𝐓𝐡𝐞 𝐅𝐢𝐫𝐬𝐭 𝐊𝐢𝐬𝐬 | 𝐅𝐢𝐥𝐥𝐢𝐞

Mirror Of Hate

"Eu. Encarando aqueles olhos negros enxergo o quanto o odeio agora."

Capítulo nove
— 11 de agosto, terça-feira —

— Vocês estão brincando, certo?
Finn ainda está receoso sobre o que Caleb falou sobre eu odiá-lo.
Ele se levanta do sofá e me ajuda. Mas mesmo assim percebo a diferença.

— Não. Não estamos, Caleb. — falo.

— Vocês nem se quer eram amigos. Como isso mudou em cinco semanas em que estive fora?

— Conheci o pai dela. Conheci ela. Nos apaixonamos e Fim.

— Odeio esse "Fim". — então ele não usa isso apenas comigo.

— As coisas mudaram. — acrescento.

— Meu Deus — a ficha finalmente estava caindo — Fillie. Eu sabia que era real. Eu sabia! — ele envolve ambos nós dois em um abraço único.

— Fillie? — Finn franze o cenho severamente.

— Você não vai querer saber. — digo.

— Parabéns, gente. Eu tenho certeza que vocês vão ser muito felizes. — dou um falso sorriso.

— Obrigado. — ele responde — Onde estava?

— Tive que ir visitar minha mãe. Esqueci de avisar. Mas pelo visto nem sentiram minha falta.

— Aconteceu muita coisa — começo — nós também não estávamos nos falando então você não pode me culpar.

— ele repousa a mão na cintura — Jura?

— Sério! — Finn solta uma risada.

— Por favor. Não arrumem briga.

— Da próxima vez eu vou bater em vocês dois!

— Próxima vez? Você acha que vamos nos amarrar à outras pessoas? — Finn, com a mão em minha cintura, me fita.

— Vai que vocês terminam. Não sei.
Nem tenho essa opção.

— Por mim não vamos. — o fito e nossos olhares se encontram.
Por um breve instante tenho medo dele ver a mentira em meus olhos. O fingimento. A angústia e hesitação.

...

— Ainda quer ir jantar? — ele pergunta enquanto dirige.

— franzo a testa — Sim. Do que está falando?
E foi no vão de minuto de silêncio que lembro do que está falando.

— Pensei que me odiasse.

— suspiro — Ele interpretou errado.

  — Não sei, Millie. Ele falou com tanta convicção.

  — Eu nunca disse que te odiava. Que não te suportava. Eu apenas disse que nunca haveria uma chance de termos algo porque não nos conhecíamos.

  — Que interessante.

  — E falei que você não fazia o meu tipo. Apenas.

  — Não precisa se explicar.
   Ele não fala mais nada depois disso. Mas eu também não.
   Quando paramos no estacionamento do restaurante tudo que consigo lembrar é o quanto ele está se sentindo ofendido com algo que claramente não é verdade.