Play your role

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"— Que droga, Finn! — gritei. Despejando todo meu ódio nas palavras — Por que você espera que eu sinta algo por você depois de tudo que me fez passar? — esbravejei me virando para o mesmo — Me deixa em paz. Para de tentar decifrar cada sinal que eu dou que acha que te convém. Eu não tenho que engolir que você não me ama, você que tem que aceitar que eu te odeio de uma vez por todas."

Capítulo vinte e quatro
— 23 de setembro, quarta-feira —

  — Como ousa dizer que esta empresa é sua de alguma forma? — disse — Como ousa aparecer aqui depois de anos após a morte dos nossos pais sem nem se quer querer saber da minha existência?
   Ficaram cara a cara. Estava tentando trazer Finn para trás discretamente, mas tenho certeza de que não estava dando muito certo.

  — Vamos manter a calma. Por favor.

  — Eu acho melhor você se afastar! — Nick disse para mim. O fitei incrédula, e Finn mais ainda.

  — Se ousar encostar nela eu acabo com você, me entendeu? Faz o que você quiser. Me insulte, me falte com respeito, cospe na minha cara, Nick, mas se encostar nela, eu te mato. — ouvir aquilo me assustou. Talvez por alguns dias antes ter ouvido do mesmo que não era para acreditar em mais nada que dissesse.

  — Olha. O cão de guarda da princesa está com raiva. O que vai fazer se eu encostar nela? Me tirar a pontapés? Eu quero ver. — o cacheado deu uma risada áspera e sem humor.

  — Te tirar a pontapés? Não. Eu vou ser o seu pior pesadelo se tocar em um fio de cabelo da minha esposa. — meu corpo retesou.
  — Sai da minha empresa, agora.

  — Vocês não querem fazer isso aqui. Por favor! — eu disse.

  — E por que não? É a nossa casa, não é? — perguntou.

  — Essa é a minha casa. Não sua. Você não é bem-vindo e nunca vai ser.
  — Você cortou qualquer tipo de ligação com os nossos pais antes mesmo de morrerem e agora volta porque a sua vida está uma merda? — ele riu — Não. Não mesmo. Se queria a minha atenção, você conseguiu ela.
  — Tirem ele daqui. — Finn disse fazendo apenas um movimento com a mão.
Ele saiu.
Finn estava furioso e conseguia ver isto em seus olhos. Estavam olhando para nós dois parados ali, e o cacheado estava quase entrando em colapso.

— Respira, amor. Eles ainda estão olhando. — disse ajeitando seu paletó.
Ele me puxou para mais perto. Sua testa começou a soar parcialmente. Fiz um sinal para Mclaughlin e o mesmo assentiu. Começou um discurso, para descontrair, e a vontade de rir veio quando o mesmo chamou a atenção de todos batendo o talher na taça. Quase despedaçando a mesma.
Caminhamos lentamente até o banheiro depois que deixei as taças em cima da mesa.
Era um cômodo só. Com um sofá enorme e espelhos por todo canto. Tranquei a porta enquanto ele se sentava entrelaçando os dedos no cabelo. Parei diante do mesmo e levantei seu rosto. Com um suspiro, desci do salto e o coloquei perto de seu pé.

— Olha para mim! — comecei a tirar o paletó para que ele pudesse respirar — Está bem?

— E desde quando você liga? — disse — Não encosta em mim.

— comecei a alargar a gravata — Tem razão. — me fitou — Eu não ligo, mas os seus convidados sim. Para de fazer vexame e se recompõe, porque não vou enfrentar esse tanto de gente sozinha. — começou a desabotoar a própria camisa e fiquei parada ainda entre suas pernas — Você é o Finn Wolfhard. O dono dessa maldita empresa e se casou comigo apenas para salvar ela. Então faça jus ao seu legado e nome porque agora ele é meu também e não quero que me envergonhe.
Um sorriso surgiu em seus lábios e quis matar ele ali mesmo. Passou a mão no decote do vestido e enfiou a mesma por debaixo do tecido, me puxando mais ainda para perto.

𝐓𝐡𝐞 𝐅𝐢𝐫𝐬𝐭 𝐊𝐢𝐬𝐬 | 𝐅𝐢𝐥𝐥𝐢𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora