pensando no que acaba de falar.

- Bom. Eu vou subir. Tenho muito dever de casa para fazer. - fala e vira as costas.
Resolvo fazer morango com brigadeiro. Subo para o meu quarto e assisto o que quer que esteja passando na televisão.
Como o prato de brigadeiro inteiro. Estou tão chateada que nem percebi que em menos de meia hora de filme já não tinha o que raspar.
Estou chorando com o filme que escolhi. Como eu era antes de você. Tenho que dizer. Antes fosse um mero romance clichê. Mas ele quebra todos os padrões de filmes românticos com final feliz.
Quando ainda estou olhando para a tv na esperança de que eles apareçam e mudem o rumo da história meu celular toca.
É ele. E eu simplesmente não consigo evitar de revirar os olhos. Minhas pernas tremem e um nó se forma em minha garganta.
- Oi. - digo.

- Oi. Eu ia te ligar mais cedo. Mas não tive tempo! Como você está? - pergunta ele.

- Eu estou bem. - respondo.
- Deixa eu te perguntar - começo antes que ele me interrompa.

- Não fizemos nada ontem. - solto um suspiro de alívio.
- Você me beijou. Mas eu te afastei.

- Dormiu no mesmo quarto que eu?

- Não. Claro que não.

- Falei algo que não devia? Estúpido não sei.

- Não. Você mal conseguia se manter de pé.
- Cuidei para que chegasse e dormisse.